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A Literatura como Fonte Histórica e Recurso Didático

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A LITERATURA NA HISTÓRIA/ENSINO DE HISTÓRIA
Fernando Nogueira Resende
Jonathan Evangelista de Araújo
 
Este artigo tem o objetivo de expor a importância da literatura como fonte histórica e como recurso didático para o Ensino de História. A obra a ser utilizada para análise será “O cortiço”, que retrata o período do Brasil República do século XIX, e a partir desse ponto, apresentar sugestões de usos desse tipo de linguagem em sala de aula, em específico na disciplina de História para o Ensino Fundamental, em turmas específicas de 9° ano. Outro ponto é perceber a importância da literatura em quadrinhos na construção do imaginário e representações de certa época, além de refletir sobre a sociedade em todos os seus âmbitos culturais, sociais e políticos.
 A partir do século XX, momento em que a História se constitui como Nova História com a Escola dos Annales, os conceitos de fontes históricas são ampliados, ou seja, os documentos escritos deixaram de ser únicos objetos de análise do historiador, tendo em vista que tudo é histórico, as linguagens devem ser utilizados como objeto histórico e como recurso didático-pedagógico, uma estratégia para se ensinar História, tanto no Ensino Fundamental, Médio ou Superior, porém o foco aqui é o 9° ano do Ensino Fundamental, em específico a literatura em quadrinhos como recurso didático, que são carregadas de intenções e subjetividades, pois foram produzidos pelo ser humano.
Podemos perceber diversas mudanças na literatura e na História ao longo dos anos, propiciando a utilização da mesma na historiografia, entretanto, destacando algumas críticas e dificuldades na inserção da mesma como recurso ao professor por não se tratar de um trabalho científico, com o rigor metodológico específico da História, ou seja, sem compromisso com a análise crítica das fontes. No entanto, será realçado o poder de construção do imaginário, e de mostrar as representações de um determinado período histórico. A literatura brasileira do século XIX surge no período que a imprensa ganha destaque por meio dos jornais e revistas, percebendo que o veículo original surgiu de outras formas.
Pode-se observar diversas características de uma sociedade presente nas obras literárias, podendo identificar o contexto de uma época, pois, a partir de uma produção de cunho literário é possível notar que há uma construção de imagens a respeito de seu tempo, ou seja, características temporais de quem escreve, fazendo com que haja a criação de uma imaginação e representação, sendo que é uma fonte riquíssima para análise de um historiador ao compreender as diferentes visões históricas. O sujeito histórico é pertencente as suas relações de vivência, logo, isso é visível na literatura, ao seu lugar que pertence, homem do seu tempo, a literatura surge da sociedade da qual ela pertence. 
Não existe literatura fora da história, portanto nota-se que é preciso articular o passado a partir do presente. Devemos sempre problematizar por que a literatura é uma fonte histórica, sendo que é preciso entender a experiência social a partir da literatura, pois a História na literatura acontece em diferentes dimensões; nota-se que qualquer sociedade produz uma série de imagens sobre o seu passado; o autor escreve a partir das redes de interação social; a literatura surge da sociedade a qual ela pertence; logo nos surge algumas questões, a História é literária? A literatura é História? 
Percebe-se que apesar das inevitáveis discussões teóricas, a literatura não deixa de ser uma importante fonte para o historiador, revelando os hábitos e o imaginário social da época em que foi produzida. A autora Sandra Jatahy Pesavento (2006) faz uma discussão de forma bastante contundente sobre a literatura e sua utilização na história enquanto fonte histórica, a mesma aborda que a literatura possibilita compreender o imaginário e a representação de certo período histórico:
“o imaginário é sistema produtor de ideias e imagens que suporta, na sua feitura, as duas formas de apreensão do mundo: a racional e conceitual, que forma o conhecimento científico, e a das sensibilidades e emoções, que correspondem ao conhecimento sensível” (PESAVENTO, 2016, p. 2).
Ou seja, observamos que:
“ao construir uma representação social da realidade, o imaginário passa a substituir-se a ela, tomando o seu lugar” (Idem).
Sobre a questão de representação e busca do acontecido, Pesavento diz que:
“registramos, com isto, a mudança deliberada do tempo verbal: o poderia, o teria sido, com o que a narrativa histórica, representação do passado, se aproximaria, perigosamente, da definição aristotélica da poesia, pertencente ao campo da ficção. Ou seja, as versões do acontecido são, de forma incontornável, um poderia ter sido. A representação do passado feita pelo historiador seria marcada por esta preocupação ou meta: a da de vontade de chegar lá e não da certeza de oferecer a resposta certa e única para o enigma do passado” (Idem, p. 4).
