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Direito do Trabalho I – AV1
Aula 01: Introdução ao Direito do Trabalho
2. Conceito
Conjunto de princípios e regras/normas que regulam as relações de trabalho entre empregados e empregadores.
3.Fontes do direito do trabalho: de onde surge.
Fontes materiais: pré-jurídico, antecede a formação da norma; foi toda e qualquer pressão dos trabalhadores (ex: greves, movimentos sociais) na busca de melhorias da sua condição social/de trabalho.
Fonte formal: momento de formação da norma/está criada/norma regulamentada. 
-Heterônoma: normas são criadas por pessoa diversa daquelas que constituem a relação de trabalho (empregado e empregador), um terceiro, geralmente o Estado cria a legislação. Exs: leis, constituição, sentença arbitral, medida provisória, súmula vinculante. 
-Autônoma: costume: forma de integração da norma jurídica; não ter participação de um terceiro (Estado), criado pelas partes envolvidas: acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho. 
         -Convenção coletiva: possui abrangência maior; espécie de contrato/acordo entre o sindicato dos trabalhadores com o sindicato patronal; as próprias partes criam o direito. 
         -Acordo coletivo: possui abrangência menor; feito entre a empresa(as) e o sindicato dos trabalhadores.
Bizu:  Convenção  Coletiva                        Acordo Coletivo
          Sindicato    Sindicato                    Empresa Sindicato
Reforma prevê que o acordo/convenção é superior a CLT. Convenção posterior faz com que a anterior deixe de ser aplicada.
4. Princípios do Direito do Trabalho
4.1. Princípio da proteção: tem relação com a ideia de trabalhador hipossuficiente/trabalhador subordinado. É necessário a existências de princípios que protejam o trabalhador para haver equilíbrio na relação. 
princípio do “in dubio pro misero” ou “pro operario”
Na dúvida privilegia/beneficia o trabalhador; interpretação de normas.
      b) princípio da norma mais favorável (art. 620, CLT)
É um conflito aparente de normas, se aplica a mais favorável independente da hierarquia. Ex: convenção coletiva ou acordo coletivo, se for mais benéfico que a CLT, será aplicado.
      c) princípio da condição mais benéfica (teoria do direito adquirido-art. 10 e 448, CLT)
Tem relação com a teoria do direito adquirido. O contrato de trabalho após assinado só pode ser alterado se for em benefício para o trabalhador, caso contrário (prejudique) não é permitido. Alterações que prejudiquem o trabalhador só podem ser realizadas para contratos novos.
4.2 Princípio da continuidade da relação de emprego: a regra é que todo contrato de trabalho tenha prazo indeterminado. O contrato de experiência tem o tempo determinado de 3 meses pela CLT.
4.3 Princípio da primazia da realidade: a realidade real tem prevalência em detrimento da realidade formal. Ex: bate o ponto às 11h (realidade formal) mas faz 2h de extra todos os dias (realidade real).
4.4 Princípio da inalterabilidade contratual lesiva (art. 468, CLT): é vedado alteração no contrato que traga prejuízo ao trabalhador. Ex: rebaixamento de cargo, redução de salário, redução de porcentagem. Ex: cargo efetivo (professor) é promovido a cargo de confiança (coordenador) e depois de um tempo volta para o cargo efetivo - não é lesivo, pode, somente para cargo de confiança. 
4.5 Princípio da intangibilidade salarial: o salário é intangível/intocável, deve ser recebido de forma integral, sem abuso, sem descontos que não são permitidos. Obs: Havendo dolo o desconto não precisa estar previsto no contrato, se for por culpa precisa estar previsto.
princípio da irredutibilidade salarial (art. 7, VI, CF)
Em regra o salário não pode ser reduzido. Exceção: de forma excepcional por acordo ou convenção coletiva temporário com prazo máximo de 2 anos… art. 614, {3º, CLT.
princípio da unidade salarial
Salário único = salário mínimo, não pode ser inferior ao salário mínimo. 
      c) princípio da materialidade salarial (art. 82, par. único, CLT)
Pelo menos 30% do salário tem que ser pago em espécie. Ex: Salário: 1.000, é pago R$ 300 em espécie e o restante o empregador paga em utilidades (aluguel….).
4.6 Princípio da irrenunciabilidade de direitos: são normas de ordem pública de observância obrigatória. Ex: não pode renunciar férias, valor equivalente às férias, décimo terceiro… todos os direitos do trabalhador.
