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Super Apostila Nota 11 Cap. 11 e 12 Sintaxe de Concordância

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Super Apostila Nota11 
Cap. 11 e 12 – Sintaxe de Concordância 
 
Prof. Tairone Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
www.nota11.com.br 2 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. Introdução e objetivos dessa apostila. ............................................. 3 
I PARTE (CONCORDÂNCIA VERBAL) 
2. Regra geral da concordância verbal ................................................. 4 
3. Regra da concordância verbal com sujeitos compostos ....................... 9 
4. Regras especiais de concordância verbal com sujeito 
composto.........................................................................................11 
5. Concordâncias verbais mais corriqueiras e cascudas ........................ 15 
6. Concordância verbal como pronomes ............................................. 25 
7. Concordância do verbo “ser" ........................................................ 29 
8. Infinitivo pessoal e impessoal, emprego e flexão..............................33 
9. Concordância com o sujeito oracional...............................................37 
II PARTE (CONCORDÂNCIA NOMINAL) 
10. Concordância dos adjetivos antepostos e pospostos.........................42 
11. Regras de concordância dos predicativos........................................44 
12. Regrinhas “especiais” que poderão estar em sua prova....................47 
13. Lista de questões.........................................................................56 
14. Gabarito....................................................................................65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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1. Introdução e objetivos dessa apostila 
 
Grosso modo, a sintaxe de concordância estuda a flexão de número e 
pessoa dos verbos e a flexão de número, pessoa e gênero que sofrem 
os nomes (adjetivo, numeral pronome, artigo, adjetivo ou particípio) ao 
se conformarem a outros nomes (substantivo ou pronome). A essas duas 
espécies de fenômenos da língua dá-se o nome de concordância: verbal no 
primeiro caso e nominal no segundo. 
Desnecessário dizer que chovem questões em provas de concursos 
pertinentes a esses conteúdos. Mas chovemmmmm mesmo, não é conversa 
de professor não (risos)... Dessa maneira, apresento aos meus alunos 
Nota11 um estudo completo do conteúdo de concordância verbal e nominal 
com aquelas concordâncias mais chatinhas e mais corriqueiras nas provas. 
Primeiro, trataremos da concordância verbal, que, sinteticamente, é a 
conformação de número e pessoa do verbo ao sujeito da oração: Maria e 
João saíram. Ok? Agora, e se antepusermos o verbo ao sujeito composto 
Maria e João como ficará essa concordância: saíram Maria e João ou saiu 
Maria e João?... Posteriormente, trataremos da concordância nominal. 
Nessa, verificaremos a flexão de número, pessoa e gênero dos nomes: 
enviei bela carta e bilhetes à minha família do norte. Essa frase está 
correta? 
Quer saber as respostas e mais? Venham comigo e com o Nota11, 
destrincharemos esse conteúdo e facilitaremos sua aprovação! 
 
P.S. – Sempre tenha atenção aos grifos. O que está negritado sempre será 
algo importante! 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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I PARTE (CONCORDÂNCIA VERBAL) 
2. Regra geral da concordância verbal 
 
A flexão de número e pessoa do verbo dar-se-á para que esse se 
conforme ao núcleo do sujeito da oração. 
 Eu me amo. (concordância do verbo com o sujeito simples “eu”, 1 ª 
pessoal do singular). 
 Tu me amas. (concordância do verbo com o sujeito simples “tu”, 2 ª 
pessoal do singular). 
 Um grande homem muda o rumo da história. (concordância do verbo 
com o sujeito simples “homem”, 3ª pessoa do singular). 
 Grandes homens mudam o rumo da história. (concordância do verbo 
com o sujeito simples “homens”, 3ª pessoa do plural). 
Esses casos acima elencados tratam da regra básica de concordância verbal 
do sujeito simples, plural ou singular. Sem dificuldades não é mesmo? 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
1- FGV – TJ-RJ – Técnico de Atividade Judiciária 
“Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um 
programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por 
modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o 
consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No 
entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, 
que costuma ter um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las 
por outros modelos.” 
 
Nesse segmento do texto, a forma verbal sublinhada que apresenta erro 
em relação à concordância é: 
a) Lançou; 
b) Substituiu; 
c) Abastecer; 
d) Têm; 
e) Costuma. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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Alternativa E 
Na dúvida, faça sempre a pergunta do verbo para o sujeito: “Quem 
costuma ter um altíssimo nível de consumo? = as descargas”. 
Sujeito no plural, verbo no plural, logo a forma correta seria 
“Costumam”. “que”, pronome relativo, retoma “descargas” como 
sujeito. 
 
2- ESAF -SUSEP – Agente Executivo 
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
A literatura política moderna define o Estado como um conjunto de 
indivíduos que têm(1) a mesma origem étnica(2), cultural e histórica (povo) 
e que se estabeleceu em um determinado espaço físico (território) no 
qual(3) elegeu um governo civil soberano. Nessa definição teórica está 
conjugado(4) os principais elementos da sociedade política organizada 
denominada de Estado: o povo, o território e o governo soberano. 
Soberania significa a capacidade que tem o Estado de editar a lei e impor ao 
povo o seu cumprimento (soberania interna) e ainda fazer-se(5) respeitar 
no concerto externo das comunidades internacionais (soberania externa). 
 (Oscar d’Alva e Souza Filho) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Alternativa D 
Essa questão não foi utilizada sem propósito. Observem que a banca não 
simplifica, ainda que esteja tratando de regras gerais/inicias de um 
conteúdo. Vejamos cada alternativa. Salienta-se que a banca pede a 
alternativa com erro 
a)1 Está correta. Para estudarmos concordância verbal, precisamos 
conhecer os termos da oração e possuirmos uma noção de sintaxe do 
período. Nessa alternativa, temos como sujeito “que” (pronome relativo de 
função anafórica (de substituição do termo antecedente)), o qual retoma a 
palavra “indivíduos”. Dessa maneira, como o pronome relativo exerce a 
função de sujeito ao substituir a palavra “indivíduos”, logo, a flexão do 
verbo “ter” precisa ser na terceira pessoa do plural “têm” para que ocorra a 
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correta flexão verbal: “que (indivíduos) têm” (com circunflexo, o 
chapeuzinho). 
b)2 Está correta. O adjetivo “étnica” concorda em gênero e numero com o 
substantivo feminino “origem” a que se refere. 
C)3 Está correta. “No qual” exerce a função anafórica (por meio de pronome 
relativo) ao retomar os termos “um determinado espaço físico (território)” e 
concorda em gênero e número com o núcleo da locução “espaço”. 
d)4 ESTÁ ERRADA. Em “Nessa definiçãoteórica está conjugado(4) os 
principais elementos da sociedade política “, o verbo de ligação “está” foi 
empregado no singular erradamente, porquanto deveria flexionar-se no 
plural para concordar com o núcleo do sujeito “elementos”. “conjugado” 
também está flexionado incorretamente, porquanto também deveria 
concordar em número com o núcleo do sujeito a que se refere “elementos”. 
Desse modo, a concordância correta seria “estão conjugados”, com verbo 
na terceira pessoa do plural e predicativo também no plural. 
e) Está correta. “fazer-se” tem como sujeito “o Estado”, portanto, a flexão 
está correta. 
 
A nota importante é que as bancas, regra geral, apresentam 
textos em que as orações possuem vários termos acessórios 
(adjuntos adnominais, por exemplo) e que precisamos saber 
separar esses termos acessórios do núcleo do sujeito, porque a 
concordância deve ocorrer com o núcleo do sujeito, consoante à gramática 
normativa. 
 O problema dos conglomerados urbanos é a falta de estrutura mínima 
para viver. 
Nesse exemplo temos como núcleo do sujeito “problema”. Já 
“conglomerados urbanos” funcionam como adjunto adnominal, termo 
acessório. Conforme prescrição normativa, a concordância deverá ocorrer 
com o núcleo do sujeito, nesse caso, com “problema”, E NÃOOO com o 
adjunto adnominal “dos conglomerados”, daí a concordância do verbo no 
singular “O problema é...”). 
Da mesma forma, as bancas adoram intercalar frases para questionar ao 
candidato a concordância de determinado verbo que se apresenta em meio 
a várias orações e verbos. Então, a missão primeiramente é encontrar o 
sujeito desse verbo. É preciso ser cirúrgico para fazer a separação dessas 
frases e dos respectivos sujeitos. 
 
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COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
3- ESAF-AFT 
Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta 
erro. 
a) A Primeira Revolução Industrial pode ser entendida como uma guinada 
de todos os indicadores econômicos ingleses, sobretudo nas duas últimas 
décadas do século XVIII. 
b) Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões: a 
intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, a Revolução 
Agrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as 
cidades), o surgimento de uma indústria têxtil inglesa etc. 
c) Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawm 
chama de a “partida para o crescimento autosustentável”. Por “crescimento 
auto-sustentável” entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas, 
até então sujeito a variáveis climáticas ou demográficas, tornou-se 
crescente e constante – livre de epidemias, fomes, pestes ou intempéries, 
que regularmente ceifavam grandes contingentes de mão-de-obra em 
quase toda a Europa. 
d) Contraposto à Idade Média, em que o problema crônico da produção era 
a falta de homens e mulheres nos campos (e não de terras), o período que 
se segue à Revolução Industrial é aquele em que o homem começa a 
tornar-se um pouco mais supérfluo. 
e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes 
massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um 
sistema fabril mecanizado que produzia “em quantidades tão grandes e a 
um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da 
demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado”. 
 
(Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito doTrabalho no 
Mundo.http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico) 
 
Alternativa B 
Essa alternativa é a única que apresenta erro. Vejamos: “Tal avanço dos 
indicadores econômicos tiveram”... Como já pontuei acima, precisamos ter 
o máximo de cuidado para que identifiquemos o NÚCLEO DO SUJEITO, 
que as bancas submergem entre termos acessórios com objetivo de 
confundir o candidato. No caso em tela, a banca colocou seguidamente ao 
núcleo “avanço” os termos “dos indicadores econômicos” no plural. 
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Mas, a concordância deve ocorrer com “avanço”, núcleo do sujeito no 
singular. 
Observemos que as demais alternativas trazem textos escorreitos no que 
tange à concordância verbal... Gostaria de chamar atenção para a 
verdadeira inversão de orações e quebras de temos no corpo dos textos, o 
que gera certa dificuldade para que encontremos os sujeitos. Não irei tratar 
de todas as alternativas para não ser enfadonho. A titulo de exercício, tente 
identificar o sujeito de cada oração (a cada verbo identificado)... Observem 
que nem sempre os termos da oração estão posicionados na ordem direta 
(sujeito-verbo-predicado), daí a necessidade de saber identificar cada um 
independente do seu posicionamento na oração. 
Vejamos a alternativa E, a título de exemplo: 
e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes 
massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um 
sistema fabril mecanizado que produzia “em quantidades tão grandes e a 
um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da 
demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado”. 
 
Verbo, Sujeito 
“Como (1)explicita (1)Hobsbawm, trata-se de período em que, às 
grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, 
(2)juntou-se (2)um sistema fabril mecanizado (3)que (3)produzia em 
quantidade”. 
 
Nesse exemplo da alternativa E constamos a inversão de sujeitos que foram 
pospostos aos verbos. Também constatamos um pronome relativo como 
sujeito “que” ao fazer a função anafórica (de retomada dos termos 
anteriores “um sistema fabril mecanizado”). Em negrito veem-se os verbos 
com o quais concordam os sujeitos sublinhados. Já o verbo “trata-se” tem 
sujeito indeterminado, razão pela qual sempre esse tipo de verbo fica na 3ª 
pessoa do singular (verbo transitivo indireto mais “se” índice de 
indeterminação do sujeito). 
 
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3. Regra da concordância verbal com sujeitos compostos 
 
O verbo vai para: 
a) para a 1 ª pessoal do plural, se entre os núcleos do sujeito houver uma 
1 ª pessoa: 
 Eu e Maria queremos um mundo melhor. 
 
b) para a 2 ª pessoa do plural, se não houver entre os núcleos do sujeito 
uma 1 ª pessoa, mas houver uma 2ª pessoa: 
 Tu e Maria quereis um mundo melhor. 
Mas o uso coloquial aceita a forma na 3ª pessoa do plural, ao que as bancas 
de concurso não têm se oposto. 
 Tu e Maria querem um mundo melhor. 
 
c) para a 3 ª pessoa do plural, se os dois núcleos forem constituídos de 3 ª 
pessoa: 
 Caio e Larissa torcem pelo tricolor baiano. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
4-ESAF-2006-SUSEP 
Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta 
erro de natureza morfossintática. 
a) Uma cultura de massas onipresente convive com a defesa obstinada da 
vida privada. O pertencimento nacional perde peso diante da força das 
afirmações de identidade e da luta por reconhecimento. 
b) Massificados e, de certo modo, “dessocializados”, os cidadãos refluem 
como corpo político. 
c) Muitos aderem ao “voluntariado”, outros se alienam, a maioria mantém-
se com um pé no sistema representativo, sem entrar de fato nele. 
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d) Adimensão espetacular da vida, a despersonalização das relações sociais 
e a invasão do mercado por todos os espaços cria uma ainda que maior 
confusão entre o interesse público e o privado. 
e) Desse ponto de vista, a democratização contemporânea – da política, dos 
relacionamentos, do poder – ressente-se de uma súbita baixa de espírito 
republicano. 
 
Alternativa D 
Temos nessa alternativa três núcleos do sujeito (DIMENSÃO, 
DESPERSONALIZAÇÃO e INVASÃO). Desse modo, o verbo “criar” deve 
flexionar-se no plural “CRIAM” concordando com o sujeito composto. As 
demais alternativas estão corretas. 
 
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4. Regras especiais de concordância verbal com sujeito composto 
 
Bastante “caíveis” em provas de concursos, esse item é a cereja do bolo de 
concordância verbal. Vamos juntos: 
a) Se o sujeito composto estiver posposto ao verbo, esse poderá concordar 
com o núcleo do sujeito mais próximo ou com dois núcleos. 
 Sobraram / sobrou amor e confusão nessa relação truncada. 
OBSERVAÇÃO: se houver ideia de reciprocidade, a concordância será no 
plural. 
 Amam-se Joao e Maria. 
 
Lembra-se do seguinte questionamento feito na introdução da apostila? 
Maria e João saíram. Ok? Agora, e se antepusermos o verbo 
ao sujeito composto Maria e João como ficará essa 
concordância: saíram Maria e João ou saiu Maria e João?... 
Agora está fácil não é? As duas construções sintáticas estão corretas. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
5-FGV - MPE AM 
Assinale a alternativa em que ocorre uma concordância verbal INACEITÁVEL 
em relação à norma culta da língua. 
(A) Pouco importavam ao cronista a crítica e o elogio. 
(B) Chegou à editora o texto e uma carta do cronista. 
(C) Agradava-lhe o ritmo e o estilo do cronista. 
(D) Obrigavam-me a amizade e o dever de criticar aquele seu texto. 
(E) Faltava-lhe, naquele dia, fatos para escrever sua crônica. 
 
Alternativa E 
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Todas as alternativas, à exceção da E, trazem sujeitos compostos pospostos 
ao verbo. Nesses casos, o verbo poderá concordar com o núcleo do 
sujeito mais próximo ou com dois núcleos. Essa regra foi respeitada nas 
alternativas de A a D... Observemos, ademais, que a alternativa E traz um 
só núcleo do sujeito, no plural (“fatos”). E o verbo deveria com esse sujeito 
no plural concordar: “faltavam-lhe”. 
 
 
b) Se o sujeito composto for formado por núcleos sinônimos ou quase 
sinônimos, o verbo poderá ficar no plural ou no singular. 
Raiva e ódio marcaram / marcou o reencontro. 
 
 
c) Se o sujeito composto for formado por núcleos em gradação, o verbo 
poderá ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito. 
Cordialidade, respeito, carinho e amor devem / deve nortear as 
relações humanas. 
 
 
 d) Se os núcleos do sujeito composto forem ligados pelos conectivos ou ou 
nem, o verbo ficará no plural caso o predicado refira-se aos dois 
núcleos. Se se referir a um só dos núcleos do sujeito, excluindo o outro, 
ficará no singular. 
Vinicius de Moraes ou Tom Jobim figuram como expoentes da 
Bossa Nova. (Predicado refere-se aos dois núcleos). 
 
João ou Maria ganhará o prêmio de melhor ator coadjuvante. 
(Predicado refere-se a um só dos núcleos, de forma excludente). 
 
 
e) um e outro exercendo o papel de sujeito, a concordância poderá ser 
feita no plural ou no singular. 
 
 um e outro gravaram / gravou entrevista. 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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f) um ou outro e nem um nem outro, exercendo o papel de sujeito, a 
concordância deverá ser feita no singular 
 
nem um nem outro gravou entrevista. 
 
 
O entendimento de que há exclusão de ideias, o que só 
permitiria a concordância no singular. A essa perspectiva 
filia-se Evanildo Bechara, por exemplo. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
6- CESGRANRIO - SEAD AM 
Aponte a opção em que se encontra um uso INACEITÁVEL de concordância. 
a) Uma e outra coisa merece nossa atenção. 
b) Nem um nem outro candidato conseguiram se destacar. 
c) O médico, com sua enfermeira, foi ao Congresso. 
d) No relatório da OMS, tinham vários erros de tabela. 
 
Alternativa B 
Acredito que essa questão não traz maiores dificuldades, a própria 
explicação da alínea f é clara: um ou outro e nem um nem outro, 
exercendo o papel de sujeito, a concordância deverá ser feita no singular, 
em decorrência da ideia de exclusão. 
 
 
g) Se os núcleos do sujeito forem unidos pela preposição com (valor de 
“e”), o verbo deverá ficar no plural. 
 A Rússia com a China assinaram um tratado de reciprocidade. 
 
