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Apostila PJC MT Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia (2017)

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Didatismo e Conhecimento
Índice
ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos .........................................................................................................................01
2. Tipos e gêneros textuais: descrição, narração, dissertação, propaganda, editorial, cartaz, anúncio, artigo de opinião, 
artigo de divulgação científica, bula, charge, tirinha, ofício, carta ........................................................................................05
3. Estrutura Textual: Progressão temática, parágrafo, período, oração, enunciado, pontuação, tipos de discurso, 
coesão e coerência .......................................................................................................................................................................09
4. Nível de linguagem: variedade linguística, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, 
adequação comunicativa ............................................................................................................................................................26
5. Língua padrão: ortografia, crase, regência, concordância nominal e verbal, flexão verbal e nominal. 6. Morfossintaxe: 
estrutura, formação, classe, função e emprego de palavras ....................................................................................................30
7. Semântica: estudo da significação das palavras. ...........................................................................................................85
ÉTICA E FILOSOFIA
1. Ética e cidadania ..............................................................................................................................................................01
2. Fundamentos da Filosofia ................................................................................................................................................04
3. Consciência crítica e filosofia...........................................................................................................................................08
POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DO MATO GROSSO
PJC-MT
Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia
Volume I
A Apostila Preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial, com base no último concurso 
para este cargo, elaboramos essa apostila a fim que o aluno antecipe seus estudos.
Quando o novo concurso for divulgado aconselhamos a compra de uma nova apostila elaborada de acordo 
com o novo Edital.
A antecipação dos estudos é muito importante, porém essa apostila não lhe dá o direito de troca, atualizações 
ou quaisquer alterações sofridas no Novo Edital.
JN045-a-2017
Didatismo e Conhecimento
Índice
4. Filosofia moral: Ética ou filosofia moral ........................................................................................................................09
5. A relação entre os valores éticos ou morais e a cultura .................................................................................................11
6. Juízos de fato ou de realidade e juízos de valor. ............................................................................................................13
7. Ética e violência ................................................................................................................................................................13
8. Racionalismo ético ............................................................................................................................................................15
9. Utilitarismo ético ..............................................................................................................................................................17
10. Ética e liberdade .............................................................................................................................................................19
11. Ética aplicada (bioética, ética ambiental e ética dos negócios)...................................................................................21
ATUALIDADES
1. Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, 
energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações 
históricas. .....................................................................................................................................................................................01
HISTORIA
1. Período Colonial. 1.1 Os bandeirantes: escravidão indígena e exploração do ouro. 1.2 A fundação de Cuiabá: 
Tensões políticas entre os fundadores e a administração colonial. 1.3 A escravidão negra em Mato Grosso. 1.4 Os Tratados 
de Fronteira entre Portugal e Espanha .....................................................................................................................................01
2. Período Imperial. 2.1 A crise da mineração e as alternativas econômicas da Província. 2.2 A Guerra da Tríplice 
Aliança contra o Paraguai e a participação de Mato Grosso. 2.3 A economia mato-grossense após a Guerra da Tríplice 
Aliança contra o Paraguai ..........................................................................................................................................................03
3. Período Republicano. 3.1 O coronelismo em Mato Grosso. 3.2. Economia de Mato Grosso na Primeira República: 
usinas de açúcar e criação de gado. 3.3. Política fundiária e as tensões sociais no campo. 3.4 Os governadores estaduais e 
suas realizações 3.5 Desmembramento do Estado em MT e MS, ocorrido em 1977. 3.6. Criação e desmembramentos de 
municípios de Mato Grosso. .......................................................................................................................................................05
GEOGRAFIA
1. Mato Grosso: localização, fronteiras e limites do estado e dos municípios. ...............................................................01
2. Aspectos geomorfológicos: relevos do estado. ...............................................................................................................01
3. Aspectos climáticos e ecossistemas do Mato Grosso .....................................................................................................01
4. Hidrografia do Mato Grosso ...........................................................................................................................................02
5. Aspectos político-administrativos. ..................................................................................................................................03
6. Atividades agrícolas. ........................................................................................................................................................03
7. Processos migratórios e dinâmica da população em Mato Grosso ..............................................................................03
8. Programas governamentais e fronteira agrícola matogrossense. ................................................................................04
9. A economia do Estado e da capital..................................................................................................................................04
10. Indicadores oficiais de saúde e educação do estado ....................................................................................................05
11. Aspectos contemporâneos da urbanização do Estado e da capital. 12. Principais eixos rodoviários: federais e 
estaduais .......................................................................................................................................................................................11
13. Políticas ambientais nas diferentes escalas do poder: as unidadesde conservação da natureza ............................12
14. Reservas Indígenas. ........................................................................................................................................................13
Didatismo e Conhecimento
Índice
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1. Ambiente operacional Windows (XP). 2. Fundamentos do Windows, operações com janelas, menus, barra de 
tarefas, área de trabalho, trabalho com pastas e arquivos, localização de arquivos e pastas, movimentação e cópia de 
arquivos e pastas e criação e exclusão de arquivos e pastas, compartilhamentos e áreas de transferência. 3. Configurações 
básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano e protetor de tela. 4. Windows 
Explorer. .......................................................................................................................................................................................01
5. Ambiente Intranet e Internet. 5.1. Conceito básico de internet e intranet e utilização de tecnologias, ferramentas e 
aplicativos associados à internet. 6. Principais navegadores. 7. Ferramentas de Busca e Pesquisa....................................13
8. Processador de Textos. 9. MS Office 2003/2007 - Word. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar 
documentos. Digitação. Edição de textos. Estilos. Formatação. Tabelas e tabulações. Cabeçalho e rodapés. Configuração 
de página. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos .................................................41
10. MS Office 2003/2007 – Excel. Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Estilos. 
Formatação. Fórmulas e funções. Gráficos. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos 
recursos. .......................................................................................................................................................................................62
11. Correio Eletrônico. Conceitos básicos. Formatos de mensagens. Transmissão e recepção de mensagens. Catálogo 
de endereços. Arquivos Anexados. Uso dos recursos. Ícones. 12. Atalhos de teclado ...........................................................73
13. Segurança da Informação. 13.1. Cuidados relativos à segurança e sistemas antivírus. ..........................................82
Didatismo e Conhecimento
SAC
SAC
DÚVIDAS DE MATÉRIA
A NOVA CONCURSOS oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao 
Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do 
edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida atráves do endereço eletrônico: 
www. novaconcursos.com.br/contato.
Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade 
da matéria em questão.
Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/
Estado/matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos 
- Disciplina:. Português - paginas 82,86,90.
Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, 
podendo demorar em média 5 (cinco) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio 
do mesmo.
ERROS DE IMPRESSÃO
Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, 
caso encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@novaconcursos.com.br
Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a 
NOVA CONCURSOS auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos 
com a organizadora dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros 
independe de nossa equipe.
Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada 
com base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de disponibilizar as retificações em nosso 
site, www. novaconcursos.com.br/retificacoes
Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição 
para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. 
Entre em contato com a editora atrvés do e-mail, 
sac@novaconcursos.com.br
Acesso o nosso site: 
www.novaconcursos.com.br
Atenciosamente,
NOVA CONCURSOS
Grupo Nova
Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula 
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de 
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da 
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de 
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), 
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas 
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos 
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e 
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, 
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a 
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para 
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a 
tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, 
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que 
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). 
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão 
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta 
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário,colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir 
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são 
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou 
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o 
seu rendimento final no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em 
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem 
seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em 
tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller 
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.
LÍNGUA PORTUGUESA
Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Prof Especialista Zenaide Auxiliadora 
Pachegas Branco
Graduada pela Faculdade de Filosofia,
 Ciências e Letras de Adamantina
Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp
1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
DE TEXTOS
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a 
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui al-
guns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às 
questões relacionadas a textos.
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas 
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir intera-
ção comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ).
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em 
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com 
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estrutu-
ração do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o 
nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é 
tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original 
e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente da-
quele inicial.
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências di-
retas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de 
recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpre-
tação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-
tir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as 
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das 
questões apresentadas na prova.
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
 
