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Tintas: características, tipos e aplicações

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TINTAS
Tinta é um composto na forma líquida, aquosa ou em gel, que quando aplicado a uma superfície, forma um filme transparente ou opaco, o qual protege e decora a superfície, com função de proporcionar uma qualidade de vida aos ambientes construídos. A tinta é composta por resina (responsável pela fixação da tinta no local onde será aplicada), pigmentos (responsáveis pela cobertura, rendimento, coloração e volume da tinta), solventes (responsável pela solubilização dos componentes, pela viscosidade e tempo de secagem da tinta) e aditivos (responsáveis pela correção melhoria das tintas, proporcionando características especiais a tinta).
CARACTERÍSTICAS DAS TINTAS
1. Estabilidade: ao abrir uma embalagem de tinta, esta não deve apresentar excesso de sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos, tal que não possa tornar-se homogênea através de uma simples agitação, possibilitando que o usuário não encontre dificuldade em utilizá-lo. Ressaltando que a tinta não deve apresentar odor pútrido e nem exalar vapores tóxicos.
 2. Aplicabilidade: a tinta, após diluição específica na embalagem, deve espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou pincel deslize sobre a superfície, apresentando um aspecto uniforme. 
3. Rendimento e Cobertura: O rendimento é área acabada por quantidade de produto aplicado determinada, podendo ser expressa em m²/L ou m²/Kg. A cobertura é a propriedade da tinta que, ao revestir o substrato no qual foi aplicada, proporciona opacidade. A cobertura pode ser verificada tanto no filme úmido quanto no filme seco. Quanto melhor a performance desses dois itens, melhor o resultado final obtido com a tinta. 
4. Durabilidade: resistência que uma tinta apresenta contra a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.). A tinta com maior durabilidade é aquela que demora mais tempo para sofrer alterações em sua película, mantendo suas propriedades originais de proteção e embelezamento, quando aplicada sob as condições normais de uso. 
5. Lavabilidade: é a capacidade da tinta em resistir à limpeza com produtos de uso doméstico, tais como sabão, detergente e outros, possibilitando a remoção de manchas sem afetar a integridade da película. 
6. Secagem: é o processo pelo qual uma tinta em seu estado líquido se converte em uma película sólida. 
7. Nivelamento: é a propriedade que a tinta possui de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de aplicação.
 8. Alastramento: é a capacidade do revestimento de, ao ser espalhado, distribuir-se formando um película homogênea e uniforme.
TIPOS DE TINTAS
Quanto ao solvente: base de água ou solvente – aromático ou alifático;
Quanto á resina: base de básica(cal, cimentícios); base de ácidos graxos (acetato de polivinila – PVA); base de acrilatos (acrílicos puros ou associados); base de ácidos (epoxídeos, poliuretanos, alquídeos).
Quanto à nomenclatura comercial: látex (PVA, acrílicos puros ou acrílicos associados); alquídeos (óleos ou esmaltes); vernizes (poliuretanos, copal); epóxi (tintas epóxi); Especiais (borracha clorada ou lacas); fundos (antioxidantes, nivelantes, fixadores de absorção ou corretivos químicos e físicos).
 
