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Antibiotico

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ANTIBIOTICOS 
 
INTRODUÇÃO 
 Os antibióticos são essenciais para vários tratamentos, como na doença periodontal, 
que é causada basicamente por uma infecção; além dos procedimentos realizados no 
consultório, sempre haverá necessidade de prescrever algum antibiótico para que sua ação 
favoreça o tratamento o sucesso do tratamento. 
 O antibiótico é produzido por um microrganismo que tenta sobreviver em 
determinado ambiente. Ao competir pelo espaço e comida com outras espécies, ele libera 
substâncias que promovem a morte delas; conhecendo essa propriedade, cientistas 
conseguiram isolar substâncias antibióticas e produzi-las em larga escala para o uso clínico. 
Por definição, os antibióticos são substâncias produzidas por diferentes espécies de 
microrganismos, bactérias ou fungos, que inibem ou matam outros microrganismos. 
 Pode ser uma substância natural, semissintética e sintética. A penicilina G é um 
antibiótico produzido de forma natural, onde uma espécie é capaz de liberar essa 
substância, que é isolada e utilizada. A amoxicilina é um derivado semissintético, composta 
por uma parte da estrutura da penicilina G e outros grupos funcionais, que ampliam o 
espectro de ação. As sulfonamidas e as quinolonas são especificamente sintéticas, e apesar 
de não serem produzidas por microrganismos são consideradas antibióticos porque 
promovem inibição de crescimento ou morte de microrganismos; as sulfonamidas foram os 
primeiros antibióticos a serem utilizados, antes mesmo da penicilina G. O problema da sulfa 
é que, como ela não tem o espectro de ação muito grande, muitas pessoas desenvolveram 
alergia a esse antibiótico, por isso houve a necessidade de substituí-la. 
 Na odontologia, a antibioticoterapia é necessária porque a cavidade bucal é 
altamente contaminada. Existe uma série de patógenos em maior ou menor quantidade, 
mas uma vez que ocorre lesão no tecido bucal essas bactérias podem desenvolver infecção 
local ou até mesmo uma bacteremia sistêmica. Desse modo, qualquer procedimento que 
leve à lesão da mucosa, que é recoberta por grande quantidade de bactérias, pode 
introduzir bactérias na corrente sanguínea; essa é principal preocupação, porque se o 
paciente tem a saúde bucal tão debilitada quanto à saúde sistêmica, as bactérias inoculadas 
na circulação podem levar a uma bacteremia. Os procedimentos odontológicos causam 
bacteremia transitória e em alguns pacientes podem facilitar o aparecimento de infecções 
sistêmicas, locais e o desenvolvimento da endocardite bacteriana. Os procedimentos que 
levam a possíveis infecções são: procedimentos traumáticos (extração dental), 
procedimentos simples (limpeza profilática) ou inserção de implantes. Nas extrações dentais 
há muito sangramento e grande possibilidade de ocorrer uma bacteremia no indivíduo. Em 
procedimentos periodontais, a bolsa periodontal é altamente contaminada – foram isolados 
mais de 100 tipos diferentes de cepas de microrganismos –, que podem ser inoculados na 
circulação; Outros procedimentos incluem a colocação de fibras de antibiótico no espaço 
subgengival, raspagem da raiz e procedimentos de manutenção, implantes dentais, 
colocação e recolocação de dentes que sofreram avulsão, endodontia, colocação de bandas 
ortodônticas, ingestão de anestésicos locais (principalmente quando estão nos espaços 
intraligamentares, intraósseos) e limpeza profilática dental com jatos de bicarbonato 
(sangramento na gengiva). 
 As bactérias podem cair na circulação sanguínea e colonizar as válvulas cardíacas. Os 
pacientes que já realizaram cirurgia cardíaca ou utilizam válvulas protéticas são mais 
susceptíveis a infecção, e quando há uma bacteremia as bactérias se alojam nas próteses. O 
problema é que após a colonização bacteriana nas válvulas são depositadas sobre elas 
fibrinas e plaquetas, formando um trombo em um local de fluxo sanguíneo intenso. Quando 
o sangue passa por essa região, o trombo pode se deslocar e seguir pelos vasos sanguíneos, 
e dependendo do tamanho pode impedir a passagem do sangue no local em que ele parar. 
Associado a bacteremia tem a disfunção da atividade das válvulas cardíacas e patologias 
consequentes, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico e meningite. 
Então, através de um procedimento odontológico o paciente pode desenvolver bacteremia; 
felizmente a maioria dos pacientes é imunocompetentes e resolvem a infecção rapidamente. 
 Caso clínico: chega um paciente no consultório que apresenta infecção grave na 
cavidade bucal (osteomielite, gengivite, abscesso), seguida de dor, febre e dificuldade na 
mastigação. Geralmente, o dentista supõe o tipo de bactéria que está associada a infecção e 
analisando a situação do paciente e pela sua experiência, a conduta é baseada na associação 
de quais tipos de microrganismos prevalecem nas infecções bucais; sabendo que a 
amoxicilina tem amplo espectro e pode ser utilizado nesses casos, ele a prescreve. A 
amoxicilina é o antibiótico de primeira escolha pra maioria das infecções da cavidade bucal 
porque é bastante eficaz no tratamento das infecções. No entanto, ela não tem efeito em 
infecções crônicas, como na doença periodontal. Após as orientações dadas ao paciente, 
este retorna em três dias queixando-se que não houve melhoras. Se a amoxicilina não teve 
eficácia significa que o microrganismo é resistente; a conduta mais adequada agora é não 
fazer testes com novos medicamentos, mas coletar o material da infecção e encaminhar 
para o laboratório de patologia fazer o antibiograma. A partir daí o dentista pode escolher o 
antibiótico que surtirá efeito no paciente. 
 O dentista começa com a antibioticoterapia por três maneiras: terapia empírica, 
terapia definitiva e terapia preventiva ou profilática. A terapia empírica é baseada no 
conhecimento prévio sobre o tipo de microrganismo associado e do espectro de ação do 
antibiótico sobre a infecção; na maioria dos casos dá certo. Nos casos em que a amoxicilina é 
ineficaz, é necessário conhecer outro antibiótico que terá efeito. A terapia definitiva difere 
da empírica porque o antibiótico escolhido tem espectro de ação estreito, sendo mais eficaz 
e específico sobre o microrganismo que está causando a patologia; além disso, ela é mais 
segura e a chance de desenvolver bactérias resistentes é menor. A terapia profilática é 
baseada na prescrição do antibiótico antes de realizar algum procedimento que possa causar 
inoculação de bactérias e é mantida por 5 ou 7 dias; o paciente não apresenta infecção, mas 
ele inicia o tratamento antes para criar uma margem de segurança – caso haja inoculação, a 
concentração plasmática de antibiótico estará alta. O objetivo da terapia profilática é evitar 
a endocardite bacteriana, meningite e bacteremia sistêmica principalmente em pacientes 
neuropênicos ou HIV positivo. 
 A escolha do antibiótico para realizar a terapia profilática depende das condições 
sistêmicas do paciente, se ele é imunocompetente ou imunossuprimido. Atualmente a 
incidência de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida é grande, e ao realizar 
uma terapia profilática num paciente que se enquadra nesse perfil, o antibiótico escolhido 
deve ser bactericida e não bacteriostático. O bactericida promove morte das bactérias, 
enquanto o bacteriostático inibe o crescimento, e com a colaboração do sistema imune a 
infecção é resolvida; nesse caso, a atividade imunológica do paciente está debilitada e não 
há como auxiliar na recuperação do paciente, logo, o antibiótico bactericida é o mais 
recomendado. 
 
