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Super Apostila Nota11 Cap. 07 Composição dos Períodos

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Super Apostila Nota11 
Cap. 07 – Composição dos Períodos. 
 
Prof. Tairone Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
2 
 
 
 
 
 
Sumário 
1.Introdução e objetivos dessa apostila..................................................3 
2.Conceitos básicos de frase, oração e período........................................4 
3.Diferença entre período composto por coordenação e por 
subordinação....................................................................................06 
4. Orações coordenadas.....................................................................08 
5. Orações subordinadas substantivas..................................................14 
6. Orações subordinadas adjetivas.......................................................21 
7. Orações subordinadas adverbiais.....................................................24 
8. Orações subordinadas reduzidas......................................................29 
10. Lista de questões.........................................................................34 
11. Gabaritos....................................................................................44 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
3 
 
1. Introdução e objetivos dessa apostila 
 
O estudo da composição dos períodos esmiuça as diversas 
configurações/classificações sintáticas que as orações assumem no bojo de 
um texto. Para tanto, precisamos conhecer as classificações que a 
gramática normativa dá a cada grupo de orações (coordenadas e 
subordinadas, sendo que estas últimas são subdivididas em substantivas, 
adjetivas e adverbias). 
Para fins de concursos públicos, precisamos conhecer essas classificações 
em detalhes... É importante que conheçamos sobremodo os tipos de 
conectivos que iniciam as orações e a funcionalidade que cada oração 
exerce em relação a outra(s) oração(ões). A título de exemplo, em quando 
você chegar, estarei de braços abertos, o conectivo “quando” tem 
valor temporal e a primeira oração anteposta a vírgula “quando você 
chegar” traz a noção de temporalidade em face da oração principal 
“estarei de braços abertos”, daí a classificação em oração subordinada 
adverbial temporal. 
Considero um conteúdo tranquilo, a despeito das dezenas de classificações. 
Em suma, é fundamental conhecer o valor do conectivo de cada oração, no 
caso das coordenadas e das subordinadas adverbiais, e a função sintática 
das orações, em especial das subordinadas substantivas. 
Prossigamos, com foco e atenção. Nota11 traz você para o 100 por cento 
desse conteúdo bacaninha! 
 
P.S. – Sempre tenha atenção aos grifos. O que está negritado sempre será 
algo importante! 
 Prof. Tairone Santos 
 
4 
 
2. Conceitos básicos de frase, oração e período 
 
A) FRASE é todo enunciado linguístico que possui sentido total. 
a) Pode ser constituída por uma só palavra: 
 Atenção! 
Quietos! 
 
b) Uma frase pode também ter várias palavras: 
Que lindo! 
Noite Sombria! 
Evadiram-se do lugar do crime. 
 
Uma frase que tenha entre seus vocábulos um ou mais verbo é 
denominada de frase verbal ou de ORAÇÃO (Evadiram-se do 
lugar do crime). Trocando em miúdos, utilizarei um bordão 
batido, mas que ilustra o entendimento: “Toda oração é uma 
frase, mas nem toda frase é uma oração”. 
 
 
B) ORAÇÃO é uma frase que se constrói por meio de verbo e que possua 
enunciado linguístico com sentido completo. 
 
a) Quando possui somente um verbo em sua composição ou uma só 
locução verbal (duas formas verbais integrando uma locução), 
denomina-se período simples. 
Rubem Braga é um grande cronista. 
Eu tinha falado dos propósitos dos acionistas. 
 
b) Quando contém mais de uma oração (mais de um verbo ou mais de 
uma locução verbal), denomina-se período composto. 
Eu tinha falado dos propósitos dos acionistas / que apresentaram 
desejos de mais rentabilidade imediata. 
 
 
PERÍODO é a construção de uma frase com uma ou mais orações. 
Quando falamos de período, estamos falando de oração. Ok?! O período 
 Prof. Tairone Santos 
 
5 
 
pode ser simples, quando temos somente uma oração, ou composto, 
quando temos mais de uma oração, como visto acima. O período pode ser 
composto por coordenação (quando formado por orações independentes) ou 
por subordinação (quando formado por orações dependentes). 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
6 
 
 
3. Diferença entre período composto por coordenação e por subordinação 
 
Período composto por coordenação é formado por orações teoricamente 
independentes. Período composto por subordinação é formado por 
oração principal e oração subordinada que exerce a função de termo 
essencial, integrante ou acessório da oração principal. 
Trago um trecho da canção “Meu Caro Amigo” do Chico para ilustrar a 
diferença. 
 
 Aqui na terra tão jogando futebol 
 Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll 
 Uns dias chove, noutros dias bate o sol 
 Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta. 
 (Chico Buarque) 
 
À parte a licença poética das corruptelas (“tão”, “tá”, “tem” no singular), 
observem que, no trecho da canção acima transcrita, existem seis orações, 
a maioria delas (as cinco primeiras), independentes. Essas orações 
independentes e que possuem sentido completo são denominadas de 
coordenadas; já as orações que dependem de outras para conclusão de 
sentido são chamadas de subordinadas. E a esse correlacionar de orações 
dá-se o nome de período composto. 
 
Vejamos as cinco primeiras: 
1ªAqui na terra tão jogando futebol 
2ª Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll 
3ª Uns dias chove, 
4ª noutros dias bate o sol 
5ª Mas o que eu quero é lhe dizer, 
 
Essas cinco orações são autônomas, não são dependentes entre si e 
não funcionam como termo de outra oração. A essas se dá o nome de 
ORAÇÕES COORDENADAS. 
 
 5ª Mas o que eu quero é lhe dizer 
 6ª que a coisa aqui tá preta. 
 Prof. Tairone Santos 
 
7 
 
 
A 5ª Oração realmente é autônoma, chamada de oração 
coordenada sindética (pois se inicia com o conectivo “mas”), mas 
também funciona como oração principal que pede como 
complemento outra oração, chamada de oração subordinada 
(com função de objeto direto), que nesse caso é a 6ª “que a coisa 
aqui tá preta” (oração subordinada substantiva objetiva direta). 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
01- UFBA - Técnico de Segurança do Trabalho – 2013 
período “Virou o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de 
alicerce do que pronunciava ser um quartinho.” apresenta orações 
coordenadas e subordinadas. 
 
Certo 
Nessa questão, temos períodos mistos, de coordenação (Virou o cimento e 
construiu) e de subordinação (para servirem de alicerce do que 
pronunciava...). 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
8 
 
 
4. Orações coordenadas 
 
As orações coordenadas são caracterizadas pelo fato de não exercerem 
função sintática em relação a outras orações dentro do período. As orações 
coordenadas podem ser independentes e justapostas sem conectivos (sem 
conjunções), nesse caso, são denominadas coordenadas assindéticas. 
Também podem ser independentes e ligadas por meio de conectivos, nesse 
caso, são denominadas de coordenadas sindéticas. 
 