UTILIZAÇÃO DAS TINTAS
Sobre alvenaria: As tintas evitam o esfarelamento do material e a absorção da água da chuva e de sujeira, impedem o desenvolvimento do mofo, distribuem a luz e têm grande participação na decoração de ambientes ao acrescentar cor, textura e brilho. 
Sobre madeira: Além de contribuir para o efeito decorativo, a pintura é a solução para o problema de absorção de água e umidade, que geram rachaduras e o apodrecimento do material. 
Sobre metal não ferroso: Recomenda-se o emprego da pintura para prolongar a vida dos sistemas de galvanização e alumínio. 
Sobre metal ferroso: A tinta é a solução mais econômica que se conhece até hoje para combater a corrosão. 
Sobre PVC: Neste tipo de superfície a pintura não tem finalidade específica de proteção, mas sim de decoração ou sinalização de gases ou líquidos específicos, visando oferecer maior segurança em laboratórios, prédios, empresas, etc.
 TIPOS DE TINTAS E SUAS APLICAÇÕES
Látex PVA (acetato de polivinila): possui grande rendimento e durabilidade, proporcionando um acabamento fosco aveludado e garantindo ótimo desempenho nas repinturas. Indicada para pinturas externas e internas sobre superfícies de reboco, massa corrida, massa acrílica, texturas, gesso, madeiras, etc. Sendo as cores desenvolvidas com alta tecnologia, ficando assim, firmes e sólidas. Aplicação: selador de fundo + massa PVA + tinta PVA + regulador de brilho (somente em ambientes internos).
Acrílica: indicada para superfícies de alvenaria interna e externa. Possui acabamentos como semibrilho e fosco. Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através de instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada tipo de acabamento especificado pelo profissional especializado, que são a ranhura, o vassourado, etc. Aplicação: fundo e selador acrílico + massa acrílica + tinta acrílica 100% ou modificada + verniz ou tinta texturizada.
Esmaltes/ Óleos: Os Esmaltes e óleos são indicados para uso externo e interno.Com acabamentos que variam do brilhante, acetinado ao fosco. A tinta a óleo apresenta boa elasticidade quando aplicada em ambientes externos, sujeitos à ação de raios solares, mas, esta sujeita a modificações em sua aparência. Já a tinta esmalte, por apresentar boa resistência à ação de raios solares, pode ser usada tanto em ambientes internos quanto externos, sem alteração da aparência. Aplicação: fundo branco ou sintético + massa óleo ou massa sintética + tinta óleo ou tinta esmalte sintético.
Vernizes: Os Vernizes são aplicados em ambientes externos e internos de madeira. Disponível nos acabamentos brilhante e fosco e nos padrões Mogno, Imbuia, Cedro e Cerejeira e muitas vezes podem possuir filtro solar. Os Vernizes com solventes alifáticos apresentam desempenho superior aos vernizes com solvente aromáticos, devido à sua maior durabilidade e resistência a agentes externos, que são os raios solares, chuvas e etc. 
Fundo: uniformizam a absorção e aumentam a coesão das superfícies porosas externas e internas, como: reboco fraco, concreto novo, pinturas descascadas, paredes caiadas, gesso e cimento-amianto.
PREPARO DAS SUPERFÍCIES PARA O RECEBIMENTO DAS TINTAS
O procedimento para o preparo de superfícies é de extrema importância, para se ter sucesso ao final do processo de pintura, caso contrário, isso acarretará problemas após a aplicação das tintas. Para obter tal êxito, existe o modo de preparo para cada tipo de superfície, mostrado abaixo:
	Superfície
	Preparo da Superfície
	
Concreto, reboco e argamassa
	Aguardar 30 dias para a cura total; a superfície deve estar isenta de qualquer resíduo; lixa-se a superfície com lixa de parede; após faz-se limpeza com escova.
	Cimento amianto
	Lavar, enxugar e secar a superfície, para remover totalmente o pó da mesma.
	
Pisos
	Pinta-se apenas os pisos porosos, os demais não possuem boa aderência; piso deverá ser limpo, seco e isento de impregnações.
	
Pisos em concreto ou cimentados
	Piso limpo; juntas firmes e arestas perfeitas; lavar e enxaguar com detergente neutro e água potável; secar e aplicar fundo resistente a alcalinidade. 
	Superfícies vitrificadas e esmaltadas
	Limpar bem, inclusive os rejuntamentos.
	
Madeira
	Limpa, aparelhada e seca; fazer vedações de furos para prevenir infiltrações da água da chuva.
	
Ferro e aço
	Deve-se remover todos os contaminantes que possam interferir na aderência do revestimento, através do lichamento manual com lixa de ferro.
	Alumínio
	Limpeza com solventes para eliminar impurezas; aplica-se um primer de ancoragem para garantir perfeita aderência.
	Ferro galvanizado
	Superfície deve ser limpa, devendo aplicar também um primer de aderência.
	Superfícies emassadas
	Deve ser feito o lichamento com licha d’água, em seguida aplica-se PVA, massa acrílica ou esmalte, etc.Superfícies mofadas
	Limpas e com total destruição dos mofos, lava-se a superfície, e deixa nela água sanitária por 30 minutos, em seguida enxágua-se, e espera a secagem para então aplicação da tinta.
	
Superfícies caídas
	Não apresentam uma boa base para a pintura, então faz-se uma raspagem completa, em seguida se escova, lava, enxágua e aplica-se o fundo preparador de parede.
	
Superfícies já pintadas
	Quando em boas condições, apenas limpa-se bem a superfície, caso contrário, deve-se remover completamente a tinta já existente e em seguida aplicar a nova tinta como se fosse uma parede nova.

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