AMOXICILINA 
 O antibiótico mais utilizado na odontologia é a amoxicilina, porque seu espectro de 
ação é amplo e ele precisa ser compatível com os microrganismos comumente presentesnas 
infecções bucais. Grande parte das infecções bucais é causada por bactérias gram-positivas, 
gram-negativas, aeróbias, anaeróbias não produtoras de -lactamases; a infecção causada 
por um microrganismo -lactamase não é resolvida por amoxicilina. 
 O pó pra suspensão oral é mais utilizado porque pode ser prescrito tanto pra crianças 
quanto para adultos, mas também está disponível em cápsulas. A concentração de 
amoxicilina tem apresentações de 125 – 250 – 500 mg/5 ml, então dependendo da dose 
prescrita há uma determinada concentração que o paciente deve utilizar. O paciente pode 
ingerir até 1500 mg/dia de amoxicilina, num intervalo de 8 em 8 horas. 
 Ela é prescrita no receituário comum, em duas vias. A ANVISA tem tomado cuidados 
com a prescrição de antibiótico porque o uso incoerente e indiscriminado desses fármacos 
aumenta o número de cepas resistente e com o tempo não haverá antibióticos suficientes 
para tratar as infecções. 
 Sobre a posologia, no adulto será a concentração de 250 a 500 mg e três vezes ao dia. 
A variação da concentração depende do grau de infecção, então se administra doses 
maiores ou menores; a posologia de adultos é baseada no indivíduo que pesa 70 kg, o tempo 
de intervalo é de 8 em 8 horas obedecendo a dose máxima de 1500 mg/dia. Em crianças de 
até 3 anos, é prescrito na forma de pó para suspensão oral, concentração de 125 mg/5ml; de 
3 a 12 anos, a concentração dobra para 250 mg/5ml e crianças de 40 kg ou mais a posologia 
é de adulto, 250 a 500 mg/ml, de 8 em 8 horas. 
 O paciente ou o cuidador precisam ser orientados a seguir rigorosamente os horários 
da medicação; isso é importante porque durante todo o tratamento, a concentração 
plasmática do antibiótico precisa se manter dentro da janela terapêutica para que a 
concentração mínima de antibiótico no local de infecção seja mantida. Lembre que, na curva 
de biodisponibilidade a concentração plasmática é zerada em função do tempo. Quando um 
horário da antibioticoterapia é interrompido, a concentração plasmática estará abaixo da 
janela terapêutica, e é nesse momento que as bactérias ainda vivas começam a se replicar, 
sofrer mutações e se tornam resistentes. Além disso, o tratamento deve ser mantido por um 
período de 5 a 7 dias e não deve ser interrompido quando os efeitos da infecção já tiverem 
cessado; muitas vezes o paciente queixa de alterações gastrintestinais, gosto ruim na boca, 
perda de fome, e deixa de tomar o medicamento, trazendo então recorrência da infecção. 
 Na suspensão oral a amoxicilina está disponível nas apresentações de 125, 250 e 500 
mg. Pode ocorrer que na farmácia não tenha a amoxicilina na concentração prescrita, por 
exemplo: prescrevo 250 mg/ 5ml de amoxicilina para uma criança de 7 anos de 8 em 8 
horas, mas ao chegar na farmácia o farmacêutico informa que a única suspensão é de 125 
mg/ 5ml; nesse caso, ele vai tomar 10 ml; o copo de medida que acompanha o antibiótico é 
graduado justamente para atender as diferentes apresentações. 
 Quando a criança tomar o medicamento e vomitar, é necessário administrar 
novamente o medicamento, pois é preferível que fique uma quantidade maior no plasma do 
que uma menor. Se o paciente perder o horário, até uma hora depois administra a mesma 
dose; se ultrapassar uma hora, não precisa necessariamente aumentar a dose, mas a eficácia 
da antibioticoterapia vai ser menor. 
 O paciente deve ser orientado corretamente sobre o modo como se prepara o 
antibiótico na forma de pó para suspensão oral. Na caixa vem o frasco com pó compactado, 
que precisa ser chacoalhado para soltar o pó do fundo, e em seguida deve ser diluído em 
