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A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS COISAS
Transcrição extraída do vídeo do endereço: https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
Já se perguntou de onde vem todas as coisas que compramos e para onde vão quando nos desfazemos delas? Os livros diziam que as coisas se deslocam ao longo de um sistema: extração, produção, distribuição, consumo e tratamento de lixo. Isso tudo é o que se chama de economia de materiais. 
Viajou-se 10 anos pelo mundo em busca de onde vem as nossas coisas e para onde vão. Mas descobriu-se que não era só isso, há um sistema linear (extração, produção, distribuição, consumo e tratamento de lixo) em crise, mas vivemos em um planeta finito. Não se pode gerir o sistema linear em um planeta finito indefinidamente. Em todas as suas etapas o sistema interage com o mundo real, a vida real não acontece em uma página em branco, interage com sociedades, culturas, economias e meio ambiente. E durante as etapas a vida vai se chocando com seus limites, limites que não vemos nesse sistema linear, porque o diagrama está incompleto.
Nesse esquema uma das coisas mais importantes que faltam são pessoas, que vivem e trabalham em todas as etapas desse sistema, onde algumas são mais importantes que outras, algumas tem maior poder de decisão. São elas: O governo deve ser pelas, para as pessoas, ele deve cuidar da sociedade. Depois vêm as corporações, que são maiores que o governo, atualmente entre as cem maiores economias do mundo, 51 são corporações, a medida que as corporações foram crescendo em tamanho e poder, assistimos uma mudança no governo, como se estivesse mais preocupado com o bem estar deles do que conosco. 
Veremos o que falta no sistema, começando pela etapa da extração. A extração é uma palavra pomposa para exploração de recursos naturais, que por sua vez é uma palavra pomposa para destruir o planeta. A verdade é que cortamos as árvores, arrebentamos as montanhas para extrair os metais, consumimos toda a água e exterminamos os animais. Aqui enfrentamos nosso primeiro limite: estamos usando materiais em demasiado, acabando com os recursos naturais.
Durante as 3 últimas décadas foram consumidos 33% dos recursos naturais do planeta, desapareceram. Estamos debilitando a capacidade do planeta de sustentar o nosso modo de vida. Nos EUA restam menos de 4% da Floresta original, 40% dos recursos de água são impróprios para o consumo. O problema não é apenas estar utilizando em demasiado os recursos, mas o fato de estarmos utilizando mais do que a nossa parte. Os EUA têm 5% da população mundial e usa 33% dos recursos mundiais. Se todos consumissem no ritmos dos EUA, precisaríamos de 3 a 5 planetas terra.
A resposta dos EUA a essa limitação é tomar dos outros. 75% das zonas de pesca do planeta estão sendo exploradas ao máximo, ou além da sua capacidade. Já desapareceram 80% das florestas originais do planeta. Na Amazônia perde 2.000 árvores por minuto. O governo e as corporações não consideram as pessoas como donas das áreas de exploração dos recursos naturais, mesmo que vivam lá há gerações, nem donos dos meios de produção, nem compram muitas coisas, essas pessoas não tem valor. 
A seguir, as matérias primas seguem para a produção, onde utilizamos a energia para misturar químicos tóxicos na matéria natural, produzindo produtos contaminadores. No comércio hoje possui cerca de 100 mil químicos sintéticos. As toxinas se concentram em nossos corpos. O leite materno tem as maiores doses de químicos. A amamentação deveria ser algo seguro. Os trabalhadores das fábricas são os que mais sofrem.
A erosão dos ecossistemas e economias locais garante um fluxo constante de pessoas sem alternativas. No mundo há cerca de 200 mil pessoas por dia se deslocando de ambientes que a sustentaram ao longo de gerações para as cidades aonde muitas vivem em bairros de lata a procura de emprego por mais tóxico que seja. Não só os recursos são desperdiçados ao longo desse sistema, mas também pessoas, comunidades inteiras são desfeitas. As toxinas entram e saem, muitas vezes em produtos saem das fábricas, outras em subprodutos e também poluição.
Nos EUA as indústrias informam liberar mais de um milhão e 800 mil kilos de químicos tóxicos por ano, mas deve ser muito mais. Trata-se de outro limite: quem quer ver e respirar tóxicos? Aí eles instalam as fábricas em outros países. Mas o vento espalha e transporta. Depois dos recursos se transformarem em produtos, temos a distribuição, o que significa vender too o lixo contaminado com toxinas o mais rápido possível, mantem-se os preços baixos mantendo a circulação dos produtos, os salários ficam baixos também e restringem o acesso aos seguros de saúde. Na verdade não pagamos o que compramos.
Um rádio de 4 dólares: o metal deve ter sido extraído na África do Sul, o petróleo do Iraque, o plástico na China e montado talvez por uma criança numa fábrica do México. Quem pagou o valor do rádio? As pessoas que perderam recursos naturais, com o ar poluído com o aumento de doenças como asma e câncer, as crianças do Congo pagaram com o seu futuro, pois 30% delas abandonam a escola para trabalhar nas minas de metal que usamos em aparelhos eletrônicos baratos e descartáveis etc. 
Não se exterioriza o verdadeiro custo de produção. Após o 11 de setembro, quando os EUA estava em choque, o presidente Bush poderia ter sugerido fazer luto, rezar, ter esperança, mas ele disse para fazermos compras, tornando uma nação de consumidora. Hoje se consome muito mais. 99% das coisas que compramos são lixo em menos de 6 meses. Pouco depois da segunda guerra mundial, o governo e as corporações estudaram meios de alavancar a economia, o analista de vendas Victor Lebow articulou a situação que se tornaria norma de todo sistema. 
