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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
CAMILE STEFANO 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
TRABALHO DE EDUCAÇÃO, 
CONSCIENTIZAÇÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
SÃO PAULO 
2008 
 ii
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Antônio Calafiori Neto 
 
 
 
 
CAMILE STEFANO 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
TRABALHO DE EDUCAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO 
E MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi 
 
 
SÃO PAULO 
2008 
 iii
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2008. 
 
______________________________________________ 
Prof. Antônio Calafiori Neto 
 
______________________________________________ 
Nome do professor(a) da banca 
 
 
 
 
 
CAMILE STEFANO 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
TRABALHO DE EDUCAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO 
E MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia civil com 
ênfase Ambiental da Universidade 
Anhembi Morumbi 
Comentários:_________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 iv
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 v
AGRADECIMENTOS 
 
Ao Professor Antonio Calafiori Neto, meus agradecimentos, por ter sido meu orientador, 
que com muito interesse e paciência acompanhou-me e me fez concluir esta empreitada. 
 
Aos professores e funcionários da Universidade Anhembi Morumbi, pelo incentivo e ajuda 
na realização do trabalho. 
 
 
 vi
RESUMO 
 
Para garantir uma execução de obra sem a ocorrência de acidentes se trabalho, 
deve-se sempre aliar dois fatores: a conscientização dos funcionários nela 
envolvidos, e o cumprimento das leis de trabalho, sendo focadas neste trabalho as 
leis e medidas recomendadas para proteção coletiva em edifícios. 
A conscientização dos funcionários é fator determinante no combate aos acidentes 
pessoais, normalmente ocasionados pela falta de uso de equipamentos de 
proteção individuais e coletivos. Esta conscientização deverá ser foco das atenções 
da dirigência da obra, e a sua conquista poderá ser feita de diversas formas, como 
palestras, treinamentos, cartazes, avisos, fiscalização rigorosa, advertências e 
concursos de segurança. 
Por fim, a obra deverá respeitar as medidas obrigatórias de proteção coletiva, que 
previamente são planejadas nos PCMAT’s das obras (Programa de Condições e 
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil), PCMAT’s estes que 
deverão respeitar as normas brasileiras NR18 (condições e Meio Ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção) e NR 26 (Sinalização de Segurança). 
Neste trabalho, serão analisadas as medidas obrigatórias ou recomendadas na 
construção de um edifício, desde a fundação, até a sua conclusão, passando pela 
execução de estrutura, execução de fachada, alvenaria e acabamentos. Serão 
analisadas também medidas de proteção aos trabalhadores que estão submetidos 
aos perigos de equipamentos de alto risco e perigos de doenças provocadas pelo 
meio físico do canteiro de obras. 
Como complementação a este trabalho, será feita uma entrevista com a Técnica de 
segurança do Trabalho Cláudia Cavalcanti, da empresa Regra Sistema da 
Construção Ltda, para comentar sobre as medidas impostas, sua eficácia e as 
estatísticas mais freqüentes em obras. 
 
Palavra-chave: Conscientização, Palestras, Sinalização, Medidas de Proteção 
 
 
 
 
 vii
ABSTRACT 
 
To guarantee an execution of construction without the occurrence of work 
accidents, it must always be united two factors: the awareness of the employees in 
involved ones, and the fulfilment of the laws of work, being focos in this work the 
laws and measures recommended for collective protection in buildings. 
The awareness of the employees is determinative factor in the combat to the 
casualties, normally caused for the lack of equipment use of the individual 
protection (EPI’s). This awareness will have to be focus of attentions of the 
engineers of the construction, and its conquest could be made through diverse 
forms, as lectures, training, posters, acknowledgments, rigorous fiscalization, 
warming and competitions of security. 
Finally, the construction will have to respect the obligator measures of collective 
protection, that previously are planned in the PCMAT’s of the constructions 
(Program of Conditions and Environment of Work in the Industry Of the Civil 
Construction), PCMAT´s these that will have to respect Brazilian’s norm NR18 
(Condition and Environment of work in the Industry of the Construction) and NR26 
(Signaling of Security). 
In this work, the obligator or recommended measures in the construction of building 
will be analyzed, since the foundation, until its conclusion, passing for the execution 
of the structure, execution of façade, masonry and finishing. They will also be 
analyzed measured of protection the workers who are submitted to the dangerous 
of equipment of high risk and dangerous of illnesses provoked for the environment 
of seedbed of constructions. As complementation to this work, an interview with a 
Technician of Security of the Work Claudia Cavalcanti, of the company Regra 
Sistema na Construção Ltda, to comment on the imposed measures, its 
effectiveness and the statisticians most frequent in construction. 
 
Key Words: Awareness, lectures, Signaling, measures protection 
 
 
 viii
LISTA DE FIGURAS 
 
Ilustração 1 Demonstrativo de placas de sinalização de segurança................................ 20 
Ilustração 2 Escoramento de solos instáveis................................................................... 26 
Ilustração 3 Esquema de proteção de periferia de talude................................................ 27 
Ilustração 4 Esquema de passarela de transposição...................................................... 27 
Ilustração 5 Proteção de arranques................................................................................. 29 
Ilustração 6 Empurrador de bancada de serra circular.................................................... 31 
Ilustração 7 Coifa protetora de serra circular................................................................... 31 
Ilustração 8 Protetor de motor.......................................................................................... 31 
Ilustração 9 Placas de aviso de alta periculosidade........................................................ 32 
Ilustração 10 Proteção periférica – varandas................................................................... 32 
Ilustração 11 Proteção contra queda de pessoas – escadas........................................... 33 
Ilustração 12 Proteção contra queda de pessoas – vãos de lajes.................................... 33 
Ilustração 13 Proteção contra queda de pessoas – poço de elevadores......................... 34 
Ilustração 14 Bandejas de proteção................................................................................. 34 
Ilustração 15 Esquematização de utilização de bandejas primárias e secundaria.......... 35 
Ilustração 16 Detalhe de fixação da mão-francesa na laje............................................... 35 
Ilustração 17 Esquematizaçãode utilização de bandejas primárias e secundária.......... 36 
Ilustração 18 Esquema de proteção de periferia de laje para concretagem.................... 37 
Ilustração 19 Esquema lateral e frontal do elevador cremalheira..................................... 38 
Ilustração 20 Esquema vertical de uma grua................................................................... 38 
Ilustração 21 Gruas Ascensionais..................................................................................... 39 
Ilustração 22 Telas de fachada......................................................................................... 40 
Ilustração 23 Peças estruturais metálicas presas na cobertura de edifícios.................... 40 
 
 ix
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 – Mapa de riscos por atividades.......................................................................25 
 
 
 x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
APR – Análise Preliminar de Riscos 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho 
DDS – Diálogo Diário de Segurança 
DRT – Direção Responsável Técnica 
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
NR – Norma Regulamentadora 
PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da 
Construção Civil 
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes 
 
 xi
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
 
 
 
 xii
SUMÁRIO 
p. 
1.  INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 
2.  OBJETIVOS ......................................................................................................... 2 
2.1  Objetivo Geral ................................................................................ 2 
2.2  Objetivo Específico ......................................................................... 2 
3.  MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................... 3 
4  JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 4 
5  DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS NA 
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS ........................................................................... 6 
5.1  RISCOS AMBIENTAIS ...................................................................... 6 
5.1.1  Riscos físicos............................................................................................. 7 
5.1.2  Riscos Químicos ........................................................................................ 8 
5.1.3  Riscos Biológicos ...................................................................................... 8 
5.1.4  Riscos ergonômicos .................................................................................. 8 
5.1.5  Riscos de acidentes .................................................................................. 9 
5.2  MAPA DE LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS E ACIDENTES DE 
TRABALHO ........................................................................................... 10 
6  ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 15 
6.1  ENTREVISTA COM TÉCNICO DE SEGURANÇA ................................ 15 
6.2  CONSCIENTIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ...................................... 17 
6.3  Medidas de Proteção coletiva em Edifícios ...................................... 24 
 xiii
6.4  Canteiro de obras ......................................................................... 25 
6.5  Fundação e terraplanagem ............................................................ 26 
6.5.1  Escoramento de solos instáveis .............................................................. 26 
6.5.2  Periferia de talude ................................................................................... 27 
6.5.3  Passarela de transposição ...................................................................... 28 
6.5.4  Execução de tubulões ............................................................................. 28 
6.5.5  Proteção de arranque (pontas de ferro) .................................................. 29 
6.6  Estrutura e transporte de pessoas e cargas ..................................... 30 
6.6.1  Atividades em centrais de forma e armação ........................................... 30 
6.6.2  Atividades em altura (proteções contra quedas) ..................................... 33 
6.6.3  Bandejas primárias e secundárias ........................................................... 35 
6.6.4  Concretagens .......................................................................................... 37 
6.6.5  Elevadores cremalheiras e gruas ............................................................ 38 
6.7  Fachada ...................................................................................... 40 
6.7.1  Tela fachadeira ........................................................................................ 40 
6.7.2  Balancins ................................................................................................. 41 
7  ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................... 43 
8  CONCLUSÕES ................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 45 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os estudos e leis trabalhistas vêm sofrendo um constante processo de evolução, 
principalmente desde o início da revolução industrial, quando grupos sindicalistas 
começaram a se fortalecer e se comunicar. 
Desde a sua implantação, no Governo do ex. Ministro Marcondes Filho até hoje, as 
leis referentes à segurança do trabalho estão cada vez mais rigorosas e a ocorrência 
de acidentes e doenças ocupacionais é cada vez menor. Mas para haver uma 
eficácia maior no combate a esses males, é necessária uma política de educação ao 
trabalhador, de modo que este passe a compreender, obedecer e cooperar com as 
normas pré-estabelecidas. 
De tal modo, a conscientização, através de treinamentos, palestras, concursos de 
segurança cartazes e afins são um dos fatores determinantes para um decorrer dos 
serviços da obra sem a ocorrência de prejuízos físicos ao trabalhador. 
Para haver uma política de segurança bem implantada, cabe à dirigência da obra 
garantir um contínuo planejamento e desenvolvimento de ações, desde a elaboração 
do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho Na Indústria da 
Construção Civil) e cumprimento de suas medidas previstas, até a garantia de 
obediências de seus trabalhadores, principalmente na utilização dos Equipamentos 
de Proteção Individual (EPI’s), bem como a realização de todas as medidas coletivas 
na lei. Entende-se como medidas de proteção coletiva toda e qualquer medida 
prevencionista que faça parte do corpo do prédio em construção, ou medida tomada 
que visa a proteção de um conjunto de trabalhadores, que foge ao “kit” de proteção 
individual do mesmo (botas, capacetes e cintos, entre outros). Somente a união 
entre leis, dirigentes e trabalhadores é que irá minimizar os riscos humanos, 
garantindo a qualidade da segurança do trabalho na obra, que para além dos 
benefícios pessoais e sociais, influi em uma maior produtividade nos serviços. 
Neste trabalho serão desenvolvidos dois dos principais fatores na prevenção de 
acidentes, já mencionados anteriormente: as medidas capazes de conscientizar o 
funcionário e as medidas de proteção coletiva em edifícios. 
 
