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1 Poderes Administrativos I DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PODERES ADMINISTRATIVOS I 1. CONCEITO São prerrogativas administrativas conferidas por lei à administração para fazer valer o interesse coletivo sobre o individual. Os Poderes Administrativos devem observar o seguinte paradigma: para cada finalidade a ser cumprida pela administração pública, conferem-se um ou mais poderes administrativos ao agente público. Tais poderes somente podem ser exercidos nos exatos limites de cumprimento de um dever. Dessa forma, toda e qualquer prerrogativa é considerada um instrumento em relação à finalidade pública. 2. USO DO PODER Os Poderes Administrativos somente podem ser exercidos nos exatos limites e finalidades previstos em lei. 2 Poderes Administrativos I DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online 2.1 Deveres Decorrentes dos Poderes Administrativos: Todo aquele investido em uma função do Estado tem poderes administrativos para exercê-la, que lhe conferem os seguintes deveres: • Dever de Agir: os agentes públicos estão obrigados a atuar sempre que estiverem presentes os motivos legais para tanto. • Dever de Eficiência: além de agir, os agentes estão obrigados a buscar os meios mais adequados à melhor realização dos fins públicos. • Dever de Probidade: além de cumprir a lei, os agentes públicos estão obrigados a observar padrões éticos e morais de comportamento. • Dever de Prestar Contas: todo aquele investido em uma função do Estado tem poderes para agir, que lhe impõem o dever de dar transparência ao conte- údo de seus atos e submetê-los ao controle interno e externo da Administração. 3. ABUSO DE PODER É qualquer exercício de um poder administrativo que não esteja nos exatos limites e finalidades previstos em lei. Abuso de Poder é o fenômeno que ocorre sempre que um agente ou autoridade pública pratica um ato, extrapolando os limites das suas atribuições ou compe- tências, ou se desvia da finalidade de interesse público prevista em Lei para o ato. 3 Poderes Administrativos I DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Obs.:� o excesso de poder é vício de competência. O pulo do gato Nas provas, o desvio de finalidade é bastante cobrado em relação a dois exemplos: • “carteirada”: servidor da carreira policial, em dia de folga, usa de suas credenciais para ingressar gratuitamente em eventos pagos. • remoção como punição: autoridade competente determina a remoção de ofício de um servidor com o objetivo de puni-lo ou por motivo de desavença. Obs.:� • A omissão também pode configurar abuso de poder, quando o agente ou autoridade tinha o dever de agir e condições para fazê-lo, mas não o fez. • Usurpação de função pública não configura hipótese de abuso de poder. Silêncio da Administração Ocorre quando a Administração não se manifesta no prazo legal acerca de um pedido ou requerimento de um interessado. Atenção! O silêncio da administração não pode ser interpretado como forma de manifestação positiva ou negativa de vontade, ou como ato de deferimento ou indeferimento pela administração, salvo quando a lei expressamente atribuir efeito jurídico ao silêncio. 4 Poderes Administrativos I DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online O silencio administrativo pode gerar efeitos positivos e negativos, por exemplo: • O Presidente da República tem um prazo de 15 dias úteis para sancionar ou vetar projetos de lei. Caso o Presidente da República não se manifeste dentre desse prazo, a Constituição Federal expressamente prevê que esse silêncio será interpretado com efeito positivo, implicando uma sanção tácita. • Quando o Presidente da República edita uma medida provisória, esta entra no mundo jurídico com efeito de lei, sendo imediatamente submetida ao Congresso Nacional para aprovação ou rejeição. Caso o Congresso Nacio- nal não se manifeste no prazo de 60 dias – prorrogável uma vez, por igual período –, a medida provisória perde sua eficácia, gerando um efeito nega- tivo, nesse caso. Obs.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Emerson Caetano.
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