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Escolas Penais

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
 
ESCOLAS PENAIS
SÃO GABRIEL – RS
2017
 
 
 
INTRODUÇÃO
	Na transição do século XVIII para XIX, com o crescimento dos ideais iluministas e humanitários, não mais podia-se tolerar a aplicação de penas tão severas e desproporcional, sob risco de perda de todo avanço social e humanístico obtido, portanto, necessário a criação de novos parâmetros como tornar as penalidades individualizadas àquele que subverteu a ordem, determinar critérios que tornem essa punição condizente com o delito praticado e afastar tamanha crueldade das penas, com isto surgiram as ditas escolas penais.
No decorrer do século XIX surgiram diversas outras escolas, as quais correspondem ao parâmetro do poder de punir.
O objetivo do presente trabalho é expor estas correntes de pensamentos, de modo que a levar ao conhecimento de todos os interessado uma breve, porém completa visão acerca das teses defendidas, principais características, método de abordagens, filiados e os pontos comuns entre elas.
O tema fora escolhido em razão de determinação da professora titular da cadeira, aliado ao fato de seu conhecimento ser necessário a todo cidadão que se faz presente no âmbito jurídico, especialmente penal.
O presente estudo fora elaborado mediante a utilização do método comparativo, e valendo-se de pesquisa unicamente bibliográfica.
I Disposições Gerais
No decorrer do século XIX, além da escola clássica surgiram diversas outros, porém dentre as principais vertentes podemos elencar a já citada clássica, a positiva, a eclética, a terceira escola, a técnico-jurídica, a Correcionalista, a humanista a moderna alemã e a nova defesa social, as quais passaremos a analisar logo abaixo:
I.I Escola Clássica
		Também conhecida como Escola Jurídica Italiana, nasceu no final do século XVIII, baseada no idealismo iluminista, nos movimentos revolucionários e na idéia das liberdades do estado francês, è tida como o abre alas das correntes penais, “apesar de não poder ser considerada uma escola propriamente dita, haja vista a ausência de um corpo de doutrina”[2: Bitencourt, Cézar Roberto – Tratado de Direito Penal . Volume 1º, Pg. 51.]
		Destaca-se das demais escolas, principalmente, em razão do brilhantismo de muitos de seus a débitos como Carmignani, Rossi, Mittermaier entre outros, mas em especial a Cesare Becharia que graças a seu livro Dei delitti e delle pene é considerado o precursor desta corrente.[3: Dos Delitos e das Penas]
			A escola clássica sustentava, em síntese, que a pena era um mal imposto ao indivíduo merecedor de um castigo por motivo da prática de um crime, ou seja, sustentava o caráter retributivo da pena, razão pela qual, diante da incompatibilidade com os ideais iluministas tornou-se inviável a mantença das penas corporais.
I.II Escola Positiva
	Conhecida também por positivismo criminológico, entretanto tal positivismo, conforme leciona Masson, não se dava em razão da defesa dos ideais de Conte da Filosofia Positivista, e sim em relação ao seu método, o qual possui critérios rigidos, prezando por certa imutabilidade.
	Defendia uma proteção mais efetiva da sociedade, preocupando-se mais com a eficiência da luta contra a criminalidade do que com os direitos individuas, e para tanto entendia ser necessário o aprofundamento nas doutrinas evolucionistas e sociológicas.
	Pode ser dividida em uma tríade de fases as quais cada uma possui um grande defensor sustentando suas armas, se não as criando, são elas: 
	a) Fase antropológica de Cesare Lombroso; propugnava que o homem não era dotado de liberdade de convicção, sendo sua conduta pré-determinada, haja vista que a criminalidade possuía raízes atávicas, ou seja, era hereditária.
	Deu início aplicação do método experimental no estudo da criminalidade, porém tendo sua teoria fracassado, e o mesmo aproximando-se aos ideais de Ferri, sustentando além das causas antropológicas, os fatores físicos e sociais.
	b) Fase sociológica de Enrico Ferri; sustentou a teoria da inexistência do livre arbítrio, e por tal razão passou da responsabilidade moral para a social.
	Pode ser considerada a fase mais humanística do positivismo, pois entendia que grande parte dos criminosos poderiam ser ressocializados. 
	c) A fase Jurídica de Rafael Garofalo: influenciado pelo darwinismo social e pela teoria da seleção natural, entendia que aqueles criminosos que não pudessem ser recuperados, deveriam ser eliminados.
	Defendia o retorno das penas corporais em especial a pena de mote para os criminosos natos, portanto, visava primordialmente a prevenção da criminalidade por meio da eliminação dos criminosos.
I,III Escolas Ecléticas ou mistas
	É válido dizer que as escolas clássica e positivista eram as mais determinadas em seus ideais, entretanto eram as mais extremistas nestes, tendo as escolas ecléticas buscado conciliar os principais pontos, que não antepostos das escolas clássicas in latu sensu, surgindo portanto novos preceitos, consoante declinado a seguir:
I.III,I Terza Scuela ou escola crítica
	Considerada o marco inicial par ao positivismo crítico, haja vista ter se valido da responsabilidade moral, a qual torna necessária a distinção entre inimputabilidade e imputabilidade, porém a escola entende que a responsabilidade não pode fundar-se no livre arbítrio.[4: É a incapacidade que tem o agente em responder por sua conduta delituosa.][5: É a possibilidade de atribuir a um indivíduo a responsabilidade por uma infração]
	Sustenta que a imputabilidade encontra-se ligada a capacidade de influência da motivação e que o crime é composto de um fenômeno sócia e individual condicionado as teses sociológica do positivismo
