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PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM CÉLULAS EUCARIONTES RIO CLARO – SP/2018 SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................................................... 1 Objetivo ................................................................................................................................................ 1 Processo de Transcrição ..................................................................................................................... 1 Tradução .............................................................................................................................................. 3 Conclusão ............................................................................................................................................ 5 Bibliografia ........................................................................................................................................... 5 1 1 INTRODUÇÃO A transcrição é um processo de produção de uma molécula de RNA. Neste processo as fitas do DNA se separam e uma serve de molde para o RNA, enquanto a outra fica inativa. Ao fim da transcrição, as fitas unem-se. Apenas um trecho do DNA, chamado de genes (pedaço do DNA com informações genéticas) pode ser transcrito em RNA. Após a transcrição do RNA a próxima etapa é a tradução. Nesta etapa o RNA é usado como molde para formar a proteína. 2 OBJETIVO Descrever e entender os processos de transcrição e tradução nas células eucariontes. 3 PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO A transcrição do RNAm ocorre no núcleo da célula eucarionte, o RNAm é produzido usando a fita molde (codificadora) de DNA, a transcrição do RNAm é inserida de 5’ -> 3 (senso), logo a fita molde do DNA deve ser 3’ -> 5’ (anti-senso). A fita codificadora de DNA possui informação genética que é reescrita em uma fita simples de RNA. O processo de transcrição é catalisado por um complexo enzimático, na qual a principal enzima é a RNA polimerase. Os eucariontes possuem três tipos de RNA polimerase I, II e III. Cada enzima é responsável por uma classe especifica de genes. Outras enzimas também participam da iniciação de síntese de cadeias de RNA chamadas de fatores de transcrição. Os RNA’s sintetizados podem ser de três tipos: Mensageiro, Ribossômico e Transportador. O RNAm é o portador de informação genética diretamente do DNA (através dele obtemos a transcrição genética), RNAr são os lócus da síntese proteínas, RNAt unem aminoácidos específicos e transportam para a região de síntese proteínas. As etapas da transcrição são três: Iniciação, Alongamento e Término. Iniciação: os fatores de transcrição se juntam a região promotora (são sequências específicas de nucleotídeos reconhecida pela RNA polimerase) do DNA, tornando um complexo favorável antes que a RNA polimerase ligue-se e comece a transcrição dos genes. O reconhecimento da RNA polimerase com a região promotora dá-se ao fator sigma, ele liga-se com à RNA polimerase promovendo a afinidade com as sequências promotoras. O desenovelamento (abertura) do DNA é muito importante na iniciação da transcrição, ocorre rompendo as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas 2 (A, T, G, C). É essencial que uns dos nucleotídeos de um filamento estejam disponíveis a novos pareamentos. Os promotores contêm sequências consenso localizadas antes do início da transcrição, a distâncias específicas. TATA box: é o primeiro elemento conservado mais próximo do sítio de transcrição. Sua sequência é TATAAAA na posição – 30. Seu papel é importante no posicionamento do ponto de início da transcrição. CAAT box: é o segundo elemento conservado. Sua sequência é GGCCAATCT na posição – 80. Cada Fator de transcrição que ajuda a RNA polimerase II para o início da transcrição é chamado TFIIX (X é a letra que identifica o fator individual): TFIID – é o primeiro a interagir com o promotor – sua proteína de ligação é a TATA (TBP); TFIIA e TFIIB; TFIIF se liga à RNA polimerase II e depois ao complexo de iniciação – e promove desenrolamento do DNA; TFIIE se junta ao complexo de iniciação ligando-se ao DNA e em seguida ao ponto de iniciação da transcrição; TFIIH e TFIIJ se juntam ao complexo após TFIIE. http://slideplayer.com.br/slide/51972/ Alongamento: nesta etapa a RNA polimerase desloca-se pela molécula de DNA transcrevendo as bases nitrogenadas na fita de RNAm, lembrando que na fita de RNAm a ligação da Adenina é feita com a Uracila. Assim a RNA polimerase sintetiza uma molécula de RNAm cada vez mais alongada. Momentaneamente o RNAm recém-sintetizado pareia-se com a fita molde do DNA, formando um híbrido curto de RNA-DNA. A fita de RNAm sintetizada é livre e simples. 