Caso queira enfatizar o primeiro termo, o verbo ficará no 
singular. Mas, nesse caso, o segundo termo introduzido pela 
preposição “com” exercerá a função de adjunto adverbial de 
companhia, e não de sujeito. (Análise sintática na veia ok!?) 
A Rússia com a China assinou um tratado de reciprocidade. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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h) Se o sujeito for composto por um aposto recapitulativo com termo 
resumidor, a concordância será realizada com esse termo resumidor. 
 Prosperidade, amor e alegria, tudo isso é esperado para 2015. 
 
 
i) Com núcleos em correlação (tanto...como; como; não só ... bem 
como), a situação é um pouco objeto de controvérsia. Para Bechara, é 
possível a concordância no singular ou no plural. 
 
Maria, assim como seus pais, gosta/gostam de doces. 
 
Maria assim como seus pais gosta/gostam de doces. 
 
Já para Cunha, se não houver pausa entre os sujeitos (se não houver 
vírgulas entre os sujeitos), o verbo vai para o plural. 
Maria assim como seus pais gostam de doces. 
 
Para Cunha, caso haja destaque para o primeiro elemento em uma 
comparação, a concordância deve ocorrer com esse primeiro elemento. 
Nesse caso, ainda consoante a magistério de Celso Cunha, a conjunção 
comparativa (como, assim como etc.) precisa estar junta ao segundo 
elemento intercalada por vírgulas. 
 
O amor, tal como respeito e gratidão, não se compra. 
 
Nesse tipo de situação, oriento que meus alunos siga a 
referência bibliográfica dada pela banca conforme o 
concurso. Entretanto, como a maioria das bancas, 
infelizmente, não apresenta referências bibliográficas, é preciso que 
conheçamos o posicionamento de cada banca em questões anteriores. 
 
 
j) Com o pronome indefinido cada seguido por substantivo ou pronome 
substantivo, o verbo sempre fica na 3ª pessoa do singular. 
 
Cada homem, cada mulher, cada criança, cada ser humano 
deveria conhecer seus direitos básicos... 
 Prof. Tairone Santos 
 
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5. Concordâncias verbais mais corriqueiras e cascudas 
 
A) Em expressões partitivas (uma porção de, parte de, a maioria de, 
metade de, entre outras), o verbo fica no singular (concordando com o 
núcleo da expressão) ou vai para o plural concordando semanticamente 
com a expressão: 
 
 A maioria das pessoas não entende OU não entendem regras 
básicas de convivência em harmonia social. 
 Metade dos concurseiros foi / foramreprovados em Língua 
Portuguesa. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
7- FCC- SABESP- TÉCNICO EM GESTÃO-INFORMÁTICA 
Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: 
a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas 
cidades do chamado sul global. 
b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas 
cidades no século XXI.c) 
c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI. 
d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas cidades 
e aqueles que moram no campo. 
e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de 
transformação social. 
 
 
Alternativa A 
A expressão partitiva “grande parte” faz com que o verbo “produz” fique no 
singular sem que ocorra incorreção. As demais alternativas trazem 
concordâncias com problemas. 
a) “hipercrescimento...caracteriza” (no singular, verbo deve concordar 
com o sujeito). Tudo ok! 
b) “existiram cidades” (no plural, verbo deveria concordar com o 
sujeito). 
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c) “Deve (no plural) haver”. O verbo haver, no sentido de existir, 
emprega-se na terceira pessoa do SINGULAR e transfere a sua 
impessoalidade para seu auxiliar “deve”. 
d) “os otimistas...veem”. (no plural, verbo deveria concordar com o 
sujeito). 
 
 
8- FGV-PC-AP-DELEGADO DE POLÍCIA 
De acordo com as regras de concordância verbal do padrão escrito culto, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) A maioria dos brasileiros já viveram situações violentas no cotidiano. 
b) Sem dúvida, devem haver formas de combater pacificamente a 
violência. 
c) No artigo em análise, trata-se de questões referentes à origem histórica 
da violência. 
d) Faz séculos que se verificam situações de opressão na sociedade 
brasileira. 
e) Sempre existirão pessoas dispostas a resistir ao comodismo. 
 
Alternativa B 
a) Expressão partitiva (maioria) permite concordância no singular 
(concordando com “maioria”) ou no plural (concordando com o 
adjunto adnominal “dos brasileiros”). Ressalvo que esse tipo de 
concordância com o adjunto é uma EXCEÇÃO somente permitida no 
caso de expressão partitiva. CUIDADOOOO... 
b) ESSA É A INCORRETA. Verbo impessoal, como “haver” nesse caso, 
deixa o auxiliar também impessoal, “deve”. Veremos mais detalhes 
no decorrer desse trabalho. 
c) Tudo certinho. “Trata-se” realmente no singular, pois é VTI 
acompanhado de “se” índice de indeterminação do sujeito. 
d) Tudo ok. “Faz” no singular, pois denota tempo decorrido. 
e) Tudo ok. “existirão” flexiona-se normalmente de acordo com o 
sujeito. 
 
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B) Quando o sujeito for constituído de expressões (cerca de, perto de, 
mais de, entre outras) acompanhadas de numeral que indica 
quantidade aproximada, o verbo concordará com o numeral. 
 
 Mais de dois assassinatos aconteceram na região metropolitana. 
 Mais de um assassinato aconteceu na região metropolitana. 
 
 Cerca de duzentas pessoas foram à praça protestar contra os 
desmandos do prefeito. 
 Mais de uma pessoa depredou a prefeitura. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
9- CESGRANRIO - BNDES – ADVOGADO 
Indique a opção em que a concordância NÃO está de acordo com as regras 
da norma culta. 
a) Gosto de viajar para lugares o mais exóticos possível. 
b) Compramos um sofá, uma poltrona e uma mesa antigos. 
c) A maioria das pessoas espera conseguir bons empregos. 
d) Um dos cientistas que estudam a memória chegou ao Brasil. 
e) Mais de um funcionário vão pedir promoção no mês que vem. 
 
Alternativa E 
Veja que a alternativa E traz a expressão indicativa de quantidade “mais de 
um”, portanto, a concordância deverá ocorrer com o numeral, no singular, 
e não no plural como t 
 
 
C) Em nomes de país, estado, munícipio, região e congêneres, ainda 
que construídos no plural (exemplo: “Estados Unidos”), o verbo ficará no 
singular caso o nome não esteja acompanhado de artigo no plural. 
Ao contrário, se vier com artigo no plural, flexionará o verbo também 
no plural. O mesmo se aplica a obras literárias. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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 Estados Unidos bombardeou o Iraque. 
 
 Os Estados Unidos bombardearam o Iraque. 
 
 Os Andes ficam na América do Sul. 
Minas Gerais nos legou poetas como Carlos Drummond. 
As Minas Gerais nos legaram poetas como Carlos Drummond. 
 Os Sertões são a obra homônima de Euclides da Cunha. 
 
 
 
 
D) Verbo “parecer”: consagrado na literatura, o uso do verbo “parecer” 
no singular como auxiliar adentrou o padrão culto. 
 
Parece gostarem de literatura 
 
Mas saliento que usá-lo no plural com o infinito no singular também é 
correto (“Parecem gostar de literatura”). 
 
 OBSERVAÇÃO: em orações desenvolvidas com o 
emprego da conjunção integrante que o verbo parecer 
não flexiona: 
 Parece / que eles gostam de burburinhos. 
 
 
E) Os verbos ser, bater, dar, soar e sinônimos concordam com o 
numeral que indica horas quando não possuem sujeito. Se houver 
sujeito, a concordância com esse será feita. 
 
 Davam cinco horas quando o pontífice iniciou a homilia. 
(A concordância foi feita com o numeral "cinco horas", no plural, 
evidentemente). 
 
Ressalvo novamente que é necessário verificar se há sujeito na 
oração: 
"O relógio dava cinco horas quando o pontífice iniciou a homilia". 
 Prof. Tairone Santos 
 
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(Nesse caso, o sujeito da primeira oração é "O relógio", sujeito determinado 
simples - concordância, nesse caso, dá-se no singular com o sujeito simples 
"O relógio"). 
 
 
F) No caso de percentuais, quando há substantivo especificador no 
singular entre o percentual igual ou acima de 2 e o verbo, a flexão é 
facultativa. Mas se não houver substantivo especificador no singular 
entre o percentual igual ou acima de 2 e o verbo (ou se houver 
substantivo especificador no plural), obrigatoriamente o verbo 
concordará no plural. 
 
