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A natureza é a primeira criadora de embalagens: ◦ a vagem para proteger o feijão e a ervilha, ◦ a palha para envolver a espiga de milho, ◦ a casca do ovo e da noz. Embalagens acompanham a humanidade desde o dia em que se descobriu a necessidade de transportar e proteger mercadorias. O que pode ser considerado embalagens na época: cestos, samburás, ânforas, caixas, potes, odres, barris, barricas, tonéis, surrões, jacás, balaios, baús, garrafas, tambores e bujões, bolsas e sacolas. A evolução das embalagens: *cerâmica * vidro * tecidos e a madeira * papel e papelão * folha-de-flandres *até atingir a atualidade do alumínio e do plástico nas suas várias modalidades. Historicamente as embalagens foram vistas, por muitos anos, como proteção para os produtos e destinadas ao transporte e armazenamento. A identificação dos produtos: – feita por meio da forma da embalagem, que não continham nomes, indicações de origem, imagens ou outros recursos visuais. –Os rótulos de pano surgiram no séc. XV e os de papel na virada do séc. XVIII para XIX. Após a segunda guerra mundial * mercados de massa, * meios de comunicação * supermercados no formato auto-serviço, Valorização da importância das embalagens na competitividade de mercado. Na década de 1950, – a maioria dos produtos eram pré-embalados, – a opressão exercida pelos grandes varejistas às pequenas mercearias, – a necessidade de produtos instantaneamente identificáveis, que se vendessem por si próprios, tornou-se imperativa. – Foi esse o momento em que a embalagem tornou- se um forte instrumento de marketing evocando, por meio de imagens, um conjunto de valores na mente do consumidor. Após estes acontecimentos houve uma explosão de novos segmentos – fast-foods, – bebidas, – alimentos, – congelados, – dietéticos, – cosméticos, – higiene pessoal As empresas começaram a utilizar recursos “adicionais” para destacar seus produtos entre outras marcas. Produtos de consumo, para a grande massa. E dessa forma, as empresas viram que a embalagem seria o fator de diferenciação entre vários produtos da mesma categoria, oferecendo importante vantagem competitiva. A embalagem para a indústria de produtos de consumo é de tal forma vital e insubstituível A embalagem assume o papel de representar o produto. As empresas perceberem que as embalagens podem representar a diferença entre os produtos. Nos elementos de design, ou seja forma, cores, materiais, etc.) que se pode diferenciar. Procurando através das embalagens, criar uma identidade própria para seus produtos. A abertura dos portos com a vinda de João VI para o Brasil em 1808 Modificou profundamente a cultura, a política e mais ainda a economia, brasileiras, Influiu no destino das embalagens. Importava-se muitas bebidas alcoólicas, de todos os tipos, entre elas destacavam- se os vinhos, os licores e cervejas. Várias caixas de cerveja fizeram parte do primeiro desembarque de mercadorias em 1808. Depois de esvaziadas, elas ganhavam outra serventia. Começou-se também a cogitar seriamente a produção local. Uma das primeiras fábricas de garrafas e garrafões do Brasil foi fundada em 1810, em Salvador. Real Fábrica de Vidros da Bahia, mas com a morte de seu fundador, alguns anos mais tarde, fechou definitivamente suas portas. Os grandes consumidores de garrafas de vidro, no entanto, seriam os cervejeiros Por esta razão as duas indústrias se desenvolveram de forma paralela. Durante algum tempo, o problema das embalagens foi parcialmente solucionado pela importação de frascos vazios ou reutilizados A cerveja Estrella-Berlin, por exemplo, vinha em barris da Alemanha e aqui era transvasada para garrafas vindas da Inglaterra. O processo era mais artesanal do que de industrial A primeira cervejaria digna desse nome foi a da Guarda Velha, na rua do mesmo nome, atual Treze de Maio no Rio de Janeiro. Fundada em 1835, utilizava garrafas com rolhas presas com barbante para resistir à pressão do gás Deu a origem da expressão "marca barbante", que passou a designar qualquer produto de qualidade duvidosa. Não era de admirar que o público brasileiro continuasse a preferir cerveja importada em barris ou mesmo em garrafas da Inglaterra, da Dinamarca ou da Baviera. Anúncio veiculado na época sobre as primeiras fábricas de cerveja existentes no Rio de Janeiro. Anúncio veiculado na época sobre as primeiras fábricas de cerveja existentes no Rio de Janeiro. Anúncio veiculado na época sobre as primeiras fábricas de cerveja existentes no Rio de Janeiro. O crescimento do setor de embalagens se deu graças a exportação dos produtos agrícolas. ◦ caixotes para o transporte de açúcar, ◦ os surrões de couro e as barricas de madeira para o mate, ◦ os sacos de juta para o café. E essa produção transformou-se realmente em indústria, acompanhando o grande processo de industrialização, no final do século XIX. Assim surgiram: ◦ sacaria de algodão para os moinhos de trigo, ◦ o metal para a lataria dos frigoríficos, ◦ os vidros para os remédios e perfumes, ◦ as garrafarias para cerveja, ◦ o papel para os cigarros e os embrulhos, ◦ o papelão para todos os tipos de caixa. Marca de ferro utilizadas desde o século XVIII para gravar a fogo as grandes caixas de madeira que transportavam açúcar para a Europa, identificando a origem do proprietário. CURIOSIDADE Em caso de fraudes, que não eram raras – como colocar uma camada de açúcar de melhor qualidade na parte superior das caixas, e às vezes pedras para aumentar o peso -, a legislação mandava: Eram obrigados a assinalar a fogo suas caixas de açúcar no exterior e também no inteiro na cabeça oposta. As marcas deviam ser registradas na alfândega de Santos. Também obrigados a numerar suas caixas e marcar a tara e o peso líquido. Depois do pagamento da contribuição literária, devia colocar na caixa a letra “S” para mostrar que Santos era o porto de origem”. CASTIGOS: “Todas as pessoas que, com positiva má-fé e conhecido dolo, cometerem falsidades industriosas e graves, em caixas de açúcar, ou introduzindo nelas corpos estranhos para aumento do peso, ou cobrindo artificiosamente porções de açúcar de ínfima qualidade com o de superior para defraudarem pela maioria do preço os compradores, incorrerão pela primeira vez na pena de confisco dessas mesmas caixas, e na de prisão por seis meses em cadeia pública; e degredo por cinco anos para Angola além das ditas penas, no caso de reincidência.”
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