Buscar

Visões e Modelos de Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

SACO 
AULA 1 
Visão ontológica da doença - Doença como uma “ENTIDADE” que se apossava do corpo 
Visão funcionalista da doença - Doença como um “DESEQUILÍBRIO” interno ou externo do corpo 
 
Modelo Unicausal 
Modelo unidimensional baseado nos sinais e sintomas das doenças 
Conceito da doença estar no corpo do indivíduo 
Agente  Doença 
 
Modelo de multicausalidade 
Tríade ecológica – agente+ hospedeiro + ambiente 
Balança de Gordon - protótipo da tríade ecológica que dominou todo o desenvolvimento deste pensamento 
multicausal e ecológico 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
Conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do hospedeiro e do meio ambiente 
que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no 
meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, 
recuperação ou morte 
Leavell & Clark - sintetizam os conceitos de promoção, prevenção e reabilitação no modelo da “história natural da 
doença” 
 
SAÚDE 
Estado de completo bem estar físico, mental e social; e não meramente a ausência de doença ou defeito” 
 
HISTÓRIA SOCIAL DA DOENÇA 
Morrer, estar doente ou sadio é determinada pela classe social do indivíduo e a respectiva condição de vida, em razão 
dos fatores de risco a que este determinado grupo da população está exposto 
O surgimento e a gravidade das doenças na sociedade têm como fator a distribuição de bens e serviços desigual na 
sociedade 
 
Modelo do Campo da Saúde 
As condições de saúde dependem de quatro conjuntos de fatores 
 Biologia humana 
 Estilo de vida 
 Ambiente 
 Serviços de saúde 
Permitindo a inclusão de todos os diversos campos de responsabilidade pela questão de saúde, como autoridades 
(dentro e fora do setor saúde) 
 
Promoção de Saúde 
Modelo voltado para valorização das dimensões sociais e culturais determinantes do processo saúde-enfermidade, 
indo além do foco exclusivo do combate a doença somente depois de instalada 
 
ALMA-ATA 
Saúde foi reconhecida como direito 
Acesso aos serviços e à intersetorialidade 
Estratégia de “Atenção Primária à Saúde” (APS) 
Participação dos usuários no processo 
 
 
 
CARTA DE OTTAWA 
Estratégias 
Política públicas saudáveis 
Ambientes favoráveis à saúde 
Reorientação dos serviços de Saúde 
Reforço da ação comunitária 
Desenvolvimento das habilidades pessoais 
 
Um dos principais mecanismos pelos quais as iniquidades de renda produzem um impacto negativo na situação de 
saúde é o desgaste do capital social. Consequentemente baixos níveis de participação política 
As estratégias de combater as iniquidades sociais: geração de oportunidades econômicas como medidas que 
favoreçam a construção de redes de apoio e o aumento das capacidades destes grupos para melhor conhecer os 
problemas locais e globais, participando das decisões da vida social como atores sociais ativos. 
 
Determinantes Proximais – vinculados aos 
comportamentos individuais 
Determinantes Intermediários – relacionados às 
condições de vida e trabalho 
Determinantes Distais - referentes à 
macroestrutura econômica, sociais 
 
 
INTERVENÇÕES 
 Políticas macroeconômicas e de mercado de trabalho, desenvolvimento sustentável 
 Políticas que assegurem a melhoria das condições de vida - ambiente, educação , serviços 
 Políticas que favoreçam ações de promoção de saúde – redes de apoio 
 Políticas que favoreçam mudanças de comportamentos para a redução de riscos 
Para que as intervenções nos diversos níveis do modelo sejam viáveis, efetivas e sustentáveis, devem estar 
fundamentadas em três pilares básicos: Intersetorialidade, participação Social e evidências científicas 
 
