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CONTESTAÇÃO AULA 5 corrigida

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AO DOUTO JUIZO DA 99ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM/PA.
Processo nº xx
BANCO DINHEIRO BOM S/A, devidamente inscrita no CNPJ xxx,
estabelecida na rua x, n° x, bairro x, cidade x, estado x, CEP x, por seu advogado
que esta subscreve, com endereço profissional na rua, n° x, bairro x, cidade x,
estado x, CEP x, onde deverá receber intimações (procuração em anexo), vem
respeitosamente apresentar:
CONTESTAÇÃO
Com base nos artigos 847 da CLT c/c o art. 300 do CPC, nos autos da
Reclamação Trabalhista proposta por PAULA, já qualificada nos aludidos autos,
consubstanciado nos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I - RESUMO DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
A reclamante alega ter trabalhado por 4 anos na reclamada.
No ano da dispensa ajuizou Reclamação Trabalhista pleiteando por
diferenças salariais com reflexos; horas extras com reflexos; adicional de
transferência; devolução de descontos referentes ao plano de saúde; multa do art.
477, da CLT.
II – MÉRITO
II.I - DAS DIFERENÇAS SALARIAIS E REFLEXOS
Paula era gerente geral de agência de pequeno porte, sua agência atendia
apenas clientes pessoa física e ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação
de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. 
João Petrônio (paradigma), gerente de agência de grande porte, sua
agência atendia clientes pessoas físicas e jurídicas e ganhava R$ 10.000,00. 
Não assiste razão a Reclamante, pois as funções desempenhadas pelos
profissionais eram diferentes, uma vez que Paula desempenhava seu trabalho em
uma agência de pequeno porte atendendo apenas clientes pessoa física, João
Petrônio era gerente de agência de grande porte, atendia clientes pessoa física e
jurídica, desta forma não fazendo jus a tal equiparação, nos termos do art. 461, §1º
da CLT e Súmula 6, III do TST.
Quanto a este tema, o entendimento é pacificado no judiciário, conforme in
verbis:
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE QUANTO ÀS
TAREFAS EXERCIDAS. DIFERENÇAS SALARIAIS. INDEVIDAS.
Inexistindo identidade entre as funções do equiparando e do
paradigma, não há falar em diferenças salariais por equiparação.
Inteligência do art. 461 da CLT (TRT da 4ª Região, 6ª Turma, 0021832-
34.2016.5.04.0021 RO, em 22/11/2017, Desembargador Fernando Luiz de
Moura Cassal - Relator).
Da mesma forma, é o entendimento no TRT4:
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. Caso em que os elementos de prova dos
autos demonstram não haver identidade de funções entre o reclamante
e o paradigma. Indevido o pagamento de diferenças salariais por
equiparação salarial, por não preenchidos os requisitos do art. 461 da
CLT. Recurso ordinário do reclamante improvido, no aspecto. (TRT da 4ª
Região, 11ª Turma, 0020663-90.2016.5.04.0771 RO, em 25/08/2017,
Desembargadora Flavia Lorena Pacheco).
Sendo assim, requer a improcedência do pedido.
II.II – DAS HORAS EXTRAS E REFLEXOS
Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com
intervalo de 20 minutos.
Não assiste razão a Reclamante, pois a mesma ocupava cargo de gerência
com poder de gestão e recebia gratificação de função de 50%, desta forma não
fazendo jus ao pagamento de horas extras, nos termos do art. 62, II e parágrafo
único da CLT e Súmula 287 do TST.
Este é o posicionamento do tribunal do Rio Grande do Sul quanto a essa
matéria:
BANCO BRADESCO S.A.. GERENTE GERAL DE AGÊNCIA.
AUTORIDADE MÁXIMA DENTRO DA UNIDADE. CARACTERIZAÇÃO DE
CARGO DE CONFIANÇA. ART. 62, II, CLT. HORAS EXTRAS INDEVIDAS.