 
 
 2
2. OBJETIVOS 
 
O principal objetivodesta pesquisa é demonstrar as medidas obrigatórias de 
proteção coletiva na construção de edifícios 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Informar e ilustrar a importância da segurança do trabalho na construção de 
edifícios, da prevenção de acidentes, e redução de doenças ocupacionais. 
 
 
2.2 Objetivo Específico 
 
Demonstrar métodos capazes de conscientizar os trabalhadores envolvidos na obra 
sobre a questão da segurança, tanto a individual quanto a coletiva. 
 
 
 
 3
3. MÉTODO DE TRABALHO 
 
Este trabalho será desenvolvido por meio de referências bibliográficas, consulta a 
leis em vigor e do levantamento de dados e fotos específicas das proteções em 
obras atualmente em fase de construção. Será feita uma entrevista com um técnico 
de segurança para avaliar as medidas impostas, sua eficácia e as estatísticas de 
acidentes em obras. 
 
 
 4
4 JUSTIFICATIVA 
 
“... A vida humana tem certamente um valor econômico. E um capital que produz e 
os atuários e matemáticos podem avaliá-lo. Mas a vida do homem possui também 
um imenso valor afetivo e um valor espiritual inestimável, que não se pode pagar 
com todo dinheiro do mundo. Nisto consiste, sobretudo, o valor da prevenção, em 
que se evita o valor da perda irreparável de um pai, de um marido, de um filho, 
enfim, daquele que sustenta o lar proletário e preside os destinos de uma família. A 
prevenção é como a saúde. Um bem no qual só reparamos quando o acidente e a 
moléstia chegam.” ( Marcondes Filho, 1943). 
 
O trecho acima é retirado de um depoimento do ex-ministro Marcondes Filho, no 
governo de Getúlio Vargas, em cuja gestão foram elaboradas as leis trabalhistas 
brasileiras, e estas palavras são a síntese da motivação que gerou o trabalho a 
seguir. 
 
Em tempos onde se discute a desigualdade social como nos dias de hoje, é 
inadmissível que o capital prevaleça sobre o bem-estar do trabalhador, no que se 
refere à sua segurança pessoal. Discutir segurança do trabalho é discutir sobre 
justiça social, e aplicá-la é garantir um futuro ao trabalhador e sua família, sem 
imprevistos de danos físicos ou mesmo mortes. 
 
Por outro lado, Cesarino Jr (Apud Pacheco Junior, 1995) salienta: 
 
“...As medidas de higiene e segurança do trabalho, sob certo ponto de vista pode 
considerar-se que barateiam a produção, embora aparentemente trazendo maior 
ônus ao empregador, pois é geralmente conhecido quanto aos acidentes de trabalho 
e as moléstias profissionais representam de perdas em horas de trabalho e 
indenizações.” 
 
Em síntese, a aplicação das leis de prevenção de acidentes, para além dos 
benefícios sociais, influi em uma maior produtividade dos serviços e previne maiores 
custos com indenizações, caso venha a ocorrer um acidente. 
 5
 
 
 6
5 DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS NA 
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 
 
O programa de prevenção de riscos ambientais (P.P.R.A) tem como principais 
objetivos a identificação e antecipação dos riscos ambientais do empreendimento, 
atuando de acordo com a norma brasileira NR18, procurando minimizar a incidência 
de acidentes, garantindo assim a preservação da saúde integridade física dos 
trabalhadores. Em função dos riscos ambientais levantados, serão implantadas 
medidas de controle nas diversas áreas atingidas, conforme mapa de riscos 
ambientais. O planejamento e riscos das ações devem consistir em um treinamento 
específico para cada função a ser executada pelo trabalhador ( cursos exigidos para 
trabalhos de alto risco, como operação em gruas, elevadores cremalheiras, trabalhos 
relacionados à elétrica, etc), eleição da CIPA, com registro no DRT ( departamento 
responsável técnico), registros de acidentes, e por fim, investigação de acidentes, 
causas apuradas e medidas propostas. Com a estrutura montada acima, o P.P.R.A 
está pronto para atuar na profilaxia dos acidentes de trabalho, sendo avaliado e 
constantemente revisado pela CIPA, que deverá acompanhara sua execução, e 
avaliar a obra em questão, podendo ou não efetuar concursos internos de 
segurança. Estes concursos internos têm por finalidade estimular a prática de 
prevenção de acidentes de trabalho, redução das taxas de freqüência dos mesmos, 
fornecer parâmetros para a avaliação das administrações das obras, evitar a 
maculação da imagem da empresa em questão e penalidades do Ministério do 
trabalho. 
 
 
5.1 RISCOS AMBIENTAIS 
 
Previstos no P.P.R.A, podemos dividir os riscos ambientais em 5 principais 
categorias: riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, ergonômicos e riscos de 
acidentes. De acordo com o médico do trabalho Dr. Juan Canet Font, da empresa 
Gafisa S/A, em revista interna da empresa, serão mostradas as principais 
conseqüências destes riscos ambientais para a saúde do trabalhador. 
 
 7
5.1.1 Riscos físicos 
 
Podem-se dividir os riscos físicos na construção em sete principais categorias: 
ruídos, vibrações, calor, radiações não ionizantes, radiações ionizantes e umidade. 
São encontrados na maior parte do canteiro, sendo os ruídos e vibrações mais 
presentes nas proximidades de maquinário pesado, fundações cravadas, e locais de 
concretagem. As radiações estão presentes na armação, com o uso de máquinas de 
solda e insolação por exposição excessiva ao sol. Calor pode tanto ter a ver com 
exposição excessiva ao sol, como presença em ambientes não ventilados, como é o 
caso de fundações estilo tubulões, onde existem também problemas ligados à 
umidade. Esta última está relacionada a ambientes expostos constantemente à ação 
da água, como vestiários, e lavatórios e locais de contato direto com o solo. 
Segundo Font, as principais conseqüências possíveis de cada risco físico, 
causadoras de problemas físicos as trabalhadores são: 
 
• Ruídos 
Os ruídos podem ter como conseqüências físicas, o cansaço, 
irritações nos ouvidos, dores de cabeça, diminuição da audição, 
aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, 
taquicardia e perigo de infarto. 
 
• Vibrações 
As vibrações podem ter como conseqüências físicas, o cansaço,l 
irritações, dores nos membros, na coluna, doença do movimento, 
artrite, problemas no aparelho digestivo, lesões ósseas, circulatórias e 
dos tecidos moles. 
 
• Calor 
O calor pode ter como conseqüências físicas, o aumento da pulsação, 
irritações, internação, prostração térmica, choque térmico, fadiga 
térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão. 
 
 
• Radiações não ionizantes 
 8
As radiações não ionizantes podem ter como conseqüências físicas, 
queimaduras, lesões nos olhos, lesões na pele, e em outros órgãos. 
Como exemplo podemos citar a exposição excessiva ao sol 
 
• Radiações ionizantes 
As radiações ionizantes podem ter como conseqüências físicas, 
alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais e acidentes do 
trabalho. 
Não afeta diretamente a construção civil, como exemplo podemos citar 
as partículas alfa, beta, raios-X, entre outros. 
 
• Umidade 
A umidade como conseqüências físicas, doenças no aparelho 
respiratório, quedas, doenças de pele e doenças circulatórias. 
 
5.1.2 Riscos Químicos 
Pode-se dividir os riscos químicos em quatro principais categorias: poeiras 
incômodas, fumos metálicos, poeiras alcalinas e névoas, gases e vapores. Os riscos 
químicos se encontram por todo o canteiro de obra, e são resultado de agentes 
nocivos presentes na atmosfera da obra, principalmente em locais onde se 
manuseiam substâncias de pequena granulometria, como cimento, cal, areias, 
substâncias estas que podem ser inaladas ou mesmo ser absorvidas por via 
cutânea. 
 
