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Aula 2 Contabilidade de custo

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14/03/2018 Disciplina Portal
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Contabilidade de Custos
Aula 2 - Terminologia aplicada à Contabilidade
de Custos
INTRODUÇÃO
Olá, nesta aula, você irá reconhecer as terminologias aplicadas à Contabilidade de Custos. A compreensão dos diversos
termos, na gestão dos gastos organizacionais, como: Investimentos, Despesas, Custos de Produção, Perdas normais e
anormais irão auxiliar os usuários da Contabilidade no controle orçamentário e gerencial das informações contábeis.
OBJETIVOS
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Distinguir custos, despesas e investimentos;
Reconhecer o tratamento contábil das perdas;
Identi�car os critérios de avaliação de estoques.
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TERMINOLOGIA CONTÁBIL APLICADA À CONTABILIDADE DE CUSTOS
De acordo com os autores Garrisson e Noreen (2000) temos aqui a pretensão de explicar como se classi�cam os custos
(glossário) particularmente nas empresas industriais.
Para Martins (2010), infelizmente, encontramos, em todas as áreas, principalmente nas sociais (e econômicas, em
particular), uma abundância de nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única palavra. De
acordo com o autor, adotaremos a nomenclatura e a conceituação a seguir.
Vale ressaltar que esse é um conceito extremamente amplo que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos, assim
temos:
Gasto com a compra de matéria-prima
Gasto com mão de obra
Gasto com honorários da diretoria
Gasto na compra de imobilizado etc
Portanto, efetiva-se esse gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, isto é, no momento
em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento.
Um gasto pode ter como contrapartida um investimento (glossário), um custo ou uma despesa.
Gastos
Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício �nanceiro para a entidade (desembolso), sacrifício
esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Exemplo
Segundo os autores, os custos estão associados a todos os tipos de organizações, comerciais, não comerciais,
indústria, varejo e de serviços. As categorias dos custos em que se incorre e o modo como eles são classi�cados
dependem do tipo de organização em análise.
Desembolso
Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Exemplo
Pagamento de materiais a um fornecedor; pagamento de salário aos funcionários; pagamento de impostos, entre
outros. O desembolso pode ocorrer antes (pagamento antecipado), durante (pagamento à vista) ou após
(pagamento a prazo) a entrada da utilidade comprada.
Investimento
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
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Corresponde à aquisição de bens ou serviços que se incorporam ao patrimônio como ativo para baixa ou amortização
quando de sua venda, de seu consumo. Como exemplo, tem-se a matéria-prima que é um gasto contabilizado
temporariamente como investimento circulante e, a máquina é um gasto que se transforma em investimento permanente.
Custo é um gasto, reconhecido como custo quando é relacionado ao consumo na produção de bens e serviços, para a
elaboração de produtos ou realização de um serviço. Assim, a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que se tornou
investimento, e durante um tempo �cou em estoque; no momento de sua utilização da elaboração de um bem, surge o
custo da matéria-prima como parte do bem elaborado, que será um novo investimento, �cando ativado (estoque) até sua
venda.
É a parcela do gasto que ocorre separada das atividades de produção dos bens e serviços, isto é, são os gastos incorridos
durantes as operações de comercialização sendo representada pelo consumo de bens e serviços na obtenção de receitas. 
Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesa, isto é, toda parcela ou totalidade do
custo que integra a produção vendida é despesa, sendo chamados de Custo do Produto Vendido (CPV) em Empresas
Industriais ou Custo do Serviço Prestado (CSP) em Prestadoras de Serviços. 
A mercadoria adquirida por uma loja comercial gera, via de regra, um gasto e, especi�cadamente um investimento, que se
transforma em uma despesa no momento do reconhecimento da receita ocasionada pela venda, sem passar pela fase de
custo. Sendo assim, denominado Custo da Mercadoria Vendida (CMV). Em síntese:
Exemplo
Aquisição de matéria-prima; aquisição de máquinas; aquisição de ações de outras empresas etc.
Custo
Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços (gasto relativo a consumo na
produção).
Exemplo
Matéria-prima consumida; mão de obra direta e indireta aplicada à área produtiva; aluguel e depreciação aplicados
na área produtiva.
Despesa
Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas (gastos que se destinam às fases de
administração, esforço de vendas e �nanciamento).
Exemplo
Comissões de vendedores; impostos sobre vendas; salários administrativos etc.
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TRATAMENTO CONTÁBIL PARA AS PERDAS PRODUTIVAS
Existem dois tipos de perda (glossário) Anormal e a Normal.
DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTO E DESPESA
Segundo Ribeiro (2013), a despesa não será recuperada enquanto o custo sim por ocasião da venda do produto.
Custos estão diretamente relacionados ao processo de produção de bens ou serviços. Diz-se que os custos vão para as
prateleiras, enquanto os produtos �cam estocados; os custos são ativados, destacados na conta Estoques do Balanço
Patrimonial. 
Somente farão parte do cálculo do lucro ou prejuízo quando de sua venda, sendo incorporados, então, à Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE) e confrontados com as receitas de vendas. 
Perda anormal ou improdutiva
Consiste em um gasto não intencional decorrente de fatores externos extraordinários.
Exemplo
Perdas com incêndio, obsoletismo de estoques, gasto com mão de obra durante o período de greve etc.
Perda normal ou produtiva
Decorrente da atividade produtiva normal da empresa. Representa um gasto intencional, conhecido e esperado,
devendo ser classi�cado como custo de produção do período.
Exemplo
Problemas de corte, tratamento térmico, reações químicas, evaporação etc., isto é, perdas normais de matéria-prima
na produção industrial. 
 
