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Fármacos antidepressivos

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1 
FARMACOLOGIA 
 
Fármacos antidepressivos 
 
Mecanismos dos fármacos antidepressivos 
 Potencializam as ações da norepinefrina e/ou serotonina no cérebro 
 Depressão acontece por causa da deficiência das aminas em locais específicos no cérebro 
 Resposta terapêutica demora semanas 
 A potencia do bloqueio da captação dos neurotransmissores dos antidepressivos não se relaciona com 
efeitos antidepressivos 
 Diminuição da captação do neurotransmissor é apenas efeito inicial do fármaco 
 Densidade dos receptores inibitórios pré-sinápticos diminui depois de 2 a 4 semanas de uso do 
medicamento 
 A dessensibilização desses receptores permite maior síntese e liberação de neurotransmissor na fenda 
sináptica e aumenta a sinalização dos neurônios pós-sinápticos → real resposta terapêutica 
Inibidores seletivos da captação de serotonina 
 Inibem especificamente a captação de serotonina 
 Bloqueia pouco o transportador de dopamina 
 Pouca atividade bloqueadora em receptores muscarínicos, 
alfa adrenérgicos e H1 histamínicos 
 Não tem os efeitos adversos dos tricíclicos 
 Menos efeitos adversos e mais seguros 
 Fármacos de escolha para depressão 
 Fluoxetina, citalopram, escitalopram, fluvoxamina, 
paroxetina e sertralina 
Ações 
 Bloqueiam a captação de serotonina, aumentando a concentração dela na fenda sináptica e uma maior 
atividade neuronal pós-sináptica 
 Duas semanas para ter melhora no humor 
 Em pessoas normais, não produzem diferença no humor nem estimulam o SNC 
Usos terapêuticos 
 Depressão é a indicação primária 
 TOC, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada, TEPT, ansiedade social, transtorno 
disfórico pré-mestrual, bulimia nervosa (apenas fluoxetina) 
Farmacocinética 
 Bem absorvidos após administração oral 
 Picos sérico em 2-8 horas 
 Alimentos tem pouco influencia na absorção, menos a sertralina que tem sua absorção aumentada 
2 
FARMACOLOGIA 
 
 Só a sertralina sofre biotransformação acentuada 
 Meia vida de 16-36 horas 
 Biotrasnformação pelo citocromo P450 e conjugação com glicuronídeo ou sulfato 
 Fluoxetina difere de todos por 2 motivos → meia vida de 50 horas e está disponível para liberação lenta 
(uma dose por semana) e seu metabólito é muito potente, tendo uma meia vida de até 10 dias 
 Fluoxetina e paroxetina são inibidores da CIP450 responsável pela eliminação dos ADTs, neurolépticos, 
antiarrítmicos e antagonistas beta-adrenérgicos 
 Excreção pelos rins, e a sertralina e paroxetina podem ter excreção fecal 
 Dosagens ajustadas em pacientes com insuficiência hepática 
Efeitos adversos 
 Cefaleia, sudoração, ansiedade, agitação, efeitos do TGI, fraqueza, cansaço, alterações de massa corporal, 
interações farmacológicas potenciais 
 Distúrbio do sono → paroxetina e fluvoxamina são mais sedativas e a fluoxetina e sertralina são mais 
estimulantes 
 Disfunções sexuais → perda de libido, retardo na ejaculação e anorgasmia 
 Uso em crianças e adolescentes → tomar cuidado com os impulsos suicidas, fluoxetina, sertralina e 
fluvoxamina são usados para TOC e fluoxetina para depressão 
 Dosagem excessiva → não causa arritmia, mas pode ter convulsões, pode causar a síndrome da 
serotonina (hipertermia, rigidez muscular, sudoração, mioclonia, alteração do estado mental) quando 
usados juntos com IMAO ou outro fármaco serotoninérgico 
 Síndrome da interrupção → fármacos com meia vida menores e com metabólitos inativos tem maior risco 
desse efeito, fluoxetina tem o menor risco, sintomas são cefaleia, mal-estar, sintomas da gripe, agitação, 
irritabilidade, nervosismo e alterações do padrão do sono 
Inibidores da captação de serotonina e norepinefrina 
 Venlafaxina, desvenlafaxina e duloxetina 
 Depressão costuma ser acompanhada de dor crônica, e essas dores são em parte moduladas por vias de 
serotonina e norepinefrina, inibindo essas vias, a dor é atenuada 
 Pouca atividade em receptores adrenérgicos, muscarínicos e histamínicos 
Venlafaxina e desvenlafaxina 
 Potente inibidor da captação de serotonina e em doses 
altas também é inibidor da norepinefrina 
 Inibidor fraco da dopamina 
 Inibe pouco a CIp450 e é substrato da CIP2D6 
 Meia vida de 11 horas 
 Desvenlafaxina é o metabólito ativo 
 Efeitos adversos → náuseas, cefaleias, disfunções sexuais, 
tontura, insônia, sedação, constipação, aumento da PA e 
FC 
Duloxetina 
3 
FARMACOLOGIA 
 