água fervida ou filtrada até a marca estabelecida pelo fabricante. Toda a suspensão oral 
deve ser agitada antes de usar, pois é uma forma farmacêutica líquida que se divide em duas 
fases; se não agitar, quando verter o medicamento no copo de medida só virá água. Depois 
que o tratamento foi iniciado, não se deve colocar mais água, senão a concentração será 
alterada. O frasco deve ser mantido longe do sol e em temperatura ambiente, 
preferencialmente na geladeira; após o tratamento, caso ainda sobre medicamento, este 
deve ser descartado. 
 Existem dois fatores determinantes para o insucesso do tratamento, que é a 
resistência da infecção e a adesão do paciente; com o objetivo de facilitar a adesão do 
paciente ao tratamento, a indústria farmacêutica elaborou a forma BD (bi ingestão diária). 
 Sobre o mecanismo de ação, é importante conhecê-lo para realizar substituições 
-
lactâmico na estrutura molecular da amoxicilina; é a partir dele que existe a ligação com o 
receptor específico. Todos os antibióticos que apresentam essa estrutura são classificados 
-lactâmicos, logo, se a amoxicilina não der certo não pode ser substituída 
por ou -lactâmico. Este anel pode ser quebrado por uma enzima produzida 
pelo -lactamase; quando essa enzima corta a ligação que há entre o 
anel e o receptor, o fármaco não tem efeito. 
 -lactâmicos são: penicilina G, amoxicilina, ampicilina, cefalosporina, 
benzetacil; estes não agem sobre microrganismos produtores de -lactamases. A presença 
-lactâmico além de determinar o efeito antibiótico, também pode limitar o uso por 
causar reações alérgicas. Muitos pacientes desenvolver a reação alérgica após o primeiro 
contato com o antibiótico, pois esses fármacos tem amplo espectro de ação e são utilizados 
em criações para consumo humano, como bovinos e suínos; ele é degradado no organismo 
dos animais e o componente antigênico que leva a produção de anticorpos é transmitido 
pela carne, leite e substâncias cosméticas a base animal. Toda reação alérgica a partir da 
administração parenteral ela é mais grave. A inserção de grupos funcionais aumenta o 
espectro e algumas características farmacocinéticas das moléculas da amoxicilina. 
 -lactâmicos é a inibição da síntese de parede 
celular, logo não existe nenhuma correlação com a célula humana. A amoxicilina e derivados 
da penicilina G apresentam alta toxicidade seletiva, pois o medicamento age apenas na 
-lactâmico é a transpeptidase, enzima 
responsável pela ligação dos peptideoglicanos que formam a parede celular; o momento de 
ação do antibiótico é na fase exponencial de replicação, quando há aumento no número de 
bactérias. Nas infecções tardias as bactérias não se replicam continuamente, por isso não há 
efeito em infecções crônicas. 
 O espectro de ação da penicilina G não engloba bactérias gram negativas, porque 
estas apresentam uma membrana externa impermeável a esse antibiótico. Porém, a 
amoxicilina atravessa as porinas presentes na membrana externa, assim, a diferença entre a 
penicilina e a amoxicilina é o espectro de ação. Quando elas se ligam a transpeptidase, 
fazem uma ligação irreversível – -lactâmicos é muito semelhante 
ao aminoácido utilizado pela transpeptidase, que é a D-alanina; na ausência da parede 
celular a bactéria “estoura” por não suportar a diferença de osmolaridade do meio intra e 
extracelular. do meio extra, então por uma diferença de pressão osmótica ela não se 
mantém viva e ocorre então a lesão celular. Então tem que ter parede celular, com a parede 
celular formada a amoxicilina promove a morte das bactérias. A toxicidade seletiva da 
amoxicilina não causa efeitos tóxicos ao hospedeiro, porém, há efeitos colaterais como 
alteração gastrointestinal. Há outros derivados da penicilina que podem substituir a 
amoxicilina quando esta não está disponível. 
 