5.1.3 Riscos BiológicosEm obras é comum encontrar bacilos, bactérias, fungos, parasitas, vírus, 
protozoários, insetos, aranhas, escorpiões, raros e cobras. Estes seres vivos podem 
trazer como conseqüências físicas ao trabalhador, doenças como tuberculose, 
brucelose, malária, febre amarela, entre outras. As ações dos agentes penetram nas 
vias cutâneas e respiratórias. 
 
5.1.4 Riscos ergonômicos 
Pode-se dividir os riscos ergonômicos em dois sub-itens. 
 
 9
• Trabalho físico pesado, postura incorreta, posição incomoda, 
transporte e levantamento manual de material de peso: tem como 
conseqüências o cansaço, dores musculares, fraqueza, hipertensão 
arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, alterações no sono, 
problemas de coluna, acidentes; 
 
• Riscos excessivos, jornada prolongada e outras situações 
causadoras de stress físico e/ou psíquico: tem como conseqüências o 
cansaço, dores musculares, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, 
doenças nervosas, alterações no sono, asma, tensão, ansiedade, 
medo, comportamento estereotipado. 
 
5.1.5 Riscos de acidentes 
Podem-se dividir os riscos referentes a este item em 5 principais sub itens: arranjo 
físico deficiente, máquinas sem proteção, ligações elétricas deficientes, ferramentas 
defeituosas, EPI e EPC inadequados. 
 
• Arranjo físico deficiente: 
Os arranjos físicos deficientes podem ter como conseqüências os 
acidentes e desgaste físico excessivo; 
 
• Máquinas sem proteção: 
As máquinas de corte como serra circular e serra policorte, sem 
proteção, podem ser responsáveis por acidentes graves, 
principalmente mutilações e cegueira, uma vez que podem projetar 
objetos contra os olhos do trabalhador; 
 
• Ligações elétricas deficientes: 
As ligações elétricas deficientes podem ter como conseqüências, 
curtos-circuitos, choques elétricos, incêndio, queimaduras, acidentes 
fatais; 
 
• Ferramentas defeituosas: 
 10
Ferramentas defeituosas podem ser responsáveis por acidentes e 
mutilações, principalmente nos membros superiores; 
 
• EPI’s e EPC’s inadequados ou inexistentes: 
A falta ou usos inadequados dos equipamentos de segurança, tanto 
individuais como coletivos podem trazer como conseqüências 
acidentes e doenças ocupacionais, como infecções, cegueira, 
problemas auditivos, quedas de níveis de materiais, entre outros. 
 
 
5.2 MAPA DE LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS E ACIDENTES 
DE TRABALHO 
Será mostrado a seguir um resumo dos principais serviços em obras de construção 
de edifícios, e os principais agentes/riscos causadores de acidentes/doenças 
ocupacionais, mapa este que é um guia para execução das medidas de proteção 
coletiva (EPC) e equipamentos pra proteção individual (EPI). O levantamento dos 
dados referentes a este mapa foram colhidos em 3 diferentes PCMAT’s de diferentes 
empreendimentos e construtoras, da obra Portal de são Francisco (Cconstrutora 
Gafisa S/A), obra Spazzio dell’Aqua (construtora Gafisa S/A) e condomínio Praça 
Villa-Lobos (construtora Hochtief do Brasil). 
 
 
EQUIPAMENTOS E 
SERVIÇOS  AGENTES/ RISCOS  RECOMENDAÇÕES 
PROTEÇÃO 
INDIV.  COLET. 
ESCAVAÇÃO MANUAL   Umidade  Uso de botas de borracha 
com cano alto  X    
ESCAVAÇÃO MANUAL   Soterramento Proteçãoes laterais    X
ESCAVAÇÃO MANUAL   Doenças infecciosas 
Utilização de EPI's (botas, 
luvas, capacete, óculos e 
vestiáario impermeável) 
X    
ESCAVAÇÃO MANUAL   queda de nível alto 
Proteger as bordas das 
escavações, utilização de 
escadas
   X 
 11
SOTERRAMENTO 
Deslizamento ou 
soterramento de terra 
sobre a vala de 
escavação 
Locação de escavação com 
taludes devidamente 
dimensionados; proteger 
redes de abastecimento, 
tubulações e vias públicas; 
dispor de saída rápida para 
funcionários; utilização de 
cinto de segurança com 
cabo guia 
X  X 
CHOQUE ELÉTRICO  Cabos elétricos aéreos 
e subterrâneos  
Verificar a existência de 
cabos  no local a ser 
escavado 
   X 
EXECUÇÃO DE FORMAS  Acidentes de queda de 
nível 
Guarda corpo nas periferias 
das lajes; proteger vãos e 
espaços vazios; utilização 
dos EPI's; facilitar os 
acessos (rampas, escadas); 
bandejas primárias e 
secundárias 
X  X 
SERRA CIRCULAR  Acidentes diversos 
Uso correto dos EPI's; 
carpinteiro treinado e 
exclusivo; não permitir a 
retirada de protetores da 
serra 
X  X 
EXECUÇÃO DE FORMAS  Acidentes com 
ferramentas pessoais 
Utilização de botas e 
capacete; uso de cinto 
portas‐ferramentas 
X    
ARRANQUES DE 
ARMADURAS EXPOSTAS  Acidentes 
Proteger as pontas de 
ferragens verticais     X 
ARMAÇÃO  Queda de nível alto 
Utilização de cinto de 
segurança atado a um cabo 
guia 
X    
TRANSPORTE E 
MANUSEIO DE 
FERRAGENS 
acidentes 
Utilizar luvas protetoras, 
ombreiras e óculos de 
segurança; observar fiação 
elétrica, aéreo ou pelo piso 
(risco de choque elétrico) 
X  X 
CONCRETAGEM 
(LANÇAMENTO DE 
CONCRETO) 
Riscos químicos 
Utilização de EPI's ( botas, 
luvas, capacete, vestiário 
adequado) 
X    
 12
CONCRETAGEM 
(VIBRAÇÃO)  Riscos físicos 
Além dos acima 
mencionados, utilização de 
protetores auriculares 
X  X 
CONCRETAGEM  Queda de nível alto 
Utilização de cinto de 
segurança, protetores de 
borda de laje; bandejas 
primárias e secundárias 
X    
ALVENARIA (MARCAÇÃO)  Riscos de acidentes; 
riscos químicos 
Uso de cinto de segurança 
na borda da laje; uso de 
luvas de látex 
X    
ALVENARIA (ELEVAÇÃO)  Riscos de acidentes; 
riscos químicos 
Uso de cinto de segurança 
na borda da laje; uso de 
luvas de látex; travamento 
provisório da alvenaria 
X  X 
OPERAÇÃO DE 
BETONEIRA  Poeira 
Manter ventilação natural 
ou artificial; utilização de 
máscara 
   X 
SOLVENTES E ÁCIDO 
MURIÁTICO  Gases e vapores 
Utilização de EPI's ( máscara 
contra poeira e máscara 
contra gases); ventilação 
natural ou artificial 
X  X 
CIMENTO  Produtos químicos 
Utilização de EPI's (luva de 
látex); proibição do uso de 
solventes para lavagem das 
mãos após a jornada de 
trabalho, limpeza rigorosa 
corporal e troca de vestiário 
X  X 
CARPINTARIA, 
MÁQUINAS E 
EQUIPAMNTOS EM 
GERAL, CANTEIRO DE 
OBRAS 
Ruídos. iluminação 
deficiente 
Utilização de protetor 
auricular; instalação elétrica 
adequada 
X  X 
SERVIÇOS SOBRE 
ANDAIMES, POÇOS DE 
ELEVADORES E 
BALANCINS 
Queda de nível alto 
Instalação de guarda corpo 
rígido; uso de cinto de 
segurança atado a cabo guia 
X  X 
COLOCAÇÃO DE VIDROS 
E SERVIÇOS DE 
FACHADAS 
Queda de material 
Área embaixo dos serviços 
deverá ser isolada e 
interditada; uso de tela 
fachadeira 
   X 
 13
ARMAZENAMENTO 
INADEQUADO DE 
MATERIAIS E ENTULHOS 
Arranjo físico 
inadequado 
Organização e distribuição 
de equipamentos e 
máquinas a fim de evitar 
acidentes e liberar o tráfego 
de pessoas 
   X 
IMPROVISAÇÃO DE 
MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS 
Máquinas e equip. 
sem proteção 
Proibição de retirada de 
proteção de equipamentos; 
não improvisar ferramentas  
X  X 
SOL, CALDEIRAS E 
AMBIENTES 
CONFINADOS 
Temperatura excessiva
Uso de vestimenta especial, 
ventilação forçada, turnos 
curtos de trabalho  
X  X 
RISCO DE INCÊNDIO E 
EXPLOSÃO 
Caldeira para 
derretimento de piche 
(impermeabilização) 
Instalar a caldeira em local 
isolado e devidamente 
sinalizado; extintores de pó 
químicos próximos 
X  X 
SERVIÇOS DE SOLDA E 
CORTE A OXI‐ACETILENO  Radiações ionizantes 
Utilização de óculos de 
proteção com lentes 
escuras; proteção com 
anteparos em locais de 
trânsito de pessoas 
X  X 
ÁGUA EMPOÇADA, 
SANITÁRIOS, VESTIÁRIOS 
E REFEITÓRIOS 
Bactérias, fungos e 
vírus, insetos 
Drenagemperiódica; 
limpeza constante; uso de 
botas de borracha; uso de 
piso plurigoma (vestiários); 
lavagem de caixa de água 
X  X 
BANCADAS  DE CORTE E 
DOBRA DE VERGALHÕES 
Arranjo físico 
inadequado 
Manter bancada estável, 
apoiada sobre piso nivelado 
e não escorregadio, 
afastada de trânsito de 
pessoas 
   X 
MÁQUINAS. 
EQUIPAMENTOS, 
FERRAMENTAS E 
MATERIAIS 
Operações de corte, 
desforma 
Utilização dos EPI's; locais 
de riscos de quedas 
devidamente sinalizados e 
isolados; madeiras para 
corte ou desforma com os 
pregos retirados, assim 
como arames e fitas 
X  X 
LIXAMENTO E 
TRATAMENTO DO 
CONCRETO 
Poeira 
Ventilação natural ou 
forçada; utilização de 
máscara contra poeira 
X  X 
 14
UTILIZAÇÃO DE GESSO E 
FORRO DE PAREDES  Poeira 
Ventilação natural ou 
forçada; utilização de 
máscara contra poeira 
X  X 
COLAS E TINTAS  Gases e vapores 
Ventilação natural ou 
forçada; utilização de 
máscara contra gases 
X  X 
REVESTIMENTO COM 
CHAPISCO, REBOCO, 
JATEAMENTO E LIMPEZA 
DE PASTILHAS 
Corpos estranhos nos 
olhos 
Utilização de óculos de 
segurança  X    
EXECUÇÃO DE 
PINTURAS, APLICAÇÃO 
DE VERNIZES E COLAS, 
SOLVENTES 
INFLAMÁVEIS 
Incêndio, explosão e 
inalação de produtos 
químicos 
Ventilação natural ou 
forçada; sinalizar o local de 
risco de incêndio; extintores 
espalhados pelo canteiro; 
verificação de instalações 
elétricas 
X  X 
Tabela I - Mapa de riscos por atividades (Gafisa, 2004) 
 