I.III.II Escola Técnico-Jurídica	
	Apresentada por Arturo Rocco, com o intuito de resolver a confusão causada pela escola positivista a qual não errou ao confundir direito penal, política criminal e criminologia, por tais razões Rocco dedicou sua obra ao estabelecimento da problemática do método no estudo do direito penal, estabelecendo que o mesmo não podia ser confundido com outras ciências explicativas ou políticas.
	Entretanto, há alguns como Bittencourt que sustentam que trata-se mais de uma corrente de renovação metodológica do que uma escola propriamente dita, em virtude de pleitear a restauração da ciência penal.[6: Bitencourt, Cézar Roberto – Tratado de Direito Penal . Volume 1º, Pg. 63.]
	O maior mérito da referida doutrina é a atrelação da idéia de crime ao fenômeno jurídico.
	Ligava o direito penal com os princípios conceituais de delito e pena e consequentemente sua responsabilidade.
	Dentre suas características pode-se destacar: a) a relação jurídica do delito; b) função preventiva da pena; c) a medida de segurança preventiva; d) responsabilidade moral, resgatando assim o conceito de livre arbítrio
I.III.III Escola Correcionalista
	Também denominada de Correlacionismo Penal. Originada da dissertação Comentatio na poena malitm esse debeat em que de Karl Röeder, inspirada no idealismo romântico alemão, tendo sido amplamente dissuadida e aprimorada na Espanha, em especial por Dorado Montero e Luis Jiménez de Asúa[7: Comentatio na poena malitm esse debeat]
	Caracterizava primordialmente pela ressocialização do criminoso, pois como Röeder atentou “A teoria correcional vê na pena somente o meio reacional e necessário para ajudar a vontade, injustamente determinada, de um membro do Estado, a ordenar-se por si mesma”.[8: Karl David August Röeger apud Bitencourt - Tratado de Direito Penal – Parte 1 – 14ª Edição - pg. 65]
	Se necessário fosse aproximar esta corrente de alguma outra, sem sobra de dúvida seria a clássica, ante a forte presença das idéias de luzes.
	Ademais, podemos elencar ainda outro caráter marcante desta corrente, como a preferência a pena privativa de liberdade por período indeterminado, o que o afastaria dos estímulos delitivos e consequentemente corrigiria seu animus delinquendi.[9: Vontadede delinquir]
I.III.IIV Escola Humanista
	Idealizada por Vicente Lanza, com base no crescimento do movimento humanista no século XX, nesta os sentimentos vem substituir a razão e a conduta humana.
	Define o crime como ato lesivo a conduta moral, e que portanto, o imoral é o ilícito.
	Em relação a pena, possui entendimento similar ao de Röeger, pois entendia que deveria ter caráter educacional e na sancionatória. 
	Válido frisar ainda a associação da imputabilidade com a capacidade educacional, a qual apesar de ser questão em regra verdadeira, não pode ser tida como absoluta, pois se assim fosse tomada os psicopatas também seriam não educáveis, e entretanto, via de regra, são dotados de grande intelecto.
I.III.V Escola Moderna Alemã
	Também conhecida como escola política criminal ou escola sociológica, criada por Franz Von Liszl, foi a escola que instaurou as críticas as demais.
	Sustenta que o delito é a soma dos fatores de ordem interna com os de ordem externa, sendo o primeiro as características do criminoso, e estas últimas, podem ser diversos os motivos, tais como condições econômicas, sociais e culturais. 
	Denota-se do parágrafo anterior que há uma retomada do livre-arbítrio o qual vem contrabalançado pelo ambiente externo, contrapondo a idéia do criminoso nato.
		Igualmente, preocupa-se a moderna teoria alemã em distinguir o direito penal das demais ciências criminais, impondo o método lógico abstrato ao direito e o indutivo-experimental ao demais.
I.III.VI Escola da Nova Defesa Social
		Teve surgimento no final século XIX, e deu uma valorização até então inexistente dos direitos humanos, sua criação é atribuída a Adolphe Prins.
		Porém foi através de Felipe Gramática que a teoria ganhou tamanhas proporções, o qual objetivava ditar novos paradigmas de controle e enfrentamento da criminalidade, diante das barbáries cometidas na grande guerra, que trucidaram com os mínimos direitos humanos existentes. 
		Sustentava a escola, que o direito penal devia ser trocado por um direito de defesa social.
		Definida pela doutrina como um “marco ideológico, uma doutrina humanista de proteção social contra o crime”.[10: ANCEL, Marc – A nova defesa Social apud Bitencourt, Cézar Roberto – Tratado de Direito Penal . Volume 1º, Pg. 66.]
		Possuía como primórdios a proteção do homem, a garantia de seus direitos e a utilização das ciências humanas como linha de frente na luta contra o crime, o que vai de encontro ao direito penal repressivo, ou seja, visando evitar a ocorrência do crime ao invés de punir o criminoso.
CONCLUSÃO
	Após a realização do presente estudo, verifica-se que a raiz para todas as demais escolas foram as clássicas e as positivistas, sendo que ambas marcam as demais teorias, ainda que não tão clara tal vinculação.
	Conforme demonstrado o estudo das presentes escolas penais em conjunto com os princípios penais, fazem-se necessários não só há quaisquers penalistas como também a todos os operadores do direito, haja vista sua forte carga histórica e de conteúdo.
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, parte geral. 14ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2009
MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado: Parte geral – vol. 1. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2009. 
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Introdução ao estudo do direito penal. Editora Saraiva. 2003

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