Nota-se a literatura então como um:
“discurso sobre o que poderia ter acontecido, ficando a história como a narrativa dos fatos verídicos. Mas o que vemos hoje, nesta nossa contemporaneidade, são historiadores que trabalham com o imaginário e que discutem não só o uso da literatura como acesso privilegiado ao passado — logo, tomando o não-acontecido para recuperar o que aconteceu” (Idem, p. 3)
Pensando nisso, no conceito de representação na qual estão expostas as histórias em quadrinhos e a literatura, que se propõe a fazer uma análise de como o período Imperial brasileiro está representado na obra literária de “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo escrita em 1890, que retrata o drama cotidiano de um cortiço no Rio de Janeiro, demonstrando as mazelas sociais da época, além do cotidiano das pessoas deste período. A intenção é, a partir da obra, fazer uma análise desse período, expondo as características do tempo histórico, perpassando o meio social, para entender o funcionamento desta sociedade, e como ela está sendo retratada historicamente no romance. Cabe ressaltar que a intenção principal aqui é fazer uma relação da obra e o ensino de história, a partir da literatura, e compreender o formato literário e como ele pode ser um recurso em sala de aula, partindo ainda, o uso dos gibis, histórias em quadrinhos, como uma ferramenta educacional nas escolas para o ensino de história.
Encontra-se em grande número obras literárias que foi transformado em quadrinhos, nosso enfoque é perceber os elementos da obra tanto original como livro, mas também o quadrinho, elencando como essa transposição da obra clássica, para os quadrinhos pode ser um meio útil no ensino, e na busca de um interesse maior dos alunos pela leitura. Se as imagens além do dialogo influencia os alunos na compreensão, ou facilita a representação visual e a construção histórica, na qual se apresentam as duas linguagens. 
Literatura e História/Ensino de História
A Literatura tornou-se mais dinâmica a partir do momento em que foi produzida na versão de história em quadrinhos, pois não só a leitura, mas as imagens dão lugar para a imaginação do aluno, pois na maioria das vezes o ver proporciona o conhecimento e a aprendizagem do aluno. Dependendo da abordagem dos professores de história e os recursos para além das literaturas usadas para relacionar o tema, a aula torna-se proveitosa, e se a aula tem uma boa dinâmica, os alunos saem da zona de conforto e passam a prestar atenção na explicação, além de participarem da aula de forma mais ativa.
Portanto, adicionar a Literatura como recurso didático em sala de aula enriquece bastante a dinâmica da aula, principalmente obras literárias em quadrinhos, porém, devemos ter em mente que alunos possuem realidades distintas e particularidades, e nós como professores de História deveram perceber essas realidades e criar mecanismos para passar o conhecimento para os alunos no intuito de proporcionar ao aluno o desenvolvimento de um pensamento crítico, para que esses alunos entendam que não se deve estudar a História comoalgo factual, que não se pode estudar o passado pelo passado, mas que o contexto histórico e as representações apresentadas por meio das diversas linguagens, proporcionam ao aluno a compreensão de sua realidade e do mundo em que vive.
HQs, abordagens e Ensino de História
Tendo em vista o Ensino de História e a utilização de novas linguagens, torna-se necessário realizar uma discussão sobre as HQs no ensino. Percebe-se uma ampliação da presença de Histórias em Quadrinhos (HQs) no ambiente escolar nos últimos anos, questão presente no Plano Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).
Entretanto, percebe-se que a inserção das HQs cria novos desafios aos educadores, fazendo com que haja a necessidade de compreensão da linguagem e das inúmeras obras sobre o tema. O presente artigo pretende discutir a inserção das HQs no ensino e problematiza de que forma os quadrinhos podem ser utilizados no ensino de História, destacando uma obra possível para ser trabalhada.
Nosso tema central é explanar sobre a História em quadrinhos, o estudo da História e como as HQs são utilizadas no ensino de História. Contudo, é preciso destacar que a produção de HQs passou por uma crise na década de 1980. As HQs passaram por várias críticas e resistências no fim do século XX, eles deixaram de ser lidos apenas por crianças, passaram a ser utilizados por adultos e em seguida como fonte no campo da educação. Os quadrinhos passaram a ser problematizados enquanto um produtor de imaginário e representações.
Desde 1980, as discussões no Brasil se faziam presentes sobre a utilização dos quadrinhos no ensino de história, mas:
 “foram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), lançados em 1997, que colocaram as HQs diretamente nas salas de aula” (LIMA, 2017, p. 149)
 Percebe-se uma ampliação tanto no sentido curricular quanto na inserção de novos artifícios no ensino de história, ampliação:
“nas várias formas de organização curricular, é possível identificar a ampliação do universo de temas, problemas estudados e de materiais/fontes utilizadas no ensino de História” (FONSECA, 2009, p. 09).