Aula 02: Relação de trabalho e relação de emprego
1.Natureza jurídica - teorias:
Teoria Contratualista: (teoria adotada) a relação de trabalho decorre de um contrato de trabalho, de um acordo de vontades, um lado o trabalhador e um lado o empregador.
Teoria Anticontratualista: a relação de trabalho não depende de um contrato de trabalho; se insere no mercado independentemente, não possui a relação empregado e empregador.
2. Relação de Trabalho x Relação de Emprego
Relação de trabalho: mais amplo que emprego; trabalhadores que não são empregados, decorre do contrato de trabalho genérico, que não tem o elemento da subordinação, fonte que estabelece o vínculo jurídico. 
Relação de emprego: existência de contrato de trabalho subordinado. 
3. Requisitos da relação de emprego (art. 2 e 3, CLT)
Pessoa física: fornece sua força de trabalho para certo empregador.
Pessoalidade: prestação de serviço tem que ser pessoal.
Subordinação jurídica: dependência deste empregador/patrão; subordinação hierárquica. ex: controle de horários, obediência às ordens do empregador….
Não-eventualidade: deve haver continuidade na relação de emprego, tem que haver habitualidade/frequência. 
 Onerosidade: mediante salário; se não tiver remuneração não configura relação de emprego.
Alteridade: riscos da atividade econômica
4. Espécies de trabalhadores sem vínculo de emprego: em regra não estão protegidos pela CLT.
4.1. Servidor público
Vinculação com a administração pública (investidos em cargo público de provimento efetivo); concurso público; tem estatuto próprio - lei/regime jurídico único (RJU)/regime estatutário; servidores estatutários. 
Lei nº 8.112/91
OBS: servidores investidos em empregos públicos(não vinculados ao RJU, se submetem a CLT, ex:banco do brasil, caixa econômica), servidores temporários (adm pública em caso excepcional mediante lei para fazer contratação temporária, não é investido em emprego/cargo público) (art.37, IX, CF)
4.2. Trabalho autônomo 
Não existe subordinação, ele mesmo comanda suas atividades.
Profissionais liberais art. 593, CC - prestação de serviço, não existe vínculo de emprego.
Ex: advogado, dentista, fisioterapeuta, que tem seus próprios consultórios.
Representantes comerciais autônomos (lei nº 4.886/65): são aqueles que realizam representação de determinado serviço/produto, sua remuneração se dá a partir das vendas que realiza. ex: avon, hinode, natura…
4.3. Trabalho eventual 
Trabalho esporádico, ocorre de vez em quando; não existe habitualidade; realiza serviços para várias empresas/pessoas diferentes (não se fixa a um só tomador de serviço); obra/serviço de curta duração. ex: diarista que vai de 15 em 15 dias, pedreiro…
4.4. Trabalho avulso (lei nº 12.815/13)
Se difere do trabalho eventual pois é específico do setor portuário.
OGMO (órgão gestor): responsável por cadastrar, registrar, fornecer instruções necessárias, capacitar os trabalhadores. Trabalhador avulso se vincula ao OGMO; quando o operador portuário precisa de funcionário, requisitam ao OGMO que a cada dia podem enviar pessoas diferentes. A remuneração é paga pelo operador que passa para a OGMO que repassa ao trabalhador.
4.5. Estagiário (lei nº 11.788/08)
Conceito (art. 1º):  Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
Havendo a violação de algum dosrequisitos, vai caracterizar vínculo de emprego. (art 3º): 
   I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; 
   II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; 
   III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. 
Acompanhamento do estágio (art 3 §1º): O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final.
Estágio obrigatório: está previsto no projeto pedagógico do curso, estágio curricular.
Estágio não obrigatório: facultativo, realiza em uma instituição qualquer sem ser na sua de ensino.
Remuneração (art. 12): estágio obrigatório não é remunerado, em regra; estágio não obrigatório é remunerado. 
Art. 12.  O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. 
§ 1o  A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício. 
§ 2o  Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social.  
Recesso (férias): Art. 13.  É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. 
Duração: até dois anos, salvo se portador de deficiência. 
Jornada: Art. 10.  A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: 
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. 
4.6. Empreitada (art. 610 e ss do CC)
Uma pessoa/empreiteiro presta serviço para o dono da obra.