A brisa soprou, a tarde caiu, coração partiu... 
Todas as orações acima são coordenadasassindéticas, porque são 
concatenadas sem conjunções ou qualquer outro conectivo. 
 
Caio chegou e saiu. 
A segunda oração é sindética por causa do conectivo “e” que inicia a 
segunda oração coordenada (oração coordenada sindética aditiva). 
 
4.1. Classificação das orações coordenadas: 
a) Coordenada aditiva (conjunção de adição). Conjunções: e, nem, 
mas também, etc. 
 
 Amo e odeio. 
 
b) Coordenada adversativa (conjunção de adversidade). 
Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, etc. 
 
 Deu trabalho, mas levou a cabo o prometido. 
 
c) Coordenada alternativa (conjunção de alternância). Conjunções: 
ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, já ... já, 
talvez ... talvez 
 
 Que saia aos seus ou saia aos meus. 
 
d) Coordenada conclusiva (conjunção de conclusão). Conjunções: 
logo, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que 
 
 Os autos não serão encaminhados, portanto, o processo 
 Prof. Tairone Santos 
 
9 
 
ficará sobrestado. 
 
e) Coordenada explicativa (conjunção de explicação). Conjunções: 
que, porque, e a palavra pois antes do verbo. 
 
 Vou sair de sua vida, pois não caibo mais em seus 
planos. 
 
 
DICA DE APROVADO: pode ocorrer coordenação entre 
orações que estão subordinadas a uma oração principal: 
 
O. PRINCIPAL O. SUB. SUBS. SUBJETIVA 
É preciso /que acompanhemos e cobremos os responsáveis pelos danos. 
“acompanhemos e cobremos” são orações coordenadas entre si e estão 
subordinadas a oração principal “É preciso”. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
02-CESPE - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados - 
Básicos 
Entre as orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com 
esses temas, ou sequer saber que existem” estabelece-se uma relação 
sintático- semântica de alternância. 
 
Errado. 
Questão escorregadia galera! Observemos que, apesar de a conjunção “ou” 
genuinamente apresentar sentido de alternância, nessa questão a 
conjunção “ou” traz a ideia de adição, podendo ser substituída plenamente 
por “nem” (tem valor de “e” + “não”)). 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
10 
 
03- CESPE - SERPRO - Técnico de enfermagem 
A relação entre as duas partes que compõem o trecho “a ansiedade não é 
doença, e sim uma resposta natural do organismo” é de adversidade. 
 
Certo. 
Questão boa do CESPE galera! Observemos que “e” tem valor nessa 
questão de adversidade, de “mas”. Outro fator relevante para matar essa 
questão é a colocação da vírgula antes do conectivo “e”: antes do conectivo 
que inicia orações coordenadas adversativas a vírgula é obrigatória. 
Trocando em miúdos, não é somente decorar as conjunções, é preciso 
verificar como elas estão empregadas, e qual sentido elas trazem ao texto. 
 
04-FGV – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública 
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda 
problemas, ajuda a achar soluções” a única alternativa com uma 
afirmação correta é: 
 
a) O período é composto por coordenação 
 b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito. 
 c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo. 
 d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto. 
 e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes. 
 
Alternativa B. 
 
Quando “quem” pode ser trocado por “uma pessoa”, ele faz o papel de 
sujeito. “Quem” é sujeito nas duas primeiras orações coordenadas (“quem 
vive” e “quem – elíptico - estuda”). Salientando que “Quem vive e estuda 
problemas” exerce a função de sujeito oracional da oração “ajuda a 
achar soluções”, razão pela qual temos períodos mistos (de 
coordenação com os verbos “vive” e “estuda” e de subordinação, razão 
pela qual não se pode afirmar que o período é composto por 
coordenação, como pontua a alternativa A; na verdade, o período é misto 
de coordenação e subordinação). 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
11 
 
 
5 - FCC – TJ-AP – Técnico Judiciário 
Considere a passagem do texto: 
 
“No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos 
de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em 
inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de 
substituição, ora de aquisição de novos itens culturais”. 
 O termo ora, em destaque, expressa ideia de: 
a) Finalidade. 
b) Causa. 
c) Alternância. 
d) Comparação. 
e) Conclusão. 
 
Alternativa C 
Temos conjunções coordenativas alternativas, as quais são utilizadas para 
dar ideia de alternância, assim como: ou...ou, etc. 
 
06 - IBFC – EBSERH- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO (HUPEST- 
UFSC) 
O Sudoeste e a Casuarina 
 (Joel Silveira) 
Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um 
instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e 
as casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez 
morta e reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os 
pescadores recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos 
procurarem medrosos os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo 
ele chega carpindo penas e desgraças que não são suas. 
“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta. 
Ao que responde, enfastiada, a Casuarina: “Detesto as tuas histórias”. 
Também eu, porque sei o que signifca pra mim o pranto desatado e frio. 
Logo esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará 
tomada por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano 
doente, a escuma amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro 
dos náufragos, os olhos esbugalhados das crianças afogadas que não 
 Prof. Tairone Santos 
 
12 
 
entenderam o último instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu 
bêbado e blasfemo, o lamento do grumete que o mastaréu partido matou e 
atirou ao mar. 
Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como 
se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil 
frinchas por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus 
mortos e minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a 
angústia sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo, 
destacada na escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai 
morto, imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os 
pequenos dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto, 
nos soluços do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a 
morte levou num mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por 
receio de não ter enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de 
tê-los enterrado antes de ter pago tudo o que lhes devia. 
 
Vocabulário: 
Casuarina – espécie de árvores e arbustos 
Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza 
Carpindo – capinar 
Calhau – pedra de pequena dimensão 
Grumete – graduação mais inferior da Marinha 
Mastaréu – mastro pequeno 
Regougar – soltar a voz 
 
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte. 
 
 “as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se 
balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos 
ciprestes.”(1º§) 
 
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações: 
 
a) subordinadas adverbiais. 
b) subordinadas adjetivas. 
c) subordinadas substantivas 
d)reduzidas. 
e) coordenadas. 
 
Alternativa E 
 Prof. Tairone Santos 
 
13 
 
Observemos que há uma predominância de orações coordenadas no período 
supracitado: “as cigarras calam / se eriçam as águas da lagoa / se 
eriçam as águas da lagoa (...) / imobilizam-se na rigidez morta”. Essas 
orações, teoricamente, são justapostas e independentes. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
14 
 
 
5. Orações subordinadas substantivas 
 
Consoante à própria nomenclatura (oração subordinada), as orações 
subordinadas são dependentes sintaticamente de outra (da principal). 
Vejamos, não podemos conceber, por exemplo, uma relação sintática de 
independência das orações “Eu gosto / de que toquem minha alma”. 
Observemos que a segunda oração depende da primeira (da principal). 
Nas orações subordinadas verificam-se as conjunções subordinativas. Essas 
se subdividem em integrantes, que introduzem as orações subordinadas 
substantivas, e em adverbias, que introduzem as orações adverbiais. 
 
