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0 DAPHINIE PALACIO MOYANO CAVALLARO– 0805048 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE ADULTOS LEITORES Pré-Projeto de Pesquisa apresentado a UNIP Interativa - Polo Ibiúna – SP - Curso de Letras (Português/Inglês), como requisito para elaboração de Trabalho de Curso. Orientação: Ibiúna 2012 1 1. INTRODUÇÃO O ensino da leitura e da recepção de textos tem sido a grande preocupação de lingüistas e teóricos de modo geral, visto que, a compreensão e domínio de um texto, de modo a construir o conhecimento é condição determinante para a participação social. Contudo, apesar do muito que se tem escrito na escola, esta ainda não está conseguindo formar leitores proficientes, ou seja, após o término do ensino básico, verifica-se que o aluno não sabe "ler". Essa evidência do fracasso pedagógico aponta a necessidade de uma reestruturação de estratégias para o ensino da leitura, com o propósito de encontrar formas, garantindo assim, o domínio da linguagem e, conseqüentemente, da escrita; pois, o desempenho do aluno reflete a qualidade do ensino ministrado. Teoricamente, o quadro apresentado, não pode ser aplicado somente ao conteúdo pedagógico, uma vez que, são muitos os elementos que se aglutinam para proporcionar tal conjuntura. Entretanto, tem-se que começar a mudança por algum lugar e, talvez, pela parte pedagógica seja um caminho mais fácil e eficiente para, em pouco tempo, surgir uma conjuntura antagônica à atual. O que se observa na prática pedagógica que desde o processo de alfabetização dos alunos, a leitura como prática pedagógica é preterida ou considerada como fator secundário no processo de alfabetização; normalmente, os docentes tendem-se ao que é tradicional, ou seja, á prática reprodutivista tendente aos reconhecimentos de símbolos e á formação de palavras, destituídas de atividades que permitem o aluno a compreender o contexto do que se lê. Levando em deferência essa conjuntura, a proposta desse trabalho é o de destacar a relevância da leitura a partir do 1º ano do Ensino Fundamental, visando à formação de adultos leitores. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral 2 Enfatizar a relevância de se desenvolver a leitura na primeira série do Ensino Fundamental como metodologia pedagógica, visando à formação de adultos com competência de leitura. 2.2 Objetivos Específicos • Enfatizar o que vem a ser leitura e competência de leitura; • Expor a realidade da leitura no Brasil na realidade contemporânea, bem como expor o local da leitura na atual sociedade de informação; • Destacar a importância de se aplicar a leitura desde as primeiras séries iniciais do Ensino Fundamental, oferecendo ênfase ao 1º ano do Ensino Fundamental. 3. JUSTIFICATIVA Levando em consideração o que foi exposto na parte introdutória, este trabalho se justifica no sentido de proporcionar subsídios relevantes em relação à importância da leitura para os alunos das séries iniciais no Ensino Fundamental, essencialmente, aos alunos da primeira séria, justamente pelo fato de que, nessa fase, tal como menciona Le Boulch (2005), a criança desenvolve a sua competência de compreensão e formação de pontos de vista em relação à realidade, sendo um período ideal para que a criança tenha os primeiros contatos com diversas leituras. Esta pesquisa também se justifica no sentido de reforçar o cabedal pessoal acerca do tema proposto, visto que, ao atuar na área pedagógica, depara-se constantemente com alunos com dificuldades de compreensão de simples textos, bem como em escrevê-los com coerência e coesão, realidade essa que exige uma alteração do cenário, entendendo que o aprimoramento da leitura como prática pedagógica seria o início atual para essa perspectiva. Além dessas justificativas, este trabalho também visa atender às exigências das disposições legais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 9394/96) nos termos constantes no capítulo IV - da Educação Superior, em seu art. 43, incisos III e IV que tem as seguintes colocações: “Inciso III: incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica visando o desenvolvimento da ciência e da 3 tecnologia e da criação e difusão da cultura”; “ e inciso IV: promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem o patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou outras formas de comunicação” (BRASIL, 2000). 