Empreitada de lavor ou mão de obra: empreiteiro/pedreiro contratado apenas para realizar a mão de obra, você que comprou todos os materiais necessários. 
Empreitada mista: de lavor + material; entra com mão de obra e os materiais de construção necessários.
4.7. Trabalho voluntário (lei nº 9.608/99)
Conceito: Art. 1o  Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. 
Termo de adesão: Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.
5. Espécies de trabalho com vínculo de emprego
5.1 Empregado em domicílio (art. 6 e 83, CLT) e teletrabalho (art 75A e 75E, CLT)
*Emprego em domicílio: presta serviço em seu próprio domicílio. 
Subordinação: jurídica ou hierárquica.
Dificuldade de controle de jornada (art. 62, II, CLT) (relatório de atividades diárias) II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
*Teletrabalho: trabalho a distância 
Art. 6 Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
À distância/virtual
Subordinação: pelos meios informatizados, meio virtual 
Conceito (art. 75B, CLT) Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
Requisitos (art. 75C, CLT) A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. §1 Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. §2 Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.
Contrato individual escrito (tem que ter registro de aditivo contratual)
de presencial para teletrabalho (precisa do mútuo consentimento) 
de teletrabalho para presencial (ato unilateral do empregador + período de transição com mínimo de 15 dias para o empregado se readaptar) 
Não sujeito ao regime de jornada (art. 62, III, CLT) Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo. III - os empregados em regime de teletrabalho.
5.2. Empregado ocupante de cargo de confiança
Alto Escalão, gerente, diretor…..
Não sujeito ao regime de jornada (regra): Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo. II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
se o salário do cargo de confiança for o efetivo + 40%; se for menor que o salário efetivo + 40%, se submete ao regime de jornada. 
5.3 Empregado rural (lei nº 5.889/73)
Conceito: Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Enquadramento como rural: aquele que presta serviço a empregador rural (OJ419 - SDI1 do TST)
Fundamento legal: art. 7º, caput, CF (iguala trabalhador rural e trabalhador urbano em direitos) e lei nº 5.889/73.
Distinções com o urbano
  Trabalho noturno  (urbano: 22h às 05h)
    hora noturna: 60 min  (urbano: 52min e 30s)
    21h às 05h: lavoura
    20h às 04h: pecuária
    adicional de 25%  (urbano 20%)
5.4. Empregados domésticos
Fundamento legal: lei nº 5.859/72 (revogado); EC nº 72/2013 (alterou art. 7, CF); lei complementar nº 150/2015. 
Conceito (art. 1)
  Requisitos cumulativos: idade mínima de 18 anos (par. único art 1º); pessoalidade (deve ser pessoal); continuidade (não eventualidade); onerosidade (remuneração); inexistência de finalidade lucrativa (ex: cozinheira faz comida para a família e para venda de marmita.. não pode ter empregado doméstico para fins lucrativos) --- obs. se for só dois dias por semana não configura empregado doméstico, tem que ser 3 ou +.
Contrato de trabalho: prazo indeterminado (regra) art. 4 e 5 traz possibilidade de prazo determinado (experiência e transitório) 
Jornada de trabalho (art. 2) mesma do empregado comum.
Intervalo de jornada (art. 13): em regra de1 a 2 horas.
Vedação de descontos (art. 18)
5.5 Mãe social (lei nº 7.644/87)
Conceito: Art. 2º - Considera-se mãe social, para efeito desta Lei, aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares.
Atribuições da mãe social: Art. 4º - São atribuições da mãe social:
I - propiciar o surgimento de condições próprias de uma família, orientando e assistindo os menores colocados sob seus cuidados;
II - administrar o lar, realizando e organizando as tarefas a ele pertinentes;
III - dedicar-se, com exclusividade, aos menores e à casa-lar que lhes forem confiados.
Há vínculo de emprego de natureza especial (TST): não existe fim lucrativo. 
Direitos: Art. 5º - À mãe social ficam assegurados os seguintes direitos:
I - anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - remuneração, em valor não inferior ao salário mínimo;
III - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas;
IV - apoio técnico, administrativo e financeiro no desempenho de suas funções;
V - 30 (trinta) dias de férias anuais remuneradas nos termos do que dispõe o capítulo IV, da Consolidação das Leis do Trabalho;
VI - benefícios e serviços previdenciários, inclusive, em caso de acidente do trabalho, na qualidade de segurada obrigatória;
VII - gratificação de Natal (13º salário);
VIII - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou indenização, nos termos da legislação pertinente.