 Pedi que Joana calasse. 
 (“que” conjunção subordinativa integrante). Conjunção 
integrante não tem valor semântico, só faz a interface entre a oração 
principal e a subordinada. As orações subordinadas substantivas 
classificam-se conforme o valor sintático que desempenham ao completar o 
sentido da oração principal. No caso em tela, “que Joana calasse” (oração 
subordinada substantiva objetiva direta) exerce a função de objeto direto 
da oração principal “pedi”. 
 
 
 Se você quiser falar, estou à sua disposição. 
 (“Se” conjunção subordinativa adverbial). Conjunção adverbial 
tem valor de advérbio. “Se você quiser falar” é uma oração subordinada 
adverbial condicional e “estou à sua disposição” é a oração principal. 
 
Em palavras sintéticas, as conjunções integrantes não possuem valor 
semântico (“de que”, “que”, se”), apenas fazem a interface entre a oração 
principal e a subordinada: “Eu gosto / de que toquem minha alma”. 
Diferentemente, as conjunções adverbias possuem valor semântico 
(“embora”, “quando”, “se”, “ainda que”, etc.). “Se você vier, eu te prometo 
o sol. 
 
 
 DICA DE APROVADO: As orações subordinadas 
desempenham nos períodos funções análogas as dos 
nomes: substantivos, adjetivos e advérbios. Desse modo, a 
oração subordinada pode exercer as funções sintáticas de sujeito, objeto 
 Prof. Tairone Santos 
 
15 
 
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal, aposto 
(SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS), adjunto adnominal (SUBORDINADAS 
ADJETIVAS) ou adjunto adverbial (SUBORDINADAS ADVERBIAIS). Ou 
seja, oração subordinada pode exercer a função de termo essencial, 
integrante ou acessório da oração. 
 
As orações subordinadas substantivas classificam-se conforme o valor 
sintático que desempenham ao completar o sentido da oração principal - 
até porque as conjunções integrantes que geralmente as iniciam (“que” e 
“se”) não possuem carga semântica. 
 
5.1 Classificação das orações subordinadas substantivas: 
São classificadas consoante ao valor sintático que exercem em relação à 
oração principal. 
 
a) Oração subordinada substantiva subjetiva (exerce a função de SUJEITO 
da oração principal): 
 
 É imprescindível / que o Congresso faça a reforma política. 
 (oração principal) (oração subordinada substantiva subjetiva) 
 
 Sabe-se / que o Congresso não aprovou a Emenda por leniência. 
 (oração principal) (oração subordinada substantiva 
subjetiva) 
 
DICA DE APROVADO: essas duas construções acima são 
comuns nas orações subordinadas subjetivas: a primeira 
construção com verbo de ligação no singular + 
predicativo na oração principal (“É imprescindível”). A segunda com verbo 
na voz passiva e na terceira pessoa do singular na oração principal 
(“Sabe-se”). Nas orações subordinadas subjetivas, sempre encontraremos o 
verbo da oração principal na terceira pessoa do singular. 
 
 
b) Oração subordinada substantiva objetiva direta (exerce a função de 
OBJETO DIRETO da oração principal): 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
16 
 
(oração principal) (oração subordinada substantiva objetiva direta) 
Ele hoje vê / que, após tudo perdido, só lhe restam agora o último 
dente, a armação funerária das clavículas! (Augusto dos Anjos). 
 
 
c) Oração subordinada substantiva objetiva indireta (exerce a função de 
OBJETO INDIRETO da oração principal): 
 
 Desconfio / de que os políticos brasileiros não sejam honestos. 
(oração principal) (oração subordinada substantiva objetiva indireta) 
 
 Não gosto / que me chamem atenção. 
 (oração principal) (oração subordinada substantiva objetiva indireta) 
 
DICA DE APROVADO: a oração subordinada substantiva 
objetiva indireta pode ser iniciada com a preposição oculta, 
como nesse segundo exemplo (“de”), sem que prejudique a 
norma culta. 
 
 
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal (exerce a função 
de COMPLEMENTO NOMINAL da oração principal): 
 
Tinha a esperança / de que o Brasil se tornasse um país melhor. 
 (oração principal) (oração subordinada substantiva completiva nominal) 
 
 
e) Oração subordinada substantiva predicativa (exerce a função de 
PREDICATIVO da oração principal): 
 
 A questão era/ se seriam demitidos agora ou em janeiro. 
(oração principal) (oração subordinada substantiva predicativa) 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
17 
 
f) Oração subordinada substantiva apositiva (exerce a função de APOSTO 
da oração principal): 
 
 Tu queres só uma coisa: / que te reverenciemos como nosso mestre. 
 (oração principal) (oração subordinada substantiva apositiva) 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
07- FUNRIO – IF-PA – Assistente em Administração (adaptada) 
 
“O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou ontem que a 
inflação será o fator essencial para determinar quão agressivamente o 
banco central americano aumentará os juros nos próximos anos.” 
(VALOR ECONÔMICO, 08 de janeiro de 2016) 
 
A oração em destaque acima é classificada sintaticamente como: 
a) subordinada adverbial final. 
b) subordinada adjetiva restritiva. 
c) subordinada adverbial comparativa. 
d) subordinada adverbial proporcional. 
e) subordinada substantiva objetiva direta. 
 
Alternativa E 
Vejamos a oração que a precede, a principal: “O presidente do Fed de 
Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou”. Nesse caso temos um VTD “afirmou” 
(Quem afirma, afirma algo = objeto direto ) exigindo um objeto direto. 
Qual seria esse objeto direto? “que a inflação será o fator essencial”. 
Lembrando que o “que” é conjunção integrante que faz a interface entre 
a oração principal e a subordinada substantiva objetiva direta. 
 
8- CESPE - STF - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação - 
2013 
 Prof. Tairone Santos 
 
18 
 
No trecho “é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu 
pai como é hoje”, o conectivo “que” inicia oração que complementa o 
sentido do adjetivo “possível”. 
 
Errado 
“que” inicia uma oração (oração subordinada substantiva subjetiva) que 
exerce a função de sujeito da oração principal “é possível”. Relembremos: 
verbo de ligação no singular + predicativo na oração principal. 
 
9- FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa 
Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas 
preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem sedivertir ou 
se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. 
Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar: 
 
a) A oração principal do período é “Não há dúvida”. 
b) A oração subordinada “de que leitores, ouvintes e espectadores 
seguem suas preferências” tem função sintática de objeto indireto. 
c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto 
de quatro orações coordenadas, formando dois grupos de orações de 
sentido alternativo. 
d) A oração “ao fazer uso dos meios de comunicação” denota noção de 
tempo, sendo equivalente a quando fazem uso. 
e) O sujeito de “querer” – verbo repetido nas orações após os dois-
pontos – está anteriormente expresso numa das orações 
subordinadas do período. 
 
Alternativa B. 
Essa alternativa traz uma oração “de que leitores, ouvintes e espectadores 
seguem suas preferências” que exerce a função de complemento nominal 
(oração subordinada substantiva completiva nominal) e não de objeto 
indireto, como declara erradamente a alternativa. 
 
10- IFB – IFB – PROFESSOR DE PORTUGUÊS 
 
Leia o texto abaixo para a questão. 
 
Meninas negras ‘vão se sentir representadas’, diz nova Miss Brasil 
A nova Miss Brasil disse acreditar que sua vitória, ocorrida no sábado (1º), 
em São Paulo, vai contribuir para aceitação de outras jovens. Segunda 
 Prof. Tairone Santos 
 
19 
 
negra a vencer o concurso (a primeira foi a gaúcha Deise Nunes, em 1986), 
Raissa Santana afirmou, em entrevista ao G1, que não se achava bonita na 
escola. 
“Eu acredito que outras meninas vão se sentir representadas. Você olhava 
para concursos, para a TV, e não encontrava mulheres negras”, disse a 
paranaense de 21 anos. “Agora você pode ver uma Miss negra, achar que 
ela é linda. Estamos mobilizando e incentivando as meninas a se 
aceitarem.” Nascida na Bahia, Raissa se mudou bem nova para o Paraná. 
Durante a adolescência, ela garante que passou por “uma fase de 
aceitação”. “Eu não me achava bonita na escola.” A jovem participou do 
primeiro concurso de beleza aos 16 anos. Na sequência, entrou em disputas 
de miss municipais, estaduais até chegar ao nacional e vencer. 
“Eu me achei bonita independente do que as pessoas falavam, eu me 
aceitei. E eu quero ajudar as outras meninas que passam por isso nas 
escolas, no bairro, de não se achar bonita por causa do cabelo, do nariz, da 
boca. A gente é negro e tem o traço negro. Precisamos ensinar essas 
meninas a se aceitarem. Eu passei por isso e sei que não é fácil”, comentou 
a paranaense. 
Embora honrada com a conquista, Raissa diz representar mais que a beleza 
negra. “Eu estou representando a beleza em si. Eu acredito que a beleza é a 
beleza. Ser a segunda negra depois de um jejum de 30 anos, um jejum 
muito grande, me deixa honrada. Estou muito contente com o apoio que eu 
estou tendo”. 
Com a mudança do perfil de Miss, Raissa define o papel que ela exerce. “Eu 
acredito que a Miss é um exemplo. Ela está ali para formar opinião, divulgar 
seu país, sua cultura, o seu povo da melhor forma possível”. 
 
Fonte: GONÇALVES, Gabriela. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-
paulo/noticia/2016/10/meninas-negras-vao-se-sentir-representadas-diz-
nova-miss-brasil.html>. 
 
Qual excerto a seguir NÃO se trata de oração subordinada substantiva objetiva 
direta? 
 
a)“[...] que não se achava bonita na escola”. (l.5) 
b) “[...] que ela é linda”. (l.10) 
c) “[...] que passou por ‘uma fase de aceitação’”. (l.12) 
d) “[...] que não é fácil”. (l.20) 
e) “[...] que ela exerce”. (l.27) 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
20 
 
Alternativa E 
 
“Raissa define o papel / que ela exerce”. A oração em destaque é uma 
oração subordinada adjetiva restritiva. As orações das outras alternativas 
são orações subordinadas substantivas objetivas diretas. 
 
 
11- FCC – SEGEP – MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração 
Tributária 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Tolerância brasileira? 
 A internet vem ajudando a derrubar o mito de que nós, brasileiros, 
somos tolerantes às diferenças. Expressões preconceituosas predominam 
em postagens que revelam todo tipo de intransigência em relação ao outro, 
rejeitado por sua aparência, classe social, deficiência, opção política, idade, 
raça, religião etc. 
 Num primeiro momento, parece que a internet criou uma onda de 
intolerância. O fato, porém, é que as redes sociais apenas amplificaram 
discursos existentes no nosso dia a dia. No fundo, as pessoas são as 
mesmas, nas ruas e nas redes. 
(Adaptado de: COSTA, Bob Vieira da. Folha de S.Paulo, 3/08/2016) 
 
A oração sublinhada exerce a função de sujeito no seguinte período: 
 
a) Parece que o mito da tolerância já não se sustenta entre nós. 
b) A internet derrubou a crença de que somos tolerantes. 
c) As redes sociais deram vazão à intolerância que já se notava nas ruas. 
d) Uma vez disseminados, os preconceitos vão revelando nossa 
intolerância. 
e) Quando se acessa uma rede social depara-se com uma onda de 
intolerância. 
 
 
Alternativa A 
 
Nessa alternativa, “A”, temos a oração principal “parece” (verbo na terceira 
pessoa do singular), logo após, temos uma oração subordinada que exerce 
a função de sujeito da oração principal “que o mito da tolerância já não se 
sustenta entre nós” (oração subordinada substantiva subjetiva). 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
21 
 
6. Orações subordinadas adjetivas 
 
A oração subordinada adjetiva exerce a função de adjunto adnominal do 
termo antecedente (substantivo ou pronome) com o qual se relaciona por 
meio de pronome relativo. A oração subordinada adjetiva pode se 
relacionar a qualquer termo da oração principal. 
 
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia / Que se escapa da boca de 
um cardíaco. (Augusto do Anjos). 
 
6.2. Classificação das orações subordinadas adjetivas: 
 
a) restritiva tem a função de restringir, de precisar o termo antecedente. 
 
 A vida que é breve deve ser gozada em sua plenitude 
 
 
b) explicativa acrescenta uma qualidade acessória ao termo que a 
antecede com a finalidade de explicá-lo e de desenvolvê-lo. 
 
A vida, que é breve, deve ser gozada em sua plenitude. 
 
A primeira oração tem uma noção de restrição ao termo “vida”, dando-nos 
a impressão de que uma só “vida” ou aquela(s) específica(s) “vida(s) 
breve(s)” deve ser gozada. Já a segunda oração traz uma noção explicativa 
ao nos informar que a “vida” (em geral) é breve e precisa ser gozada. 
 
