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Tribunal de Justiça do Estado do Piauí - ESTUDO DE CASO

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ESTUDO DE CASO
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí
DADOS: 
Arquiteto: Acácio Gil Borsoi
Localização: R. Gov. Tibério Nunes, 309 - Cabral, Teresina - PI, 64000-750, Brasil
Arquiteto Responsável - Acácio Gil Borsoi
Arquiteto Colaborador - Gilson Gonçalves
Desenhista - Cyro Menescal
Construtora - Lourival Parente
Responsável Técnico - Eng. Lourival Sales Parente
Ano do projeto - 1975
O PROJETO
Sugerindo uma situação de repouso e estabilidade, o edifício possui configuração de um corpo centroide, volume de um monobloco de base quadrada. Sua forma é aparentemente compacta, porém sua massa é esculpida de modo positivo tendendo à complexidade. A geometria simétrica garante o equilíbrio dos elementos compositivos das fachadas, estes que atribuem ritmo a criação, brises que vencem quase toda a altura do prédio, estando dispostos de modo aparentemente irregular.
O edifício possui a relação proporcional de 46,00m de comprimento e largura por 19.90m de altura, na fachada noroeste, e 16,04m na fachada sudoeste. Essa diferença ocorre em razão da sua implantação, a qual a estrutura foi acomodada a topografia, aproveitando os desníveis e adequando-se aos mesmos. Nesta locação o primeiro pavimento ocupa menor parte em relação aos demais andares, tendo este acesso principal a noroeste pela rua lateral enquanto o segundo pavimento possui ligação direta com a Praça Desembargador Edgar Nogueira, localiza a sudeste. No prédio, que possui planta livre, o programa é distribuído em cinco pavimentos, os quais são interligados pela enfática escada em ferro helicoidal e observa-se que, em todos, repetem-se, sobrepostas, as áreas de apoio e de serviços constituídos por banheiros, depósitos, copa, escada secundária e elevador.
Quanto ao sistema construtivo empregado, foi utilizado o concreto armado. A estrutura da edificação foi executada “in loco”, onde observa-se que no projeto todos os detalhes construtivos foram simplificados e os gabaritos padronizados para uma maior racionalização. O enquadramento estrutural forneceu as diretrizes precisas para a produção,a qual é formada por pilares de secção quadrada (0,40m x 0,40m), dispostos em uma trama regular, distanciados 6m de eixo a eixo.
As vigas possuem secção aproximadas de 0,20m x 0,75m, dispostas em malha onde se encontra nos eixos dos pilares, reforçando o afastamento da marca de 6m, existindo algumas exceções cujo separação é geralmente deslocada 0,20m do pilar, sendo conectadas a eles por um detalhe especifico de ligação. As lajes entre os pavimentos têm em suas extremidades uma estrutura em formato de cunha, expondo uma borda final de apenas 0,10m no lado externo, enquanto internamente atinge 1,25m de largura, este arremate permite maior sutileza a composição.
	
O edifício é finalizado com uma coberta delgada a qual a conexão é realizada por uma estrutura metálica preenchida de concreto com 1,40m de altura e diâmetro de 0,20m, em suas extremidades, um diâmetro menor, cerca de 0,10m; estes elementos de ligação estão recuados a 1,80m das bordas dos pilares externos de concreto, sendo outro detalhe que proporciona leveza visual ao pesado objeto de concreto armado. As colunas auxiliam a suportar a carga exercida pela cobertura, porém o maior peso é sustentado pelos pilares internos em concreto.
Borsoi comprova, no desenho cauteloso, a preocupação com todos os pormenores e o caráter artesanal da obra, porém buscando sempre a racionalidade. A empresa, a pedido do arquiteto, encomendou tijolos específicos, alguns com detalhes para servirem de cercadura e de batedores das portas, além de terem formulado um produto especial para a proteção dos mesmos, uma espécie de selador, com efeito fosco, para valorizar o real aspecto da cerâmica local.
Em toda a edificação os materiais empregados foram deixados em sua naturalidade garantindo o aspecto visual e real das soluções formais. As superfícies em alvenaria de tijolos, pedras, madeiras ou no concreto demostram as texturas pretendidas durante a criação. De maneira mais evidente e valorizada, as fachadas da edificação, são  compostas por brises que exibem com clareza o sentido dos cortes e encaixes das madeiras utilizadas nas fôrmas confeccionadas no canteiro de obras. Sendo que estes elementos com textura rugosa conseguem resumir, a relação de forma/estrutura, proteção, intenção plástica e simbolismo de toda a composição.

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