 
A tabela mostra os principais serviços em execução de edifícios que acarretam 
grandes riscos à saúde e integridade física dos funcionários. Os itens com X 
assinalado no campo destinado às proteções coletivas são o foco desta pesquisa e 
terão tratamento mais detalhado no decorrer da mesma, onde as medidas de 
proteção coletivas serão assinaladas individualmente de acordo com as etapas da 
obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
6 ESTUDO DE CASO 
Como complementação a este trabalho, será mostrada a seguir uma entrevista feita 
com um técnico de segurança do trabalho Cláudia Silveira Calvacante, credencial nº 
SP/ 010799.9, da empresa MPD Engenharia Ltda, trabalhou na empresa REGRA 
Sistema da Construção Ltda, empresa subcontratada da HOCHTIEF do Brasil para 
executar a obra Condomínio Parque Villa-Lobos (Marginal Pinheiros). Cláudia 
Cavalcante tem como experiência profissional não só a empresa atual, como 
também as empresas ADOLPHO LINDERBERG E ODEBRECHT. 
 
Como estudo de caso, será mostrado as principais atividades realizadas em 
edifícios, e as medidas de proteção que devem ser adotadas para cada atividade, 
segundo a NR18. Foram utilizadas fotos de uma obra atualmente em construção 
(obra Office Tamboré – MPD Engenharia), e artigos e fotos do PCMAT da empresa 
Gafisa. 
 
 
6.1 ENTREVISTA COM TÉCNICO DE SEGURANÇA 
 
1) Quais os benefícios para a sua empresa e que importância esta 
dá para as medidas de proteção coletiva? 
“ Temos como benefícios a melhoria contínua dos serviços, qualidade de vida 
dos colaboradores, maior produtividade em obra, em função da falta de ausência 
dos trabalhadores por afastamento médico causado por indenização. 
Principalmente, temos um pensamento focado no bem estar do trabalhador, que 
através das medidas adotadas poderá trabalhar mais tranqüilo e ter uma vida útil 
de trabalho mais duradoura.” 
 
2) Quais os tipos de acidentes que estas previnem? E quais são 
os mais usuais segundo a sua experiência? 
“ Os acidentes que estas previnem são principalmente os relacionados às 
quedas de níveis superiores a 2,0 metros (de trabalhadores ou materiais), 
prevenção de mutilações por parte de máquinas pesadas ou de corte, combate á 
infecções bacteriológicas e prevenção de danos físicos aos colaboradores por 
 16
agentes nocivos de obra. Os mais usuais são sem dúvida a queda de materiais 
de alto nível, que podem ser fatais, se caírem sobre algum trabalhador e 
mutilações derivadas de uso incorreto de máquinas de corte. Os acidentes fatais 
ocorrem geralmente da queda de pessoas de alto nível e queda de materiais.” 
 
3) Como é feito o planejamento das medidas de segurança em 
sua empresa, e quando é elaborado? 
“ Antes da execução da obra foi elaborado uma espécie de manual de 
segurança, PCMAT, que continha o resumo de todas as medidas necessárias 
para a futura obra. Um capítulo deste é destinado ao PPRA, onde é feito um 
levantamento de todos os riscos relacionados à obra, para futuro planejamento 
de ações. São eleitos os membros da CIPA, para estes serem os responsáveis 
pela fiscalização e ação nas medidas, e efetuarem reuniões mensais para 
discussão das mesmas e sua eficácia. No decorrer da obra, o PCMAT poderá 
sofrer modificações, e são efetuados os APR’s (análise preliminar de riscos), que 
são levantamentos de riscos por responsabilidades.” 
 
4) Quais as mediadas mais adotadas pela empresa para 
conscientização dos colaboradores da obra? 
“Na empresa temos placas de sinalização, treinamentos, DD’s (diálogos diários 
de segurança) com os encarregados, que serão responsáveis por transmitir o 
conteúdo para seus funcionários. Temos ainda treinamentos específicos por 
função e integração dos funcionários novos, onde muitas vezes convidamos 
alguns colaboradores de obra para serem palestrantes e falarem sobre suas 
experiências pessoais específicas. Por fim, existe, existe uma eleição dos 
membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), são 
efetuados os APR’s (Análise Preliminar de Risco), é feito um planejamento para 
prevenção e sugeridas futuras soluções, e fiscalização rigorosa dos técnicos de 
segurança.” 
 
5) Que assuntos são abordados no treinamento, quanto tempo 
demora? 
“Cada treinamento deve ter uma carga horária Mínima de 2 horas. Reuniões 
ordinárias de CIPA são mensais. São abordados como temas o uso correto e 
 17
obrigatório dos EPI’s temas como higiene e saúde, organização e limpeza, 
equipamentos de proteção coletiva (EPC ), sinalização e fiscalização. São 
chamados também profissionais da área para fazerem um curso específico de 
brigada de incêndio, onde são dadas informações e procedimentos a serem 
tomados em caso de incêndio.” 
 
6) Quem executa as medidas de proteção? 
“A empresa possui dois carpinteiros gerais para executar proteções de pequeno 
porte, como fechamento de pequenos vãos, pequenas passarelas e corrimãos. 
Medidas de segurança de grande porte são responsabilidades das empresas 
contratadas, com cláusula específica no contrato, que as obriga a respeitar as 
normas de segurança, e executar as proteções coletivas referentes ao seu 
serviço, com a ameaça de corte nos pagamentos e suspensão nos serviços. 
Temos ainda na obra, médico de meio período e enfermeira período integral, 
para pequenos acidentes e más-disposições, sendo os feridos mais graves 
encaminhados para hospitais mais próximos.” 
 
7) Em sua opinião a norma brasileira é bem estruturada para 
garantir a segurança dos trabalhadores? È exigente demais ou 
deficiente? Em que itens poderiam melhorar? 
“ A norma brasileira é exigente e bem estruturada, tendo ainda por qualidades 
ser bem auto-explicativa e dar uma boa orientação para o curso das obras. No 
entanto, ela não possui uma flexibilidade que muitas vezes é necessária para a 
obra, principalmente no que se refere a prazos. Ela diz que é preciso fazer, mas 
não dá um prazo flexível, para a obra poder, por exemplo, estudar uma forma 
econômica de executar as proteções. Mas no geral, ela é uma boa aliada do 
bem estar do trabalhador, e embora seja severa com o empregador, acaba por 
também ser aliada.” 
 
6.2 CONSCIENTIZAÇÃODOS FUNCIONÁRIOS 
Um dos maiores inimigos da segurança do trabalho nas obras é a falta de interesse 
e colaboração dos trabalhadores. Segundo Dias Campos (Apud Zocchio, 2000, pág 
25). É desnecessário ressaltar a importância da educação na prevenção de 
 18
acidentes de trabalho, muito embora não se possa atribuir-lhe a responsabilidade 
integral na solução do problema.” 
Falta de uso do cinto de segurança, capacete, retirada de utensílios de proteção em 
equipamentos de alto risco (como serras circulares) em prol de uma maior rapidez 
de serviço, são alguns dos erros mais freqüentes em obras, que podem resultar em 
acidentes. 
Várias são as formas de sensibilizar os funcionários para o problema, dentre elas as 
mais usadas são; palestras, treinamentos, integrações de trabalhadores novos, 
cartazes espalhados pelo canteiro, quadros de avisos, jornais periódicos, Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), concursos internos nas 
empresas sobre segurança e principalmente fiscalização rigorosa. 
Ainda Segundo Dias Campos ( Apud Zocchio, 2000, pag 26), “A educação visando a 
prevenção de acidentes deve buscar a formação de consciência prevencionista, 
reforçando a tônica, através de repetições e palestras, usando de recursos 
audiovisuais e, particularmente, fazendo a fiscalização ambiental para garantir a 
continuidade das práticas prevencionistas adotadas.” 
 