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de 
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de 
diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma 
realidade, opinando a respeito. 
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias 
em um só parágrafo. 
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: 
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literá-
rios, estrutura do texto), leitura e prática;
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) 
e semântico; 
Observação – na semântica (significado das palavras) in-
cluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sino-
nímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e 
- Capacidade de raciocínio.
Interpretar X compreender 
Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está es-
crito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
Erros de interpretação
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto, 
acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento 
prévio do tema quer pela imaginação.
 
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas 
a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, 
o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema 
desenvolvido. 
 
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias 
às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
quentemente, errando a questão.
 
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a 
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, 
o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada 
mais.
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacio-
na palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras 
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, 
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma 
relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
 
Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia 
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome 
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu 
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes 
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de 
adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação 
de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sen-
do, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo 
adequado a cada circunstância, a saber:
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas 
depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o ob-
jeto possuído. 
- como (modo)
- onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria apa-
recer o demonstrativo O ).
 
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a lei-
tura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com-
preensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada ques-
tão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/
como-interpretar-textos
QUESTÕES
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ 
– ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que 
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo expresso no 
excerto: “Se você está em casa, não podesair. Se você está na rua, 
não pode entrar”. 
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. 
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. 
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. 
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”. 
(TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 
- ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão de número 2, 
considere o texto abaixo.
A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cuba-
no, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados 
tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a independência do 
país em relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu. 
Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cuba-
no e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados 
espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de 
restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente 
os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham 
aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos 
anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores 
numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava 
a nova capital mundial do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos 
levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da 
revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de 
pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas 
mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos 
com o que parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão 
pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia 
de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. 
Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre 
Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um 
grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte 
dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para 
um charuto; Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras 
decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comen-
tários ou questões antes do final da sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro 
Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, Maia Soares. São Paulo, Cia das 
Letras, 1996, p. 134-136)
 