Foi a partir do ano de 2006 que as obras em quadrinhos passaram a ser incluídas nas compras. No entanto, ainda houve a crítica de que os quadrinhos continuaram a ser vistos apenas como ferramentas e uma produção do gênero literário.
Portanto, deve-se observar que:
“as HQs aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando a curiosidade e desafiando seu senso crítico; a interligação do texto com a imagem, presente nas HQs, amplia a compreensão de conceitos” (Lima, Idem, p. 152).
Observa-se que:
“a utilização das HQs no ensino de História tem se afirmado lentamente nas últimas décadas, em especial em decorrência do movimento historiográfico de ampliação da noção de fontes e pela abertura do espaço escolar para a utilização de novas linguagens” (Idem, p 153).
Mesmo que a escrita impere, não se pode mais negar a importância de outras fontes. Os Annales colocaram a discussão em torno do documento. De lá para cá, houve uma grande ampliação de fontes e pesquisas.
Com isso, cresce a complexidade dos documentos, já que mudaram os limites de vários campos do conhecimento e as relações estabelecidas entre eles. Surgem novas especializações e profissões, diversificou-se a pesquisa e ganharam importâncias diferentes tipos documentais.
Com os Annales, amplia-se o repertório das fontes históricas e altera-se o próprio conceito de fonte ênfase nos processos sociais e econômicos, assim como aos aspectos mentais da civilização nas décadas seguintes.
Tem aumentado à discussão a respeito do uso das HQs no ensino de História no Brasil, sendo que percebemos essas discussões também em artigos, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. No entanto, Douglas Lima nos mostra que ainda falta obras de docentes que fizeram a utilização dessas obras em salas de aula.
Sobre o uso dos quadrinhos em salas de aula, nota-se que os mesmos servem:
“para ilustrar ou fornecer uma ideia de aspectos da vida social de comunidades do passado; para serem lidos e estudados como registros da época em que foram produzidos; para serem utilizados como ponto de partida de discussões de conceitos importantes para a História” (Idem).
A utilização de quadrinhos que falam sobre uma realidade local e nacional é fundamental na compreensão do aluno, como por exemplo, o quadrinho O Cortiço, que é um dos nossos objetos de estudo, é uma obra em quadrinhos adaptada de uma literatura de sucesso, nela conseguimos compreender o Brasil República no final do século XIX.
Portanto, percebe-se que mesmo que os quadrinhos sejam ficcionais, não impossibilita a utilização dos mesmos pelo historiador no ensino de História. Nota-se que a rejeição contra esse tipo de fonte foi superada, sendo que os 10 anos de publicações de quadrinhos pelo PNBE contribuiu para essa superação. Tem sido discutida a inserção dos quadrinhos na área de ensino em vários estudos, destacando que as HQs podem ser utilizadas na compreensão de fatos, representações de uma época e de forma bem mais atrativa aos alunos, sendo que se pode utilizar a produção textual atrelada à fonte imagética. Ou seja, a utilização dos quadrinhos se torna crucial no ensino de história. Ademais:
“os quadrinhos promovem a leitura, a interpretação e a imaginação, aspectos diretamente relacionados às aulas de Linguagens, mas também fundamentais para as Humanidades e, especificamente, para a História” (Idem).
A obra O Cortiço e seu contexto histórico
‘O Cortiço’ 1890, de Aluísio de Azevedo, escritor literário naturalista que em sua obra faz toda uma construção social na qual retrata a vida do personagem João Romão, um português que tem uma elevada ambição, e que faz de tudo para acumular capital. O enredo da narrativa se baseia nas relações pessoais a partir do vendeiro, e de sua amante, Bertoleza, uma escrava que se amiga a João Romão após a morte de seu companheiro. O cortiço, espaço social a qual se localiza a narrativa literária, e localizada em Botafogo, bairro da Cidade do Rio de Janeiro, e se expressa como personagem também dentro da trama.
A obra, numa perspectiva literária, traz uma nova forma de construção literária, do século XIX, onde os heróis agora mudam de forma, não está mais apossado em uma classe superior, e nem detém mais a condição de exemplo social, a narrativa agora se vira pra uma nova analogia dos sujeitos e suas condições sociais. O cortiço é uma obra literária de grande importância, dentro da conjuntura intelectual brasileira. Se levarmos a para uma exploração histórica de suas tramas, ‘o cortiço’ nos apresenta uma análise do contexto histórico, a transição do período Imperial para a República, demonstrando uma enorme coesão de fatos históricos possíveis de análise.
A transição do fim do período imperial e a instalação da República são representadas pela configuração condição de Bertoleza, na qual nos leva a pensar sobre o fim da escravidão e o processo lento que se decorre ate a percepção dos novos fatos. A condição de escrava que ainda serve ao seu senhor, caracterizada por Bertoleza, deixa claro essa relação firmada no final do século XIX, e demonstra como essa sociedade ainda estava muito ligada a questão escravocrata.