6.2.1 Treinamento e Palestras 
Presenciei um treinamento sobre segurança do trabalho, obrigatório por lei, efetuado 
antes do início dos serviços do funcionário, deve conter os seguintes itens: 
• Equipamentos de Proteção Individual(EPI) 
O técnico de segurança faz a demonstração do uso correto dos EPI’s 
(bota de couro ou borracha (de cano alto ou baixo, dependendo da 
situação), cinto de segurança para trabalhos em altura, luva de 
borracha ou PVC, capacete, óculos de segurança, protetor auricular, 
máscara contra poeira, protetor facial, ombreira e capa de chuva). 
 
• Equipamentos de proteção Coletiva (EPC) 
Demonstração da forma correta de construção e manutenção das 
proteções individuais e coletivas nos edifícios (Como bandejas 
primárias e secundárias, proteções em poços de elevadores, em 
aberturas de piso, proteções de periferia, corrimãos de escadas, 
escadas provisórias e rampas de acesso, instalações elétricas, 
 19
funcionamento e restrições de máquinas e equipamentos), previamente 
planejadas no PCMAt da obra. 
 
• Riscos Ambientais 
Conscientização dos funcionários sobre os riscos existentes na 
construção civil (riscos químicos, físicos, riscos biológicos e riscos 
ergonômicos) 
 
• Acidentes de trabalho 
Alertar aos funcionários sobre conseqüência dos acidentes de trabalho, 
apresentando-lhes dados estatísticos, bem como formas de evitá-los. 
 
• Primeiros socorros 
Orientação sobre as primeiras medidas a serem tomadas perante a 
ocorrência de um acidente como técnicas de salvamentos e transporte 
de vítimas. 
 
• Combate á incêndio 
Orientação sobre riscos de incêndio , importância da prevenção, 
agentes extintores treinamentos de retirada coletiva e práticas de 
combate ao fogo. 
 
Treinamentos específicos são exigidos por lei para execução de determinados 
serviços, dentre eles: 
a) Serviços elétricos: Curso SENAI para capacitar o funcionário a lidar 
com energia elétrica; 
b) Guincho: Curso para guincheiros para sinalização de operação, 
movimentação de cargas suspensas, proteção das cargas ao serem içadas, 
cabos de aço e demais medidas de segurança. 
c) Elevadores cremalheiras: Curso de sinalização de operação, 
movimentação de cargas, cabos de aço e demais medidas de segurança. 
Para uma maior eficiência no combate aos acidentes de trabalho, o treinamento 
deverá ocorrer antes da execução dos serviços, bem como deverá haver palestras 
periódicas. 
 20
 
6.2.2 Cartazes e quadros de aviso 
Com o intuito de fazer permanecer o tema da segurança do trabalho no cotidiano do 
trabalhador da obra, os cartazes, quadros de aviso e jornais periódicos são 
importantes ferramentas de persuasão. 
 
 
Fig. 1) - Demonstrativo de placas de alerta ao uso de equipamentos de 
proteção individual. 
Fonte: PCMAT da obra Portal São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa 
S/A 
 
As figuras acima mostram modelos das principais placas de campanha de 
segurança, no que se refere ao uso de proteção individual. Devem ser colocadas 
em locais estratégicos, conforme descrito abaixo: 
 
• Uso obrigatório de máscara de respiração: 
As placas de aviso de uso obrigatório de máscaras de respiração 
devem ser colocadas próximo ás betoneiras, às queimas de cal, 
recintos fechados de pintura e aplicação de gesso, à locais de 
aplicação de carpete ou outros materiais que necessitam de aplicação 
de cola, bem como locais onde são efetuados corte de tijolos e 
cerâmicas. 
 
 21
• Uso obrigatório de capacetes 
As placas de aviso de uso obrigatório de capacetes devem ser 
colocadas principalmente na entrada da obra, sendo reforçada a idéia 
por todo o empreendimento. Não deverá ser permitida a entrada do 
trabalhador que não trouxer consigo este equipamento. 
 
• Uso obrigatório de protetor auricular 
As placas de aviso de uso obrigatório de protetor auricular devem ser 
colocadas próximo às serras circulares, policortes, em obras com 
fundações em estacas cravadas, em todos os procedimentos 
repetitivos ruidosos em obras e colocar avisos nas caixas de máquinas 
muito ruidosas (como por exemplo, pistolas pregadeiras, marteletes, 
pistola finca pinos, materiais elétricos, etc) 
 
• Uso obrigatório de luvas 
As placas de aviso de uso obrigatório de luvas devem ser colocadas 
próximas a locais de fechamentos de alvenarias, concretagens, cargas 
e descargas de materiais, locais de preparação de ferramentas, locais 
de lavagem de pastilhas e locais que passarão por processo de 
impermeabilização. 
 
• Uso obrigatório de botas 
As placas de aviso de uso obrigatório de botas de borracha devem ser 
colocadas próximas a locais onde há excesso de umidade e pelo 
canteiro, principalmente durante a fundação, locais a serem 
concretados. As placas de aviso de uso obrigatório de botas de couro 
deverão ser colocadas em todo o empreendimento, sendo vetada a 
entrada de trabalhador que não use. 
 
• Uso obrigatório de óculos de segurança e/ou protetor facial 
As placas de aviso de uso obrigatório de óculos de segurança e/ou 
protetor facial devem ser colocadas em pedestais próximos aos 
serviços com entalhadoras, serviços de chapisco, emboço, reboco de 
 22
paredes e tetos, serviços relacionados a gesso, concretagens, 
vibradores, lavagem de pastilhas. Devem também conter avisos 
equipamentos de alto risco de manuseio, como serras circulares, 
policortes e máquinas elétricas. 
 
• Uso obrigatório de cinto de segurança 
As placas de aviso de uso obrigatório de cinto de segurança deverão 
ser colocadas em pedestais próximo das beiradas das lajes em 
execução, afixar nos balancins, divulgar para serviços de montagem de 
elevadores, gruas, elevadores cremalheiras e outros que implicam 
trabalhos em alturas elevadas e que tem o risco de quedas em altura. 
 
 
6.2.3 Padronização das placas de sinalização 
As placas de sinalização, cartazes e quadros de aviso devem respeitar a norma 
NR26, específica para o tema, que determinas as cores a serem empregadas em 
cada tipo. Segundo a norma NR26, as cores empregadas para cartazes de 
segurança na construção civil são: vermelho, amarelo, branco, preto, verde e devem 
ser usadas da seguinte maneira: 
 
• Vermelho é empregado para identificar: 
- caixa de alarme de incêndio,hidrantes, bombas e todos os demais 
itens referentes a combate a incêndio; 
- portas de saídas de emergência; 
- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções 
e quaisquer outras obstruções temporárias; 
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de 
emergência. 
 
• Amarelo: Significa “Cuidado” ou “Alerta”. É empregado para 
identificar: 
- corrimãos, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que 
apresentem risco; 
 23
- bordas desguarnecidas de aberturas no solo, e de plataformas que 
não possam ter corrimãos; 
- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; 
- vigas colocadas a baixas alturas; 
- cabines, caçambas, guindastes, escavadeiras, cremalheiras, bomba 
para lançamento de concreto, etc; 
- fundos de letreiros e avisos de advertência; 
- uso obrigatório de equipamentos de segurança 
 
• Branco: O branco será empregado em: 
- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas 
(localização e largura); 
- localização e coletores de resíduos 
- localização e bebedouros 
 
• Preto: É empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e 
combustíveis de alta viscosidade ( ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo 
combustível, alcatrão, piche, etc.). 
 
• Verde: é a cor que caracteriza “segurança”. É empregado para 
identificar: 
- caixas de equipamento de socorro de urgência; 
- caixas contendo máscaras contra gases; 
- macas; 
- quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança 
- localização de EPI; caixas contendo EPI; 
Para melhor eficácia no uso coletivo dos equipamentos de segurança e na execução 
de todos os elementos de proteção coletiva, é necessária a existência de um 
encarregado de segurança de presença constante na obra, que zelará em campo 
pela eficiência das medidas adotadas. 
 