 Inibe a captação de serotonina e norepinefrina em qualquer dose 
 Biotransformada no fígado 
 Não usar em pacientes com insuficiência hepática nem em pacientes renais em estágio terminal 
 Metabólitos excretados na urina 
 Alimentos retardam a absorção 
 Meia vida de 12 horas 
 Efeitos adversos → efeitos do TGI, insônia, tontura, sonolência, sudoração, disfunção sexual, aumento da 
PA e FC 
 Inibidor da CIP2D6 e da CIP3A4 
Antidepressivos atípicos 
 Grupo misto eu tem ação em locais diferentes 
 Não são mais eficazes que os anteriores, nem os ADT 
Bupropiona 
 Fraco inibidor da captação de dopamina e norepinefrina 
 Meia vida curta, pode exigir mais de uma dosagem por dia ou preparação lenta 
 Ajuda a diminuir a compulsão por nicotina e atenua os sintomas da abstinência de fumantes 
 Efeitos adversos → xerostomia, sudoração, nervosismo, tremores, risco aumentado de convulsões 
 Biotransformada pela CIP2D6 
 Não tem interação com outros fármacos 
Mirtazapina 
 Aumenta a neurotransmissao por serotonina e norepinefrina bloqueando os receptores alfa2 pré-
sinápticos 
 Bloqueia os receptores 5HT2 
 Sedativo potente por causa da ação anti-histamínica 
 Não causa efeitos adversos muscarínicos nem disfunção sexual 
 Aumenta o apetite e a massa corporal 
Nefazodona e trazodona 
 Inibidores fracos da captação de serotonina 
 Bloqueio dos receptores 5HT24 pós-sinápticos 
 Uso crônico pode insensibilizar autorreceptores pré-sinápticos 5HT14, aumentando a liberação de 
serotonina 
 Sedativos 
 Trazodona → priapismo 
 Nefazodona → hepatotoxicidade 
 São antagonistas leves a moderados de receptores alfa1 → ortostasia e tonturas 
Antidepressivos tricíclicos 
 Bloqueiam a captação de norepinefrina e serotonina no neurônio 
4 
FARMACOLOGIA 
 Imipramina, amitriptilina, clomipramina, doxepina, trimipramina, desipramina, nortriptilina, protriptilina, 
maprotilina e amoxapina 
Mecanismo do ação 
Inibição da captação do neurotransmissor 
 Inibidores da captação neuronal da norepinefrina e serotinina no terminal nervoso pré-sináptico 
 Não bloqueiam os transportadores de dopamina 
 Bloqueiam a principal via de remoção do neurotransmissor, aumentando a concentração das 
monoaminas na fenda sináptica 
 Maprotilina e desipramina são inibidores seletivos da captação de norepinefrina 
Bloqueio dos receptores 
 Bloqueiam os receptores serotoninérgicos, alfa-adrenérgicos, histamínicos e muscarínicos 
 Amoxapina também bloqueia os receptores 5HT2 e D2 
Ações 
 Melhoram o humor, alerta mental, aumentam a atividade física e reduzem a preocupação mórbida 
 Precisa de no mínimo 2 semanas para o efeito 
 Não estimulam o SNC nem melhoram o humor em pacientes normais 
 Necessário o desmame lento 
Uso terapêutico 
 Depressão 
 Transtorno do pânico 
 Imipramina é usada para controla micção na cama em crianças maiores de 6 anos 
 Amitriptilina é usada para tratar enxaqueca e síndromes de dor crônica 
 Podem ser usados para insônia em dosagens baixas 
Farmacocinética 
 Bem absorvidos após administração oral 
 Lipofílicos 
 Penetram facilmente o SNC 
 Meia vidas e biotransformação variadas 
 Biodisponibilidade baixa e inconsistente 
 Biotransformados pelo sistema microssomal hepáticoe conjugados com ácido glicurônico 
 Excretados pelos rins 
Efeitos adversos 
 Bloqueio dos receptores muscarínicos → visão borrada, xerostomia, retenção urinária, taquicardia sinual, 
constipação e agravamento de glaucoma estreito 
 Afetam condução cardíaca 
 Bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos → hipotensão ortostática, tonturas e taquicardia reflexa 
 Bloqueio dos receptores histamínicos → sedação 
5 
FARMACOLOGIA 
 