3 http://slideplayer.com.br/slide/51972/ Término: no momento em que a RNA polimerase alcança a região terminalizadora (sequência do DNA que contém genes sinalizadores do término) o RNAm para de ser transcrito, nenhuma base nitrogenada é incluída ao RNAm. Neste instante a bolha de transcrição se desprende, liberando a molécula de RNAm e o DNA recompõe sua dupla-hélice. http://slideplayer.com.br/slide/51972/ Pós - Transcrição: ainda no núcleo ocorre o processamento chamado SPLICING ALTERNATIVO, onde o RNAm recém-sintetizado é transformado em RNAm maduro, unindo os éxons, retirando os íntrons (partes não importantes para a formação da proteína) e adicionando a cauda de poli-A (adição de dezenas de adenosinas na extremidade 3’) e CAP (guanina metilada adicionada na extremidade 5’ do RNAm), deste modo mantém a molécula mais estável. 4 TRADUÇÃO O RNAm amadurecido é exportado para o citoplasma, onde é decodificado para a produção de polipeptídio (uma longa cadeia de aminoácidos). O RNAm possui instruções para a produção de proteínas que vem em grupos de 3 nucleotídeos chamados de códon, os códons de um RNAm são lidos por ordem (5’ > 3’) por moléculas de RNAt. Cada RNAt possui um anticódon, um conjunto de três nucleotídeos que se liga ao códon correspondente no RNAm através do pareamento de bases. A outra extremidade do RNAt traz o aminoácido especificado pelo códon. No ribossomo (organelas) os RNAt se unem aos RNAm preenchendo os compartimentos e liga-se aos códons. Seus aminoácidos são adicionados à cadeia crescente de polipeptídios em uma reação química. O produto final é um polipeptídio cuja sequência de aminoácidos reflete a sequência de códons no RNAm (Um códon AUG é um sinal de "início" para começar a tradução, também especifica o aminoácido metionina). 4 https://pt.khanacademy.org/science/biology/gene-expression-central-dogma/translation-polypeptides/a/the-stages-of- translation A tradução também possui três etapas (Iniciação, Alongamento e Terminação). Iniciação: nesta etapa, o ribossomo se junta ao RNAm e ao primeiro RNAt para que a tradução possa ter início. Dentro da célula o RNAt transporta a metionina unindo-se a subunidades ribossômicas pequena. Juntos, se ligam à extremidade 5' do RNAm através do reconhecimento do cap 5' GTP (adicionado durante o processamento no núcleo). Em seguida, eles "caminham" ao longo do RNAm na direção 3' e param quando alcançam o códon de iniciação (com frequência, mas nem sempre, o primeiro AUG).Alongamento: nesta etapa, os aminoácidos são trazidos ao ribossomo pelos RNAt e são ligados entre si para formar uma cadeia. O primeiro RNAt transportando metionina começa no meio do ribossomo, chamado de sítio P. Ao lado, um novo códon é exposto em outro compartimento, chamado de sítio A, onde desembarca o próximo RNAt, cujo anticódon é o correspondente complementar do códon em exposição. Assim que o RNAt complementar chega no sítio A acontece a formação de uma ligação peptídica que liga um aminoácido a outro. Esta etapa transfere a metionina do primeiro RNAt para o aminoácido do segundo RNAt no sítio A. Terminação: na última etapa, o polipeptídio final é liberado para que possa cumprir sua função na célula. No sítio A os códons de parada do RNAm (UAA, UAG ou UGA) são reconhecidos por proteínas chamada fatores de liberação, essa proteína confundem a enzima que forma as ligações peptídicas: fazem-na adicionar uma molécula de água ao último aminoácido da cadeia. Essa reação separa a cadeia do RNAt, assim a proteína recém-produzida é liberada. Nem toda proteína recém produzida está pronta para atuar na célula, os aminoácidos podem ser quimicamente alterados ou removidos durante e após da tradução, então passam por uma série de ações após seu processamento. O novo polipeptídio também vai se dobrar em uma estrutura em 3D 5 distinta e podem se associar a outros polipeptídios para formar uma proteína quaternária (com múltiplas partes). 5 CONCLUSÃO Este trabalho proporcionou uma aprendizagem a respeito do processo de transcrição e tradução em células eucariontes. Com isto sabemos que a transcrição acontece quando o DNA reescreve suas informações (os genes) em um RNAm; e a tradução é a leitura destas informações e a produção de proteínas, o complexo enzimático envolvido em cada etapa desses processos. Foi interessante aprofundar neste assunto, tomando conhecimento sobre a importância destes processos para as células, para a vida dos seres vivos. 6 BIBLIOGRAFIA Portal da Educação, Processo de Transcrição. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/processo-de-transcricao-(iniciacao- alongamento-e-termino)/23346. Acesso em 26 de Março de 2018, 23h45. Martins, E., & Filho, P. (06 de Junho de 2010) MECANISMO DE EXPRESSÃO EM EUCARIONTOS. Fonte: Revista da Biologia: http://www.ib.usp.br/revista/node/3. Acesso em 27 de Março de 2018, 23h10. Khan Academy, Etapas de Tradução. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/biology/gene-expression-central-dogma/translation- polypeptides/a/the-stages-of-translation. Acesso em 31 de Março de 2018, 01h30.
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