DICA DE APROVADO: detalhe de suma importância (que, 
caso não respeitado, pode prejudicar sintática e 
semanticamente o texto) é a colocação da vírgula entre o 
termo antecedente e a oração adjetiva explicativa – vírgula que já não pode 
ocorrer antes da oração adjetiva restritiva, pois essa se relaciona com o 
termo antecedente sem pausa, com a ideia de restrição. 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
22 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
12- FJG-Rio-Câmara Municipal do Rio de Janeiro-Analista 
Legislativo-Direito 
 “Muitos endividados que tomam empréstimos em bancos ou em agiotas 
são oneomaníacos”. 
 
Nessa frase, o vocábulo em destaque retoma um termo antecedente e 
introduz uma oração adjetiva, portanto classifica-se como pronome relativo. 
Também é pronome relativo a palavra destacada em: 
 
a) Eles gastaram tanto que ficaram endividados. 
b)Não iremos à festa, que já é tarde. 
c)Esperamos que todos gostem do espetáculo. 
d)Conhecios atores que ganharam o prêmio. 
 
Alternativa D 
 
Gostei dessa questão! Parece simples, mas tem que ter atenção: na 
alternativa A “que” é parte de uma locução conjuntiva consecutiva; na B, é 
uma conjunção explicativa; na C, uma conjunção integrante; somente na D 
que temos “que” como pronome relativo, retomando o sujeito “atores” e 
iniciando uma oração adjetiva. 
 
13- CESPE – CGE-PI – Auditor Governamental 
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, 
me pareceu um pouco estranho”, o elemento “que” introduz oração 
de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial. 
Certa. 
 Nesse caso, o “que” exerce natureza restritiva e inicia uma oração 
subordinada adjetiva restritiva. “Apesar de simpático” tem natureza 
adverbial concessiva. Para entendermos melhor a natureza do “que” 
restritivo: 
 A restritiva tem a função de restringir, de precisar o termo antecedente. 
 Prof. Tairone Santos 
 
23 
 
 A explicativa acrescenta uma qualidade acessória ao termo que a 
antecede com a finalidade de explicá-lo e de desenvolvê-lo. 
 Outro ponto de suma importância (que, caso não respeitado, pode 
prejudicar sintática e semanticamente o texto) é a colocação da vírgula 
entre o termo antecedente e a oração adjetiva explicativa – vírgula que já 
não pode ocorrer antes da oração adjetiva restritiva, pois essa se relaciona 
com o termo antecedente sem pausa, com a ideia de restrição. 
 
 
14- Prefeitura de Fortaleza – Técnico em Enfermagem 
No seguinte trecho “Acabemos de uma vez com a única crise 
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la” 
(linha 08), a vírgula foi empregada, porque a oração subordinada em 
destaque é: 
 
a) adverbial final 
b) adverbial causal. 
c) adjetiva restritiva. 
e) adjetiva explicativa. 
 
Alternativa D 
 Prof. Tairone Santos 
 
24 
 
7. Orações subordinadas adverbiais 
 
Diferente das substantivas (que em regra são iniciadas por conjunção 
integrante, as quais não possuem valor semântico), a classificação das 
orações adverbiais é feita a partir da ideia das conjunções ou 
locuções subordinativas que as introduzem (quando são orações 
desenvolvidas) e a partir da ideia circunstancial expressa pela oração 
subordinada adverbial (quando são orações desenvolvidas ou reduzidas). 
 
7.1. Classificação das orações subordinadas adverbiais: 
 
a) CAUSAL (porque, uma vez que, pois, pois que, como, já que, visto 
que). 
 
Como o projeto foi abandonado, / o empreendimento não logrou. 
 
As casas das encostas vieram a baixo/ porque a chuva foi muito 
forte. 
 
 
b) CONDICIONAL (se, caso, desde que, salvo se, exceto se, a não ser 
que, uma vez que, a menos que, contanto que). 
 
 Se me quiseres em tua vida, / terás um imenso trabalho. 
 
 Uma vez que me aceites, / conhecerás o paraíso. 
 
 
c) COMPARATIVA (como, mais (do) que, tão... mais (do) que, menos 
(do) que, como (quanto). 
 
 O seu apetite é voraz como o de um leão. (galera, nas orações 
subordinadas adverbiais comparativas é corriqueiro a omissão do verbo, no 
caso em tela, do verbo “ser”). 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
25 
 
 
d) CONSECUTIVA (que, de sorte que, de forma que, tanto que, tanto... 
que). 
 
 Tantas você fez / que ela cansou 
 Porque você, rapaz 
 Abusou da regra três (Vinicius de Moraes). 
 
e) CONCESSIVA (embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem 
que, ainda quando, posto que, apesar de que, a despeito de que). 
 
 Embora não devesse, / mas ainda a amo. 
 
f) CONFORMATIVA (conforme, como, segundo, consoante). 
 
 As entregas serão feitas / conforme os pedidos forem efetuados. 
 
g) FINAL (para que, que, porque, a fim de que). 
 
 Pedi o seu telefone / a fim de que me desse uma chance. 
 
h) TEMPORAL (quando, enquanto, mal, depois que, logo que, antes 
que, assim que). 
 
 Quando quiseres, estarei a teu dispor. 
 
 Mal começaram os protestos, já começaram os saques a lojas do 
centro da cidade. 
 
 
i) PROPORCIONAL (à proporção que, ao passo que, à medida 
que). 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
26 
 
À proporção que se avança na escolaridade, mas se avança nos estratos 
sociais. 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
15- FCC – Órgão: TRF 3 Região – Analista Judiciário – Morfologia 
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. Considerado o 
contexto, a oração subordinada da frase acima estabelece noção de 
a) Conformidade 
b) Tempo 
c) Comparação 
d) Proporcionalidade 
e) Consequência 
 
Alternativa B. 
 
"Quando" é conjunção temporal (denota tempo represado em dado 
instante) tal como os advérbios de tempo: hoje, logo, ontem, tarde, 
outrora. 
 
16- FCC - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não 
comprometeram nossa sobrevivência no laboratório da vida. 
Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja 
feita na frase acima, o elemento sublinhado pode ser corretamente 
substituído por: 
 
a) conquanto. 
b) contanto que. 
c) entretanto. 
d) porém. 
e) no entanto. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
27 
 
Alternativa A. 
 
17- FCC - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
Para ele, como a população crescia em progressão geométrica e a produção 
de alimentos em progressão aritmética, a fome se alastraria. O segmento 
grifado acima tem o sentido de: 
 
a) Causa. 
b) Consequência. 
c) Temporalidade. 
d) Finalidade. 
e) Condição. 
 
