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AULA 13 – AS REFORMAS MONETÁRIA E FINANCEIRA DE 1964. Caracterização do país pré-Golpe Militar de 1964 Início dos anos 60 – Queda no ritmo de crescimento da Economia, aumento da inflação, sucessão de planos econômicos fracassados, Recessão, Crise política e institucional do Estado. Governo Militar assume em março de 64 e iniciam um programa de combate à inflação e amplo conjunto de reformas de fundo financeiro e monetário com Roberto Campos e Otávio Bulhões à frente do Ministério da Fazenda e Planejamento, com o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) cujo objetivo era criar uma estrutura monetário-financeira adequada às necessidades da nova configuração dos investimentos (pesados) e do consumo (bens duráveis). AS REFORMAS MONETÁRIA E FINANCEIRA Características das Reformas Monetárias Criação da Correção Monetária (ORTN) títulos corrigidos pela inflação + taxa de juros – Objetivo: Aumento na compra de títulos da dívida interna; Criação do CMN (Conselho Monetário Nacional), BACEN (Banco Central do Brasil) – responsáveis pela configuração de uma política monetária mais articulada e independente; Criação do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e do BNH (Banco Nacional da Habitação) – reduzir o déficit habitacional e cuidar da infra-estrutura de saneamento; Reforma do mercado de capitais, inspirado no modelo americano – especialização. PRINCIPAIS OBJETIVOS ESPERADOS Ambiente econômico favorável à acumulação de Capitais – estimulo à poupança interna, maior controle sobre a oferta de moeda e de crédito. Mecanismos: Venda de títulos da dívida regulava a oferta de moeda e da taxa de juros. Política Austera = vender títulos e menos moeda em circulação e elevação das taxas de juros. Política mais Branda = injetava moeda na economia resgatando os títulos. Garantir melhor organização das funções de autoridade monetária – BACEN; Principais Objetivos das Reformas Financeiras Garantir maior fluidez nas atividades financeiras especializando as instituições objetivando maior capacidade de transferência de recursos; Ampliar as oportunidades de investimento e o crescimento econômico como um todo CONCLUSÃO Os objetivos da política econômica do governo militar iniciado em 1964 consistiam em estabilizar o processo inflacionário e definir uma nova configuração monetário-financeira para a economia brasileira, buscando criar um ambiente favorável à expansão dos investimentos e da acumulação de capital. Do ponto de vista monetário, foram desenvolvidos mecanismos e instituições que permitiriam uma maior capacidade de controle da política monetária, como a correção monetária determinada pela ORTN e o advento do Banco Central. No campo financeiro, foram criadas instituições marcadas pela formação de carteiras especializadas, como os bancos de investimento e de crédito direto ao consumidor. Dessa forma, as relações financeiras poderiam ser estabelecidas de maneira mais direta e eficiente, ampliando o espaço para as operações de crédito e fomento ao investimento. AULA 14 – O BRASIL DE 30 A 64 – IMPACTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO, URBANIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS ECONOMICAS E POLÍTICAS OBJETIVO DESTA AULA: Balanço das transformações ocorridas na economia brasileira de 1930 a 1964 comparando dados econômicos, sociais e demográficos. Mudança no eixo da Economia: CONSEQUENCIA DIRETA DO PROCESSO Urbanização Migração Demanda por trabalhadores Alteração na composição do PIB CRONOLOGIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO E MIGRAÇÃO NO BRASIL Industrialização inicia-se na desestruturação da economia rural; Crise de 29 reduz participação do café na renda do país; Após Revolução de 30 aumenta intervenção estatal na economia Incentivos à industria nacional; Crescimento das cidades próximas às industrias e conseqüentemente incremento no comércio e necessidade de melhor infra-estrutura e de serviços públicos; Migração rural-urbana entre as décadas de 40 e 70; Surgimento de Brasília e construção da rodovia Belém-Brasília aumenta a participação da Região Centro-Oeste na população brasileira; Aumento nas taxas de crescimento da Economia com a industrialização Passou de 4,4% a taxa de crescimento nas décadas de 20-30 para 6,6% entre 40-60; PIB per capta passou de 1,5% nas décadas de 20-40 para 2,7% nas décadas seguintes; Modelo de desenvolvimento baseado na industrialização por substituição de importações é substituído pelo processo de intervenção do Estado na economia. Início do processo de industrialização ocorre nos setores tecnologicamente mais simples e de baixo investimento (alimentos e bebidas). Após o início dos anos 30, com a intervenção do Estado no domínio econômico temos a introdução de setores de tecnologia mais complexa e de investimentos mais robustos e conseqüentemente diminuição dos bens de consumo não duráveis na estrutura industrial e aumento da participação de bens de consumo duráveis e de bens de capital. Com a industrialização, a economia brasileira passou a ter taxas de crescimento mais elevadas. Entre as décadas de 1940 e 1960, por exemplo, a taxa de crescimento médio anual do PIB aumentou para 6,64%. Nas décadas de 1920 e 1930, quando a industrialização era incipiente, este índice tinha alcançado somente 4,4%. Tamanha intensidade de expansão econômica esteve associada à modernização do país, cuja base tornava-se urbano-industrial. Durante o período de consolidação da indústria na estrutura do PIB brasileiro, houve importante mudança na composição dos setores industriais. O início da industrialização brasileira foi marcado pela espontaneidade, o que levou à implantação, na economia nacional, dos setores tecnologicamente mais simples e de investimento inicial baixo, como são os casos das indústrias alimentícia e de bebidas. A partir da década de 1930, a crescente intervenção do Estado no domínio econômico levou ao aprofundamento desse processo, com a introdução de setores industriais de tecnologia mais complexa e dependentes de crédito, dados os valores maiores dos investimentos. Esse amadurecimento da industrialização brasileira pode ser caracterizado pela diminuição da participação dos bens de consumo não-duráveis na estrutura industrial. Os bens intermediários aumentaram sua participação. Os bens de consumo duráveis e os bens de capital praticamente inexistiam em 1920, mas, em 1960, esse percentual subiu para 15,46%. INDUSTRIALIZAÇÃO Dependência da Circulação interna de riqueza. Produção industrial voltada para o consumo interno. Modelo agro-exportador � PAGE �1�
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