Depreende-se do texto que
(A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo “lector”, 
permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam 
com maior concentração.
(B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba 
para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura, 
que é determinado culturalmente.
(C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas 
ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do 
escritor.
(D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam su-
perar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam sub-
metidos.
(E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, com-
partilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comu-
nitária, não individual.
3-) (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão, 
considere o texto abaixo.
Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
Foi por me sentir genuinamente desidentificado com qualquer 
espécie de regionalismo que escrevi coisas como: “Não sou brasi-
leiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum lugar, sou de lugar 
nenhum”/ “Riquezas são diferenças”.
Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais formula-
ções pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em São Paulo. 
Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo propicia, esse de-
sapego para com raízes geográficas, raciais, culturais. Por eu ver 
São Paulo como um gigante liquidificador onde as informações 
diversas se misturam, gerando novas interpretações, exceções.
Por sua multiplicidade de referências étnicas, linguísticas, 
culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias...
São Paulo não tem símbolos que deem conta de sua diversi-
dade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado, uma 
arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em uma. 
Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fundamen-
talismos, a intolerância ante a diversidade.
Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do planeta. 
Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação miscigenada 
do Brasil.
Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se multi-
plicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi crescendo 
para todos os lados, sem limites.
Até a instabilidade climática daqui parece haver contribuí-
do para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade das 
misturas.
Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes indíge-
nas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú, Butantã 
etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube vislum-
brar Oswald de Andrade.
Não é à toa que partiram daqui várias manifestações cultu-
rais.
São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada entre 
praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas janelas 
dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do mar; com 
seus crepúsculos intensificados pela poluição; seus problemas de 
trânsito, miséria e violência convivendo com suas múltiplas ofer-
tas de lazer e cultura; com seu crescimento indiscriminado, sem 
nenhum planejamento urbano; com suas belas alamedas arboriza-
das e avenidas de feiura infinita.
(Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponível em http://
www.arnaldoantunes.com.br).
No texto, o autor 
(A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por con-
trastes de diversas ordens.
(B) assinala a relevância da análise de Oswald de Andrade a 
respeito do provincianismo da antiga São Paulo.
(C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, designa-
rem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo.
(D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o 
principal problema da cidade de São Paulo.
(E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a 
paisagem recortada da cidade de São Paulo.
(PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – 
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para 
responder às questões de números 4 e 5.
Bolsa rosa, contas no vermelho
Não fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o dinheiro –, 
a criação de um regime de aposentadoria para milhões de donas 
de casa brasileiras de baixa renda até poderia fazer sentido. Há 
diversos projetos de lei em tramitação na Câmara para reconhe-
cer os direitos das mulheres dedicadas integralmente às tarefas 
domésticas. Mas eles ignoram o impacto econômico que isso teria 
nas contas públicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defen-
sora da criação dessa espécie de bolsa-cor-de-rosa, afirma que 
“muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora, 
e ela (a mulher), que prestou serviços a vida inteira, não tem am-
paro”.
Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 
bilhões de reais por ano.
(Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011)
4-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO 
– ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) O tema desse texto é
(A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras.
(B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos.
(C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de baixa 
renda no Brasil.
(D) o alto custo das contas públicas brasileiras.
(E) o impacto econômico da aposentadoria de donas de casa 
nas contas públicas.
5-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO 
– ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) A frase do texto – “Caso a bon-
dade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais 
por ano.” – indica
(A) ironia.
(B) respeito.
(C) indignação.
(D) frustração.
(E) aprovação.
6-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Con-sidere: 
Chama-se “situação de discurso” o conjunto das circunstân-
cias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (seja 
ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tempo 
o ambiente físico e social em que este ato se dá, a imagem que dele 
têm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que cada um faz 
do outro (inclusive a representação que cada um possui daquilo 
que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam 
o ato de enunciação (especialmente as relações que tiveram antes 
os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que 
se insere a enunciação em questão). 
(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciências da lingua-
gem. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8)
Segundo o texto, é correto afirmar:
 a) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados.
 b) Os enunciados produzem a enunciação.
 c) A descrição da enunciação é determinada pela identidade 
dos interlocutores.
Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
 d) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à com-
preensão.
 e) O conceito de situação de discurso engloba a enunciação 
e seu entorno.
(MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – 
FCC/2013 - ADAPTADA) Atenção: Considere o poema abaixo 
para responder às questões de números 7 a 9.
O rio
Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. Nova Agui-
lar: 1993. p. 285)
7-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – 
FCC/2013) O poeta
(A) considera a participação dos seres humanos na natureza, 
por estarem submetidos a uma série ininterrupta de acontecimen-
tos rotineiros.
(B) se volta para o necessário respeito aos elementos da natu-
reza, como garantia de uma vida tranquila, sem sobressaltos ines-
perados.
(C) demonstra desencanto em relação aos problemas cotidia-
nos, por sua habitual ocorrência a exemplo da natureza, sem qual-
quer solução possível.
(D) alude à fatalidade do destino humano sujeito a contínuas 
alterações, semelhantes às impostas pela natureza a um rio, que 
flui incessantemente.
(E) propõe adaptação às circunstâncias da vida, sejam elas fa-
voráveis ou não, as quais devem ser analisadas e, principalmente, 
aceitas.
8-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – 
FCC/2013) Considere as afirmativas abaixo:
I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe-
cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo.
II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos 
que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade 
mostrada em E se os céus se pejam de nuvens.
III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara-
ção que corrobora a visão exposta no poema.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
9-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – 
FCC/2013) O emprego de ser no 1º verso indica
(A) aproximação do sentido do infinitivo histórico ou narra-
tivo.
(B) suavização de uma ordem imprescindível.
(C) substituição do imperativo, mantendo-se a noção de or-
dem.
(D) intenção de evidenciar o sujeito oculto da ação verbal.
(E) destaque do agente da ação verbal, para evitar ambigui-
dade.
10-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) 
Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce re-
dondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se
A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de 
cerveja.
B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em sen-
tido denotativo.
C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, significa es-
correr pela garganta.
D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da 
garrafa que o contém.
E) ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o 
termo cerveja.
RESOLUÇÃO
1-) 
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do 
excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em 
casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.
RESPOSTA: “A”.
2-)
Interpretação textual. As alternativas estão relacionadas ao 
tema, mas a que foi abordada explicitamente no texto é: “os operá-
rios cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um 
charuto o nome de um dos personagens do escritor”. 
RESPOSTA: “C”.
3-) 
Questão fácil! Ao ler o texto e analisar as alternativas, a única 
que está evidente no texto é: “descreve São Paulo como uma cida-
de marcada por contrastes de diversas ordens”. 
RESPOSTA: “A”.
4-) 
Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o impacto 
econômico que o pagamento de aposentadoria às donas de casa 
causará às contas públicas. 
RESPOSTA: “E”.
5-) 
O termo que facilita a resposta à questão é: Caso a bondade 
seja aprovada = ironia. 
RESPOSTA: “A”.
6-) 
Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder à 
questão (não se esqueça: você pode – deve – fazer isso em seu con-
curso também!): ...conjunto das circunstâncias no meio das quais 
Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
se desenrola um ato de enunciação (...) É preciso entender com 
isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se 
dá. = enunciação e seu contexto, ambiente no qual a situação de 
discurso ocorre.
RESPOSTA: “E”.
7-) 
Com palavras do texto podemos responder à questão: Ser 
como o rio ... Não temer as trevas da noite ... Refleti-las também 
sem mágoa. 
RESPOSTA: “E”.
8-) 
I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe-
cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo. 
II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos 
que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade 
mostrada em E se os céus se pejam de nuvens = não há descrição 
da realidade, são suposições
III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara-
ção que corrobora a visão exposta no poema. = correta
RESPOSTA: “B”.
9-) 
O poeta não utiliza o verbo “seja” (imperativo), mas através 
do poema ele nos “aconselha” a que assumamos as posturas por 
ele descritas usando os verbos no infinitivo (ordem de uma manei-
ra mais sutil).
RESPOSTA: “C”.
10-) 
Questão de interpretação da linguagem publicitária: “descer 
redondo” significa que a cerveja desce facilmente, de maneira 
agradável. 
RESPOSTA: “C”.
2. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS: 
DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO, 
PROPAGANDA, EDITORIAL, CARTAZ, 
ANÚNCIO, ARTIGO DE OPINIÃO, ARTIGO 
DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, BULA, 
CHARGE, TIRINHA, OFÍCIO, CARTA
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam 
eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, 
isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo trans-
mitido entre os interlocutores. Esses interlocutores são as peças 
principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca es-
crevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.
É de fundamental importância sabermos classificar os textos 
com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, 
precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato pre-
senciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre de-
terminado assunto, ou descrevemos algum lugar que visitamos, ou 
fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhe-
cer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classi-
ficamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, 
Descrição e Dissertação.
As tipologias textuais se caracterizam
pelos aspectos de ordem linguística
- Textos narrativos – constituem-se de verbos de açãodemar-
cados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, 
como é o caso de antes, agora, depois, entre outros:
Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de 
muita conversa, resolveram...
- Textos descritivos – como o próprio nome indica, descre-
vem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um 
determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem de-
marcados no presente ou no pretérito imperfeito:
“Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...”
- Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto 
ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfati-
zando acerca das razões de ela acontecer, como em:
O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, 
portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o bene-
fício.
- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma moda-
lidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utili-
zando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro 
do presente.
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar 
uma massa homogênea. 
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se pelo 
predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma car-
ga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que 
justificam a posição assumida acerca de um determinado assunto. 
A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para 
conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que 
os gêneros estão em complementação, não em disputa.
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, 
pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações 
sociocomunicativas que participam da nossa vida em sociedade. 
Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma re-
portagem, uma monografia, um poema, um editorial, e assim por 
diante. 
A Propaganda Institucional é uma forma de publicidade que 
não se refere ao produto em si, e sim à empresa ou instituição, 
visando à disseminação de ideias no intuito de moldar e influen-
ciar a opinião pública, motivando comportamentos desejados por 
uma instituição ou provocando mudanças na imagem pública des-
ta instituição. Fala-se da sua importância para a sociedade, dos 
empregos que ela gera, da sua contribuição para o progresso do 
país, enfim, das coisas boas que a empresa faz. Assim, cria-se uma 
imagem positiva da marca. É utilizada para criar no público um 
estado de confiança nas instituições, o qual se refletirá no futuro 
em suporte e apoio da população a estas instituições.
Didatismo e Conhecimento 6
LÍNGUA PORTUGUESA
Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comu-
nicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares.
As características desse tipo de gênero textual são simples, ou 
seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. 
Vejamos:
• O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental.
• O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é 
considerado bilhete e não carta.
• O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade 
entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se 
pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias.
• Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 
1. local e data escritos à esquerda 
2. vocativo 
3. corpo do texto 
4. despedida e assinatura
Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por con-
sequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo 
Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontua-
ção após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos.
Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar 
entre Atenciosamente, Cordialmente, até Adeus, Saudades, Até em 
breve.
Quanto à assinatura, pode ser só o primeiro nome ou o apeli-
do, dependendo da situação.
Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado 
a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou 
Obs. (observação).
A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada 
pelo correio, pois é manuscrita.
Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino 
“post scribere” que significa “escrever depois”!
O cartum tem a característica de uma anedota gráfica em que 
podemos visualizar a presença da linguagem verbal associada à 
não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relaciona-
das ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, 
por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não 
fazem referência a uma personalidade em específico. Vejamos um 
exemplo:
 