Aula 03: Sujeitos da Relação de Emprego 
1. Empregador
1.1. Empregador, empresa e estabelecimento 
a) Empregador art. 2, CLT: pessoa física ou jurídica
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
b) Empregador por equiparação 
Art. 2º §1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
c) Empresa x Estabelecimento 
Empresa: é a prévia atividade econômica desenvolvida possibilitando a circulação de bens e serviços. ex: distribuição de grãos.
Estabelecimento: unidade técnica de produção, local onde desenvolve atividade econômica. ex:extra, onde funciona empresa em si, venda.
1.2. Poderes do empregador (art. 2º, CLT)
a) poder diretivo, de comando ou hierárquico: possibilidade/faculdade do empregador determinar atividade de cada um; a partir deste surgem os outros (próximos) 
b) poder de organização: determinação das atividades.
c) poder regulamentar/normalista: faculdade de editar normas/regulamentos da empresa. ex: sigilo da fórmula da coca; revista em todos após término de expediente.
d) poder de controle/fiscalização: faculdade de realizar controle sobre os empregados. ex: controle de horários, câmeras (preservando o direito de personalidade).
e) poder disciplinar: aplicar sanções aos empregados. ex: advertência, suspensão.
2. Grupo econômico (mudanças com a reforma trabalhista)
Vai ocorrer quando algumas empresas se unem tendo cada uma seu CNPJ próprio, para atuar conjuntamente explorando atividades econômicas, formando assim um grupo econômico. ex: globo, edson queiroz. 
2.1. Conceito (art. 2 §2º, CLT)
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
2.2 Características 
a) pluralidade de empresas: duas ou mais
b) autonomia de cada uma: personalidade jurídica própria, CNPJ
c) relação de dominação (grupo econômico por subordinação) ou não (grupo econômico por coordenação/horizontal - veio com a reforma)
d) atividade econômica
e) responsabilidade solidária - teoria do empregador único (TST): empregado contratado de uma empresa de grupo econômico, é empregado de todas as empresas do grupo, podendo trabalhar em qualquer uma das empresas, como sendo empregado de todo o grupo pode mover ação a qualquer uma, tendo trabalhado nela ou não.
*Consequências
   tempo de serviço
   unidade de vínculo de emprego (S 129 do TST)
   possibilidade de transferência do empregado
   possibilidade de equiparação salarial 
2.3. Requisitos pós-reforma (art. 2º, §3º, CLT)
Efetiva comunhão de interesses; demonstração de interesse integrado; atuação conjunta das empresas.
3. Sucessão trabalhista (arts. 10, 10A, 448, 448A, CLT) 
3.1. Conceito
Ou de empregos ou de empregadores, vai ocorrer quando uma determinada empresa sofrer alteração na sua estrutura jurídica, ou mudança de sócio ou proprietário. Os direitos dos trabalhadores ficam todos garantidos, não importando essas alterações.
3.2. Fundamento 
a) princípio da intangibilidade contratual objetiva (arts. 10 e 448, CLT): qualquer alteração na empresa os direitos dos trabalhadores não serão atingidos, novos proprietários/sócios serão responsáveis.
b) princípio da continuidade do contrato de trabalho: independentemente de qualquer alteração. continua o contrato de trabalho.
c) princípio da despersonalização do empregador
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
3.3. Características
a) preservação dos direitos trabalhistas
b) transferência das obrigações trabalhistas as sucessor
3.4. Formas: que pode ocorrer a sucessão.
a) transformação: alteração na estrutura jurídica, ex: sociedade limitada para autônoma.
b) incorporação: empresa A compra/adquire empresa B, empresa B deixa de existir e incorpora-se a A.
c) fusão: empresa A se funde com empresa B, formando uma nova pessoa jurídica.
3.5. Responsabilidade do sucessor (art. 448A e par. único, CLT)
a) regra: responsabilidade do sucessor 
b) exceção - fraude: responsabilidade solidária (sucedida x sucessora): ex:empresa A vai incorporar a B que deixará de existir, mas B cria uma empresa laranja C passando todos seus ativos (créditos) deixando para A apenas seu passivo (dívidas), assim prejudicando os trabalhadores de A e B. Agora é previsto responsabilidade solidária. 