 24
6.3 Medidas de Proteção coletiva em Edifícios 
Entende-se por proteção coletiva toda e qualquer medida protecionista que faça 
parte do corpo do prédio em construção, ou a medida tomada que visa a proteção 
de um conjunto de trabalhadores, que foge aos equipamentos de proteção individual 
(EPI’s) dos mesmos. São exemplos de proteção coletiva (EPC’s) em edifícios os 
seguintes utensílios: bandejas primárias e bandejas secundárias, proteções de poço 
de elevador e proteções de abertura de piso, proteções de periferia (como gradil e 
tela), corrimãos e guarda-corpo provisório de escadaria, instalações provisórias de 
obra e proteções de máquinas de alto risco (como gruas e máquinas de corte). 
Pode-se dividir as medidas de proteção coletiva em cinco principais sub-itens: 
 
• anteiro de obra: serão algumas medidas que deverão ser tomadas para 
minimizar os riscos de contaminação química e biológica dos trabalhadores, bem 
como organização para evitar acidentes; 
• Fundação e terraplanagem: serão analisados neste item os escoramentos 
necessários, as proteções de periferias de taludes, os detalhamentos das passarelas 
de transição e proteções dos arranques; 
• Estrutura e transporte de pessoas e cargas: serão analisadas as proteções 
coletivas nas montagens de formas, nas armações, nas proteções de periferia de 
laje para concretagem, as proteções necessárias nos equipamentos de transporte 
de pessoas e materiais , bem como elevador de obra, proteções coletivas contra 
quedas de altura, como bandejas primárias e secundárias, telas e plataformas de 
proteção. Serão vistos ainda proteções de escadaria, com corrimãos e guarda corpo, 
iluminação de emergência e proteção contra incêndios; 
• Fachada: Serão analisados os detalhamentos de andaimes suspensos 
mecânicos pesados e andaimes suspensos leves, proteções e equipamentos para 
trabalhos em altura; 
Para descrição detalhada de cada tópico acima, foram analisadas não só as 
medidas obrigatórias impostas por lei na norma NR18, mas também medidas 
aconselháveis de proteção coletiva, medidas estas de uso comum em obras. Deste 
modo, para os capítulos que se seguem, não só serão mostradas medidas da 
norma, mas também medidas impostas por normas internas de construtoras de 
grande porte como as empresas Gafisa e Hochtief. 
 25
 
6.4 Canteiro de obras 
Neste item foram analisados diversos cuidados a serem tomados na organização de 
canteiros e no cuidado com o trabalhador, de modo a evitar a contaminação e 
acidentes em obras. As principais medidas a serem tomadas em canteiros de obra 
são: 
- Limpeza constante do canteiro de obra, principalmente vestiários, banheiros, 
refeitórios, a fim de evitar a proliferação de bactérias, fungos, insetos, ratos, 
escorpiões, evitar doenças de pele nos banheiros e vestiários, e doenças 
provocadas por contato com animais portadores; 
- Contratar funcionários com a carteira de vacinação em dia, ou vaciná-los na 
contratação, principalmente nas doenças nas quais eles são grupo de risco, como o 
tétano ( pois estão em contato com a terra e metais enferrujados), gripe (pois irão 
trabalhar expostos em dias de frio e chuva), dengue, entre outras; 
- Controle constante de materiais armazenados, poças de água, afim de evitar o 
surgimento do mosquito portador da dengue; 
-Ventilação natural ou forçada em banheiros e vestiários, de acordo com a norma 
NR18; 
- Piso higiênico e lavável nos refeitórios e banheiros, de caimento perfeito para os 
ralos (opcional o uso de plurigoma nos banheiros a fim de evitar o contato dos pés 
com água suja); 
- Fornecer e estocar materiais de limpeza e higiene do trabalhador; 
- Chuveiros eletricamente aterrados, para evitar choques elétricos; 
- Possuir água potável na proporção de 100 l/trabalhador (previsão diária), 
proporção está presente na norma NR18; 
- Limpeza periódica da caixa d água, evitando a ploriferação de insetos, baratas, 
mosquitos da dengue, ou ainda ratos que através desta podem transmitir 
Leptospirose; 
- Organização de canteiro de obra, separando materiais e maquinários do tráfego 
constante de trabalhadores (vestiários, refeitórios, grêmio, etc); 
- Isolamento e demarcação de áreas de risco de quedas de material e da projeção 
vertical do alcance da grua; 
- Manter desobstruídas as passagens de trabalhadores pela obra; 
- Iluminação adequada em locais de tráfego de trabalhadores; 
 26
 
6.5 Fundação e terraplanagem 
Neste item serão contemplados os seguintes sub-itens: 
- Escoramento de solos instáveis; 
- Periferia de taludes; 
- Passarela de transposição; 
- Execução de tubulões; 
- Proteção de arranques (pontas de ferro); 
- Cuidados referentes a choques elétricos 
 
6.5.1 Escoramento de solos instáveis 
De acordo com a norma brasileira NR18, taludes instáveis das escavações com 
profundidade superior a 1,25m, devem ter a sua estabilidade garantida por 
estruturas dimensionadas para este fim, tendo que respeitar ainda outro item que diz 
que o material retirado não poderá ser depositado a distância inferior a metade da 
profundidade. 
Para saber ao certo o tipo de escoramento e dimensões deste, deverá ser 
requisitado um consultor de solos, pois estes variam com o tipo e características de 
cada solo, bem como características do tipo de corte feito. 
Tal escoramento pode ser feito de diversas maneiras, dependendo principalmente 
da forma como o solo está disposto, desde que no final esteja garantida a 
impossibilidade de movimentação do solo. Um dos métodos usados para 
escoramento de solo é o muro de arrimo, de custo mais elevado, mas de eficácia e 
durabilidade maior, sendo usado normalmente para escoramentos de grandes 
proporções, e de grande durabilidade. Patamares intermediários em forma de 
degraus são utilizados para suavizar a altura e inclinação de taludes, não sendo a 
formamais segura de fazê-lo, mas é muito utilizada para apresentar um custo baixo. 
Desta forma, um possível desmoronamento superior do solo iria encontrar 
sucessivos obstáculos em forma de degraus, evitando a incidência direta no 
trabalhador. 
 
 27
 
Fig.2) –escoramentos de solos instáveis com risco de desmoronamento 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
A figura 2 apresenta um exemplo de escoramento de dois taludes próximos entre si. 
Neste exemplo, tábuas ou pranchas são usados como paredes e temos um 
escoramento feito por caibros ou mesmo pranchas, fixando as duas paredes na 
vertical. 
 
6.5.2 Periferia de talude 
 
 
Fig.3) –esquema de proteção de periferia de talude 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
Assim como se sucede na periferia das lajes e varandas, é necessário proteger as 
periferias de taludes contra quedas de objetos e pessoas. Conforme esquema acima 
na figura 3, tal proteção deve ser construída da seguinte forma: pontaletes, guarda-
corpo, rodapé e entelamento. Para proteção de queda de objetos, é utilizado um 
rodapé rente ao solo (normalmente é empregada tábua de 2ª de 1” por 8”), e 
 28
entelamento entre os pontaletes (tela de nylon ou similar). De acordo com norma 
NR18, pontaletes devem ter uma distância máxima de 1,5m, e neles presos 2 linhas 
de guarda-corpos, uma à distância de 0,7m, outra à 1,2m de altura, altura esta 
mínima de proteção. 
 
6.5.3 Passarela de transposição 
 
 
Fig. 4) –esquemade passarela de transposição 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
A passarela de transposição é composta por duas proteção contra quedas de altura 
e um assoalho que permite a transposição do obstáculo. As proteções contra 
quedas de altura tem constituição semelhante ao item anterior (proteção de taludes), 
sendo assim formadas por um rodapé de altura igual a 20cm, tela normalmente de 
nylon, ambos presos à pontaletes distanciados a 1,5m entre si. Em guarda-corpos, 
temos 2 linhas de proteção, uma a altura de 0,7m, outra a altura 1,2m. Altura mínima 
para proteção em questão. 
 
6.5.4 Execução de tubulões 
Um dos tipos de fundação mais usados no Brasil, os tubulões vêm na contramão de 
toda a preocupação existente quanto à saúde e integridade física dos trabalhadores. 
Feito de forma rudimentar, sem utilização de tecnologias, apenas mão de obra 
barata, o tubulão é usado justamente por ter custo baixo e por na ter leis restritivas 
severas por parte do ministério do trabalho. Será a forma de fundação estudada 
neste trabalho, pois as fundações profundas não apresentam grandes riscos, uma 
vez que o trabalho é feito por intermédio de maquinários (sendo o risco no manuseio 
do maquinário, perigo de queda de algumas peças componentes, e riscos de 
 29
edificações vizinhas, que poderão sofrer graves danos), as fundações de sapatas e 
blocos só apresentam riscos no controle de taludes e manuseio de ferramentas. 
Desta forma, os principais cuidados a serem tomados na execução de tubulões são: 
- Estudo prévio do tipo de solo, de suas características como resistência, presença 
de gases; 
- Estudo prévio da existência de tubulações subterrâneas, tanto elétricas como 
hidráulicas; 
- A exigência do encamisamento do tubulão fica a critério do engenheiro 
especializado em fundações (de acordo com a norma NR18); 
- Possuir funcionário atento ao bem estar do parceiro quando este estiver em 
profundidade, pois as temperaturas são elevadas e podem provocar desmaios, 
problemas de pressão e ataques cardíacos, e poderá ainda ocorrer a presença de 
gases, que em pouco tempo causam desmaios, coma e morte dos funcionários; 
- Utilização de corda em perfeito estado e gancho com trava de segurança para 
segurar o balde vindo do fundo do tubulão; 
- Utilização de vestimenta adequada de botas para evitar contato contínuo do 
trabalhador com ambientes hostis à saúde; 
- Utilização de todos os equipamentos de proteção individual; 
- Proteção temporária dos tubulões enquanto estes estiverem abertos e não 
concretados. 
 