 Aumento de massa corporal 
 Disfunção sexual 
 Usar com cuidado em paciente com transtorno bipolar e em 
suicidas 
 Índice terapêutico estreito 
 Agrava angina instável, HPB, epilepsias e arritmias 
Inibidores da monoamina oxidase 
 MAO é uma enzima mitocondrial encontrada em nervos e em 
outros tecidos 
 No neurônio funciona como válvula de segurança, 
desaminando oxidativamente ou inativando excesso de 
neurtotransmissores que possa vazar quando o neurônio esta 
em repouso 
 Inibidor da MAO pode inativar a enzima permitindo uma fuga 
de neurotransmissores que vão se acumular na fenda sináptica 
 Fenelzina, tranilcipromina, isocarboxazida e selegilina 
Mecanismo de ação 
 Forma complexo estável com a enzima, inativando-a, 
aumentando os estoques de neurotransmissores e difusão 
deles pra fenda sináptica 
 Inibem também a MAO do fígado, e lá a MAO catalisa reações 
que desativam a tiramina (nos alimentos) 
 Interações com fármacos e alimentos 
 Selegilina é na forma de adesivo transdérmico e produz menor 
inibição da MAO hepática 
Ações 
 Ação antidepressiva demora semanas 
 Selegilina e tranilcipromina tem efeito estimulante tipo 
anfetamina → agitação e insônia 
Uso terapêutico 
 Pacientes deprimidos que não respondem aos ADT ou que tem 
ansiedade grave 
 Pacientes com atividade psicomotora baixa 
 Tratamento de estados fóbicos 
 Depressão atípica 
 Fármacos de ultima escolha 
Farmacocinética 
6 
FARMACOLOGIA 
 
 Bem absorvidos após administração oral 
 2-4 semanas para efeito 
 Biotransformados e excretados na urina 
Efeitos adversos 
 Interação com fármacos e alimentos → tiramina 
 Fentolamina e prazosina são usadas no tratamento de hipertensão induzida por tiramina 
 Perigoso em pacientes gravemente deprimidos e suicidas 
 Sonolência, hipotensão ortostática, visão borrada, xerostomia, disúria e constipação 
 Não deve ser administrado com ISCS pelo risco de síndrome da serotonina 
 Fluoxetina deve ser suspensa 6 semanas antes de iniciar com IMAO 
 Com bupropiona pode dar convulsão

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