Ele disse: “A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo a nossa forma de vida, que tornemos a compra e o uso de bens em rituais. Que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego no consumo, precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior.”. 
O conselheiro econômico do presidente Eisenhower disse: “O principal objetivo da economia americana é produzir mais bens de consumo.”. Mais bens de consumo como principal objetivo? Não é providenciar cuidados médicos, educação, transportes seguros ou sustentabilidade, ou justiça? Como adotar esse sistema de consumo?”. Como eles nos fizeram adotar esse sistema de forma tão entusiástica? Bem, dias das suas mais bem sucedidas estratégias são: A obsolescência planejada e a obsolescência perceptiva. 
A planejada é um outra forma de dizer: criado para ir para o lixo. Eles fazem as coisas para durar pouco e nos estimular a comprar um novo em seguida. Sacolas, copos de plástico, dvd’s, computadores, churrasqueiras, máquinas fotográficas etc. Lendo sobre o designe industrial da década de 50, quando a obsolescência planejada começou a aparecer. Debatia-se quão rápido conseguiam que um aparelho avariasse, mas de modo que o consumidor mantivesse fá suficiente para ir comprar outro.
Mas as coisas não avariam suficientemente rápido para amnter a seta funcionando, por isso existe também a obsolescência perceptiva, que nos convence a nos jogar fora coisas úteis ao mudar sua aparência. Ex: meu monitor é usado há 5 anos, a minha colega que compra um novo tem o seu monitor combinando com designer do celukare e de outros eletrônicos atuais. A moda é outro bom exemplo. A publicidade e a mídia em geral tem papel importante nisso. 
Os anúncios nos fazem infelizes com o que temos e que tudo se resolve se formos as compras. A única parte que vemos da economia que vemos são as compras, a extração, produção e envio para o lixo ficam fora do nosso campo de visão. Temos mais coisas atualmente do que tempo para aquilo que nos faz realmente felizes. Amigos, família, nçao temos tempo livre. Passamos mais tempo comprando e assistindo tv do que interagindo com pessoas. É um ciclo de trabalhar, ver e comprar.
Cada americano produz cerca de 2kg de lixo por dia. Oslixos que produzimos vão ao aterro, que é um grande buraco no chão, ou pior, primeiro incinerado e depois jogado no aterro. Ambas as formas poluem o solo, a água, o ar e mudam o clima. Liberam a dioxina, principal fonte da substância mais tóxica criada pelo homem. Os incineradores são a principal fonte, podemos pará-la parando de queimar o lixo. A reciclagem ajuda, reduz o lixo e depois reduz a pressão para colher e incinerar. Mas reciclar nunca será suficiente, o lixo das nossas casas é a ponta do iceberg. Grande parte do lixo não pode ser reciclado, seja porque contém muitos tóxicos ou criados para não ser reciclado, como as caixas de suco que contém camadas de metal, papel e plástico coladas, não separam as camadas para que possam ser recicladas.
Como mudar? Pessoas que salvam florestas, que trabalham na produção limpa, pessoas trabalhando em direitos do trabalho, consumo consciente, no bloqueio de aterros e incineradores, em recuperar o governo para que seja para e pelas pessoas. Quando as pessoas se unirem ao longo do sistema linear para mudar para algo novo, sem desperdício de recursos e pessoas. Aquilo que precisamos nos livrar é da antiga mentalidade de usar e jogar fora, há que se basear em sustentabilidade e equidade, química verde, zero resíduos, produção em ciclos fechados, energia renovável, economias locais vivas etc. Podemos criar algo novo.
Expõe didaticamente "as conexões entre um enorme número de questões ambientais e sociais, e nos convoca a criar um mundo mais sustentável e justo." O vídeo está dividido em sete capítulos: introdução, extração, produção, distribuição, consumo, descarte, e uma outra maneira, propondo alternativas sustentáveis para o ciclo da economia dos materiais.
A missão do projeto é construir um movimento descentralizado e plural para transformar sistemas de produção e consumo e fazer com que estes contribuam para a sustentabilidade ecológica e o bem-estar social.
Enquanto a população mundial incorporar apenas o papel de consumidor, a lógica do mercado passa a permanecer a totalidade do campo social, impondo o seu modelo a todas as demais instituições sociais. As explorações são feitas de forma linear num planeta onde todos os ecossistemas são interligados. Para mudança os produtos sejam ecologicamente corretos, socialmente e culturalmente aceitos, economicamente viáveis. 
 - Prática Profissional
Não somente como forma de se igualar à tendência do mercado, em relação aos concorrentes, mas como de profissionalismo e responsabilidade ética, o gestor de uma organização, hoje, tem que estar atento aos seus processos produtivos, evitar todos os desperdícios de matéria prima possíveis e adotar novas práticas sustentáveis.
É realidade de quase todos os mercados, atualmente, a concorrência cruel e veloz, levando muitas empresas a usar grande parte das práticas citadas no vídeo para aumentar a produção e suas entradas financeiras. Saber pensar no futuro, prezar pelas próximas gerações e pelo bem-estar humano, acima do lucro financeiro organizacional deve ser meta de cada administrador atual.
Temos a necessidade de renovar nossas maneiras de viver, e se tratando de desenvolvimento sustentável, acima de todas as outras profissões, num mundo de cunho marjoritário capitalista, é do administrador de empresas a maior contribuição à sociedade e ao planeta para que isso aconteça, pois é nas mãos dele que se encontra um dos órgãos responsável pelo bom ou mau funcionamento desse imenso sistema.

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