6.5.5 Proteção de arranque (pontas de ferro) 
Este item, proteção de arranques, não só estará presente na etapa das fundações, 
após a concretagem das estacas, sapatas ou tubulões, com também em todas as 
lajes, após a concretagem dos pilares. Como elemento de ligação de pilares de 
andares inferiores ou superiores são deixadas normalmente entre 0,5 a 1,0m de 
armadura exposta após a concretagem das lajes ou fundações. Esta armadura 
exposta é de alto rido para o trabalhador, devido à sua extremidade irregular 
(normalmente cortante, havendo entre outros riscos físicos a possibilidade de 
contaminação por doenças como tétano) e de fina bitola (em caso de trabalhador, a 
possibilidade de penetração dos arranques no corpo do mesmo é elevada). 
 
 30
 
Fig.5) – esquema de proteção de arranques 
Fonte: Obra Office Tamboré – MPD Engenharia,2008 
 
Para evitar tais problemas, existem protetores plásticos á venda ajustáveis a todas 
as bitolas de armaduras, protetores estes que isolam as superfícies cortantes do 
meio físico de trabalho e aumentam a área da seção transversal (não havendo assim 
penetração da armadura no corpo do trabalhador em caso de queda), conforme 
fig.5. 
 
6.6 Estrutura e transporte de pessoas e cargas 
Pode-se dividir os riscos relacionados à execução de estrutura em quatro principais 
itens: 
- Centrais de forma e armação; 
- Atividades em alturas ( proteções contra quedas); 
- Concretagens; 
- Bandejas primárias e secundárias 
- Elevadores cremalheiras e gruas 
 
6.6.1 Atividades em centrais de forma e armação 
Diversos são os riscos para os trabalhadores envolvidos neste item, dentre eles: 
- riscos físicos: ruídos e vibrações sonoras (que tem como fonte geradora a cerra 
circular e policorte para ferro), bem como risco de contato e ferimento com o disco o 
disco da serra circular e policorte, choque elétrico e incêndio; 
-riscos químicos como poeiras (que tem como fonte geradora a madeira em corte) 
 31
- riscos ergonômicos decorrentes de uma postura incorreta no transporte manual de 
cargas; 
Dentre os itens acima citados, o único que envolve medidas de proteção coletiva são 
os riscos físicos, uma vez que os outros apenas dependem do uso de equipamentos 
de proteção individual. 
 
6.6.1.1 Serra circular e policorte 
Dois dos equipamentos de maior risco de mutilação de trabalhadores na obra, a 
serra circular e policorte tem que ser rodeada de diversas precauções para atenuar 
sua periculosidade, dentre elas: 
- Somente trabalhador especializado pode operar a serra circular e policorte, sendo 
que estas deverão dispor de uma chave de ignição, evitando assim o uso por parte 
dos funcionários não habilitados e treinados; 
- Utilização de empurrador na bancada de corte, minimizando assim a necessidade 
das mão no corte da peças, tornando mais difícil o acidente físico; 
 
 
Fig. 6)-empurrador na bancada de serra circular 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
- Ter a carcaça do motor aterrada eletricamente, evitando assim riscos de choques 
elétricos; 
- Utilização de coifa protetora na serra circular (que durante a utilização deverá estar 
sempre apoiada na mesa), protegendo o trabalhador contra estilhaços de madeira, e 
coletor de serragem, afim de evitar o acúmulo de serragem, diminuindo o risco de 
incêndio. 
 32
 
Fig.7) –coifa protetora de serra circular 
Fonte: Obra Office Tamboré (MPD Engenharia,2008) 
 
- Dispor de biombo de proteção na serrapolicorte, para limitar a projeção de 
estilhaços de ferro (que no caso tem maior risco que estilhaços da serra circular); 
- Não deixar motor exposto, dispondo de protetor para evitar contato do motor com 
as pernas do trabalhador; 
 
Fig.8) –protetor de motor 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
- Manter sempre as serras em bom estado, substituindo os discos quando 
necessário; 
- Manter a limpeza da área de trabalho, a fim de evitar o ferimento nos pés; 
- Manter instalado junto à serra circular e policorte, extintor de pó químico e de água 
pressurizada, para combater incêndio; 
- Dispor de condutor de cabos elétricos, para evitar contato acidental e incêndio; 
- Manter na área de carpintaria, cartazes e avisos alusivos de equipamentos de 
proteção individual, conforme figura abaixo. 
 
 33
 
Fig. 9) –demondtrativo de placas de aviso em locais de alta periculosidade, como 
serra circular e policortes, e os devidos equipamentos de segurança a serem 
utilizados. 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
6.6.2 Atividades em altura (proteções contra quedas) 
 
Fig.10) –proteções contra quedas de objetos e pessoas – varandas 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
 34
 
Fig.11) – proteções contra quedas de pessoas – escadas 
Fonte: Obra Office Tamboré – MPD Engenharia, 2008 
 
Fig.12) – proteções contra queda de pessoas e objetos – vão de laje 
Fonte: PCMAT da obra Portal de São Francisco – Jaguaré – Construtora Gafisa S/A 
 
As três proteções acima mostradas, contra quedas em altura em periferia de laje e 
varandas, guarda-corpo em escadas e proteção contra quedas em vãos de lajes, 
todas tem a mesma constituição, pois todas estão englobadas no mesmo item da 
norma. Desta forma, temos como proteção de queda de objetos um rodapé de 20cm 
de altura (que normalmente é usada uma tábua de 2ª) e telas de nylon, ambos 
presos à pontaletes distanciados 1,5m entre si. 
Presos aos pontaletes estão duas linhas de guarda-corpo nas respectivas alturas de 
0,7 e 1,2m, sendo esta última a altura mínima para as proteções em questão. 
 
 35
 
Fig.13) –proeções contra quedas e pessoas e objetos – poço do elevador 
Fonte: Obra Office Tamboré (MPD Engenharia,2008) 
 
A figura acima apresenta a proteção contra queda de objetos e pessoas em posso 
de elevadores. Tal proteção poderá ser feita com madeiramento e tela, respeitando 
as mesmas características e medidas dos três itens acima. 
 
6.6.3 Bandejas primárias e secundárias 
 
 
Fig.14) –bandejas de proteção 
 36
Fonte: Catálogo do fabricante – Grupo Locguel 
 
Na figura acima pode-se ver montagens das mãos francesas de suporte de 
bandejas, montagem esta que no caso é feita através de chumbamento de ganchos 
na estrutura, serão estes ganchos metálicos que suportarão o peso da bandeja. 
 
Fig.15) –esquematização de utilização de bandejas primárias e secundárias 
Fonte: Obra Office Tamboré (MPD Engenharia,2008) 
 
De acordo com a norma, deve ser instalado no primeiro andar uma bandeja primária, 
de dimensões maiores que as demais. A bandeja é composta por mãos francesa, 
uma plataforma de 2,5m e 1,4m, composta normalmente por tábuas de 2ª, apoiadas 
sobre as mãos-francesas, e uma plataforma a 45° de 1,2m, que pela economia 
normalmente é composta por madeirit. 
 
 
Fig.16) –detalhamento da fixação da mão-francesa na laje 
 37
Fonte: PCMAT da obra Spazzio Del’Aqua – Vila Leopoldina – Construtora Gafisa S/A 
 
A figura acima mostra a fixação das mãos-francesas na laje, que podem ser feitas de 
duas formas distintas: através de ganchos concretados nas lajes (conforme figura) 
ou por parabouts, que são parafusos de alta resistência que pode ser fixados na laje 
concretada. 
 
Fig.17) – esquematização de utilização de bandejas primárias e secundárias 
Fonte: Obra Office Tamboré (MPD Engenharia,2008) 
 
 
Como pode-se ver, a bandeja é composta pela plataforma horizontal, com as 
dimensões acima descritas, e uma plataforma diagonal a 45° do plano horizontal, de 
1,2m para ambas as bandejas. 
 
6.6.4 Concretagens 
Já forma abordados nos itens anteriores diversos cuidados que devem ser tomados 
inclusive durante as concretagens, como proteções contra quedas em altura, 
guarda-corpos periféricos, fechamento de poços de elevadores, fechamento de vãos 
nas lajes, proteções de arranques, e serão salientados mais pela frente, nos itens 
referentes a equipamentos de alto risco como cremalheiras e gruas, cuidados como 
isolamento de áreas embaixo de transporte vertical, e outros. 
A maior parte dos cuidados a serem tomados durante as concretagem são de 
característica pessoal, como uso de equipamentos EPI, como botas, luvas, protetor 
auricular, e cinto. Resta então apenas salientar neste item três precauções a serem 
tomadas para um decorrer de concretagem seguro: 
- na medida do possível, dispor de tábuas para caminho de circulação de 
trabalhadores sobre ferragens e concreto; 
 38
- dispor de ampla isolação de vibradores, manter motores de vibradores sobre 
suporte de apoio a fim de evitar choques elétricos, uma vez que os trabalhadores 
estão sobre superfícies metálicas; 
- em caso de risco de chuvas, parar imediatamente a concretagem, tendo em vista 
que a área é de alto risco de incidência de relâmpagos, devido ao fato de ser uma 
área predominantemente metálica na ocasião. 
 