PENICILINA G 
 A penicilina G é instável em meio ácido, por isso não pode ser administrada via oral, 
pois é degradada no trato gastrintestinal; o espectro de ação é pequeno, eficaz para gram 
positivos e poucos gram negativos; apresenta grande alergenicidade.A meia-vida gira em 
torno de 30 minutos em adultos, logo, em uma hora toda a concentração administrada terá 
sido excretada. 
 
PEN-V-ORAL 
 Diante dessas limitações, a indústria farmacêutica sintetizou uma molécula estável 
em meio ácido, conhecida como PEN-V-Oral ou penicilina V; estes são antibióticos com o 
mesmo espectro de ação da penicilina G, mas atua em bactérias gram-negativas e algumas 
outras. A administração é por via oral, a absorção é no intestino e são bem absorvidas em 
até uma hora, quando as concentrações plasmáticas são atingidas. 
 
BENZETACIL 
 Pelo tempo de meia-vida da penicilina G ser curto (30 minutos), a indústria 
farmacêutica aumentou sua concentração e inseriu em veículo oleoso, administrado pela via 
intramuscular; a benzetacil é a penicilina G em altas concentrações e em veículo oleoso. A 
dor sentida ocorre porque quando se administra algum fármaco em veículo oleoso uma série 
de proteínas se precipita no tecido muscular, há estimulação de nociceptores e liberação de 
mediadores como a bradicinina e histamina. Para minimizar a dor tem sido formuladas 
associações de penicilina G, procaína e benzatina, que são anestésicos locais. A benzentacil 
libera lentamente o antibiótico, mantém as concentrações plasmáticas durante longos 
períodos e a administração deve ser intramuscular profunda para evitar o aparecimento de 
calombos ou alteração de cor na pele. A duração do efeito pode ser de até 10 dias. A 
prescrição de benzetacil só é feita quando não há outra apresentação via oral disponível 
para conter uma infecção por bactérias gram positivas, pois seu espectro de ação é ineficaz 
contra gram negativos. 
 
AMOXICILINA E AMPICILINA 
 Para ampliar o espectro de ação, a indústria farmacêutica sintetizou moléculas de 
espectro ampliado para bactérias gram negativas, espiroquetas e alguns microrganismos. A 
amoxicilina e ampicilina são derivados de penicilina G que tiveram seu espectro de ação 
ampliado; ambas são as mais utilizadas porque podem ser administradas por via oral, 
enquanto as demais são de uso hospitalar, por serem administradas pela via parenteral. No 
entanto, nesses antibióticos ainda existe -
lactamases. 
 