Obs.: Perdas de valores irrelevantes são consideradas como custo ou despesa. Assim como as despesas (glossário),
as perdas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido (lucro).
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Despesas estão associadas a gastos administrativos, com vendas e/ou com �nanciamentos. Possuem natureza não fabril,
integrando a Demonstração do Resultado do Exercício em que incorrem. Estão associados ao momento do seu consumo
ou ocorrência. 
Teoricamente, a separação é fácil: gastos incorridos até o momento em que o produto esteja pronto para a venda são
custos; a partir daí, devem ser considerados como despesas.
Em situações especí�cas, podeocorrer alguma confusão ou dúvida na separação clara entre custos e despesas. Nessas
ocasiões, algumas regras podem ser seguidas:
Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (conservadorismo e materialidade);
Valores relevantes que têm sua maior parte considerada como despesa, com a característica de se repetirem a cada
período, devem ser considerados na sua íntegra (conservadorismo);
Valores com rateio (divisão) extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período;
Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois tratamentos: como despesas do período em
que incorrem ou investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem elaborados futuramente.
Ribeiro (2013) conclui:
O custo integra o produto; vai para o estoque e aumenta o Ativo Circulante (AC)
A Despesa reduz o lucro; vai para o resultado e reduz o Patrimônio Líquido (PL)
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Ribeiro (2013) relata o artigo 183, da Lei n. 6.404/1976, apresentando os critérios de avaliação dos elementos do Ativo
para efeito de elaboração do Balanço Patrimonial. Um deles é o do custo ou valor de mercado, quando este for inferior. 
Esse critério é utilizado para avaliar os estoques de:
Mercadorias e produtos destinados à venda
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Produtos em elaboração
Materiais de consumo
Materiais a serem aplicados no processo de fabricação ou na prestação de serviço
O item 9, da NBC TG 16, também, estabelece que os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor. 
Ribeiro (2014) destaca que o valor a ser comparado com o custo dos estoques é denominado pela Lei n. 6.404/1976 de
“valor de mercado” ou “valor justo” e é denominado pela NBC TG 16 de “valor realizável líquido”. Iremos adotar a
denominação dada pela NBC TG 16, ou seja: “valor realizável líquido”. 
Para tanto, vamos compreender o que seja o valor de custo e o valor realizável líquido.
VALOR DE CUSTO
O custo de aquisição de mercadorias, matérias-primas e de outros bens mantidos em almoxarifado corresponde ao valor
pago ao fornecedor. (RIBEIRO, 2014, p. 114) Este valor é in�uenciado pelos fatos que alteram os valores das compras.
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO
Segundo o item 6, da NBC TG 16, valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios
deduzidos dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. 
Conforme o item 30, da mencionada NBC TG 16, as estimativas consideradas para se chegar ao valor realizável líquido
(preço de venda, custos para conclusão e gastos para concretizar a venda) devem ser baseadas nas evidências mais
con�áveis disponíveis no momento em que essas estimativas são feitas.
EXERCÍCIOS
Questão 1: Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil: 
( ) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa. 
( ) Gasto é o sacrifício �nanceiro com que uma entidade arca para a obtenção de bens e serviços. 
( ) Custo é incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros períodos aos bens e aos serviços
produzidos. 
( ) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos fatores de produção. 
( ) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
V,F,V,F,F
V,F,V,V,V
F,V,F,V,F
F,V,F,V,V
F,F,V,F,V
Justi�cativa
Questão 2: Classi�que os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): 
( ) Compra de matéria-prima 
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( ) Consumo de energia elétrica 
( ) Utilização de mão de obra 
( ) Consumo de combustível 
( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário) 
( ) Aquisição de máquinas 
( ) Depreciação das máquinas 
( ) Remuneração do pessoal da Contabilidade Geral (salário) 
( ) Pagamento de honorários da administração 
( ) Depreciação do prédio da empresa 
( ) Utilização de matéria-prima (transformação) 
( ) Aquisição de embalagem 
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente 
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve 
( ) Geração de sucata no processo produtivo 
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos 
( ) Comissões proporcionais às vendas
I,C/D,C,C/D,D,I,C/D,D,D,D,C,I,P,P,C,D,D
I,C/D,C,D/D,D,C,C/D,D,D,I,C,I,P,P,C,I,D
I,D/D,C,D/C,D,C,C/D,I,D,I,C,I,P,P,C,I,D
I,C/D,C,D/D,D,I,C/D,I,D,C,C,I,P,P,C,I,P
I,P/D,C,P/D,D,C,C/D,D,P,I,C,I,P,P,C,I,D
Justi�cativa
Questão 3: A redução patrimonial intencional com o objetivo de realização de receitas, que pode decorrer da redução do
ativo ou do aumento do passivo exigível, denomina-se:
Encargo
Perda anormal
Perda
Despesa
Desembolso
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Justi�cativa
Questão 4: O gasto do departamento de faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-
prima e o tempo do pessoal em greve (remunerado) são, respectivamente:
Despesa, perda, ativo, custo
Despesa, ativo, perda, custo
Despesa, custo, ativo, perda
Despesa, custo, perda, ativo
Despesa, ativo, custo, perda
Justi�cativa
Glossário
CUSTOS
Só ocorre com o consumo dos bens e serviços pelo setor de produção, fabricação ou industrialização.
INVESTIMENTO
São os sacrifícios tidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) estocados nos ativos da empresa.
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PERDA
É um gasto que tem como característica a anormalidade e involuntariedade que ocorre sem intenção de obtenção de receita.
DESPESAS
São itens que reduzem o Patrimônio Líquido (lucro) e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção
de receitas. Uma despesa será recuperada por uma receita.

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