 
Alternativa A 
 
18- EBSERH – Advogado – (HUPEST UFSC) 
A oração destacada em “Não sente culpa de nada. Mas, se sente, 
sofre como nunca.” (4º§) introduz no período em que se encontra 
um valor semântico de: 
 
a) Condição 
b) Concessão 
c) Consequência 
d) Conformidade 
e) Causa 
 
 
Alternativa A 
 
 
19- FCC- TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. 
 O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a 
partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que 
conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram 
integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e 
da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e 
depois à do Estado, é algo relativamente novo. 
 Prof. Tairone Santos 
 
28 
 
 A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como 
tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas transformações 
econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção. 
 Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. 
Não é por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa 
treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito 
importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância numa 
bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na 
idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um 
treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com 
conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo 
organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. 
 Os adultos infantilizados desseinício de milênio encarnam a geração do 
“eu mereço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser 
compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de 
preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de buscar o 
treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como 
as gerações que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar 
o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que 
não foi possível alcançar. 
 
(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: 
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca) 
 
Identifica-se noção de concessão no segmento que se encontra em: 
 
a) Quando essa crença fracassa... (último parágrafo) 
b) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as 
amas... (1o parágrafo) 
c) ... a partir do século XVIII. (1o parágrafo) 
d) ... em permanente mudança e construção. (2o parágrafo) 
e) ... embora estejamos na idade adulta... 3o parágrafo) 
Alternativa E 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
29 
 
8. Orações subordinadas reduzidas 
 
Orações como “João sentiu / bater-lhe a esperança novamente” também 
são subordinadas, fugindo à regra, porquanto a oração subordinada foi 
iniciada sem a conjunção integrante... Mas está gramaticalmente perfeita. 
Ainda assoma aos olhos a forma do verbo no infinitivo (verbo sem a 
flexão) “bater”. 
A par desses dois fenômenos sintáticos acima mencionados, estamos diante 
do que os gramáticos chamam ORAÇÕES REDUZIDAS, as quais possuem 
essas duas características mencionadas: as orações subordinadas 
reduzidas, regra geral, não são iniciadas por conectivo e a forma do 
verbo dessas orações, regra absoluta, se apresenta em uma das suas 
formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). 
 
 - Ao chegar do interior, / ficou bestificado com os arranha-céus. 
(ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL REDUZIDA DE INFITIVO). 
 
Em uma FORMA DESENVOLVIDA, análoga, ficaria: 
 
- Quando chegou do interior / ficou bestificado com os arranha-céus. 
(ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL). 
 
------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 - Não tendo muito que fazer / foi protelando as ações. (ORAÇÃO 
SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL REDUZIDA DE GERÚNDIO). 
 
Em uma FORMA DESENVOLVIDA, análoga, ficaria: 
 
- Como não tinha o que fazer / foi protelando as ações. (ORAÇÃO 
SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL). 
 
------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 - Passado o temporal, / as formigas voltaram ao seu nicho. (ORAÇÃO 
SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL REDUZIDA DE PARTICÍPIO). 
 Prof. Tairone Santos 
 
30 
 
 
Em uma FORMA DESENVOLVIDA, análoga, ficaria: 
 
 - Quando passou o temporal, / as formigas voltaram ao seu nicho. 
(ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL). 
 
 Mas há casos em que não é possível desenvolver as reduzidas: 
Tu tinhas vontade de comprar o meu aras. 
 
As reduzidas de infinitivo podem ser substantivas, adjetivas ou 
adverbias. As reduzidas de gerúndio podem ser adjetivas ou 
adverbiais. As reduzidas de particípio, assim como as reduzidas de 
gerúndio, só podem ser adjetivas ou adverbiais. 
 
8.1. Classificação das orações subordinadas reduzidas: 
 
8.1.1. ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO 
 Subordinadas Substantivas: 
a) Subjetivas: Não é honrado / calar em face da corrupção. 
b) Objetivas Diretas: dizem / ter sumido do mapa. 
c) Objetivas Indiretas: Gostaria / de te ver no ostracismo. 
d) Predicativas: A saída é / ficar neutro. 
e) Completivas Nominais: Ele tem vontade / de falar para todos. 
f) Apositivas: Só nos resta uma coisa: / casarmos. 
 
Subordinadas Adjetivas: 
a) Eu vi alguns amigos / a tropeçar pela vida. 
 
 Subordinadas Adverbiais 
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31 
 
a) Causais: Por encontrar-me em situação difícil financeiramente, / prefiro 
não fazer investimentos. 
b) Concessivas: Apesar de não ser a mulher ideal, / eu ainda a quero como 
esposa. 
c) Consecutivas: Falou tanto a ponto / de perder a voz. 
d) Condicionais: Sem lavar o carro, / irão à balada a pé. 
e) Finais: Estou aqui / para levar a cabo os propósito. 
f) Temporais: Ao adentrar a casa, deparou-se com o bandido de arma em 
punho. 
 
8.1.2. ORAÇÕES REDUZIDAS DE GERÚNDIO 
Subordinadas Adjetivas: 
a) Eu vi alguns amigos / tropeçando pela vida. 
Subordinadas Adverbiais: 
a) Temporais: Chegando à boa terra, avise-me. 
b) Causais: Observando seu comportamento dissimulado, / decidi seguir 
sozinho. 
c) Concessivas: Mesmo se curvando às imposições do mercado financeiro, 
/ a economia brasileira não vai bem. 
d) Condicionais: Precisando de um gestor competente, / faça uma seleção 
criteriosa. 
 
8.1.3. ORAÇÕES REDUZIDAS DE PARTICÍPIO 
Subordinadas Adjetivas: 
a) As histórias contadas são frutos do folclore local. 
 
Subordinadas Adverbiais 
a) Causais: Assustado com a onda de violência, / saiu temeroso de casa. 
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b) Concessivas: Ainda que desacreditados, / os homens honrados não se 
curvam à corrupção. 
c) Condicionais: Dada essa condição, / poderemos negociar o que for 
melhor para a empresa. 
d) Temporais: Acabada a prova, /os alunos saíram sequiosos do resultado. 
 
 
COMO FOI COBRADO 
Note como isso pode ser cobrado: 
 
20- FCC - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa 
... é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. 
O segmento grifado acima denota, no período, 
a) tempo. 
b) ressalva. 
c) conclusão. 
d) condição. 
e) finalidade. 
 