METICILINA, NAFICILINA, OXACILINA E DICLOXACILINA 
 A maneira encontrada pela indústria farmacêutica -
lactamases foi sintetizar uma molécula resistente com grupos de proteção do anel -
lactâmico, porém, são utilizadas somente em ambiente hospitalar. Essas moléculas são 
derivadas do oxazolil e não tem indicação odontológica. 
 
ÁCIDO CLAVULÂNICO, SULBACTAM E TAZOBACTAM 
 Na clínica odontológica pode- -lactamase. 
Entre esses inibidores estão o ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam. O ácido 
clavulânico sempre estará associado a um antibiótico, pois não existe uma formulação única 
desse fármaco. Os inibidores de -lactamase não tem ação antibiótica, seu mecanismo de 
-lactamase e facilitar a entrada da amoxicilina, que se liga a transpeptidase 
e inibe a síntese de parede celular, causando a morte da bactéria. A amoxicilina pode ser 
-lactamase. As 
formas tradicionais são a suspensão oral e as cápsulas, sendo as suspensões orais de 125-
250-500 mg e as cápsulas de 500 mg de 8 em 8 horas; um exemplo é o medicamento de 
referência amoxil. Atualmente estão disponíveis as apresentações BD (bi-ingestão diária), 
que difere da forma tradicional pela posologia e pelas concentrações; é necessário 
prescrever corretamente, se atentando para a posologia de 12 em 12 horas, pois as 
concentrações do antibiótico são mais altas – varia de 200, 400 ou 875 mg. As formas 
associadas de amoxicilina com clavulanato de potássio estão disponíveis tanto para as 
tradicionais quanto para as BD, e são muito utilizadas na área odontológica; a concentração 
indicada na embalagem é referente ao antibiótico, visto que o inibido não tem ação 
antibiótica. Sigma-clav BD, Trifamox (amoxicilina + sulbactam) e Sultamicilina (ampicilina + 
sulbactam) são exemplos de associações que estão disponíveis. 
 
 Ainda não foi descoberta nenhuma forma farmacêutica de antibiótico que não cause 
alergia, fazendo com que o grande risco da prescrição de amoxicilina seja a reação alérgica. 
Como citado anteriormente, os dois fatores que limitam seu uso são alergenicidade e 
resistência da infecção; a solução para esses casos é a substituição do antibiótico. O 
indivíduo é sensibilizado previamente não necessariamente pelo contato direto com o 
medicamento, mas pelo consumo de produtos que trazem compostos antigênicos contra o 
fármaco na sua composição. 
 As reações alérgicas são bastante frequentes e cerca de 10 a 15% de indivíduos que 
já tiveram histórico de reação a penicilina apresenta reação alérgica na próxima exposição; a 
principal reação é a presença de erupções cutâneas, que aparece 30 minutos após a primeira 
dose. Normalmente são manchas avermelhadas e bolhosas, e o tratamento deve ser 
interrompido imediatamente; no entanto, podem aparecer lesões orais, febre e outros 
sintomas que são diagnosticados com exames laboratoriais, como nefrite, distúrbios 
dermatológicos, vasculites, que são casos mais graves. 
 Por existir a possibilidade de uma reação alérgica, a benzetacil só pode ser aplicada 
em ambiente hospitalar, devido a intensidade dos sintomas e efeitos que podem levar a 
óbito; além da urticária, o paciente pode ter angioedema, broncoconstrição, distúrbios 
gastrintestinais, choque cardiogênico, queda rápida de pressão, vasodilatação intensa e 
morte. Antes da aplicação da benzetacil deve ser realizado o teste cutâneo, onde é injetado 
um pouco do antibiótico e observa-se se há alguma reação dermatológica; em caso positivo, 
o choque é controlado rapidamente com anti-histamínicos, adrenalina e corticosteroides. A 
adrenalina reverte o edema, causa vasoconstrição, broncodilatação e aumento da atividade 
cardiovascular. Raramente ocorre a reação tardia, que aparece de 7 a 12 dias após o início 
do tratamento, e se caracteriza pela urticária, febre, edema articular, prurido intenso e 
distúrbios respiratórios; essas reações são típicas da doença do soro. As cefalosporinas são 
antibióticos b-lactâmicos que apresentam menor incidência de reações alérgicas, mesmo em 
pacientes alérgicos ocorre em menor intensidade. 
 Estes fármacos podem ser administrados pela via oral, tem absorção rápida e 
completa pelo trato gastrointestinal, a presença do alimento não interfere na absorção. O 
que é importante guardar sobre a amoxicilina: é o antibiótico mais prescrito, posologia para 
adultos e crianças tanto a forma tradicional quanto as preparações BD, limitações, 
associações com inibidores de b-lactamase e antibióticos que a substitui.

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