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
3.6. Responsabilidade do sócio-retirante (art. 10A, CLT)
Sócio da empresa, quando muda sócio proprietário.
a) regra: subsidiária - observado o benefício de ordem:
   empresa devedora
   sócios atuais
   sócios retirantes (relativo ao período que figurou como sócio)
b) exceção: solidária (fraude)
 alcance: obrigações relativas ao período em que figurar como sócio.
 prazo: até 2 anos após averbação do contrato (ações propostas)
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
– a empresa devedora;
– os sócios atuais; e
– os sócios retirantes.
Aula 04: Contrato de Trabalho 
1. Conceito (art. 442 caput, 2º e 3º da CLT)
Contrato de trabalho ou contrato individual do trabalho. Negócio jurídico se estabelece por meio de acordo de vontades das partes, acordo tácito ou expresso/verbal ou escrito.
2. Características
a) bilateral (sinalagmático): ambas as partes possuem direitos e obrigações recíprocos, mútuo consentimento.b) comutativo: empregado realiza serviço/função e empregador paga, ambas as partes já conhecem suas prestações desde o início. 
c) oneroso: remuneração, contraprestação pecuniária.
d) consensual: se estabelece/aperfeiçoa e estará celebrado no momento em que as partes concordam.
e) não solene (em regra): não traz forma especial, não está prescrito na CLT. Exceção: contrato de aprendizagem. 
f) de trato sucessivo/execução continuada: se promulga no tempo; presta serviço durante um mês e no final deste recebe a remuneração.
g) de adesão: não tem possibilidade de discutir cláusulas, apenas aceita. 
 
3. Requisitos do contrato de trabalho (escada ponteana)
3.1. Plano de existência
Precisa ter elementos essenciais: agente (empregado e empregador), objeto (serviço de informática), estipulado por meio de uma forma e presença de vontade entre as partes. não existe forma prevista.
3.2. Plano de validade (art. 104, CC c/c art. 8, §1º, CLT) + vontade livre de vícios
3.2.1. Agente capaz
a) menor de 16 anos: não pode trabalhar; exceção: 14 e 15 anos trabalha como aprendiz, não configura relação de emprego, é contrato de aprendiz com requisitos diferentes da relação de emprego. 
b) menor entre 16 e 18 anos: pode ter relação de emprego precisando de assistência dos pais por ser relativamente incapaz. (ver art. 5, V, CC emancipação)
c) efeitos jurídicos: do contrato de trabalho do menor de 16 anos sentença do juiz anula o contrato e determina que sejam pagos todos os direitos de trabalho caso ainda não tenham sido pagos.
3.2.2. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Ex: aviãozinho que transporta drogas, é ilícito.
3.2.3. Forma prescrita ou não defesa (proibida) em lei (art. 443, CLT)
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
§ 1o Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
§ 2o O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a)de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b)de atividades empresariais de caráter transitório;
c)de contrato de experiência.
3.2.4. Vontade livre de vícios
Não pode ter vícios de consentimento e sociais. ex: fraude, lesão.
3.3. Plano de eficácia 
Possível que as partes alterem a eficácia. Condicional, a termo, com encargo.
Aula 04: Duração do contrato de trabalho: espécies de contrato determinado
1. Contrato por prazo determinado
1.1. Considerações iniciais 
Art. 443, caput, CLT
*tácito: empregado e empregador tem vínculo de emprego
*expresso: todas as cláusulas e condições escritas
1.2. Conceito (art. 443, §1º, CLT)
Regra: contrato com prazo indeterminado 
a) vigência com termo prefixado: termo final certo
b) execução de serviços especificados
c) acontecimento suscetível de previsão aproximada: quando tem a possibilidade de prever mais ou menos o tempo que vai durar o contrato de trabalho. ex: safra, período de plantio. 
1.3. Validade do contrato por prazo determinado (art. 443, §2º, CLT)
a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo: atividade da empresa é permanente, serviço é transitório. ex: alta estação em hotéis.
b) atividades empresariais de caráter transitório
c) contrato de experiência: ou de prova, possibilita que o empregador (relações do empregado, habilidade técnica) avalie o empregado (condições de trabalho) e vice versa.
1.4. Prazo de duração (art. 445, CLT)
a) regra geral: máximo 2 anos
b) contrato de experiência: máximo de 90 dias (dias corridos)
Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. 
