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Introdução à POESIA HEBRAICA A característica mais importante da poesia hebraica é a repeti- ção de idéias, denominada paralelismo. Uma idéia é afirmada e, logo em seguida, é novamente expressa com palavras diferentes, sendo que os conceitos das duas linhas se equivalem de forma aproximada. Os tipos de paralelismo foram classificados por Lowth (1753) em três categorias: sinonímico, no qual a idéia é repetida de forma similar; antitético, no qual a idéia é afirmada por oposição; e sintético, na qual a segunda linha desenvolve ou continua o pensa- mento da primeira ao invés de simplesmente repeti-la. Outras ca- tegorias foram também identificadas. Por exemplo, no paralelismo emblemático, a primeira linha contém uma figura de linguagem e a outra apresenta a mesma idéia de forma literal, explicando assim a figura. No paralelismo de passo, escada ou climático, o pensamen- to avança, sendo que cada linha adiciona um elemento novo à idéia antes apresentada. Alguns exemplos dos tipos de paralelismo aci- ma mencionados são os seguintes: (a) sinonímico: SI 113.7; SI 147.10; (b) antitético: SI 1.6; Pv 10.1 ;·(c) sintético: SI 52.9; (d) em- blemático: Pv 25.4-5; (e) de escada: Jz 5.30; SI 29.5-6; 65.4. As partes correspondentes das linhas paralelas com freqüên- cia se explicam. Duas linhas juntas podem definir uma idéia com mais clareza do que somente uma. Mais recentemente, observou- se que, mesmo com duas linhas praticamente idênticas, a simples repetição produz um efeito especial. Neste sentido, todos os para- lelismos são em alguma medida sintéticos. No entanto. a análise tradicional não perdeu sua validade e é amplamente usada nos es- tudos da poesia bíblica. É proveitoso estudar as técnicas da antítese, da linguagem fi- gurada e outras similares em paralelismos simples, porque estas mesmas técnicas são combinadas em exemplos mais complexos. Assim, SI 92.12-15 tem elementos sinonímicos e emblemáticos que comparam uma árvore verdejante com uma pessoa justa e d~- fine a pessoa justa como alguém que é plantado ou permanece na Casa de Deus. O fruto da árvore é o louvor da justiça de Deus. A comparação e o contraste das partes correspondentes de expres- sões paralelas são a chave fundamental tanto para compreender como para apreciar a poesia bíblica. A métrica ou ritmo da poesia hebraica têm sido objeto de per- manente debate. Parece certo que há ao menos um tipo de métrica claramente definido, a qinah ou lamentação, com três batidas e en- tão mais duas em cada linha. Mas não há consenso sobre outras possíveis modalidades. De qualquer forma, enquanto o paralelismo de idéias pode ser transmitido e apreciado mesmo numa tradução, a métrica é algo muito mais difícil de se reproduzir. O mesmo vale para características como a aliteração, a rima e outros efeitos que dependem da sonoridade das palavras. Na poesia hebraica, contu- do, esses elementos não são tão importantes quanto o paralelismo. Outra característica formal, que é muitas vezes indicada nas margens ou nas notas de traduçõe~. é o acróstico. Nesse tipo de composição, as linhas ou estrofes iniciam, cada uma, com letras em ordem alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxi- liaria na memorização e no ensino. Isto também pode ser um meio de sugerir-se que o assunto foi tratado de forma completa. O me- lhor exemplo é o SI 119. A poesia em geral, e não somente a poesia hebraica, é caracte- rizada pela compactação de idéias e economia de expressão. Isso significa que as transições são muitas vezes omitidas e a relação en- tre idéias é deixada por conta do leitor. Por exemplo, nos Salmos há muitas mudanças de assunto que não ficam claras, e idéias aparen- temente desconexas podem ocorrer lado a lado. Mas a dificuldade e a sutileza da linguagem poética podem ser consideradas uma virtu- de. A boa poesia recompensa o esforço exigido para compreendê-la como também para memorizá-la. O Livro de SALMOS Autor Muitos dos salmos começam com um título ligando o respectivo salmo a um indivíduo ou grupo em particular, fazendo uso, para isso, de uma preposição hebraica que poderia indicar dedicação ("a Davi"). o assunto ("sobre Davi") ou autoria ("por Davi"). No entanto, um dos poucos títulos dos salmos com uma maior quantidade de