4. REFERÊNCIAL TEÓRICO Em meio à modernidade e ao progresso tecnológico, encontram-se perdidos valores como a generosidade, a solidariedade, o senso de justiça, a coletividade e conseqüentemente, uma diminuição da capacidade de indignação das pessoas em relação a tudo isso. Devido a esse contraste, o grande desafio consiste em saber como educar os jovens na sociedade atual. A leitura é um precioso instrumento de resgate de valores. Além de proporcionar a humanização, ela é um elemento útil para o desenvolvimento da escrita, do vocabulário e, principalmente, da interpretação das mais diversas leituras de mundo. Conforme Lajolo (2004), ao se organizar as emoções e visão de mundo, remete-se a questões sociais, ajudando a tomar posições diante delas. A leitura é essencial para a formação do indivíduo. Ela proporciona um maior contato com as grandes forças da vida como o medo, o amor, a morte, as frustrações, entre outros contextos. Mergulhar na leitura possibilita uma transformação e um crescimento individual, seja humano ou técnico. Desse modo, os envolvidos em educação, tem um papel importante a desempenhar na formação de leitores. É preciso trazer o livro para a sala de aula, para "despertar" no aluno o sabor da leitura. É preciso também propiciar condições para o prazer como satisfação da necessidade e para a consciência social da leitura. (WAITZ, 2008) De maneira geral, escreve-se mal e fala-se pior ainda no Brasil de hoje. E por quê? De acordo com Buarque (2008, p. 7), falta o gosto pela leitura. Em função disso, ele declara que: [...] isso deve ser estimulado desde cedo, antes mesmo do processo de alfabetização, para incutir no cérebro das crianças o apreço dos valores que serão essenciais à sua plena formação [...] Para enfrentar, com chance de sucesso, a avalanche que representa a mídia eletrônica. 4 Segundo Lajolo (2004), a leitura é uma atividade bastante complexa cuja aplicação no ensino tem características diversas. Reforça a autora que, não obstante a diversidade metodológica, ela não tem sido proficiente, não somente no cenário brasileiro, mas sim em todo o mundo: "Mesmo os métodos mais sofisticados não tem surtido efeito esperado: são constantes as queixas de que até o universitário lê pouco e mal.” (LAJOLO, 2002, p. 9). Portanto, trata-se de uma fase determinante para se explorar a aprendizagem da leitura, visando o aprimoramento ao longo dos anos, constituindo-se um adulto leitor. No entanto, de acordo com Pereira et. al (2007, p. 4): “O ensino da leitura e, particularmente, a importância da literatura na formação pessoal e intelectual do ser humano ainda nas séries iniciais, encontram pouco espaço.” Por isso, pais, escola e professores precisam rever a importância da leitura, valorizar a criança como um eterno aprendiz, capaz de criar, recriar, interpretar e formular hipóteses sobre o que lê e, conseqüentemente, do que escreve. 5. METODOLOGIA Ao que se refere ao método de abordagem, foi utilizado o método dedutivo que, de acordo com a concepção de Costa (2001) é o método queparte do geral e desce para o subjetivo, ou seja, “[...] Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.” Assim sendo, partir dos fenômenos gerais observados, teóricos e empíricos, será exposta uma concepção subjetiva para responder o problema apontado. Concernente ao método de procedimento, foi utilizado o monográfico, uma vez que tem por estrutura a observação direta de um fato, que, de acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 151): [...] um estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina. Assim sendo, compreende-se que o procedimento monográfico refere-se a um estudo de cunho particular a partir de uma concepção científica de um fato ou um fenômeno. 5 6. REFERÊNCIAS ABREU, Márcia (org.) Leituras no Brasil. Antologia Comemorativa pelo 10º COLE. Campinas, Mercado de Letras, 2005. AZARIAS, Andréia. Alfabetização e o lúdico, a importância dos jogos e brincadeiras. 2010. Disponível em < http://www.webartigos.com/artigos/alfabetizacao-e-o-ludico-a-importancia-dos- jogos-e-brincadeiras/51664/> Acesso em 11 de abril de 2012 BRASIL, Parâmetros Curricular Nacional – Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 2000. BUARQUE, Cristovam. Leitura no Brasil. 2008. Folha de São Paulo. Jornal das Resenhas. Disponível em: http://www.folhadesãopaulo.com.br/jornaldasresenhas/leituras?~~/. Acesso em 26.03.2011. CAGNETTI, Suelly de Souza. Livro que te quero livre. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 2006. COSTA, Dierl. Métodos de Pesquisa, São Paulo: Atlas, 2001. GARCEZ. Maria H. Nery. Escolas buscam modelo de ensino. Jornal Usp, Mar/2008, n. 588. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LAJOLO, Marisa. O que é leitura. São Paulo: Editora Brasiliense, 2004. 6 LE BOULCH, Adenimael. Desenvolvimento psico-sensório-motor da criança, São Paulo: Moderna, 2005. OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI; TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, Thomsom Learning, 2002. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002. WAITZ, Inês Regina. O ensino da literatura e seu espaço de Formação. 2008. Disponível em< http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/reduc/article/viewFile/201/199> Acesso em 11 de abril de 2012.
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