 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
1º Nível - Promoção da saúde 
Conjunto de ações que criem um ambiente favorável para viver, e aumentam o nível de saúde e o bem-estar geral 
Ex: Educação, Nutrição, Lazer 
2º Nível - Proteção específica 
Prevenção de uma doença ou um grupo de doenças específicas 
Ex: Vacinação, Iodização do sal, Fluoretação da água 
3º Nível - Diagnóstico precoce e Tratamento imediato 
Recuperar a saúde, pela cura completa (quando possível) 
Impedir que a doença continue a evoluir, prevenindo a ocorrência de complicações ou instalação de defeitos 
Evitar a propagação da doença a outros indivíduos 
Ex: Campanha Outubro rosa 
4º Nível - Limitação da incapacidade 
Ações que reduzam o grau e a duração da incapacidade 
5º Nível – Reabilitação 
Quando a doença evoluiu até estágios finais onde o indivíduo lesado pela doença, é portador de seqüela incapacitante, 
total ou parcial, cabendo reabilitação, e a reintegração social 
 
NÍVEIS DE APLICAÇÃO 
1º Nível - Ação Governamental Ampla
Programa de reformas governamentais que contemplem ações de caráter político-social no sentido de 
desenvolvimento social e econômico capazes de melhorar o nível de vida da população 
Ex: Proporcionar melhores condições de moradia, salário, transporte, saneamento do meio 
 
 
2º Nível - Ação Governamental Restrita 
Ação governamental mais restrita que a anterior utilizando métodos de Saúde Pública para atuação de um agravo de 
saúde (doença) específica 
Ex.: Iodação do sal, Vacinação, Fluoretação da água 
3º Nível Paciente-Profissional 
Ação bilateral envolvendo o paciente e um profissional de nível universitário 
4º Nível Paciente-Auxiliar 
Ação bilateral entre paciente e um auxiliar de nível médio 
Os métodos colocados em prática neste nível são vantajosos em termos de saúde pública, pela baixa complexidade 
de ação, alta cobertura pois pode ser realizado em larga escala, e baixo custo operacional 
Ex.: ações coletivas de saúde bucal nas escolas, orientações sobre aleitamento e gravidez 
5º Nível Ação Individual 
Deveria ser o nível mais fácil para se trabalhar pois envolve um único indivíduo, porém é o mais difícil de se aplicar por 
haver a necessidade da motivação desse indivíduo a modificações de seus hábitos, que tem profundas raízes culturais
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE 
 
Sistemas de Saúde 
Os sistemas de saúde estão em constante processo de construção e desenvolvimento, a fim de prover um melhor 
estado de saúde para as suas populações, os sistemas não são estáticos, pois devem acompanhar as necessidades e 
mudanças sociais e culturais que acompanham o desenvolvimento da sociedade. 
 
Modelo Hospitalócentrico- Médico centrado 
Focando a culpa da doença no indivíduo 
 
Algumas questões: 
1. Como melhorar o acesso ao sistema para todas as pessoas da comunidade ou país? 
2. Como prover ações e atividades de forma integral, equitativa, participativa, democrática e contextualizada? 
3. Como trabalhar com recursos financeiros limitados e ainda prover um sistema de qualidade adequada? 
 
Segundo a autora Silvia Takeda (2004), um sistema de saúde 
“é um conjunto articulado de recursos e conhecimentos, 
organizado para responder às necessidades de saúde da 
população” Os sistemas devem ser estruturados em redes 
interligadas, articuladas e integradas de equipamentos e 
ações, para gestão e resultados mais efetivos. 
 
Desde a metade do último século, principalmente, alguns 
movimentos e iniciativas vêm discutindo a (re)organização 
dos sistemas de saúde. Os princípios fundamentais, que têm 
influência direta no sistema de saúde brasileiro são: 
 Promoção da Saúde 
 Atenção Primária à Saúde. 
 
 
 
Promoçãode Saúde 
Se define como o processo de fortalecimento e capacitação de 
indivíduos e coletividades, no sentido de que ampliem suas 
possibilidades de controlar os determinantes do Processo 
Saúde-Adoecimento (Psa) e, com isso, ensejem uma mudança 
positiva nos níveis de saUde da sociedade. Implica à adoção de 
políticas públicas de saúde. 
 
 
 
Em uma visão ampliada do Processo Saúde-adoecimento (PSa), pressupõe que as práticas de saúde devem ir além da 
assistência à saúde de indivíduos, ocupando-se também da atenção à saúde 
 
Assistência à saúde: conjunto de procedimentos clínicocirúrgicos dirigidos a indivíduos, estejam eles doentes ou não. 
 
