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Análise Marx.docx

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
 
 
 
Laura Carvalho Andrade 
Tatiane Freitas 
 
 
 
 
 
 
 
História do Pensamento Econômico 
Análise do capítulo 1 do livro ​O Capital 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outubro/2016 
 
 
 Karl Heinrich Marx, nascido em 1818, foi idealizador de uma sociedade com 
uma distribuição de renda justa e equilibrada. Era economista, cientista social e 
revolucionário socialista. Cursou Filosofia, Direito e História nas Universidades 
de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das ideias de Hegel. No ano de 1867, 
publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. É um livro 
fundamentalmente econômico, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da 
acumulação do capital entre outros. 
 O capítulo 1 do livro ​O Capital, ​ é chamado “A Mercadoria”. Este capítulo é 
dividido em seções, nas quais o autor discorre sobre as diferentes formas do 
valor. 
 Segundo Marx, a mercadoria é a forma elementar da sociedade burguesa​, é um 
objeto útil produzido pelo trabalho humano, reprodutível, portanto, não 
destinado ao consumo do seu próprio produtor, mas à venda​. A mesma 
possui duplo fator: valor de uso e valor (ou substância do valor). Os valores de 
uso constituem o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social 
desta. A utilidade de uma coisa faz dela valor de uso só possui valor porque nele 
está materializado trabalho humano abstrato. É o tempo de trabalho socialmente 
necessário para produção de um valor de uso que determinaria a grandeza de seu 
valor. Os valores de uso constituem o conteúdo material da riqueza, 
qualquer que seja a forma social desta. Na forma de sociedade examinada, 
eles constituem, ao mesmo tempo, os portadores materiais do valor de troca. 
 
 O que há de comum, que se revela na relação de troca ou valor de troca da 
mercadoria é, portanto, seu valor. A partir da idéia de que os valores de 
troca expressam um conteúdo comum, são introduzidos os conceitos de 
trabalho útil (ou concreto), de trabalho abstrato e de valor. O valor é o conteúdo 
comum aos valores de troca; ele é a cristalização de uma substância social, o 
trabalho abstrato. O trabalho abstrato é trabalho humano indiferenciado, 
dispêndio de força de trabalho humana, sem consideração pela forma como foi 
despendida; sua cristalização tem uma existência social objetiva. O valor de 
troca é a forma de manifestação do valor. Por isso, a mercadoria é uma 
unidade (contraditória) de valor de uso e valor, e não de valor de uso e valor 
de troca. 
 
Outubro/2016 
 
 A argumentação de Marx para passar do valor de troca ao trabalho 
abstrato como substância do valor foi desenvolvida em cinco passos. Em 
primeiro lugar, ele afirma que o valor de troca só pode ser manifestação de 
um conteúdo distinto dele; em segundo lugar, ele que este conteúdo, sendo 
algo homogêneo, não pode vir, de nenhuma maneira, do valor de uso, 
domínio da diversidade, negado na relação de troca; em terceiro lugar, que só lhe 
resta vir do fato de serem as mercadorias produtos do trabalho; em quarto, que se 
abstrairmos o valor de uso dos produtos do trabalho, fazemos desaparecer 
também o caráter útil dos trabalhos neles representados, e resta então apenas uma 
“objetividade fantasmagórica”, o trabalho abstrata; o quinto passo é a conclusão 
do argumento: o valor é uma cristalização do trabalho nesta forma de trabalho 
abstrato, que se revela então como a substância social comum aos valores. 
Após a análise do duplo caráter da mercadoria e do trabalho que a 
produz, segue-se o estudo da gênese do dinheiro. Marx analisa como o valor se 
expressa na relação entre duas ou mais mercadorias, até chegar ao dinheiro. Parte 
da constatação de que a forma mercadoria se desdobra em forma natural e forma 
de valor; e de que o valor deve se expressar em algo distinto da própria 
mercadoria, como no trecho: “as mercadorias vêm ao mundo sob a forma de 
valores de uso ou de corpos de mercadorias . Elas só são mercadorias, entretanto, 
devido à sua duplicidade, objetos de uso e simultaneamente portadores de valor 
(O Capital I-I, p. 53-4)”. 
O valor deve se expressar, portanto, como relação entre mercadorias. Ao 
relacionar a relação entre duas mercadorias vê-se dois pólos: a forma relativa e a 
forma equivalente de valor. Uma mercadoria está na forma relativa quando 
expressa seu valor em outra e; está na forma equivalente quando empresta 
seu corpo (seu valor de uso) para que outra mercadoria expresse nele seu 
valor. 
A primeira e mais simples relação é a relação de valor de uma mercadoria com 
uma única mercadoria de tipo diferente, um exemplo citado por Marx desse tipo 
de relação seria: 20 varas de linho = 1 casaco. O linho expressa seu valor no 
casaco, e o casaco serve de material para essa expressão. A primeira mercadoria 
tem papel ativo e representa a forma relativa de valor, a segunda mercadoria tem 
papel passivo e representa a forma equivalente. 
 
 
Outubro/2016 
 
A segunda relação de valor apresentada pelo autor é chamada Forma de Valor 
Total ou Desdobrada. Nesta forma de valor, o valor de uma mercadoria, é 
expresso em inumeráveis outros elementos do mundo das mercadorias, que ficam 
portanto na forma equivalente. 
A terceira relação, chamada Forma Geral, é a segunda relação invertida. Uma 
única mercadoria fica na forma equivalente, e todas as outras na forma relativa 
geral. 
 Ocorrem modificações nas transições da primeira para a segunda forma e da 
segunda para a terceira. Mas na transição da terceira para a quarta forma, 
chamada Forma Dinheiro, não há nenhuma modificação, a não ser que agora em 
vez de usar mercadorias como o linho, é usada a mercadoria ouro. Pouco a 
pouco, o ouro passou a funcionar como equivalente geral. Até que conquistou o 
monopólio dessa posição, tornando-se mercadoria dinheiro, e só a partir do 
momento em que já se converteu em mercadoria dinheiro a forma valor geral se 
transforma em forma dinheiro. 
Outubro/2016

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