1.5. Prorrogação de prazo (art. 451, CLT) e contratos sucessivos (art. 452, CLT)
Prorrogação de prazo: só pode se dá uma única vez, a partir da segunda se considera por prazo indeterminado. (mesmo tendo 2 anos pode prorrogar por mais 2 anos)
Contrato sucessivo: se não observa o prazo de 6 meses faz com que o segundo contrato seja indeterminado.
1.6. Aviso prévio
1.7. Rompimento antecipado do contrato
a) por parte do empregador (art. 449, CLT): indenização do art. 449 + verbas rescisórias (multa contratual/indenização) 
b) por parte do empregado (art. 480, CLT): indenização do art. 449 e terá direito às verbas rescisórias
c) cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão ou cláusula de aviso prévio (art. 481, CLT)
c.1) revisão antecipada do empregador: incidência do pagamento das verbas rescisórias + aviso prévio (trabalhado ou indenizado) + multa 40% fgts
c.2) rescisão antecipada do empregado: verbas rescisórias + aviso prévio, não tem multa de 40% do fgts pois é o empregado que está pedindo a dispensa 
*fgts: decreto 99.684/1990
Art. 449. Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa.
§ 1o Na falência, constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito.
§ 2o Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno.
Art. 481. Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
2. Contrato de safra (lei nº 5.889/73)
Atividade suscetível de previsão aproximada.
2.1. Conceito (art. 14, par. único)
OBS: indeterminação do contrato, terminou período de safra plantio/colheita mas continua nas dependências do empregador exercendo outra função, passa a ser com prazo indeterminado, ex: consertar cerca, limpeza…; rescisão antecipada, aplicam-se arts. 479 e 480, CLT.
3. Contrato por obra certa (lei nº 2.959/1956)
Contrata o construtor - empreitada; esse construtor contrata os empregados para contrato por obra certa que terão todos os seus direitos, terá relação de emprego com o construtor. Contrato finda com o término da obra.
4. Contrato por prazo determinado instituído por convenções e acordos coletivos de trabalho (lei nº 9.601/98)
Prazo de duração: máximo 2 anos
Rescisão antecipada: não se aplicam os arts. 479 e 480 da CLT; norma coletiva pode prever indenização
Anotação na CTPS
*caráter neoliberal; art. 1 possível a contratação mesmo que não haja os requisitos do art. 443 CLT; admite sucessiva prorrogação sem que venha a implicar em contrato indeterminado.
5. Contrato de aprendizagem
a) conceito (art. 428, caput e §4º, CLT)
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
b) validade (art. 428, §1º e 7º, CLT): anotação na ctps; matrícula e frequência na escola (caso não tenha terminado o ensino médio); inscrição em programa de aprendizagem.
c) idade (art. 428, caput e §5º, CLT): maior de 14 anos e menor de 24 anos; não se aplicando a pessoa aprendiz portador de deficiência física (pode ter mais de 24, menos de 14 não)
d) prazo de duração (art. 428, §3º, CLT): determinado prazo máximo de 2 anos,salvo se portador de deficiências física.
   obs: indeterminação do contrato; não admite prorrogação.
e) jornada (art. 452, CLT): 6h diárias 
   obs: prorrogação de até 8h diárias (art. 432, §1º, CLT) vedado prorrogação e compensação da jornada se aprendiz tiver completado ensino fundamental
f) locais destinados a ministrar o aprendizado (art. 430 e 431, CLT): sistema “s” sesc, sesi, senai…
g) direito de salário mínimo (art. 428, §2º, CLT)
h) direito a férias: após 12 meses trabalhados que em regra será junto com as férias escolares.
i) cessação do contrato (art. 433, CLT)
   advento do termo
   idade de 24 anos (salvo se pessoa com deficiência)(mesmo que o contrato ainda esteja em vigência)
   casos dos incisos I a IV
Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:
– desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades; – falta disciplinar grave; – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; – a pedido do aprendiz.