Atenção à saúde: conjunto de atividades intra e extra-setor saúde (intersetorialidade) que, incluindo também a 
assistência individual, não se esgota nela, atingindo grupos populacionais com o objetivo de manter a condição de 
saúde, requerendo ações concomitantes sobre todos os determinantes do PSa (NARVAI, 2008) 
 
 Atenção em Saúde visa Promover ações individuais e ações coletivas dentro de um modelo ampliado de na 
concepção das políticas de saúde. 
 As ações individuais, dentro desse conceito ampliado, reconhecem os indivíduos como sujeitos, portadores 
de direitos e responsabilidades – não mais como objetos de ações coletivas, que antes não reconheciam as 
singularidades das pessoas e comunidades 
 
As ações individuais e coletivas devem buscar a integralidade, em três dimensões: 
1) Vertical: busca atender a todas as necessidades de saúde do indivíduo, entendido em toda a sua complexidade 
biopsicosocial e espiritual 
2) Horizontal: busca a integração de ações e serviços de atenção à saúde ao longo do tempo, para garantir a 
condição de saúde das pessoas 
3) Intersetorial: reconhece os setores extra-saúde (educação, segurança etc.) como fundamentais para a 
promoção da saúde. 
 
Programas de atenção à saúde 
Definem ações articuladas individuais e coletivas, recursos, tecnologias e estratégias para o enfrentamento das 
necessidades de saúde das pessoas e comunidades. 
Podem ser voltados a determinadas condições de saúde, ou a determinados grupos populacionais, ao longo do tempo. 
A reorganização de serviços e sistemas de saúde orientados pelos princípios da Atenção Primária à Saúde Do ponto de 
vista administrativo, o delineamento teórico de um sistema de saúde hierarquizado e integrado em rede – baseado 
na assistência primária, secundária e em hospitais terciários –, surge em 1920, na Inglaterra, com as propostas do 
“Relatório Dawson” 
O Relatório Dawson tornou-se um marco na história da organização dos sistemas de saúde. 
Ele propõe a implantação de um sistema integrado de medicina preventiva e curativa por meio de ações primárias, 
secundárias e terciárias. 
É base do sistema de saúde britânico e inspirou a organização de sistemas de saúde em vários outros países. 
Porém, foi o clássico estudo de White que alertou definitivamente para a atenção médica primária, ao demonstrar 
que a imensa maioria do cuidado médico nos EUA e Reino Unido era realizada neste nível de atenção, muitas vezes 
em centros de saúde comunitários, evidenciando que o atendimento em hospitais representava apenas uma discreta 
fração do total. 
 
Conceitos - chaves: 
 População de risco; 
 Ações de base territorial; 
 Descentralização; 
 Assistência social; 
 Prevenção associada à assistência médica; 
 Educação sanitária; 
 Ações sobre o meio ambiente; 
 Co-gestão e controle por colegiados e 
conselhos; 
 Assistentes de quarteirão 
 Rede de atenção à saúde organizada em 
distritos. 
 
Atenção Primária em Saúde (APS) 
“Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente 
aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade, a um custo que tanto a 
comunidade quanto o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento” 
É parte integral do sistema de saúde, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social 
e econômico global da comunidade. 
 É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, 
levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo 
o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde. 
 
 Centros de saúde comunitários: Educação em saúde conforme as necessidades locais; 
 Promoção de nutrição adequada: Abastecimento de água e saneamento básico apropriados; 
 Atenção maternoinfantil (planejamento familiar): Imunização; 
 Prevenção e controle das doenças endêmicas: Tratamento apropriado das doenças comuns e acidentes na 
comunidade 
 Distribuição de medicamentos básicos e essenciais. 
 
o Primeiro contato das pessoas com o sistema de saúde, sem 
restrição de acesso às mesmas, independente de gênero, 
condições socioculturais e problemas de saúde; com abrangência e 
Integralidade das ações individuais e coletivas; além de 
continuidade (Longitudinalidade). 
 
Acessibilidade (1º contato): 
Disponibilidade: obtenção da atanção necessária ao indivíduo e a 
família na urgência ou quando de eletividade. 
Comodidade: tempo de espera, agendamento, facilidade de 
contato com profissionais e ambientes confortáveis. 
Aceitabilidade: satisfação dos usuários em relação ao atendimento. 
 