80 por cento não pagam IPTU. 
80 por cento da população não paga IPTU”. 
80 por cento dos residentes não pagam IPTU. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
1. Quando o percentual tiver determinante no plural (artigo ou 
pronome), o verbo também será pluralizado. 
Os 10 por cento do eleitorado abstiveram-se. 
2. Quando o número for inferior a 2 por cento, a concordância 
será feita no singular. 
1,2 por cento não paga IPTU. 
3. Se o número percentual estiver posposto ao verbo, a 
concordância será feita com o número. 
Foram anulados 5 por cento. 
Foram às urnas 80,5 por cento da população. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
10-FGV - Ministério da Cultura 
Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural... Assinale a alternativa em 
que, substituindo-se alunos no trecho acima por outra expressão, foi 
mantida a correção gramatical. 
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a) Lá, 1,85% ajudaram a criar um centro cultural... 
b) Lá, 0,98% ajudou a criar um centro cultural... 
c) Lá, a maior parte ajudaram a criar um centrocultural... 
d) Lá, tu e teus amigos ajudaram a criar um centro cultural... 
e) Lá, dois terços ajudou a criar um centro cultural... 
 
Alternativa B 
a) Como “1,85” não é número inteiro acima de dois, o verbo deveria ser 
empregado no singular. 
b) Como “0,98” não é número inteiro acima de dois, o verbo 
“ajudou” foi empregado corretamente no singular. 
c) Concordância no singular, porquanto o sujeito simples “maior parte” 
está no singular. 
d) O problema está aqui. A concordância verbal clássica reza o seguinte: 
o verbo vai para a 2 ª pessoa do plural, se não houver entre os 
núcleos do sujeito uma 1 ª pessoa, mas houver uma 2ª pessoa. Esse 
é o caso: a banca não considerou nessa alternativa a flexão do verbo 
na 3ª pessoa do plural como correta. E por que o problema está aqui 
problema? Porque modernamente a construção na terceira pessoa do 
plural envolvendo duas segundas pessoas tem sido aceita, não pela 
FGV! Então, fique atento! FGV pauta-se pela regra clássica, ok!? 
 
 
G) A expressão haja vista quando acompanhada de preposição é invariável 
(“Haja vista aos elementos probatórios levantados”). Ademais, pode 
haver flexão ou não do verbo haver quando o nome que segue a 
expressão estiver no plural sem que seja introduzido por preposição. 
Vejamos: 
Haja vista os problemas. (CORRETA). 
Hajam vista os problemas. (CORRETA). 
 
 
 
H) Verbos impessoais fazer e ir, indicando tempo, e haver, na acepção de 
“existir” ou “de tempo decorrido”, são impessoais, pois nessas 
construções a oração não possui sujeito, não admitindo, portanto, flexão 
verbal – sempre figurará na 3 ª pessoa do singular. 
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 “Havia muitos professores competentes de Língua Portuguesa”. 
(CORRETA – haver, nesse caso, denota “existência”, fica então na 3 ª 
pessoa do singular). 
 “Fazia dois anos que não a via”. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
11-FGV-SUSAM-ECONOMISTA 
“Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29 anos”. Sobre as estruturas grama
ticais dessas duas frases do texto, assinale a afirmativa correta. 
a) A primeira frase também poderia estar escrita “Fazem hoje exa
tos 50 anos” 
b) A segunda frase também poderia estar escrita “Devem haver hoje 29
 anos”. 
c) As duas formas verbais não podem ser flexionadas em número. 
d) As duas formas verbais se referem a tempo passado. 
e)Só a primeira frase está escrita gramaticalmente errada. 
 
Alternativa C 
 
 
12- CESPE - FUNPRESP – EXE 
A forma verbal “havia", em “não havia mais dúvidas", poderia ser 
corretamente substituída por existia. 
Errada 
O verbo “Haver” no sentido de existir é impessoal, invariável, 
obrigatoriamente permanece no singular. Já o verbo “Existir”, é variável 
e flexiona normalmente concordando com o sujeito. 
 
13- CESPE – TCU – Técnico Federal de Controle Externo 
Sem prejuízo para a correção gramatical, a forma verbal “encontram”, 
em “encontram-se os direitos econômicos, representados pelo direito de 
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propriedade..”, poderia ser flexionada no singular: “encontra-se os 
direitos econômicos..” 
 
Errado. 
O verbo sempre deverá concordar com o núcleo do sujeito, neste caso o 
núcleo é “direitos”. 
Núcleo no plural – verbo também no plural. 
 
14- FUNRIO - FUNAI 
As frases abaixo reúnem algumas das considerações que o texto apresenta 
sobre o papel da imprensa na sociedade de hoje, mas, em uma delas, a 
construção sintática está em desacordo com os padrões formais da língua. 
Assinale-a. 
a) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da grande 
pátria. 
b) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos a 
omitir informações. 
c) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as 
pressões do Estado. 
d) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a verdade para 
seus leitores. 
e) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos Direitos 
dos Povos Indígenas. 
 
Alternativa C 
Essa alternativa traz o verbo fazer denotando tempo decorrido. Como 
vimos, deve ficar na 3ª pessoa do singular. 
 
 
I) Cuidado com a concordância dos verbos acompanhados de índice de 
indeterminação do sujeito. Entre as diversas funções da palavra 
“se”, essa pode funcionar como índice de indeterminação do 
sujeito. Em construções sintáticas em que o verbo é transitivo 
indireto (“precisar”) ou intransitivo e está acompanhado do vocábulo 
“se” (índice de indeterminação do sujeito), é indiferente o nome 
que compõe o objeto indireto está no plural ou não, pois o verbo 
continuará na terceira pessoal do singular, porquanto o índice 
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torna o sujeito indeterminado e, em consequência, o verbo não flexiona. 
Vejamos na prática: 
 Precisa-se de carpinteiros. (VTI + IND. DE INDETERMINAÇAO = 
SUJEITO INDETERMINADO E VERBO NA 3ª PESSOA DO 
SINGULAR). 
 
OBSERVAÇÃO: o índice de indeterminação do sujeito 
também pode estar presente em estruturas sintáticas 
formadas por verbo intransitivo (“Vive-se melhor aqui 
em Las Vegas”) e de ligação (“Não se é respeitado como 
parlamentar”), tornando o sujeito também indeterminado e deixando o 
verbo na terceira pessoa do singular. 
 
CURIOSIDADE: o vocábulo “se” pode ainda ter outras 
faces, entre as quais, a de partícula apassivadora. E 
detalhe importante, quando “se” for partícula 
apassivadora, haverá sujeito determinado e haverá flexão verbal, caso 
o sujeito esteja no plural ou seja um sujeito composto. 
O “se”, partícula apassivadora, tem como função tornar o sujeito 
passivo sintético. Por conseguinte, uma vez que há sujeito 
determinado, o verbo flexionará normalmente consoante a esse sujeito. 
Vejamos: 
Vende-se casa. (VTD + PARTÍCULA APASSIVADORA + SUJEITO 
PASSIVO = VERBO FLEXIONA CONFORME SUJEITO). 
Vendem-se casas. (VTD + PARTÍCULA APASSIVADORA + 
SUJEITO PASSIVO = VERBO FLEXIONA CONFORME SUJEITO). 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
15- CESPE-CBM-PRIMEIRO TENENTE 
O trecho “Tratava-se da área de maior concentração de escravos nos 
sertões, a ponto de existirem quadrinhas abordando esse estranho recorde” 
pode ser reescrito, sem prejuízo do sentido original do texto e da correção 
gramatical, da seguinte forma: Tratavam-se de escravos concentrados, 
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majoritariamente, na área dos sertões, a ponto de haverem quadrinhas 
abordando esse estranho recorde. 
 
Errado 
 
16-CESPE – TCU – Técnico Federal de Controle Externo 
Sem prejuízo para a correção gramatical, a forma verbal “encontram”, 
em “encontram-se os direitos econômicos, representados pelo direito de 
propriedade..”, poderia ser flexionada no singular: “encontra-se os 
direitos econômicos..” 
 
Errado. 
O verbo sempre deverá concordar com o núcleo do sujeito, neste caso o 
núcleo é “direitos”. 
Núcleo no plural – verbo também no plural. Nesse caso, “encontrar” é 
VTD, o “se” é partícula apassivadora e “direitos econômicos” sujeito da 
oração. Dessa forma, não é possível trazer o verbo para o singular.Prof. Tairone Santos 
 
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6. Concordância verbal com pronomes 
 
A) Em construções com o pronome relativo que, a concordância do verbo 
dar-se-á com o antecedente do relativo que em número e pessoa. Dessa 
maneira, a forma correta seria: “Fui eu que te pedi”. 
 DICAS DE APROVADO: 
1. Se o antecedente for um pronome demonstrativo, a concordância do 
verbo dar-se-á com o demonstrativo. 
 Eu sou aquele que chegou para mudar sua vida. 
2. Quando o relativo que tem as seguintes expressões antecedentes: 
um dos, uma das + substantivo, a concordância do verbo dar-se-á 
com a 3 ª pessoa do plural (em uma construção mais clássica) ou 
com a 3 ª pessoa do singular (em uma construção mais coloquial, 
a qual também tem sido aceita pelas bancas de concursos públicos). 
Vejamos: 
 Um dos objetivos que foram apresentados. 
 (Um dos + substantivo + que) 
 Um dos objetivos que foi apresentado. 
 (Um dos + substantivo + que) 
3. Na expressão um dos que (sem o substantivo entre “dos” e “que”), 
o verbo vai para a 3 ª pessoa do plural: 
 O governador é um dos que não querem a Reforma Política. 
 