1. Para que o empregado seja enquadrado na hipótese do art. 62, II, da
CLT, é necessário que o salário do cargo de confiança, compreendendo a
gratificação de função, se houver, seja superior, no mínimo, em 40% ao
valor do respectivo salário efetivo e, concomitantemente, que o cargo
desempenhado possua fidúcia especial, com a entrega de parte do poder de
comando ao empregado, distinta da confiança comum, existente e até
imprescindível, em todos os contratos de trabalho. 2. Na espécie, correto o
enquadramento do autor na exceção prevista no art. 62, II, da CLT, no
período em que ocupou o cargo de gerente geral de agência, pois
comprovado que era a autoridade máxima dentro da unidade, além de
perceber gratificação de função superior a 40% do salário básico do
cargo efetivo. (TRT da 4ª Região, 2ª Turma, 0021671-28.2014.5.04.0204
RO, em 09/05/2017, Marcelo Jose Ferlin D'Ambroso)
Sendo assim, requer a improcedência do pedido.
II.III – DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço,
tendo lá fixado residência com sua família.
Não assiste razão a Reclamante, pois o adicional de transferência só é
devido em caso de transferência temporária, (art. 469, §3º da CLT e OJ 113 da SDI-I
do TST) e Paula foi transferida em caráter definitivo, não fazendo jus a tal adicional.
Quanto ao tema, já é pacificado o entendimento, conforme in verbis:
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. O pagamento do adicional de
transferência previsto no art. 469, § 3º, da CLT tem por pressuposto o
caráter provisório ou precário da transferência do empregado. Adoção
da OJ nº 113 da SDI-1 do TST. Vistos, relatados e discutidos os autos.
ACORDAM os Magistrados integrantes da 3ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região: por unanimidade de votos, negar provimento ao
recurso ordinário do reclamante. (TRT da 4ª Região, 3ª Turma, 0020045-
16.2016.5.04.0523 RO, em 24/05/2017, Desembargador Claudio Antonio
Cassou Barbosa)
Sendo assim, requer a improcedência do pedido.
II.IV – DOS DESCONTOS RELATIVOS AO PLANO DE SAÚDE
A autora assinou no ato da admissão a adesão ao plano de saúde, tendo
indicado dependentes.
Não assiste razão a Reclamante, pois a mesma assinou de pleno
consentimento, não havendo vício de vontade, ademais a autorização foi feita por
escrito, nos termos do art. 462 da CLT, Súmula 342 do TST e OJ 160 da SDI-I do
TST, desta forma, não fazendo jus a tal devolução.
Claríssimo é o entendimento sobre o tema no TRT4:
MUNICÍPIO DE URUGUAIANA. DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS. IPE-
SAÚDE. Embora o art. 462 da CLT assegure a intangibilidade salarial ao
trabalhador, os descontos questionados pelo reclamante decorrem do
Plano IPE-Saúde, ao qual ele aderiu de forma espontânea, e vêm sendo
feitos em conformidade com o contrato firmado pelo Município. Recurso
do reclamante a que se nega provimento. (TRT da 4ª Região, 4ª Turma,
0020362-19.2017.5.04.0801 RO, em 04/10/2017, Desembargador Andre
Reverbel Fernandes - Relator)
Sendo assim, requer a improcedência do pedido.
II.V – DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
Paula foi notificada da dispensa em 02/03/2015, uma segunda-feira e a
empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em
12/03/2015, um dia após o prazo, segundo sua alegação.
Não assiste razão a Reclamante, pois o pagamento da rescisão foi feito
tempestivamente, ou seja, até 10 dias, contados da data de notificação da demissão,
quando da ausência do aviso-prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento, nos termos do art. 477, §6, “b” da CLT, OJ 162 da SDI-I do TST e art.
132 do CC.
Sendo assim, requer a improcedência do pedido.
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer esse juízo:
a) Isto posto, requer a Vossa Excelência o recebimento da
presente Contestação, bem como sua apreciação para acolher a preliminar
e indeferir a AJG ao Reclamante, bem como julgar improcedente a
presente demanda, com extinção do feito com resolução de mérito,
condenando o Reclamante ao pagamento das custas processuais;
b) Protesta por todos os meios de provaem direito admitido, em especial
depoimento pessoal do Reclamante e testemunhal;
c) Alternativamente, caso seja deferido algum dos pedidos do Reclamante,
postula seja deferida a compensação dos valores pagos.
Nestes termos.
Pede-se deferimento.
Local e data.
Advogado

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