6. Contrato intermitente (art. 443, §3º, arts. 452A s 452H)
Lei da reforma trabalhista + medida provisória 808/2012 (prazo de 60 dias podendo ser prorrogado por mais 60 dias, depois disso tem que ser convertido em lei ou deixa de existir)
a) conceito (art. 443, §3º, CLT)
Conceito de período de inatividade (arts. 452C, 452D, CLT)
   obs: esse contrato relativiza o “tempo à disposição do empregador” (tempo de serviço) (art. 4, caput, CLT x art. 452A, §5º CLT)? Sim, período de inatividade não será remunerado, se for descaracteriza. (452A foi revogado, 432C veio com a reforma)
Como fica o período em que o empregado fica aguardando ser convocado? Período de inatividade não será remunerado.
Há violação do princípio da alteridade?
Há impacto no salário a ser percebido pelo empregado? Sim, só recebe o proporcional aos dias trabalhados.
Há vantagem em relação a regularização dos bicos?
*se extingue após um ano sem convocação
b) forma (art. 452A, caput, CLT)
c) convocação para o trabalho (art. 452A, §1º e §3º, CLT): 3 dias antes, possibilidade de aceitar ou recusar no prazo de 24h; se recusar não descaracteriza o contrato intermitente; se silencia é tido como recusa.
d) recebimento de parcelas remuneratórias (art. 452A, §6º e §7º, CLT)
e) férias (art. 452A, §9º, CLT): proporcional ao período que trabalhou 
Contrato temporário e terceirização: lei nº 6.019/1974 alterada pelas leis nº 13.429/2017 e 13.467/2017
1. Contrato de trabalho temporário
Diferença entre contrato temporário (presença de empresa interposta e contrato civil de fornecimento de mão de obra) e contrato por prazo determinado pela CLT (feito entre empregado e empregador)
1.1. Conceito (art. 2 e §2º)
Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
§ 2º Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal." 
1.2. Conceito de empresa de trabalho temporário (empresa interposta) e empresa tomadora de serviços (cliente) (arts. 4 e 5)
Art. 4º Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente." 
Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4º desta Lei." 
- Contrato civil de fornecimento de mão de obra entre empresa interposta e cliente.
- Contrato de emprego entre empresa de trabalho temporário e seus trabalhadores.
1.3. Formas do contrato (art. 9 e 11)
- Obrigatoriamente escrito (entre interposta e cliente e interposta e empregados)
- Proibição da cláusula de reserva
- Atividades fim (principal, fundamental, razão de ser da empresa, ex: professor na escola) e atividades meio (serviço de telefonia de escola, recepção, limpeza)
1.4. Duração do contrato (art. 10)
- Prazo máximo: 180 dias (consecutivos ou não)
- Prorrogação §2º: prazo máximo de 90 dias (consecutivos ou não)
- Quarentena §5º §6º: 90 dias, sob pena de reconhecimento de vínculo de emprego.
1.5. Direitos dos trabalhadores temporários (art. 12)
1.6. Responsabilidade pelas obrigações trabalhistas
a) regra
- é da empresa de trabalho temporário (art. 2, caput e 10 caput)
- a empresa tomadora tem responsabilidade subsidiária: 
    objetiva: PJDPrivado - responsabilidade independente de demonstração de culpa (S 331 item IV do TST)
    subjetiva: ente da administração pública (S 331, item V do TST)
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
  V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
b) exceção: responsabilidade solidária em caso de falência da empresa de trabalho temporário (art. 16) (consequente impossibilidade de cumprimento das obrigações) 
2. Prestação de serviços a terceiros (art. 4A, 4B, 4C, 5A, 5B, 5C e 5D)
2.1. Conceito (4A)
 Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos.
2.2 Conceito de empresa prestadora de serviços a terceiro (art. 4A §1º) e de empresa contratante (art. 5A)
§ 1º A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços.
Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos.
2.3. Formas do contrato (art. 5B)
Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá:
I - qualificação das partes;
II - especificação do serviço a ser prestado;
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;
IV - valor.
2.4. Salário do trabalhador terceirizado (art. 4C §1º)
Pode haver discriminação salarial entre os terceirizados ou não, mesmo cargo e função podem receber o mesmo valor ou não (um terceirizado, um funcionário da empresa)
2.5. Responsabilidade pelas obrigações trabalhistas (art. 5A §5º)
Regra: empresa prestadora de serviços
*se vier a sofrer falência, tem prioridade de cumprir a obrigação e empresa contratante responde subsidiariamente. 
*resp. subsidiária: se empresa prestadora não responder, empresa contratante que responde.
*resp. solidária: qualquer uma pode responder.
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
2.6. Súmula 331 do TST
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo nocaso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

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