B) Em construções com o pronome relativo que com função de sujeito, a 
concordância do verbo dar-se-á com o antecedente do relativo que em 
número e pessoa. 
 
 Fui eu que te pedi. 
 
 
DICAS DE APROVADO: 
 
1. Se o antecedente for um pronome demonstrativo, a concordância do 
verbo dar-se-á com o demonstrativo. 
 Eu sou aquele que chegou para mudar sua vida. 
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2. Quando o relativo que tem as seguintes expressões antecedentes: 
um dos, uma das + substantivo, a concordância do verbo dar-se-á 
com a 3 ª pessoa do plural (em uma construção mais clássica) ou 
com a 3 ª pessoa do singular (em uma construção mais coloquial, 
a qual também tem sido aceita pelas bancas de concursos públicos). 
Vejamos: 
 
 Um dos objetivos que foram apresentados. 
 (Um dos + substantivo + que) 
 Um dos objetivos que foi apresentado. 
 (Um dos + substantivo + que) 
 
3. Na expressão um dos que (sem o substantivo entre “dos” e “que”), 
o verbo vai para a 3 ª pessoa do plural: 
 
 O governador é um dos que não querem a Reforma Política. 
 
 
 
C) O pronome relativo quem, numa construção mais ortodoxa, exige o 
verbo concordando na 3 ª pessoa do singular: “Sou eu quem VAI”. 
Todavia, muitos gramáticos de renome, a exemplo de Celso Cunha, 
admitiram a construção com o verbo concordando com o pronome pessoal 
(sujeito da oração anterior) que antecede o relativo quem. Construções 
como “Sou eu quem VOU” estão corretas - ao que as bancas de concurso 
público não vêm se opondo. 
 
 
Na canção “O Caderno” de Toquinho e Mutinho, cujas 
três primeiras estrofes abaixo transcrevo, no primeiro 
verso de cada estrofe, aparece o seguinte trecho: “Sou 
eu que vou” + o verbo principal. Se fizermos a substituição do 
pronome relativo “que” pelo relativo “quem”, sem a alteração da 
locução verbal “vou” + verbo principal, NÃO haverá incorreção 
quanto à concordância verbal. 
 
Sou eu que vou seguir você 
Do primeiro rabisco 
Até o be-a-bá. 
Em todos os desenhos 
Coloridos vou estar 
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A casa, a montanha 
Duas nuvens no céu 
E um sol a sorrir no papel... 
Sou eu que vou ser seu colega 
Seus problemas ajudar a resolver 
Te acompanhar nas provas 
Bimestrais, você vai ver 
Serei, de você, confidente fiel 
Se seu pranto molhar meu papel... 
Sou eu que vou ser seu amigo 
Vou lhe dar abrigo 
Se você quiser 
Quando surgirem 
Seus primeiros raios de mulher 
A vida se abrirá 
Num feroz carrossel 
E você vai rasgar meu papel... 
NÃO HAVERÁ INCORREÇÃO ALGUMA. 
Sou eu que vou seguir você. / Sou eu quem vou seguir você. (CORRETAS). 
Sou eu que vou ser seu colega. / Sou eu quem vou ser seu colega. 
(CORRETAS). 
Sou eu que vou ser seu amigo. / Sou eu quem vou ser seu amigo. 
(CORRETAS). 
 
Vamos lá! Ademais, poderíamos reescrever os trechos “Sou eu que vou” 
utilizando o pronome quem de duas formas: 
Sou eu quem vai... (CORRETA, com o verbo na 3 ª pessoa do 
singular). 
 Sou eu quem vou... (CORRETA, com o verbo concordando com o 
pronome pessoal “eu” que antecede o relativo “quem”). 
 
D) Quando o sujeito é construído a partir de um pronome interrogativo 
(quais, quantos) ou de um pronome demonstrativo (estes, esses, 
aqueles) ou de pronome indefinido no plural (muitos, poucos, vários, 
alguns, quaisquer) seguido de “de nós”, “de vós” ou de “dentre nós”, 
“dentre vós”, o verbo poderá ficar na 3 ª pessoa do plural ou 
concordar com o pronome pessoal. 
 Quantos de nós não queriam estar em seu lugar de destaque? 
Quantos de nós não queríamos estar em seu lugar de destaque? 
 Prof. Tairone Santos 
 
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------------------------------------------------------------------------------
 Tu te referiste àqueles dentre nós que pediram asilo político. 
Tu te referiste àqueles dentre nós que pedimos asilo político. 
------------------------------------------------------------------------------ 
Alguns de vós quiseram colocar empecilho na reeleição do 
presidente. 
Alguns de vós quisestes colocar empecilho na reeleição do 
presidente. 
 
OBSERVAÇÕES: se o pronome interrogativo ou o 
indefinido estiver no singular, o verbo também deverá ficar 
no singular. 
 Qual de nós não queria estar em seu lugar? 
 
E) Em orações interrogativas iniciadas por quem e que a concordância será 
feita com o nome ou pronome que vier em seguida. 
 Quem são essas garotas. 
 Que seremos nós daqui para frente? 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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7. Concordância do verbo “ser” 
A) O Verbo “ser” concorda, regra geral, com o sujeito. 
 Eu sou a luz das estrelas 
 Eu sou a cor do luar 
 Eu sou as coisas da vida 
 Eu sou o medo de amar (Raul Seixas) 
B) Mas o verbo “ser” concordará com o predicativo se o sujeito for 
formado pelos pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo, tudo, o), 
seguido de predicativo no plural. Dessa forma, com este fará a 
concordância. 
 
 Isso seriam problemas sem precedentes 
 
Há outros casos em que a concordância dar-se-á com o 
predicativo: 
 
a) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. 
 Que são esses modos, menino? 
b) Quando o sujeito for uma expressão coletiva e o predicativo estiver 
no plural. 
 Um bando eram bandidos de alta periculosidade. 
c) Quando o sujeito for expressão partitiva e o predicativo estiver no 
plural. 
 A maioria das pessoas eram maiores de 50 anos. 
d) Quando o sujeito indicar quantidade, peso e estiver seguido de 
expressões como muito, pouco, menos de, mais de... O verbo ser 
ficará no singular. 
 Duas toneladas de comida foi pouco para saciar aqueles famintos. 
e) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, mas 
o predicativo for constituído por um substantivo no plural. 
 Esse apartamento são os sonhos dos noivos. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
www.nota11.com.br 30OBSERVAÇÃO: quando se deseja prevalecer o sujeito sobre o 
predicativo, a concordância será efetuada com aquele: 
 A felicidade é quimeras passageiras. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
17- FCC - TRF3 - ANALISTA JUDICIARIO-OFICIAL DE JUSTICA 
AVALIADOR 
O verbo flexionado no plural que também estaria corretamente 
flexionado no singular, sem que nenhuma outra alteração fosse feita, 
encontra-se em: 
a) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais... 
b) Sempre me pareceram sem sentido as guerras... 
c) São Paulo são muitas cidades em uma. 
d) São Paulo não tem símbolos que deem conta de... 
e) ... onde as informações diversas se misturam... 
 
Alternativa C 
 
 
C) O verbo "ser" concorda com o nome de pessoa ou pronome pessoal. 
 João é o brio dos pais. (preferência para o nome de pessoa). 
 O poeta sou eu. (preferência para o pronome pessoal do caso reto). 
 Eu sou o poeta. (preferência para o pronome pessoal do caso reto). 
 O cantor és tu. (preferência para o pronome pessoal do caso reto). 
 
Mas, observem, se concorrerem dois pronomes do caso 
reto ou um pronome do caso reto e um pronome de 
tratamento, o verbo ser concordará, invariavelmente, com 
o sujeito. 
 Ele não é nós. 
Você não é eu. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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D) Sempre que o predicativo do sujeito for formado pelo pronome 
demonstrativo “o”, o verbo “ser” ficará no singular. 
 Os carinhos é o que lhe fazia falta. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
18-CESPE - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária 
Os fragmentos contidos nos itens seguintes, na ordem em que são 
apresentados, são trechos sucessivos e adaptados do livro Visão do 
Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo: Brasiliense, 
2000, p. 315-25). Julgue-os quanto à correção gramatical. 
Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons 
ares, boas águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta 
patente. 
 
Certo 
 
 
 
E) O verbo “ser” quando se refere à data, a concordância usual é feita com 
o numeral. 
 
Hoje são 28 de fevereiro. 
 
Ressalvo que poderá ser feita a concordância no singular, 
mesmo que o numeral seja maior que 2, quando há a palavra 
“dia” estiver subtendida. 
 