Cartum de Glasbergen - americano cartunista e ilustrador 
humorístico
Constatamos que o cartum em referência aponta para o fato 
de as pessoas estarem tão acostumadas às redes sociais que até um 
bebê que ainda não nasceu já possui mais amigos no Facebook que 
os próprios pais, revelando uma crítica a esse comportamento tão 
recorrente.
A charge, um tanto quanto diferente do cartum, satiriza situa-
ções específicas, situadas no tempo e no espaço, razão pela qual se 
encontra sempre apontando para um personagem da vida pública 
em geral, às vezes um artista, outras vezes um político, enfim. Em 
se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem 
verbal e não verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz 
respeito ao fato de a charge, expressa na língua francesa, possuir 
significado de “carga”, aderindo por completo à intenção do char-
gista, ou seja, a de que ele realmente atua de forma crítica numa 
situação de ordem social e política. Veja um exemplo: 
Charge de Júlio Costa Neto – jornalista e desenhista
Ao nos atermos à charge em questão, ficamos convencidos de 
que o autor aponta para a tendência que as pessoas trazem consigo de 
que um dos meios de ganhar dinheiro é entrando na política, sobretu-
do pela desonestidade, pela corrupção que se manifesta nesse meio, 
razão pela qual o personagem respondeu à professora dessa forma.
Tipos de correspondências oficiais e empresariais
De maneira geral, existem três macro tipos de correspondên-
cias:
Particular – entre indivíduos (amigos, familiares e pessoas do 
convívio social) e pode apresentar diversos graus de formalidade, 
desde um caráter íntimo até certo grau de formalismo;
Empresarial – é trocada entre empresas ou entre estas e pes-
soas físicas;
Oficial – acontece entre órgãos do serviço público ou entre os 
mesmos e a sociedade.
Com o objetivo de tornar este tipo de comunicação mais or-
ganizado e de fácil entendimento para todos os envolvidos, as cor-
respondências oficiais seguem determinados padrões de redação e 
formatação, as quais serão abordadas a seguir.
Ata: é um documento no qual deve constar um resumo por es-
crito, detalhando os fatos e as soluções a que chegaram as pessoas 
convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou reunião. 
A expressão correta para a redação de uma ata é “lavrar a ata”. 
Uma das principais funções da ata é historiar, traçar um painel 
cronológico da vida de uma empresa, associação ou instituição. 
Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns 
casos caráter obrigatório pela legislação.
Didatismo e Conhecimento 7
LÍNGUA PORTUGUESA
Por tratar-se de um documento formal, a ata deve seguir algu-
mas normas específicas de formatação:
- Por ter como requisito não permitir que haja qualquer modi-
ficação posterior, o seu formato renuncia a quebras de linha ele-
tivas, espaçamentos verticais e paragrafação, ocupando virtual-
mente todo o espaço disponível na página;
- Números, valores, datas e outras expressões são sempre rep-
resentados por extenso; 
- Sem emprego de abreviaturas ou siglas; 
- Sem emendas, rasuras ou uso de corretivo (quando a ata es-
tiver sendo manuscrita e for necessária alguma correção, usar a 
expressão “digo” seguida do texto correto); 
-Todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no 
pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, decidiu…).
A estrutura básica para uma ata pode ser esta:
- Título da reunião;
- Cidade, dia, mês, ano, das h:min até h:min;
- Local da reunião;
- Introdução (Relatar sobre o título da reunião, local, data, 
hora e participantes);
- Participantes da reunião (Nome completo do participante e 
especificar de qual instituição ele é);
- Agenda (Relatar sobre a pauta da reunião, os temas a serem 
tratados e os respectivos responsáveis de cada tema);
- Desenvolvimento (Descrever sobre os temas principais cita-
dos na reunião);
- Conclusões (Descrever sobre as conclusões atingidas ao fi-
nal da reunião e suas respectivas decisões);
- Recomendações (Descrever recomendações e observações 
feitas no decorrer da reunião);
- Distribuição (Relatar o nome de quem a ata será enviada).
- A ata deverá ser assinada por todos os participantes.
Atestado ou Certificado: É um documento em que se faz fé 
de algo e que tem valor legal. Pode haver atestados ou certificados 
de serviços prestados, de estudos realizados, de pagamentos, etc. 
Para a sua elaboração, utiliza-se geralmente papel de tamanho A4, 
escrito em sentido vertical.
- Cabeçalho (Coloca-se na parte superior do certificado, com 
uma margem considerável. É constituído pelo nome da pessoa ou 
instituição que o envia, acompanhados dos seus dados de identifi-
cação. Costuma-se escrever em maiúsculas.);
- Corpo (Contém texto precedido pelo termo CERTIFICA 
ou ATESTA, em maiúsculas, seguido de dois pontos, onde se de-
screve o objeto da certificação.);
- Local e data;
-Assinatura e selo.
Bilhete: É um meio rápido e simples de transmitir uma men-
sagem. Normalmente é dirigido a uma pessoa próxima, com quem 
se tem intimidade, e por isso mesmo costuma ser escrito em lin-
guagem informal. Isso, contudo, não dispensa a atenção que deve 
ser dada à qualidade da redação, especialmente considerando que 
o relacionamento continua tendo caráter profissional.
O bilhete não requer um tipo específico de papel, muito menos 
segue um padrão formal. É sempre aconselhável, entretanto, uma 
boa apresentação.
Mesmo sendo breve e informal, o bilhete apresenta uma forma 
de organização que deve ser seguida para atender ao seu maior 
objetivo: comunicar de forma rápida e precisa. Assim, deve conter 
as seguintes partes:
- Vocativo (Coloca-se o nome do receptor, sem emprego de 
tratamento especial);
- Texto (Deve ser iniciado com marca de parágrafo e conter as 
informações necessárias à comunicação de forma bem ordenada);
- Nome do emissor;
- Data e hora.
Carta comercial: As cartas comerciais, além de diversos des-
tinos, também têm função variada, como a de informar, solicitar 
ou persuadir. Podem ser cartas de solicitação de emprego, oferta 
de algum produto de sua empresa, reclamação quanto à má pre-
stação de algum serviço, cobrança de algum débito, enfim, diver-
sas situações que fazem parte do cotidiano empresarial.
Como em qualquer correspondência oficial, o conteúdo da 
carta deve ser adequadamente normalizado por parágrafos e re-
digido com clareza e concisão.
A sua estrutura geral é:
- Cabeçalho ou timbre (Referência da empresa; logotipo, sím-
bolo ou emblema. Em geral, já vêm impressos no papel da carta);
- Número de controle (Facilita ao destinatário responder sua 
carta e mencionar a referência. É também uma maneira de garantir 
o controle da correspondência. A colocação à direita é um destaque 
que facilita a leitura.);
- Local e Data (Por extenso. Quando o papel é timbrado, pode-
-se suprimir o local antes da data, uma vez que o endereçamento 
completo aparece no pé de página.);
- Destinatário (Não se deve colocar À/Às ou Ilmos. Senhores 
antes do nome da empresa ou pessoa a quem a carta se destina. 
Não é necessário escrever endereço, caixa postal e CEP no papel 
carta, basta que esses dados apareçam no envelope.);
- Referência (É o conteúdo da carta sintetizado, facilitando o 
registro para quem recebe. Não há necessidade de escrever Ref. 
ou REFERÊNCIA, pois a posição da frase na carta já indica esse 
elemento.);
- Invocação ou vocativo (O emprego de palavras como preza-
do, estimado, caro, amigo deve ser de acordo com o tipo de carta. 
Pode se tratar de uma carta puramente comercial ou pode envolver 
também relações de amizade.);
- Corpo da carta ou conteúdo (Deve estar disposto, geralmente, 
no centro do papel, em cerca de três parágrafos: a informação ini-
cial, o desenvolvimento do tema e a conclusão. O assunto deve 
ser tratado em linguagem clara, objetiva e concisa. Deve-se evitar 
perda de tempo na introdução do assunto, como palavras e ex-
pressões desnecessárias.);
- Saudação final, despedida ou fecho (Modernamente, evitam-
-se palavras rebuscadas e chavões. Expressões longas, que nada 
acrescentam de importante, caíram em desuso. Emprega-se Aten-
ciosamente ou Cordialmente, dependendo das relações de negó-
cios.);
- Assinatura (Deve-se obedecer à seguinte ordem: primeiro, o 
nome do remetente; depois, seu cargo. Somente as letras iniciais 
devem ser maiúsculas. Não se deve colocar o título do emissor na 
frente de seu nome. Para indicar que se trata de médico, advogado 
etc., basta que se coloque o registro do CRM ou da OAB, con-
forme o caso. Também não é necessário colocar o traço acima do 
nome datilografado, para a assinatura.);
Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
- Anexos (Parte destinada à enumeração de papéis ou de docu-
mentos que acompanha a carta.).
Circular: Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a 
muitas pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens 
ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circu-
lar. Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta ou 
ofício, o que a caracteriza é conter um assunto de interesse geral. 
Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas, 
com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções 
e departamentos.
A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e di-
reta para não dar margem a outras interpretações. Todos devem 
entender claramente o que está escrito.
Estrutura:
- Timbre da empresa;
- Número da circular;
- Data (por extenso);
- Assunto;
 -Corpo da mensagem;
- Identificação / Assinatura do emissor da circular.
Declaração: A declaração é utilizada quando se quer atestar 
ou confirmar algum fato para garantir um direito a uma determi-
nada pessoa. Divide-se nas seguintes partes:
- Timbre (Impresso como cabeçalho, contendo o nome do 
órgão ou empresa. Atualmente a maioria das empresas possui um 
impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel 
sem timbre.);
- Título (Deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.);
- Texto (Deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título.). 
Dele deve constar: 
- Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é ac-
onselhável escrever, para facilitar: os abaixo assinados; 
- O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do in-
dicativo, terceira pessoa do singular ou do plural; 