A questão social é o fator mais apresentado na trama de Aluísio de Azevedo em ‘O Cortiço’, caracterizado pelos personagens da narrativa. O cortiço como espaço social revela a condição dos sujeitos, e como esses sujeitos sociais do final do século XIX agem dentro dessa sociedade. Carvalho 2008, em análise sociológica da obra, faz uma caracterização dos personagens agrupados em categorias, o branco europeu, na qual se encontra na condição de desprezo por parte dos nativos, isso se dar principalmente pela relação desde o período colonial e a condição a qual estava alocada na sociedade de superior, e as condições econômicas que os mesmos tinham. 
João Romão, personagem principal da obra, e uma pessoa escravizada pelo capitalismo, na qual a acumulação de capital por parte do personagemlhe condiciona a exploração de si.
“A cena inicial do romance de Azevedo antecipa ao leitor o que seria a motivação da vida de João Romão”. Mais do que qualquer descrição física, a primeira apresentação do protagonista do romance é sua pulsão mental: sua mania por ser rico, seu “delírio de enriquecer”. No universo de João Romão, toda ação visa ao crescimento econômico, no qual o dinheiro é o único objeto de desejo. De fato, acumulação equipara-se a privação: “apertando cada vez mais as próprias despesas, empilhando privações sobre privações”. (SANTOS, 2012, p. 57).
Santos (2012) analisa a obra o cortiço partindo de um viés econômico, na qual é representado dentro da obra, associando as relações pessoais com o fator econômico. Desde o personagem João Romão e seu fascínio em acumular capital, numa lógica do sistema capitalista, que também e encontrada nos moradores do cortiço, na qual muitos vivem do trabalho exploratório na mina, ou prestam serviços em outras localidades. A questão das lavadeiras de roupa, e a condição que Leocádia se presta na busca de ser ama de leite, vista que se estavam pagando bem, isso representaria uma melhoria na sua condição social. 
Conclusão
Nossa proposta aqui foi discutir sobre a literatura, partindo dos relatos presentes de representação nos discursos das narrativas de obras literárias, na qual tem uma série de representações dos contextos ao qual foi produzida. Entender essas relações é de fundamental importância, os historiadores ou mesmos intelectuais do campo das ciências humanas, depois das formulações das fontes históricas feita pelos Annales no século XX, tem se debruçado em analisar essas obras, percebendo sua importância dentro da construção do conhecimento.
Essa importância vai ser atendida no ensino também, as possibilidades de uso de linguagens em sala de aula, partindo da interdisciplinaridade escolar, a literatura entra como uma ferramenta importante no uso escolar. No ensino de história, essas linguagens tem um papel importante, vista que os clássicos literários estão cheios de representações, no qual a literatura clássica textual brasileira é uma fonte primordial no que se trata dos conteúdos sobre a história do Brasil. Esse foi o caso da utilização da obra de Aluísio de Azevedo ‘O Cortiço’, obra de 1890, que retrata a sociedade do final do século XIX, com uma riqueza de elementos históricos, na qual fazemos um parâmetro com o Gibi/HQs de “O Cortiço”, na qual formula em uma nova linguagem, que possibilita uma maior atratividade por parte dos alunos em sala de aula, levando em conta os tipos de linguagem e sua aceitação por parte dos alunos.
REFERÊNCIAS 
Fernando Nogueira Resende é graduando em curso de Licenciatura em História na UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – em Xinguara – Pará.
Jonathan Evangelista de Araújo é graduando em curso de Licenciatura em História na UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – em Xinguara – Pará.
Esse artigo é resultado de trabalho de trabalho final apresentado na disciplina Prática Curricular Continuada V – Estratégias de Ensino de História no ensino fundamental. E foi orientado por Rafael Rogério Nascimento dos Santos, professor do curso de Prática Curricular Continuada V – Estratégias de Ensino de História no ensino fundamental.
FONSECA, Selva Guimarães. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e metodologias. Anais do I seminário nacional: currículo em movimento. Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, novembro, 2009.
LIMA, Douglas. História em quadrinhos e ensino de História. Revista História Hoje, v.6, nº 11, p. 147-171, 2017.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. « História & literatura: uma velha-nova história », Nuevo Mundo Mundos Nuevos [En ligne], Débats, mis en ligne le 28 janvier 2006, consulté le 21 mai 2017. URL: http://nuevomundo.revues.org/1560 
SANTOS, Vivaldo Andrade dos. Uma leitura econômica de O Cortiço. Revista Ieb, n54, 2012, set./mar. p.53-66.

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