Hoje é (dia) 28 de fevereiro. 
Nesse caso, há subtendida a palavra “dia”, o que permite o uso do verbo no 
singular. Ressalto que é mais usual a concordância ser feita no plural com o 
numeral (“Hoje são 28 de fevereiro”). 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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Galera, mas cuidado! Se a palavra dia, nesses casos, 
estiver explícita, a concordância será no singular, ok? 
 
 Hoje é dia 28 de fevereiro. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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8. Infinitivo pessoal e impessoal, emprego e flexão 
Permitam-me a vênia para tratar de outro tópico bastante cobrado em 
provas de concursos, que é a concordância verbal decorrente do emprego 
do infinitivo (PESSOAL E IMPESSOAL). Já tratamos desse conteúdo na 
Super Apostila Nota11 Cap. 4 – Classes de Palavras (Verbos). Mas nunca é 
demais relembrar, sobremodo em se tratando desse tópico cascudoo... 
Observemos os EMPREGOS e FLEXÕES do INFINITIVO. Veremos os 
empregos e as flexões para entendermos melhor... 
 
A) O emprego do infinitivo impessoal 
 
Emprega-se infinitivo impessoal: 
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica e não se refira a um sujeito 
determinado, verbo ser no singular: 
Querer não é poder. 
Navegar é preciso. 
 
2. Quando forma uma locução verbal: 
 Na noite de natal, as famílias costumavam confraternizar-se. 
Estavas a brincar. 
Acabaram de sair. 
 
3. Pode ser utilizado quando compõe oração subordinada substantiva 
reduzida de infinitivo ou adjetiva reduzida de infinitivo ou em oração 
com valor imperativo: 
Substantiva Subjetiva: Não é honrado / calar em face da corrupção. 
 (singular) (sujeito oracional) 
Substantiva Objetiva Direta: dizem / ter sumido do mapa. 
Substantiva Objetiva Indireta: Gostaria / de te ver no ostracismo. (única 
construção possível, porquanto infinitivo que complementa verbo e está 
regido de preposição é sempre impessoal, não flexiona). 
Substantiva Predicativa: A saída é / ficar neutro. 
Subordinada Adjetiva: Eu vi alguns amigos / a tropeçar pela vida. 
Com valor imperativo: Soldados, atacar! 
 
4. Com preposição que introduza complemento de substantivo e adjetivo: 
Tenho o direito de falar. 
Eram problemas difíceis de solucionar. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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Estamos sequiosos de vencer essa etapa. 
 
5. Com preposição que introduza infinitivo com valor de gerúndio: 
Estava a caminhar. (= caminhando). 
 
6. Quando o infinitivo, precedido de pronome oblíquo que exerce a função 
de sujeito da segunda oração, vier depois dos verbos sensitivos “ver”, 
“ouvir”, “sentir” ou depois dos verbos acusativos “mandar”, “deixar”, 
“fazer”. A concordância verbal será no singular. 
Vi-os tropeçar pela vida. 
Ouvia-os cantar. 
Mandei-os entrar assim que chegaram. 
Não nos deixei cair em tentação. 
Não os faria chorar novamente. 
 
 
 OBSERVAÇÕES 
O infinitivo IMPESSOAL é uma forma nominal do verbo. Em 
algumas situações, essa forma já denota que o sujeito é 
indeterminado. Desse modo, utilizar-se da palavra “se” como índice de 
indeterminação do sujeito acompanhando o infinitivo impessoal é uma 
redundância, uma não conformidade com a gramática tradicional. Evitemos, 
então, frases como “É importante se falar dos problemas das emissões de 
gases do efeito estufa”. Frase está correta sem o “se”: “É importante falar 
dos problemas das emissões de gases do efeito estufa”. 
 
B) O emprego do infinitivo pessoal 
 
Emprega-se infinitivo pessoal, com o verbo flexionando de acordo como o 
sujeito: 
1. Quando o sujeito estiver expresso. 
É importante nós irmos a esse evento. 
 
2. Quando o sujeito for diferente do sujeito da oração principal. 
O empregador não ofereceu condições suficientes / para continuarmos 
trabalhando. (Sujeito simples elíptico da oração subordinada “nós”, 
diferente do sujeito da oração principal “o empregador”). 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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 3. Quando se quer indeterminar o sujeito, verbo na terceira pessoa do 
plural: 
Ouvi pedirem clemência. 
 
OBSERVAÇÕES 
Observo frequentemente em provas o examinador 
trazer construções em que a primeira oração tem 
sujeito explícito e a segunda oração de infinitivo tem sujeito não-
explícito. E aí? Trata-se de infinitivo pessoal ou impessoal? Como 
vai ocorrer a concordância verbal? Nesse caso, é uma faculdade a 
flexão do infinitivo. A regra nos diz que quando o sujeito do 
infinitivo estiver oculto, mas for o mesmo do verbo da oração 
anterior, a flexão será facultativa. Vejamos: 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
19. CESPE/UNB-PF-ESCRIVÃO (adaptada) (...) O mundo é dominado pela 
racionalidade subjetiva, no contexto histórico dominado pela 
racionalidade europeia. A dominação e a colonização domundo são, 
portanto, as 13 últimas palavras da modernidade, e por isso temos de 
nos perguntar qual é o preço a pagar para sermos modernos e 
entrarmos no mundo global. 
As regras gramaticais e a coerência textual permitem que o trecho “sermos 
modernos e entrarmos” seja substituído por “ser moderno e entrar”, 
opção em que não se evidencia o sujeito das orações, ao contrário do que 
ocorre quando se emprega o infinitivo flexionado. 
Certa (Trata-se de infinitivo cujo sujeito está presente na oração anterior, 
dessa maneira, a flexão do infinitivo que compõe a segunda oração é 
facultativa). 
 
Vejamos outra questão da mesma banca como contraponto. 
 
 
20. Cespe/UnB – Instituto Rio Branco – Diplomata 
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto se os infinitivos 
flexionados fossem substituídos pelas respectivas formas do infinitivo não 
flexionado no segmento “Ficamos a olhar o verde do jardim, as gotas a 
evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas”. 
 
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Errado (Nessa questão o CESPE já traz infinitivos pessoais cujos sujeitos 
estão imediatamente antepostos a eles (“gotas” e “lesmas”). Nesse caso, a 
substituição por infinitivos não flexionados geraria um grave erro de 
concordância verbal, haja vista os sujeitos explícitos estarem no plural – 
dessa forma, com sujeito explícito, a flexão do infinitivo será obrigatória). 
 
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9. Concordância com sujeito oracional 
Bastante recorrente em provas é a concordância verbal do sujeito oracional. 
Nesse caso, uma oração exerce a função de sujeito de outra oração em um 
período composto subordinado. Deve o verbo da oração principal 
permanecer na 3ª pessoa do singular. Vejamos: 
 
 É preciso / que saibamos distinguir o joio do trigo. 
 (o. principal) (o. subordinada subjetiva) 
 
Nessa construção, temos a primeira oração (principal) e uma segunda 
(subordinada subjetiva). Observem que a segunda oração (subordinada) 
exerce a função de sujeito da primeira oração. Em decorrência, o verbo da 
oração principal será empregado sempre na 3ª pessoa do SINGULAR. 
 
RELEMBRANDO: Oração subordinada substantiva subjetiva 
(exerce a função de SUJEITO da oração principal): 
 
É imprescindível / que o Congresso faça a reforma política. 
(oração principal) (oração subordinada substantiva subjetiva) 
 
Sabe-se / que o Congresso não aprovou a Emenda por leniência. 
(oração principal) (oração subordinada substantiva subjetiva) 
 
DICA DE APROVADO: essas duas construções acima são comuns nas 
orações subordinadas subjetivas: a primeira com verbo de ligação no 
singular + predicativo na oração principal (“É imprescindível”). A segunda 
com verbo na voz passiva e na terceira pessoa do singular na oração 
principal (“Sabe-se”). Nas orações subordinadas subjetivas, sempre 
encontraremos o verbo da oração principal na terceira pessoa do singular. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
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21- ESAF-Fiscal de Fortaleza 
Indique entre os itens sublinhados o que contém erro gramatical ou 
impropriedade vocabular. Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as 
repercussões da crise dos países asiáticos sobre a América Latina serão 
bem menos acentuadas do que(B) se imaginava faz(C) poucos meses. 
Pouco a pouco, foram-se percebendo(D) que os problemas daquela região 
são devidos à(E) desorganização de seus sistemas financeiros e a uma 
especulação imobiliária desenfreada. 
(Gazeta Mercantil, 21 e 22/2/1998, adaptado) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
Alternativa D 
A única alternativa que traz uma impropriedade gramatical é a D. “foram-
se” deveria estar no singular, porque o sujeito com o qual esse verbo deve 
concordar é oracional (“que os problemas daquela região”). 
Para que nos certifiquemos de quem é o sujeito, basta a pergunta a partir 
do verbo principal: O que foi sendo percebido? “que os problemas daquela 
região são...”. Sabemos, então, que o sujeito é oracional. 
Dado importante é que o verbo principal (percebendo) é VTD: verbo VTD 
acompanhado de “se” (partícula apassivadora), com ideia passiva e mais 
sujeito oracional. 
Tudo ok! O único erro reside, portanto, na concordância do verbo “foram-
se”, o qual deveria estar no singular, porque sujeito oracional (“que os 
problemas daquela região”) requer verbo na 3ª pessoa do singular 
(“fora-se percebendo”). 
 