- Finalidade do documento, em geral costuma-se usar o termo 
“para os devidos fins”, mas também se pode especificar: “para 
fins de trabalho”, “para fins escolares”, etc.
- Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome 
pode vir em caixa alta, para facilitar a visualização;
- Citação do fato a ser atestado.
- Local e data (Deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do 
texto;
- Assinatura (Assina-se a cerca de três linhas abaixo do local 
e data).
Memorando: O memorando, estabelecendo uma comparação, 
é uma espécie de bilhete comercial de que as empresas ou órgãos 
oficiais utilizam-se para estabelecer a correspondência interna en-
tre seus setores e departamentos. Por ser um tipo de correspondên-
cia cotidiana,rápida e objetiva, o memorando segue uma forma 
fixa, sendo para isso utilizado um papel impresso.
Observe a estrutura de um memorando, atentando para a aus-
ência de saudações e finalizações:
- Timbre;
- Número do memorando;
- Data;
- De (Órgão e/ou responsável);
- Para (Órgão e/ou responsável);
- Corpo do texto;
- Assinatura.
Ofício: é a correspondência de caráter oficial, equivalente à 
carta comercial. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma 
ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pes-
soa ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular 
ou pessoa a uma repartição pública. Por tratar-se, sobretudo, de 
comunicação de caráter público, o ofício requer certo grau de for-
malidade. A redação, tal como no caso da carta comercial, tem de 
ser breve e concisa.
Procuração: Através da procuração uma pessoa (física ou 
jurídica) autoriza alguém a agir e realizar negócios em seu nome.
O indivíduo que concede a procuração é chamado de man-
dante, constituinte ou outorgante. Aquele que recebe a procuração 
é chamado de mandatário, procurador ou outorgado.
A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o 
texto com identificação e qualificação do outorgante e do outor-
gado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade da procuração 
são expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data 
e a assinatura são expressas.
Há dois tipos de procuração:
Pública – aquela que é lavrada por tabelião em Livro de No-
tas. O translado (cópia autêntica do que consta no livro) fica em 
poder do procurador. É usada em casos de compra e venda de im-
óveis, em assuntos de maior peso.
Particular – aquela que é datilografada ou manuscrita, sem 
registro no Livro de Notas. Digamos que você não possa fazer sua 
matrícula na escola. Então, você poderá passar uma procuração 
particular para alguém de sua confiança que resolverá esse, e ap-
enas esse, assunto para você.
Requerimento: Se você precisar se dirigir a uma autoridade 
para fazer um pedido para o qual necessite ter amparo na lei, deve 
fazê-lo através de um requerimento.
Serve para requerer ou pedir uma coisa específica à Admin-
istração ou aos organismos públicos. Os requerimentos recebem 
nomes diferentes, dependendo do organismo ao qual se dirigem:
- Conhece-se pelo nome de “Memorial” quando é dirigido a 
uma autoridade máxima, como, por exemplo, o chefe do Estado 
ou o papa;
- Chama-se “Exposição” quando se dirige ao Parlamento da 
nação ou a um órgão do Governo;
- Chama-se “Pedido” ao requerimento utilizado para os de-
mais casos. 
Em geral, podemos observar as seguintes partes:
- A autoridade destinatária (usa-se Excelentíssimo “Exmo.” 
para Juiz, Promotor, Senadores, Deputados, Vereadores, Presi-
dente da República, Governador, Prefeito e Ministros de Estado; 
usa-se Ilustríssimo “Ilmo.” para as demais autoridades);
- Nome e qualificação do requerente;
- Exposição e solicitação;
- Pedido de deferimento;
- Localidade e data;
- Assinatura.
Fonte:
http://vivenciandoti.blogspot.com.br/2010/05/tipos-de-corre-
spondencias-oficiais-e.html
Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
3. ESTRUTURA TEXTUAL: PROGRESSÃO 
TEMÁTICA, PARÁGRAFO, PERÍODO, 
ORAÇÃO, ENUNCIADO, PONTUAÇÃO, 
TIPOS DE DISCURSO, COESÃO 
E COERÊNCIA.
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capaci-
dade que temos de pensar. Por meio do pensamento, elaboramos 
todas as informações que recebemos e orientamos as ações que 
interferem na realidade e organização de nossos escritos. O que 
lemos é produto de um pensamento transformado em texto.
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar, quando 
escrevemos sempre procuramos uma maneira organizada do leitor 
compreender as nossas ideias. A finalidade da escrita é direcionar 
totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação.
Para isso, os elementos que compõem o texto se subdividem 
em: introdução, desenvolvimento e conclusão. Todos eles devem 
ser organizados de maneira equilibrada.
Introdução
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumentação ini-
cial. A ideia central do texto é apresentada nessa etapa. Entretan-
to, essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu tamanho 
raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém, em textos mais 
curtos, essa proporção não é equivalente. Neles, a introdução pode 
ser o próprio título. Já nos textos mais longos, em que o assunto é 
exposto em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo 
ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter 
vários parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm 
de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
Desenvolvimento
A maior parte do texto está inserida no desenvolvimento. Ele 
é responsável por estabelecer uma ligação entre a introdução e a 
conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as ideias, os dados e 
os argumentos que sustentam e dão base às explicações e posições 
do autor. É caracterizado por uma “ponte” formada pela organiza-
ção das ideias em uma sequência que permite formar uma relação 
equilibrada entre os dois lados.
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um deter-
minado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele se torna capaz 
de defender seus pontos de vista, além de dirigir a atenção do leitor 
para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor 
já deve ter uma ideia clara de como vai ser a conclusão. Por isso a 
importância do planejamento de texto.
Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais 
longos, pode estar inserido em capítulos ou trechos destacados por 
subtítulos. Deverá se apresentar no formato de parágrafos media-
nos e curtos. 
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o des-
vio e a desconexão da argumentação. O primeiro está relacionado 
ao autor tomar um argumento secundário que se distancia da dis-
cussão inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do 
tema e esquece o seu todo. O segundo caso acontece quando quem 
redige tem muitas ideias ou informações sobre o que está sendo 
discutido, não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul-
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha lógica de 
raciocínio.
Conclusão
Considerada como a parte mais importante do texto, é o ponto 
de chegada de todas as argumentações elaboradas. As ideias e os 
dados utilizados convergem para essa parte, em que a exposição 
ou discussão se fecha.
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha 
para uma possível continuidade do assunto; ou seja, possui atribu-
tos de síntese. A discussão não deve ser encerrada com argumentos 
repetitivos, sendo evitados na medida do possível. Alguns exem-
plos: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, 
“Em conclusão...”.
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equi-
valente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das características de 
textos bem redigidos.
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam mui-
to longas: 
→ O problema aparece quando não ocorre uma exploração 
devida do desenvolvimento. Logo, acontece uma invasão das 
ideias de desenvolvimento na conclusão.
→ Outro fator consequente da insuficiência de fundamentação 
do desenvolvimento está na conclusão precisar de maiores expli-
cações, ficando bastante vazia.
→ Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no texto em 
que o autor fica girando em torno de ideias redundantes ou para-
lelas.
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamente dis-
pensáveis.
→ Quando não tem clareza de qual é a melhor conclusão, o 
autor acaba se perdendo na argumentação final.
Em relação à abertura para novas discussões, a conclusão não 
pode ter esse formato, exceto pelos seguintes fatores:
→ Para não influenciara conclusão do leitor sobre temas po-
lêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
→ Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade do 
texto, ou autor não fecha a discussão de propósito. 
→ Por apenas apresentar dados e informações sobre o tema a 
ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o assunto.
→ Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor enu-
mera algumas perguntas no final do texto.
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o autor fizer 
um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica é um roteiro, em 
que estão presentes os planejamentos. Nele devem estar indicadas 
as melhores sequências a serem utilizadas na redação. O roteiro 
deve ser o mais enxuto possível.
Fonte:
h t t p : / / p r o d u c a o - d e - t e x t o s . i n f o / m o s / v i e w /
Caracter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/
Didatismo e Conhecimento 10
LÍNGUA PORTUGUESA
O termo paralelismo corresponde a uma relação de equivalência, por semelhança ou contraste, entre dois ou mais elementos. É um 
recurso responsável por uma boa progressão textual. Dizemos que há paralelismo em uma estrutura quando há uma correspondência rítmica, 
sintática/gramatical ou semântica entre as estruturas.
Veja a tirinha a seguir da famosa personagem Mafalda:
 (Quino)
No segundo quadrinho, na fala da mãe da menina, há uma estrutura sintaticamente equivalente:
“[PARA TRABALHAR,] [PARA NOS AMAR,] [PARA FAZER DESTE MUNDO UM MUNDO MELHOR]”
As três orações em destaque obedecem a uma mesma estrutura sintática: iniciam-se com a preposição “para” e mantêm o verbo no 
infinitivo. A essa relação de equivalência estrutural, damos o nome de paralelismo.
Analisemos o próximo exemplo:
 
