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Membrana Plasmatica

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A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular e é a principal responsável pelo controle da penetração e saída de substâncias da célula.
Lipídios: Os lipídios das membranas são moléculas longas com uma extremidade hidrofílica e uma cadeia hidrofóbica. As macromoléculas que apresentam esta característica de apresentarem uma região hidrofílica e, portanto, estão inseridas moléculas proteicas, constituindo um mosaico fluido. As moléculas da camada dupla de lipídios estão organizadas com suas cadeias apolares (hidrofóbicas) voltadas para o interior da membrana, enquanto as cabeças polares (hidrofílica) ficam voltadas para o meio extracelular ou para o citoplasma, que são meios aquosos. Essas duas camadas lipídicas estão associadas em razão da interação hidrofóbica de suas cadeias apolares. Entre os lipídios frequentes nas membranas celulares encontram-se fosfoglicerídios (fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fos- fatidilserina e fosfatidiltreonina), esfingolipídios e colesterol. Os fosfoglicerídios e os esfingolipídios contém o radical fosfato e são chamados fosfolipídios. Outro constituinte anfipático importante das membranas celulares são os glicolipídios, designação genérica para todos os lipídios que contém hidratos de carbono, com ou sem radical fosfato. Todas as membranas celulares apresentam a mesma organização básica, sendo constituídas por duas camadas lipídicas fluidas e continuas, onde tem a propriedade de se ligar quimicamente a determinadas glicoproteínas da membrana e tem sido utilizada para o estudo dessas glicoproteínas, que atuam como receptores. Os receptores para a concanavalina A, que normalmente se distribuem por toda a membrana, ao se ligarem à concanavalina migram rapidamente, impulsionados pelo citoesqueleto, para uma determinada região, na qual ficam concentrados formando um capuz.
Proteínas: Cada tipo de membrana tem suas proteínas características, principais responsáveis pelas funções da membrana. A membrana plasmática contém grande variedade de proteínas, que podem ser divididas em dois grandes grupos, as integrais ou intrínsecas e as periféricas ou extrínsecas, dependendo da facilidade de extraí-lá da bicamada lipídica. As proteínas integrais estão firmemente associadas aos lipídios e só podem ser separadas da fração lipídica por meio de técnicas drásticas, como o emprego de detergentes. Setenta por cento das proteínas da membrana plasmática são integrais, e aqui se incluem a maioria das enzimas da membrana, as glicoproteínas responsáveis pelos grupos sanguíneos M-N, proteínas transportadoras, receptores para hormônios, fármacos e lectinas. As lectinas são moléculas com ao menos dois sítios ativos que se ligam a hidratos de carbono específicos, podendo causar aglutinação de células. Foram descobertas nas plantas, mas hoje se sabe que existem na maioria dos seres vivos. Elas são muito utilizadas em biologia celular para analisar a composição química dos hidratos de carbono das glicoproteínas e glicolipídios presentes na face externa da membrana plasmática. As proteínas extrínsecas podem ser isoladas facilmente, livres de lipídios, pelo emprego de soluções salinas. Essas proteínas se prendem às superfícies interna e externa da membrana celular por meio de vários mecanismos. Frequentemente, elas se fixam a moléculas glicosiladas de fosfatidil-inositol. A separação das proteínas da membrana dos eritrócitos e do seu citoesqueleto, por meio de eletroforese em gel, levou à descoberta de três proteínas principais que serão estudadas sumariamente a seguir, como exemplos. Uma dessas proteínas é a espectrina. Trata-se de uma proteína extrínseca, fibrosa (molécula muito alongada), formada por dois polipeptídios, um com 220 kDa e o outro com 240 kDa (quilodáltons), aproximadamente. As moléculas de espectrina formam uma malha na superfície interna da membrana do eritrócito. Trata-se de uma proteína do citoesqueleto, provavelmente a principal responsável pela forma de disco bicôncavo do eritrócito. A proteína chamada banda 3 (o nome vem da sua posição no gel) é uma proteína transmembrana que atravessa a bicamada lipídica diversas vezes. A molécula da banda 3 tem, portanto, uma forma pregueada. Ela contém alguns hidratos de carbono presos à parte da molécula localizada na face externa do eritrócito, o que é uma característica geral das glicoproteínas da membrana. A banda 3 serve como caminho para a passagem de ânions através da membrana. Quando passam pelos capilares pulmonares, os eritrócitos trocam HCO– por Cl– durante o processo de liberação de CO2. A banda 3 é o canal por onde sai o HCO– e entra o Cl– nos eritrócitos. A última das três principais proteínas da membrana dos eritrócitos é a glicoproteína denominada glicoforina, uma proteína intrínseca que, como a banda 3, também e trans-membrana. Ela atravessa a membrana apenas uma vez, e a maior parte de sua molécula provoca saliência na superfície externa do eritrócito, onde exibe 16 cadeias glicídicas, com 100 moléculas de hidratos de carbono, que fazem parte do glicocálice. Um bom exemplo de marcadores da superfície celular são as glicoproteínas e glicolipídios que determinam os grupos sanguíneos. Os grupos M-N são devidos tanto à parte proteica como à parte glicídica da glicoforina, uma glicoproteína da membrana dos eritrócitos. Os grupos A-B-O dependem de pequenas variações na estrutura dos hidratos de carbono presentes nos glicolipídios e glicoproteínas da membrana dos eritrócitos.
Carboidratos: Os carboidratos são o terceiro maior componente da membrana plasmática. Em geral, eles são encontrados na superfície externa das células e estão associados às proteínas (formando as glicoproteínas) ou aos lipídios (formando os glicolipídeos). Estas cadeias de carboidratos podem consistir em 2-60 unidades de monossacarídeo e podem ser simples ou ramificadas. Juntamente às proteínas de membrana, esses carboidratos formam marcadores celulares distintos, um tipo de identidade molecular que permite que as células reconheçam umas as outras. Esses marcadores são muito importantes para o sistema imune, permitindo que células imunitárias diferenciem entre as células do organismo, as quais não devem ser atacadas, e células ou tecidos estranhos, os quais devem ser atacados.

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