Alternativa A 
 
21- FGV – COMPESA – Assistente de Assistente de Saneamento e 
Gestão 
Leia a frase: “Sou como uma planta do deserto. Uma única gota de 
orvalho é suficiente para me alimentar”. 
Nesse pensamento há uma oração reduzida sublinhada; essa oração, se 
modificada para a forma de uma oração desenvolvida, deveria ser: 
 
a) para que me alimentasse. 
b) para que eu fosse alimentado. 
c) para a minha alimentação. 
d) para que eu me alimente. 
e) para eu ser alimentado. 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
33 
 
Alternativa D 
 
Consoante a algumas conversões que fizemos acima, nessa alternativa 
também podemos fazer a correta conversão da oração reduzida para 
desenvolvida, desde que haja a colocação da conjunção e a flexão 
temporal correta do verbo (“para me alimentar” - “para que eu me 
alimente”). 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
34 
 
9. Lista de questões 
 
01- UFBA - Técnico de Segurança do Trabalho – 2013 
período “Virou o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de 
alicerce do que pronunciava ser um quartinho.” apresenta orações 
coordenadas e subordinadas. 
 
02-CESPE - STM - Analista Judiciário - Execução de Mandados - 
Básicos 
Entre as orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com 
esses temas, ou sequer saber que existem” estabelece-se uma relação 
sintático- semântica de alternância. 
 
03- CESPE - SERPRO - Técnico de enfermagem 
A relação entre as duas partes que compõem o trecho “a ansiedade não é 
doença, e sim uma resposta natural do organismo” é de adversidade. 
 
04-FGV – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública 
Sobre a estrutura sintática do período “Quem vive e estuda 
problemas, ajuda a achar soluções” a única alternativa com uma 
afirmação correta é: 
a) O períodoé composto por coordenação 
b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito. 
c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo. 
d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto. 
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes. 
 
5 - FCC – TJ-AP – Técnico Judiciário 
Considere a passagem do texto: 
 
“No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos 
de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em 
inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de 
substituição, ora de aquisição de novos itens culturais”. 
 O termo ora, em destaque, expressa ideia de: 
 Prof. Tairone Santos 
 
35 
 
a) Finalidade 
b) Causa. 
c) Alternância. 
d) Comparação. 
e) Conclusão. 
 
06 - IBFC – EBSERH- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO (HUPEST- 
UFSC) 
O Sudoeste e a Casuarina 
 (Joel Silveira) 
Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um 
instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e 
as casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez 
morta e reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os 
pescadores recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos 
procurarem medrosos os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo 
ele chega carpindo penas e desgraças que não são suas. 
“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta. 
Ao que responde, enfastiada, a Casuarina: “Detesto as tuas histórias”. 
Também eu, porque sei o que signifca pra mim o pranto desatado e frio. 
Logo esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará 
tomada por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano 
doente, a escuma amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro 
dos náufragos, os olhos esbugalhados das crianças afogadas que não 
entenderam o último instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu 
bêbado e blasfemo, o lamento do grumete que o mastaréu partido matou e 
atirou ao mar. 
Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como 
se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil 
frinchas por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus 
mortos e minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a 
angústia sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo, 
destacada na escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai 
morto, imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os 
pequenos dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto, 
nos soluços do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a 
morte levou num mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por 
 Prof. Tairone Santos 
 
36 
 
receio de não ter enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de 
tê-los enterrado antes de ter pago tudo o que lhes devia. 
 
Vocabulário: 
Casuarina – espécie de árvores e arbustos 
Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza 
Carpindo – capinar 
Calhau – pedra de pequena dimensão 
Grumete – graduação mais inferior da Marinha 
Mastaréu – mastro pequeno 
Regougar – soltar a voz 
 
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte. 
 
 “as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se 
balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos 
ciprestes.”(1º§) 
 
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações: 
 
a) subordinadas adverbiais. 
b) subordinadas adjetivas. 
c) subordinadas substantivas 
d) reduzidas. 
e) coordenadas. 
 
 
07- FUNRIO – IF-PA – Assistente em Administração (adaptada) 
 
“O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou ontem que a 
inflação será o fator essencial para determinar quão agressivamente o 
banco central americano aumentará os juros nos próximos anos.” 
(VALOR ECONÔMICO, 08 de janeiro de 2016) 
 
A oração em destaque acima é classificada sintaticamente como: 
a) subordinada adverbial final. 
b) subordinada adjetiva restritiva. 
c) subordinada adverbial comparativa. 
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37 
 
d) subordinada adverbial proporcional. 
e) subordinada substantiva objetiva direta. 
 
 
8- CESPE - STF - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação - 
No trecho “é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu 
pai como é hoje”, o conectivo “que” inicia oração que complementa o 
sentido do adjetivo “possível”. 
 
9- FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa 
Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas 
preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem se divertir ou 
se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. 
Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar: 
 
a) A oração principal do período é “Não há dúvida”. 
b) A oração subordinada “de que leitores, ouvintes e espectadores 
seguem suas preferências” tem função sintática de objeto indireto. 
c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto 
de quatro orações coordenadas, formando dois grupos de orações de 
sentido alternativo. 
d) A oração “ao fazer uso dos meios de comunicação” denota noção de 
tempo, sendo equivalente a quando fazem uso. 
e) O sujeito de “querer” – verbo repetido nas orações após os dois-
pontos – está anteriormente expresso numa das orações 
subordinadas do período. 
 
 
10- IFB – IFB – PROFESSOR DE PORTUGUÊS 
 
Leia o texto abaixo para a questão. 
 
Meninas negras ‘vão se sentir representadas’, diz nova Miss Brasil 
A nova Miss Brasil disse acreditar que sua vitória, ocorrida no sábado (1º), 
em São Paulo, vai contribuir para aceitação de outras jovens. Segunda 
negra a vencer o concurso (a primeira foi a gaúcha Deise Nunes, em 1986), 
Raissa Santana afirmou, em entrevista ao G1, que não se achava bonita na 
escola. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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“Eu acredito que outras meninas vão se sentir representadas. Você olhava 
para concursos, para a TV, e não encontrava mulheres negras”, disse a 
paranaense de 21 anos. “Agora você pode ver uma Miss negra, achar que 
ela é linda. Estamos mobilizando e incentivando as meninas a se 
aceitarem.” Nascida na Bahia, Raissa se mudou bem nova para o Paraná. 
Durante a adolescência, ela garante que passou por “uma fase de 
aceitação”. “Eu não me achava bonita na escola.” A jovem participou do 
primeiro concurso de beleza aos 16 anos. Na sequência, entrou em disputas 
de miss municipais, estaduais até chegar ao nacional e vencer. 
“Eu me achei bonita independente do que as pessoas falavam, eu me 
aceitei. E eu quero ajudar as outras meninas que passam por isso nas 
escolas, no bairro, de não se achar bonita por causa do cabelo, do nariz, da 
boca. A gente é negro e tem o traço negro. Precisamos ensinar essas 
meninas a se aceitarem. Eu passei por isso e sei que não é fácil”, comentou 
a paranaense. 
Embora honrada com a conquista, Raissa diz representar mais que a beleza 
negra. “Eu estou representando a beleza em si. Eu acredito que a beleza é a 
beleza. Ser a segunda negra depois de um jejum de 30 anos, um jejum 
muito grande, me deixa honrada. Estou muito contente com o apoio que eu 
estou tendo”. 
Com a mudança do perfil de Miss, Raissa define o papel que ela exerce. “Eu 
acredito que a Miss é um exemplo. Ela está ali para formar opinião, divulgar 
seu país,sua cultura, o seu povo da melhor forma possível”. 
 