Veja como o slogan da marca de cosméticos “Nívea” também segue uma estrutura em paralelismo – “BELEZA QUE SE VÊ, BELEZA 
QUE SE SENTE”. Notem que a repetição é intencional, mantendo uma unidade gramatical.
O paralelismo é um recurso de coesão textual, ou seja, promove a conexão das ideias, através de repetições planejadas, trazendo unidade 
a um texto.
Vejamos o exemplo a seguir:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.]
Há um desequilíbrio gramatical na frase acima. Para respeitarmos o paralelismo, poderíamos reescrevê-la das seguintes maneiras:
a) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORAR O SISTEMA.]
Ou
b) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDANÇAS NA DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.]
Vejam que, na primeira reescrita, mantivemos verbos no infinitivo iniciando as orações – “mudar” e “melhorar”. Já na segunda, manti-
vemos bases nominais – substantivos – “mudanças” e “melhorias”. Dessa forma, estabelecemos o paralelismo nas frases.
 “Mas como achar o tal do paralelismo?”. Uma dica boa é encontrar os conectivos na frase. Eles são importantes marcadores textuais 
para ajudá-los a identificar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. Exemplo:
Queremos amor E ter paz.
Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
O verbo querer possui duas ideias que o complementam: 
“amor” E “ter paz”. O conectivo “e” marca o paralelismo. As es-
truturas por ele ligadas estão iguais gramaticalmente? Não. Uma é 
um substantivo e a outra uma oração. Para equilibrá-las, podemos 
reescrever, por exemplo, das seguintes formas:
Queremos [amor] e [paz].
Ou
Queremos [ter amor] e [ter paz].
Ou
Queremos ter [amor] e [paz].
PARALELISMO SINTÁTICO OU GRAMATICAL
É aquele em que se nota uma correlação sintática numa 
estrutura frasal a partir de termos ou orações semelhantes morfos-
sintaticamente. Veja os exemplos a seguir:
Exemplo 1:
O condenado não só [roubou], mas também [é sequestrador].
Corrigindo, temos:
Ele não só roubou, mas também sequestrou.
Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as ora-
ções coordenadas uma relação de equivalência sintática. Dessa 
forma, é preciso que as orações apresentem a mesma estrutura 
gramatical. 
Exemplo 2:
O cidadão precisa [de educação], [respeito] e [solidarieda-
de].
Corrigindo, temos:
O cidadão precisa [de educação], [de respeito] e [de solida-
riedade]. (os três complementos verbais devem vir preposiciona-
dos - encadeamento de funções sintáticas)
Exemplo 3:
[Gosto] e [compro] livros.
Nesse caso, temos um problema na construção. O verbo “gos-
tar” é transitivo indireto, enquanto o verbo “comprar” é transitivo 
direto. A frase mostra-se incompleta sintaticamente, uma vez que 
só há um complemento verbal (“livros”).
Corrigindo, temos:
Gosto [de livros] e [os] compro.
 OI OD
Exemplo 4:
Quero [sua ajuda] e [que você venha].
Nesse caso, o paralelismo foi quebrado, uma vez que os com-
plementos do verbo “querer” têm “pesos sintáticos” diferentes: 
“sua ajuda” é um objeto direto “simples” e “que você venha” é um 
objeto direto oracional. Repare que os objetos estão ligados pelo 
conectivo “e”, devendo, portanto, haver uma equivalência entre 
eles.
Corrigindo, temos:
Quero [sua ajuda] e [sua vinda].
ou
Quero [que você me ajude] e [que você venha].
PARALELISMO SEMÂNTICO
É aquele em que se observa uma correlação de sentido entre 
as estruturas. Observe:
“Trocava [de namorada] como trocava [de blusa]”.
“Marcela amou-me durante [quinze meses] e [onze contos de 
réis]”
(Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Notem que, apesar de haver paralelismo gramatical ou sintáti-
co nas frases, não há uma correlação semântica.
No primeiro caso trocar “de namorada” não equivale a trocar 
“de blusa”; no segundo, amar “durante quinze meses” (tempo) não 
corresponde a amar “durante onze contos de réis”. São relações de 
sentido diferentes. Dessa forma, podemos dizer que houve uma 
“quebra” do paralelismo semântico, pois é feita uma aproximação 
entre elementos de “carga significativa” diferente. Entretanto, isso 
foi intencional e não deve ser visto como uma falha de construção.
Na maioria das vezes, esse tipo de construção é proposital 
para trazer a um trecho determinado efeito de sentido a partir da 
ironia ou do humor, como nos exemplos acima.
 