Fig.18) – esquema de proteção de periferia de laje para concretagem 
Fonte: Obra Office Tamboré – MPD Engenharia,2008 
 
6.6.5 Elevadores cremalheiras e gruas 
Obrigatório para obras de altura superior a oito andares, para movimentação vertical 
dos trabalhadores da obra, o elevador cremalheira é um dos equipamentos de maior 
risco de acidentes em obra, logo deve ser rodeado de uma série de precauções para 
minimizá-los, sendo estas: 
- Realizar manutenções periódicas no equipamento, sendo obrigatório o registro de 
manutenção em livros de controle de operação e de manutenção; 
- Verificar diariamente as condições de conservação do cabo de tração; 
- Operação do elevador cremalheira só poderá ser feita por profissionais 
especializados, devendo este ter chave de funcionamento, chave esta só de 
operador especializado; 
- Cancelas de proteção nos pavimentos, cancelas estas eletrônicas (uma vez aberta, 
os elevadores para o funcionamento); 
- Mecanismo de liberação de acesso à cabine ( a cancela só abre com o elevador 
nivelado no respectivo pavimento); 
- Painéis de proteção da cabine, com trava de pavimento; 
 39
- Plataforma entre elevador cremalheira e pavimento (plataforma esta que evita vãos 
entre os dois, diminuindo assim o risco de quedas ou tropeços dos trabalhadores); 
- Isolamento no térreo da área equivalente à proteção vertical do elevador 
cremalheira, evitando assim o choque eventual do trabalhador com o elevador em 
movimento; 
- Travamento horizontal do elevador cremalheira a cada três andares, evitando 
assim a movimentação do mesmo que não sejam verticais. 
 
 
Fig.19) –esquema lateral e frontal do elevador cremalheira 
Fonte: Catálogo do fabricante – Grupo Tensor 
 
- No caso de gruas, isolar no térreo a área de carga e descarga, bem como toda a 
área da projeção vertical por onde a carga é transportada; 
- Nas gruas, assim como o elevador cremalheira, só poderá operar o equipamento 
trabalhadores especializados; 
- Nunca exceder o carregamento máximo previsto com cordas e afins, a fim de 
minimizar os riscos de quedas de materiais. 
 
 
 40
Fig.20) esquema vertical de uma grua (esquema universalpara todos os tipos de 
gruas, tantos as ascencionais como as fixas) 
Fonte: site do fabricante: Pingon 
 
Vemos acima um esquema vertical de uma grua, tendo esta um contrapeso para 
uma carga máxima calculada, não podendo a grua exceder esta carga, caso 
contrário pode perder o equilíbrio e tombar. 
 
Fig.21) –gruas ascensionais – apoiadas sobre lajes e gruas fixas – apoiadas sobre 
blocos de fundação 
Fonte: site do fabricante: Pingon 
 
O esquema acima mostra as gruas ascensionais (apoiadas sobre as lajes, 
normalmente situadas dentro dos poços dos elevadores), como as fixas (apoiadas 
no chão, sobre uma base de concreto previamente calculada). 
 
6.7 Fachada 
Neste item serão analisados dois principais itens de proteção coletiva na fachada: a 
tela conterá quedas de objetos e andaimes fachadeiros. 
 
6.7.1 Tela fachadeira 
A tela contra queda deve ser colocada na fachada quando for efetuado o serviço de 
revestimento externo da mesma ou por precaução durante a execução da estrutura. 
Como para o serviço de execução da fachada é necessária a retirada gradual da 
bandejas secundárias e posteriormente primárias, a queda de objetos de andares 
superiores pode ultrapassar o alcance as bandejas ainda presentes, sendo assim 
necessário um anteparo para evitar a projeção dos objetos, evitando assim 
acidentes físicos aos trabalhadores e possíveis pessoas alheias à obra. 
 41
 
 
Fig.22) – Fotos de tela de fachada 
 
6.7.2 Balancins 
Outro item de extrema preocupação em obras, os balancins tem que ser rodeados 
de uma série de preocupações, pois eles sustentam o peso de diversos 
trabalhadores a alturas de onde as quais a queda é certamente mortal. As principais 
precauções a serem tomadas são: 
- Proteção contra quedas de altura, iguais aos dois itens anteriormente já vistos; 
- Revisão periódica, vistoriando o estado de conservação dos andaimes; 
- Respeitar as cargas mínimas previstas em norma NR18 (3 vezes o maior valor 
solicitante) 
- Prender os cabos dos andaimes em peças estruturais, como no exemplo a seguir, 
dotados de contrapesos; 
 
 
 42
Fig.23) –Peças estruturais metálicas presas na cobertura do edifício, peças estas 
que irão suportar a força de tração imposta pelo peso do balncim 
Fonte: Obra Office Tamboré – MPD Engenharia, 2008 
 
- Permitir somente a manipulação do balancim por trabalhadores especializados; 
- O andaime suspenso possui dois guinchos de segurança, ao parar eles travam o 
balancim, o que impede danos acidentais; 
- Ter contraventamentos que impeçam a movimentação horizontal; 
- Ter fácil acesso e a proibição de qualquer acesso que não seja o determinado, 
para evitar entradas por janelas e varandas, que podem com uma ligeira 
movimentação vertical do balancim, ser fatais. 
 
 
 
 
 
 43
7 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
O Técnico de Segurança do trabalho, em entrevista realizada dia 07/06/08, mostrou 
que esta obra esteve muito comprometida a cumprir com as normas de segurança, 
tendo ido mais além, procurando outros meios de conscientização de funcionários, 
para melhorar as eficácias em seus objetivos. Ressaltou que as medidas de 
proteção e conscientização de funcionários são medidas que interessam não 
somente o funcionário e sua integridade física, com também a empresa, que lucra 
com o bem estar deste, pois haverá maios produtividade nos serviços. Ressaltou 
também que a empresa alia às medidas de proteção e conscientização de forma 
rigorosa. Para isso ela possui uma boa estrutura, tanto nos meios de persuasão de 
funcionários para o tema, como também uma boa estrutura legal, que deixa, nos 
seus contratos com terceiros, especificadas as funções de cada um, no que se 
refere à execução das medidas coletivas. Por fim, Cláudia Cavalcanti comentou suas 
impressões sobre a norma brasileira de segurança no trabalho, baseada na sua 
experiência, pois ela é responsável pela sua defesa e aplicação na obra. 
Segundo Cláudia, a norma é bem elaborada, clara e rígida. Rigidez esta que poderia 
ser mais flexível em alguns pontos, mas que tal rigidez foi concebida com o único 
intuito de melhorar o bem estar do trabalhador e auxiliar e melhorar a gestão dos 
canteiros de obra. 
 
 
 44
8 CONCLUSÕES 
Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais são calamidades que podem ser 
combatidas, porém a garantia de segurança nunca é certa. A eficácia da segurança 
em obra é feita através da prevenção e da conscientização dos funcionários nela 
envolvidos. Com uma união perfeita destes dois fatores, minimiza-se a ocorrência de 
acidentes e doenças ocupacionais. 
A conscientização dos funcionários é algo que deve fazer parte do dia a dia na obra, 
através de cartazes, quadros de avisos, jornais periódicos, profissionais 
responsáveis pelo zelo da segurança, e também palestras periódicas reforçando o 
tema e orientando os trabalhadores quanto às medidas a serem tomadas 
coletivamente e individualmente. 
À dirigência da obra, é entregue a função de gerenciar este contínuo processo de 
aprendizado e conscientização, e cabe a ela também o planejamento das medidas 
de segurança coletiva, medidas estas presentes em normas brasileiras, bem como 
organização física dos canteiros. 
Cláudia Cavalcanti, técnica de segurança da empresa REGRA Sistema de 
Construção Ltda, veio a confirmar em entrevista a este trabalho, que todo conteúdo 
deste é de aplicação constante em obra. Confirmou que a conscientização dos 
colaboradores sempre foi um fator determinante para o combate às doenças e 
acidentes ocupacionais, nas empresas nas quais trabalhou. Mostrou os meios 
utilizados na empresa REGRA, que basicamente são os descritos neste trabalho e 
confirmou a importância da utilização dos meios de proteção coletiva, meios estes 
que foram o foco principal desta pesquisa. 
 
 
 
 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
GONÇALVES, Edgar Abreu. Manual de Segurança e saúde no trabalho. São Paulo, LTR, 
2000. 
 
MANUAL DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e Medicina do trabalho. São Paulo, Atlas, 
2004, 55ª edição. 
 
PACHECO JUNIOR, Waldemar. Qualidade na Segurança e higiene do trabalho. São Paulo, 
Atlas 1995. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NR18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
na Indústria da Construção. 
 
Associação Brasileira de normas técnicas. NR26: Sinalização de segurança. 
 
PCMAT Obra Portal de São Francisco, Construtora Gafisa S/A. São Paulo, 2004 
 
PCMAT Obra Condomínio Villa Lobos, Construtora Hochtief do Brasil Ltda. São Paulo, 2005 
 
PCMAT Obra Spazzio Dell’aqua, Construtora Gafisa. São Paulo, 2003 
 
FONT, Juan Cannet. Revista interna Gafisa. Art. Pág 12 a 20. São Paulo, 2004 
 
< http://www.pingon.com.br/>, acesso março 2008 
 
<http://www.locguel.com.br/>, acesso março 2008 
 
<http://www.grupotensor.com.br/>, acesso maio 2008 
 
<http://www.mte,gov.br/empregador/segsau/comissoestri/ctpp/oquee/conteudo/nr18/>, 
acesso em junho 2008 
 
<http://www.mte.gov.br/empregador/segsau/legislacao/normas/conteudo/nr26/>, acesso em 
junho 2008

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