 
 
22 - FCC – ANEEL - TÉCNICO 
Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmente 
incorreta. 
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a) A desigualdade na repartição da renda, riqueza e poder é uma marca 
inalienável do Brasil. 
b) De acordo com o “Atlas de exclusão social — Os ricos no Brasil” (Cortez, 
2004), somente 5 mil famílias chegam a se apropriar de mais de 40% de 
toda a riqueza nacional, embora o país registre mais de 51 milhões de 
famílias. 
c) Se considerarmos somente a parcela da população que se concentram no 
décimo mais rico, verificam-se que 75% de toda a riqueza contabilizada 
termina sendo por ela absorvida. 
d) Em outras palavras, restam 25% da riqueza nacional a ser apropriada 
por 90% da população brasileira. Esse descalabro em relação à 
concentração sem limites da riqueza no País não é algo recente. 
e) Pelo contrário, isso parece ser algo consolidado desde sempre no País, 
embora desde 1980, com o abandono do projeto de industrialização 
nacional, tenha avançado no país o ciclo da financeirização da riqueza, com 
retorno ao modelo primário exportador de matérias-primas e produtos 
agropecuários. 
(Marcio Pochmann) 
 
Alternativa C 
Essa alternativa traz o verbo verificar flexionado no plural de forma 
indevida: “verificam-se”. 
Vamos à análise, precisamos ser cirúrgicos: 
Quem verifica, verifica alguma coisa, temos um VTD + “se” partícula 
apassivadora. E o sujeito quem é? Basta a pergunta: o que é verificado? 
“que 75% de toda a riqueza contabilizada termina sendo por ela absorvida”. 
Dessa maneira, temos um verbo passivo que deve fazer a concordância com 
o sujeito oracional “que 75% de toda a riqueza contabilizada termina sendo 
por ela absorvida”. E a regra gramatical nos diz que sujeito oracional requer 
verbo na 3ª pessoa do singular (“verifica-se que 75% de toda a riqueza 
contabilizada termina sendo por ela absorvida”). 
 
 
 
 
 
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II PARTE (CONCORDÂNCIA NOMINAL) 
Concordância nominal é conformação de número e gênero de um nome 
(adjetivo, numeral pronome, artigo, adjetivo ou particípio) a outro 
(substantivo ou pronome) com vistas à harmonia sintática. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
23- FGV – MPE-RJ – Técnico do Ministério Público 
“Muitos sites de saúde estão a serviço exclusivamente dos 
patrocinadores, geralmente empresas de produtos e 
equipamentos médicos, além da indústria farmacêutica que, em 
alguns casos, interferem no conteúdo e na linha editorial, pois 
estão interessados em vender seus produtos”. 
Sobre a concordância nesse segmentodo texto, a 
afirmação inadequada é: 
 
a) “muitos” concorda com “sites”; 
b) “interessados” deveria ser substituído por “interessadas”; 
c) “editorial” concorda exclusivamente com “linha”; 
d) “médicos” se refere a “produtos e equipamentos”; 
e) “farmacêutica” concorda com “indústria”. 
 
Alternativa B 
 
Consoante às regras de concordância nominal, deverá haver adequação 
entre o gênero e o número de um substantivo com as flexões 
correspondentes de seus modificadores. 
Se fôssemos fazer uma concordância nominal restrita, poderíamos utilizar 
“interessada” para concordar com “indústria farmacêutica”, daí 
deveríamos também colocar no singular o verbo “está”. Outro adendo, 
“interferem” também deveria está no singular “interfere”. Mas a 
alternativa não trouxe essas possibilidades, e as outras alternativas estão 
corretas. 
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Em minha opinião, a questão peca deveras, porque o próprio enunciado 
já traz um erro de concordância verbal que decerto pode atrapalhar o 
entendimento do candidato: “Muitos sites de saúde estão a serviço 
exclusivamente dos patrocinadores, geralmente empresas de produtos e 
equipamentos médicos, além da indústria farmacêutica que, em alguns 
casos, interfere no conteúdo e na linha editorial, pois está interessada 
em vender seus produtos”. (SERIA TEXTO CORRETO) 
 
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10. Concordância dos adjetivos antepostos e pospostos 
 
A) Adjetivo anteposto. Quando o adjetivo estiver anteposto aos 
substantivos, concordará em número e gênero com o substantivo mais 
próximo. 
 Enviei bela carta e bilhetes à minha família do norte 
Mas se o adjetivo preceder título, prenome, parentesco nomes próprios, é 
empregado no plural. 
 
 As irmãs Maria e Joana são formosas. 
 
 Ilustres Machado e Eça fazem presença em todas as academias de 
letras do mundo. 
 
 
B) Adjetivo posposto. Quando o adjetivo estiver posposto a substantivos 
de gêneros diferentes, concordará com o substantivo mais próximo ou 
com todos eles (nesse caso, plural e no gênero masculino - gênero 
predominante). 
 Comprei melancia e mamão maduro / maduros. 
 Comprei mamão e melancia madura / maduros. 
Comprei mamão e melancias maduras / maduros. 
 
Quando os substantivos NÃO forem de gêneros diferentes, empregar-se-á o 
adjetivo posposto concordando com o número do substantivo mais próximo 
ou com todos eles. 
 Comprei laranja e maça madura. 
Comprei laranja e maça maduras. 
 
 
DICAS DE APROVADO: 
1. Quando o adjetivo posposto se referir apenas ao último 
substantivo, com esse concordará. 
Comprei macarrão e maçã madura. (Óbvio que “madura” refere-se 
somente à “maça”). 
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2. Quando o adjetivo posposto modificar substantivos sinônimos ou 
quase sinônimos, concordará com o substantivo mais próximo 
invariavelmente. 
Tenho amor e paixão eterna por Maria. 
3. Quando os substantivos forem antônimos, o adjetivo posposto 
vai para o plural e concordará em gênero com o substantivo 
que tenha preferência. 
Uma relação de amor e ódio extremos. 
 
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11.Regras de concordância dos predicativos 
 
A) Adjetivo na função de predicativo do sujeito. Predicativo do sujeito 
é a função nominal do predicado, que atribui estado, qualidade etc. ao 
sujeito. A fórmula para “se chegar” ao predicado nominal é: sujeito + 
verbo de ligação + predicativo sujeito OU sujeito + verbo-nominal + 
predicativo do sujeito. 
 
 Nós somos felizes. 
 (Suj + VL + Pred. do sujeito) 
 
 Eles pareciam felizes. 
 (Suj + VN + Pred. do sujeito) 
 
Depois da rápida revisão, vejamos a regra de concordância nominal em 
predicativo do sujeito. Na verdade, nesse caso, quem dita a concordância 
nominal é o verbo. O verbo? Sim! Isso mesmo. 
1. Sujeito composto anteposto ao verbo. Quando o sujeito 
composto está antes do verbo, segue a regra geral e o adjetivo 
concordará com o sujeito. 
 
João e Maria estavam fartos. 
 
2. Sujeito composto posposto ao verbo. Nesse caso, o adjetivo 
segue a regra da concordância verbal. O adjetivo poderá fazer a 
concordância com o núcleo mais próximo (assim como o verbo) ou 
fazer a concordância no plural (assim como o verbo). É uma 
faculdade, mas vejamos: há que haver paralelismo, se o verbo 
concordar no plural, o adjetivo também deve ser empregado no 
plural. Da mesma maneira deverá ocorrer o paralelismo caso a opção 
seja pelo singular. Vamos à pratica: 
 
Estavam belos Maria e João. (opção pelo plural) 
Estava bela Maria e João. (opção pelo singular) 
 
 
B) Adjetivo na função de predicativo do objeto. Predicativo do objeto é 
a função nominal do predicado que atribui estado, qualidade etc. ao objeto 
direto. A fórmula para “se chegar” ao predicativo do objeto é: sujeito + 
verbo transobjetivo + predicativo do objeto. Antes que se descabelem 
(risos), explico que verbo transobjetivo é aquele que “vai além do objeto 
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direto”. Em outras palavras, temos o sujeito, o verbo transitivo direto, o 
objeto direto e mais um predicativo referindo-se ao objeto direto. 
E como identificar/diferenciar um predicativo do objeto de um 
adjunto nominal? Vou abrir parênteses bem grandes pra explicar viu! 
(riso de novo) 
(Para fazer essa identificação, basta substituirmos o objeto direto por um pronome pessoal 
oblíquo correspondente; caso o nome qualificativo não seja prejudicado sintaticamente com 
essa substituição, esse nome tem a função de se relacionar com o objeto (função de 
predicativo do objeto); caso seja prejudicado, esse nome tem a função de se integrar ao 
objeto (função de adjunto adnominal). 
Consideraram a miss belíssima. 
SUBSTITUINDO a miss: 
Consideraram-na belíssima. (substituição possível e não prejudicou sintaticamente o nome 
qualificador “belíssima”; estamos diante então de um nome que se relaciona ao objeto – de um 
predicativo do objeto. PREDICADO VERBO-NOMINAL). 
 