PARALELISMO RÍTMICO
O paralelismo rítmico é um recurso estilístico de grande efei-
to, do qual alguns autores se servem com o propósito de dar maior 
expressividade ao pensamento.
Vejam os exemplos a seguir, retirados do livro “Comunicação 
em prosa moderna”, de Othon Garcia:
“Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, 
o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, 
o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante”.
(“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e 
lugares seletos, p. 214)
“Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as 
esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com maior 
propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou 
com maior clareza, nem as recapacitou com mais facilidade, nem 
as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com 
maior abundância”.
 (M.Bernardes)
Repare as repetições intencionais, enfáticas, presentes nas 
construções acima, caracterizando um paralelismo rítmico.
Equivalência e transformação de estrutura
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase leva- 
-nos a refletir sobre a organização das ideias em um texto. Signi-
fica dizer que, antes da redação, naturalmente devemos dominar 
o assunto sobre o qual iremos tratar e, posteriormente, planejar o 
modo como iremos expô-lo, do contrário haverá dificuldade em 
transmitir ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação 
de textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever.
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos escre-ver, feito o esquema de exposição da matéria, é necessário saber 
ordenar as ideias em frases bem estruturadas. Logo, não basta 
conhecer bem um determinado assunto, temos que o transmitir de 
maneira clara aos leitores. 
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso aliado para 
organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Para tanto, 
é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sintaxe”, conforme o 
dicionário Aurélio, é a “parte da gramática que estuda a disposi-
Didatismo e Conhecimento 12
LÍNGUA PORTUGUESA
ção das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a 
relação lógica das frases entre si”; ou em outras palavras, sintaxe 
quer dizer “mistura”, isto é, saber misturar as palavras de maneira 
a produzirem um sentido evidente para os receptores das nossas 
mensagens. Observe:
 1)A desemprego globalização no Brasil e no na está Latina 
América causando. 
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e na 
América Latina.
 Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma frase, as 
palavras estão amontoadas sem a realização de “uma sintaxe”, não 
há um contexto linguístico nem relação inteligível com a realidade; 
no caso 2, a sintaxe ocorreu de maneira perfeita e o sentido está 
claro para receptores de língua portuguesa inteirados da situação 
econômica e cultural do mundo atual.
 