Longitudinalidade: 
Lidar com o crescimento e as mudanças de indivíduos e grupos no de corre de um período de anos. 
Está associada ao estabelecimento de vínculos dos profissionais ou equipes com a comunidade na adoção de 
instrumentos de gestão clínica. 
 
Integralidade: 
 Diagnóstico adequado da situação de saúde da população adstrita. 
Atendimento pela unidade básica de saúde, na prevenção de doenças e restauração e manutenção da saúde, focando 
problemas de maior relevância. 
Organização das redes de atenção à saúde, sistemas de apoio (diagnóstico e terapêutica), sistemas logísticos (central 
de consultas e internações, prontuários eletrônicos) 
 
Coordenação: 
 Um estado de estar em harmonia numa ação ou esforço comum. 
Disponibilidade de informação a respeito dos problemas de saúde e dos serviços prestados. 
 Compartilhamento de informação referente aos atendimentos dos usuários nos diversos pontos de atenção (APS- 
Especialidades) 
 
Centralização na família: 
Conceito ampliado de família com um grupo de pessoas que convivam sob o mesmo teto, 
que tenham ou não laços de parentesco. 
As equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias 
em uma área geograficamente delimitada 
As equipes atuam com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos 
agravos mais frequentes; 
Abordagem familiar, partindo da compreensão da estrutura familiar. 
Realização do cadastro dos membros familiares, abordagem nos ciclos de vida, 
fortalecimento dos vínculos da equipe e da família. 
 
Orientação Comunitária: 
Desenvolvimento das habilidades clínicas, epidemiológicas, ciências sociais e pesquisas avaliativas de forma 
complementar para ajustar os programas para atender as necessidades específicas de saúde da população. 
 
 
Definir e caracterizar a comunidade; 
Identificar os problemas de saúde da comunidade; 
Flexibilidade para ajustar programas frente aos problemas; 
Monitoramento de efetividade. 
Envolvimento da comunidade na tomada de decisão em todos os níveis de atenção (controle social). 
 
Coordenação do cuidado ao longo do tempo, tanto no plano individual quanto no coletivo, mesmo quando houver 
necessidade de referenciamento das pessoas para outros níveis e equipamentosde atenção do sistema de saúde. 
Deve ser praticada e orientada para o contexto familiar e comunitário, entendidos em sua estrutura e conjuntura 
socioeconômica e cultural. (STARFIELD, 1998, 2005). 
 
Sabe-se hoje, por diversos estudos científicos, que um sistema de saúde com forte referencial na APS é mais efetivo, 
mais satisfatório para as pessoas e comunidades, tem menores custos, e é mais equitativo – mesmo em contextos de 
grande iniquidade social 
 
APS vem sendo entendida como o primeiro nível de atenção nos sistemas de saúde nacionais, regionais e locais, como 
também como estratégia política e princípios para a (re)organização dos serviços e sistemas de saúde. Para tal, 
necessita de práticas profissionais específicas e 
construídas em um modo complexo, integral e 
sistêmico de pensar o Processo Saúde- adoeciemento, 
incorporando o conceito mais moderno de promoção 
da saúde. 
 
Uma visão ampliada de saúde e atenção à saúde que, 
a rigor, os sistemas de saúde não deveriam se 
confundir com sistemas de serviços de saúde, pois os 
mesmos não seriam restritos à produção de cuidados 
setoriais, mas envolveriam, além das ações e serviços 
específicos do setor saúde, também as ações 
intersetoriais. 
 
No Brasil, adota-se muitas vezes o nome de Atenção Básica para tratar dos mesmos princípios e características, cuja 
expressão atual na política de saúde é a Estratégia Saúde da Família 
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
 
Educação - processo de troca dinâmica e progressivo, envolvendo o educador e o educando, através da comunicação, 
sendo que o objeto da educação e pode ser formal e/ou informal 
O MAIS IMPORTANTE É COMO SE APRENDE E NÃO COMO SE ENSINA 
Objetivos da educação – desenvolver a personalidade integral do educando, a capacidade de ser, pensar e raciocinar 
e desenvolver seus valores e responsabilidades 
Componentes 
Educador – facilitador do processo 
Educando – sujeito do processo 
 