Entoaram o belíssimo hino. 
SUBSTITUINDO o hino: 
Entoaram-no belíssimo??? (Vixeee aqui na Bahia! Essa substituição prejudicou sintaticamente o 
nome “belíssimo” – até por eufonia percebemos isso. Estamos diante então de um nome que 
apenas integra o objeto – de um adjunto adnominal.)... 
 
Ufaaaa! Voltando, agora que já sabemos o que é um predicativo do objeto. 
Como ocorrerá a concordância nominal do adjetivo com o objeto? 
 
1. Objeto simples: concorda em gênero e número com o objeto. 
 
Eu considerei a mulher feia. 
 (OD) (PREDICATIVO DO OBJETO) 
 
 
2. Objeto composto: adjetivo fica no plural, independente do seu 
posicionamento anterior ou posterior ao objeto. Caso sejam 
gêneros diferentes, prevalece o gênero masculino. 
 
 Chamaram João e Maria de mentirosos. 
 (OD) (PREDICATIVO DO OBJETO) 
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COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
24-PGM – RJ 
 
Há má construção gramatical quanto à concordância em: 
A) Os médicos consideravam inevitável nos pacientes pequenas alterações 
psicológicas. 
B) As internações por si sós já causam certos distúrbios psicológicos aos 
pacientes. 
C) Uma e outra alteração psicológica podem afetar os pacientes 
hospitalizados. 
D) Distúrbios e alterações psicológicos são normais em pacientes 
hospitalares. 
 
 
Alternativa A 
 
Observemos que “Considerar” é verbo VTD transobjetivo e “nos pacientes 
pequenas alterações psicológicas” é objeto direto. E quem é o predicativo 
do objeto que qualifica esse objeto direto? INEVITAVEIS. E a alternativa A 
trouxe no singular de forma errada, “inevitável”. Simples né?! (risos). 
 
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12.Regrinhas “especiais” que poderão estar em sua prova 
 
A) As expressões: é proibido, é permitido, é bom, é necessário, 
quando se referirem a substantivos e esses estejam acompanhados de 
modificadores (artigos, pronomes ou adjetivos), são variáveis. Por 
óbvio, se essas expressões se referirem a substantivos não 
acompanhados de modificadores, não flexionarão. 
“É proibida a entrada de menores de 12 anos no evento”. (com 
artigo, expressão flexiona). 
Note que nesse caso temos sujeito determinado (“a entrada”, 
daí a flexão do adjetivo “proibida” para se conformar ao sujeito). 
 “É proibido entrada de menores de 12 anos no evento”. (sem artigo, 
expressão não flexiona). 
Note que nesse caso o sujeito é indeterminado, vago (daí não 
ter flexão do adjetivo). 
 
Esse raciocínio em destaque aplica-se a “é proibido, é 
permitido, é bom, é necessário”. 
 
 
B) A palavra “anexo”, quando empregada em uma locução adverbial de 
modo (“em anexo”), não varia. A variação é permitida quando o 
vocábulo “anexo” está sendo empregado como adjetivo, sem a 
preposição “em”. 
 
 Seguem em anexo cópias processuais. 
 Seguem anexas as cópias processuais. 
O mesmo se aplica a “incluso” e a “apenso”. 
 
C) Mesmo, Próprio, Quite, Incluso, Obrigado, Só, Lesa. Essas palavras 
de valor adjetivo concordarão com o substantivo ou pronome que 
modificarem. 
Ela mesma pediu exoneração. 
Inveja é própria de gente mesquinha. 
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Estamos quites. 
As cópias estão inclusas. 
Maria: - Muito obrigada. João: - Muito obrigado. 
Estamos sós. 
Saliento que "só", quando empregado com valor de 
(=SOMENTE), não flexiona: 
Só os secretários quiseram colocar à disposição os seus cargos. 
Crime de lesa-pátria. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
25- NCE - UFRJ - INCRA 
 
Assinale a frase com ERRO de concordância da palavra mesmo: 
a) A Portuguesa, mesmo derrotada, não cairá para a segunda divisão; 
b) Ela mesma arrumou toda a casa; 
c) Joana é teimosa mesmo; 
d) As folhas rasgaram-se por si mesmo; 
d) Na mesma praça, no mesmo jardim. 
e)Na mesma praça, no mesmo jardim. 
 
Alternativa D 
O erro da alternativa D está em “mesmo”, que é pronome demonstrativo de 
valor adjetivo, portanto, variável: “mesmas” é o emprego correto nesse 
caso. Não confundamos com “mesmo” com valor de “realmente”, advérbio, 
exemplo: “Infelizmente ela perdeu o emprego mesmo” (valor de 
realmente). 
a) “mesmo” tem valor de “ainda que”, não flexiona nesse caso 
(certinho). 
b) “mesma” é pronome demonstrativo de valor adjetivo, portanto, 
variável, está concordando com “ela”. (certinho). 
c) “mesmo” com valor de “realmente”, advérbio. (certinho). 
d) EXPLICAÇÃO DADA ACIMA. 
e) “mesma” é pronome demonstrativo de valor adjetivo, portanto, 
variável, está concordando com “praça” e “mesmo” com “jardim”. 
(certinho). 
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D) tal qual concordará com os respectivos sujeitos apresentados. 
 
 As mulheres desejadas são tais qual a mulher bela. (“mulheres” 
concordam com “tais” e “qual” concorda com “bela”) 
As mulheres desejadas são tais quais as mulheres belas. (“mulheres” 
concordam com “tais” e “quais” concordam com “belas”) 
 
E) O vocábulo bastante, quando for advérbio, será invariável; quando 
pronome indefinido, será variável. 
 Estamos bastante contentes com seu desempenho. 
ADVÉRBIO BASTANTE = MUITO - não é possível flexão de número ao 
substituir pelo correlato MUITO. 
 Bastantes problemas surgiram ao longo do percurso. 
PRONOME INDEFINIDO BASTANTE = MUITO - é possível flexão de número 
ao substituir pelo correlato MUITO. 
 
F) O vocábulo alerta não flexiona, pois é advérbio. 
 
Estejamos alerta aos perigos 
 
 
 
G) Meio, quando empregado como advérbio, não flexiona (=um pouco). 
 Clarice Lispector estava, como de costume, meio estranha em sua 
última entrevista, concedida ao repórter Júlio Lerner, da TV. 
Quando numeral, flexiona: 
 Chegarei meio-dia e meia. 
 
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COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
26- UFMT-COPEL-TECNICO INDUSTRIAL-MECANICA 
Uma das características de um texto de ordem prática, como ordens de 
serviço e ofício, é o respeito à concordância nominal preconizada pela 
norma culta da língua. Assinale a alternativa que NÃO apresenta 
concordância adequada; 
a) A coordenadora do RH está meia sobrecarregada de tantos contratos 
novos. 
b) A empresa está determinada a oferecer alojamento e alimentação 
apropriados. 
c) O sinal para que os funcionários se dirijam ao refeitório soa exatamente 
ao meio dia e meia. 
d) É proibida a entrada de estranhos ao compartimento de máquinas. 
 
Alternativa A 
Acho que não preciso dar maiores explicações. (risos). 
 
H) um e outro, um ou outro, nem um nem outro vimos acima como 
funciona a concordância verbal. A nominal, caso haja substantivo e adjetivo 
após uma dessas expressões, o substantivo ficará no singular e o 
adjetivo no plural. 
 
Um e outro cientista experientes estudou/estudaram o fenômeno. 
 
Um ou outro cientista experientes estudou o fenômeno. 
 
Nem um nem outro cientista experientes estudou o fenômeno. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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13. Lista de questões 
1- FGV – TJ-RJ – Técnico de Atividade Judiciária 
“Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um 
programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por 
modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o 
consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No 
entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, 
que costuma ter um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las 
por outros modelos.” 
 
Nesse segmento do texto, a forma verbal sublinhada que apresenta erro 
em relação à concordância é: 
a) Lançou; 
b) Substituiu; 
c) Abastecer; 
d) Têm; 
e) Costuma. 
 
 
2- ESAF -SUSEP – Agente Executivo 
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
A literatura política moderna define o Estado como um conjunto de 
indivíduos que têm(1) a mesma origem étnica(2), cultural e histórica (povo) 
e que se estabeleceu em um determinado espaço físico (território) no 
qual(3) elegeu um governo civil soberano.

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