A Ordem dos Termos na Frase
Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela é 
organizada de maneira clara para produzir sentido. Todavia, há 
diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente tal frase, tudo 
depende da necessidade ou da vontade do redator em manter o 
sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado ênfase a algum dos seus 
termos. Significa dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série 
de inversões e intercalações em nossas frases, conforme a nossa 
vontade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos trans-
mitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar a mensagem da 
frase 2 da seguinte maneira:
 No Brasil e na América Latina, a globalização está causando 
desemprego. 
 
Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, apenas mu-
damos a ordem das palavras para dar ênfase a alguns termos (neste 
caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, para obter a clareza tive-
mos que fazer o uso de vírgulas.
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o que 
mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita as 
boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a não 
“embolar” o sentido quando produzimos frases complexas. Com 
isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos leitores. 
O básico para a organização sintática das frases é a ordem 
direta dos termos da oração. Os gramáticos estruturam tal ordem 
da seguinte maneira:
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+ CIR-
CUNSTÂNCIAS
A globalização + está causando+ desemprego + no Brasil 
nos dias de hoje.
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas contêm 
todos estes elementos, portanto cabem algumas observações:
- As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) normal-
mente são representadas por adjuntos adverbiais de tempo, lugar, 
etc. Note que, no mais das vezes, quando queremos recordar algo 
ou narrar uma história, existe a tendência a colocar os adjuntos nos 
começos das frases: “No Brasil e na América…” “Nos dias de 
hoje…” “Nas minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os 
verbos e outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil 
existe…”
 Observações:
- tais construções não estão erradas, mas rompem com a or-
dem direta;
- é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas frases 
que não têm sujeito, somente predicado. Por exemplo: Está cho-
vendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo. São quatro horas 
agora;
- Outras frases são construídas com verbos intransitivos, que 
não têm complemento: O menino morreu na Alemanha, (sujeito 
+verbo+ adjunto adverbial), A globalização nasceu no século XX. 
(idem)
- Há ainda frases nominais que não possuem verbos: Cada 
macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem direta faz-se 
naturalmente. Usam-se apenas os termos existentes nelas.
 Levando em consideração a ordem direta, podemos estabele-
cer três regras básicas para o uso da vírgula:
 1)Se os termos estão colocados na ordem direta não haverá a 
necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo disto:
A globalização está causando desemprego no Brasil e na 
América Latina.
 Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração por 
três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula, mesmo que 
estejamos usando a ordem direta. Esta é a regra básica nº1 para a 
colocação da vírgula. Veja:
 A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” cau-
sam desemprego… = (três núcleos do sujeito)
 A globalização causa desemprego no Brasil, na América La-
tina e na África. = (três adjuntos adverbiais)
 A globalização está causando desemprego, insatisfação e 
sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. = (três 
complementos verbais)
 
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar com 
vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu complemento, nem 
o complemento e as circunstâncias, ou seja, não devemos separar 
com vírgula os termos da oração. Veja exemplos de tal incorreção:
 O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego.
 
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre os ter-
mos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, assim o sentido 
da ideia principal não se perderá. Esta é a regra básica nº2 para a 
colocação da vírgula. Dito em outras palavras: quando intercala-
mos expressões e frases entre os termos da oração, devemos isolar 
os mesmos com vírgulas. Vejamos:
A globalização, fenômeno econômico deste fim de século XX, 
causa desemprego no Brasil.
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o sujeito 
e o verbo. Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultural, está 
causando desemprego no Brasil e na América Latina. 
Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
As orações adjetivas explicativas desempenham frequente-
mente um papel semelhante ao do aposto explicativo, por isto são 
também isoladas por vírgula.
 A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu com-
plemento.
Didatismo e Conhecimento 13
LÍNGUA PORTUGUESA
 A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, no 
Brasil…
Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não pertence 
ao assunto: globalização, da frase principal, tal oração é apenas 
um comentário à parte entre o complemento verbal e os adjuntos.
 Obs: a simples negação em uma frase não exige vírgula:
A globalização não causou desemprego no Brasil e na Amé-
rica Latina.
 
3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, tal que-
bra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da colocação da 
vírgula.
 No Brasil e na América Latina, a globalização está causando 
desemprego…
No fim do século XX, a globalização causou desemprego no 
Brasil…
 Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente se dá 
com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. Trata- -se da 
ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramática, são represen-
tadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas vezes, elas são colocadas 
em orações chamadas adverbiais que têm uma função semelhante 
a dos adjuntos adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exem-
plos:
 Quando o século XX estava terminando, a globalização co-
meçou a causar desemprego.
 Enquanto os países portadores de alta tecnologia desenvol-
vem--se, a globalização causa desemprego nos países pobres.
 Durante o século XX, a Globalização causou desemprego no 
Brasil.
Obs 1: alguns gramáticos, Sacconi, por exemplo, consideram 
que as orações subordinadas adverbiais devem

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