APRENDIZAGEM - não se processa de um momento para o outro, mais sim através de um processo de ida e vindas de 
reflexão e ação 
Necessidades 
de Saúde 
Necessidades 
de Saúde 
 O processo educativo é sempre um processo de criação e recriação de conhecimentos; é a colocação em 
prática de uma teoria do conhecimento, por meio de um conjunto organizado de atividades de ensino e 
aprendizagem 
 
TENDENCIAS PEDAGÓGICAS 
 Tradicional 
 Tecnicista/comportamentalista 
 Crítico-emancipatória 
 
TRADICIONAL 
Transmissão 
Valorização da exposição, demonstração e memorização 
“A relação do educador com o educando é autoritária ou paternalista” 
 
TECNICISTA/COMPORTAMENTALISTA 
Condicionamento 
Valorização dos resultados concretos de mudanças de habilidades e atitudes 
“A relação na educação também é a transmissão de conteúdos e habilidades que se aprendem fazendo” 
 
CRITICO-EMANCIPATORIA 
Problematizadora – Paulo Freire 
Valorização da capacidade das pessoas de observar, analisar, questionar a sua realidade e transformá-la 
“ A relação na educação é a observação grupal da própria realidade, o diálogo e a participação na ação transformadora 
das condições de vida”. 
 
 O ENSINAR e o APRENDER são processos interdependentes, e estão sempre presentes quando estabelecemos 
interações entre pessoas, grupos ou populações. Seu fim é o de criar condições para que as pessoas aprendam 
e modifiquem, se necessário, sua prática, para manter ou ter melhor saúde 
 
Ação  Reflexão  Ação para desenvolver os conhecimentos de forma mais profunda e sistemática 
 
 A aprendizagem não pode ser compreendida como um processo de acumulação passiva de conhecimentos 
que vão se “amontoando” uns sobre os outros, mas como um processo de negação, aceitação e criação ativa 
e superior de conhecimento 
 
Formas de pensar e conhecer dependem de 
 Esquemas de assimilação 
Formas de ação que um sujeito desenvolve para conhecer alguma coisa 
Podem ser externas e visíveis (ações materiais) ou podem ser internas e não visíveis (operações mentais) 
 Padrões Culturais 
Classe social e padrões culturais – visão de mundo, mitos, tradições, estrutura familiar 
Confrontam no sujeito os esquemas de percepção e de pensamento sobre a realidade 
 
ESQUEMAS DE ASSIMILAÇÃO 
Sensório-motor- o sujeito conhece através da manipulação concreta de objetos materiais: toca, pega, apalpa, sacode, 
golpeia, etc. Dão noções práticas do peso, volume e consistência etc. [bebês] 
Perceptivo - o sujeito se torna gradualmente independente da manipulação. Conhece observando os objetos 
materiais, no entanto não consegue “pensar além do que vê” [pré-escolar] 
Lógico-concreto - o sujeito pode pensar mais além do que vê, agora, já procura explicações diferentes e até 
divergentes a respeito das características visíveis do objeto. [escolar] 
Lógico-abstrato - sujeito pode tornar-se independente dos dados materiais ou concretos e refletir sobre idéias ou 
símbolos, abstrair, generalizar e estabelecer relações cada vez mais amplas e complexas. [adolescente] 
 Os esquemas de assimilação são produtos de uma construção progressiva através da própria prática ativa do 
sujeito ao longo da sua vida 
 É necessário que existam estímulos ambientais e este sinta a necessidade de procurar novas respostas e 
desenvolver-se 
 
Espaços de Atuação 
 Individual Relação Paciente/Equipe de Saúde Bucal 
 Coletivo Grupos intra e extra instituições de saúde Relação comunidade/Equipe interdisciplinar ACS/Grupos 
Organizados 
 
Técnicas Pedagógicas 
Variação quanto ao tema a ser trabalhado 
Tipos 
Participativas – com incentivo à reflexão e comunicação de todos participantes. Leitura e análise coletiva de textos – 
trabalho para pequenos grupos com debates 
Vivenciais – utilizada como motivação e ponto de entrada simbólico para análise da realidade 
Expositivas- complementação para informações adicionais, sempre estimulando o debate. Evitar exposições 
acadêmicas

Outros materiais

Outros materiais