Fonte: GONÇALVES, Gabriela. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-
paulo/noticia/2016/10/meninas-negras-vao-se-sentir-representadas-diz-
nova-miss-brasil.html>. 
 
Qual excerto a seguir NÃO se trata de oração subordinada substantiva objetiva 
direta? 
 
a)“[...] que não se achava bonita na escola”. (l.5) 
b) “[...] que ela é linda”. (l.10) 
c) “[...] que passou por ‘uma fase de aceitação’”. (l.12) 
d) “[...] que não é fácil”. (l.20) 
e) “[...] que ela exerce”. (l.27) 
 
 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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11- FCC – SEGEP – MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração 
Tributária 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Tolerância brasileira? 
 A internet vem ajudando a derrubar o mito de que nós, brasileiros, 
somos tolerantes às diferenças. Expressões preconceituosas predominam 
em postagens que revelam todo tipo de intransigência em relação ao outro, 
rejeitado por sua aparência, classe social, deficiência, opção política, idade, 
raça, religião etc. 
 Num primeiro momento, parece que a internet criou uma onda de 
intolerância. O fato, porém, é que as redes sociais apenas amplificaram 
discursos existentes no nosso dia a dia. No fundo, as pessoas são as 
mesmas, nas ruas e nas redes. 
(Adaptado de: COSTA, Bob Vieira da. Folha de S.Paulo, 3/08/2016) 
 
A oração sublinhada exerce a função de sujeito no seguinte período: 
 
a) Parece que o mito da tolerância já não se sustenta entre nós. 
b) A internet derrubou a crença de que somos tolerantes. 
c) As redes sociais deram vazão à intolerância que já se notava nas ruas. 
d) Uma vez disseminados, os preconceitos vão revelando nossa 
intolerância. 
e) Quando se acessa uma rede social depara-se com uma onda de 
intolerância. 
 
 
12- FJG-Rio-Câmara Municipal do Rio de Janeiro-Analista 
Legislativo-Direito 
 “Muitos endividados que tomam empréstimos em bancos ou em agiotas 
são oneomaníacos”. 
 
Nessa frase, o vocábulo em destaque retoma um termo antecedente e 
introduz uma oração adjetiva, portanto classifica-se como pronome relativo. 
Também é pronome relativo a palavra destacada em: 
 
a) Eles gastaram tanto que ficaram endividados. 
b)Não iremos à festa, que já é tarde. 
c)Esperamos que todos gostem do espetáculo. 
d)Conheci os atores que ganharam o prêmio. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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13- CESPE – CGE-PI – Auditor Governamental 
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, 
me pareceu um pouco estranho”, o elemento “que” introduz oração 
de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial. 
 
14- Prefeitura de Fortaleza – Técnico em Enfermagem 
No seguinte trecho “Acabemos de uma vez com a única crise 
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la” 
(linha 08), a vírgula foi empregada, porque a oração subordinada em 
destaque é: 
 
a) adverbial final 
b) adverbial causal. 
c) adjetiva restritiva. 
e) adjetiva explicativa. 
 
15- FCC – Órgão: TRF 3 Região – Analista Judiciário – Morfologia 
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. Considerado o 
contexto, a oração subordinada da frase acima estabelece noção de 
a) Conformidade 
b) Tempo 
c) Comparação 
d) Proporcionalidade 
e) Consequência 
 
16- FCC - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não 
comprometeram nossa sobrevivência no laboratório da vida. 
Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja 
feita na frase acima, o elemento sublinhado pode ser corretamente 
substituído por: 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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a) conquanto. 
b) contanto que. 
c) entretanto. 
d) porém. 
e) no entanto. 
 
 
17- FCC - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
Para ele, como a população crescia em progressão geométrica e a produção 
de alimentos em progressão aritmética, a fome se alastraria. O segmento 
grifado acima tem o sentido de: 
 
a) Causa. 
b) Consequência. 
c) Temporalidade. 
d) Finalidade. 
e) Condição. 
 
18- EBSERH – Advogado – (HUPEST UFSC) 
A oração destacada em “Não sente culpa de nada. Mas, se sente, 
sofre como nunca.” (4º§) introduz no período em que se encontra 
um valor semântico de: 
 
a) Condição 
b) Concessão 
c) Consequência 
d) Conformidade 
e) Causa 
 
19- FCC- TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação 
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. 
 O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a 
partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que 
conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram 
integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e 
da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e 
depois à do Estado, é algo relativamente novo. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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 A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como 
tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas transformações 
econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção. 
 Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. 
Não é por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa 
treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito 
importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância numa 
bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na 
idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um 
treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com 
conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo 
organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. 
 Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do 
“eu mereço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser 
compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de 
preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de buscar o 
treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como 
as gerações que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar 
o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que 
não foi possível alcançar. 
 
(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: 
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca) 
 
Identifica-se noção de concessão no segmento que se encontra em: 
 
a) Quando essa crença fracassa... (último parágrafo) 
b) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as 
amas... (1o parágrafo) 
c) ... a partir do século XVIII. (1o parágrafo) 
d) ... em permanente mudança e construção. (2o parágrafo) 
e) ... embora estejamos na idade adulta... 3o parágrafo) 
 
20- FCC - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa 
... é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. 
O segmento grifado acima denota, no período, 
a) tempo. 
b) ressalva. 
c) conclusão. 
 Prof. Tairone Santos 
 
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d) condição. 
e) finalidade. 
 
 
21- FGV – COMPESA – Assistente de Assistente de Saneamento e 
Gestão 
Leia a frase: “Sou como uma planta do deserto. Uma única gota de 
orvalho é suficiente para me alimentar”. 
Nesse pensamento há uma oração reduzida sublinhada; essa oração,se 
modificada para a forma de uma oração desenvolvida, deveria ser: 
 
a) para que me alimentasse. 
b) para que eu fosse alimentado. 
c) para a minha alimentação. 
d) para que eu me alimente. 
e) para eu ser alimentado. 
 
 
 Prof. Tairone Santos 
 
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10.Gabarito 
1- C 
2- E 
3- C 
4- B 
5- C 
6- E 
7- E 
8- E 
9- B 
10-E 
11-A 
12- D 
13- C 
14- D 
15- B 
16- A 
17- A 
18- A 
19- E 
20- A 
21- D 
 
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