informações não deixa qualquer dúvida de que o propósito do título é identificar o compositor do salmo (SI 18). Davi é de longe o autor mais freqüentemente citado, sendo que a maioria dos seus salmos se encontra nos primeiros dois livros (ver Estrutura). embora haja uma pequena coletânea de salmos de Davi ao final do Saltério (SI 138-145). A tradição que associa Davi ao canto e à composição de salmos é tão forte que praticamente não há dúvida de que Davi escreveu os salmos que trazem o seu nome (1Sm16.14-23; 2Sm 1.17-27; 2Sm 22; 2Sm 23.1; 1Cr6.31; 15.16; 16.7; SI 18; Am 6.5). Os títulos trazem o nome de outros autores: Moisés (SI 90). Salomão (SI 72; 127). os filhos de Corá (SI 42-49; 84-85; 87-88), os filhos de Asafe (SI 50; 73-83) e Etã, o ezraíta (SI 89). Uma série de salmos não informa o seu autor (p. ex., 1; 1 O). Data e Ocasião Os títulos dos salmos mos- tram que estes foram compostos por indivíduos em resposta a uma experiência individual ou cor- porativa. As datas e ocasiões dos salmos (ver pa- rágrafos introdutórios a cada salmo nas notas) vão desde a época de Moisés (SI 90). passam pelas experiências de Davi (SI 51) e vão até a época posterior ao exílio dos judeus na Babilônia (SI 126). Ainda, os salmos reunidos para uso no culto público nunca foram tão específicos que não pudessem ser usados em novas situações. A formação do livro durou vários séculos, chegando à sua presente forma algum tempo após o exílio na Babilônia. O nome "Salmos" quer dizer "cânticos" e é tirado da Septuaginta, a antiga tradução grega do Antigo Testamento. Esse é o nome usado no Novo Testamento (Lc 20.42; 24.44; At 1.20). Características e Temas Títulos. Os títulos dos salmos individuais em geral não são contados como um versículo nas traduções, dando a impressão de que eles estão separados dos demais versos. Na Bíblia Hebraica, os títulos são geralmente contados como o primeiro versículo. Os títulos ou são uma parte original dos salmos ou, no mínimo, recuam a uma tradição muito antiga. Os títulos podem ser divididos em cinco tipos básicos: autoria, históricos. musicais, gênero (tipo literário) e instruções para uso no culto. 1. Títulos de Autoria. Ver a discussão acima sob "Autor". 2. Títulos Históricos. Há menos títulos históricos do que os de autoria (SI 3; 7; 18; 30; 34; 51-52; 54; 56-57; 59-60; 63; 142). A autenticidade dos primeiros tem sido debatida, embora não exista qualquer evidência textual de que tenham sido acrescentados posteriormente. Contudo, alguns acreditam que a aparente desarmonia entre um salmo e o seu título (como no SI 30) ou entre o título e outros livros (SI 56 comparado com 1 Sm 21.10-15) seja uma indicação de que esses títulos são tardios e artificiais. Outros argumentam que se os títulos históricos foram acrescentados mais tarde, quem o fez teria se certificado de que os títulos estivessem em acordo com o conteúdo dos respectivos salmos. Para dar um exem- plo, por que um editor posterior relacionaria o SI 30 com a dedicação do templo quando não há qualquer menção do templo no salmo? Os títulos históricos podem dar-nos uma indicação das origens de um salmo (veja abaixo). mas perfazem um auxílio limitado para a interpretação. Isto é, enquanto os salmos podem ter sido escritos em reação a determinados eventos históricos. os compositores não se preocuparam em ser específicos quanto ao acontecimento histórico no corpo do poema. Os salmos intencionavam expressar aquilo que outros pode- riam compartilhar no culto púbico e formal, não sendo poemas de uso particular. Contudo, o intérprete não está obrigado a recons- truir o fundo histórico de todos os salmos (uma prática de muitos dos antigos comentaristas dos salmos). 3. Indicação do Gênero Literário. Diversos termos nos títulos classificam os salmos em gêneros ou tipos literários. É difícil determinar o significado preciso dos termos utilizados. Alguns são encontrados com freqüência: mizmor (um "cântico", p. ex., SI 139) e shir ("cântico"); outros são mais raros. Na discussão atual, os tipos literários são determinados a partir do conteúdo e não dos títulos. 4. Notações Musicais. Alguns dos termos que indicam gêneros, como acima, também são notações musicais, espe- cialmente mizmor (da raiz verbal "cantar") e shir ("cântico"). Outros são de significado incerto. É provável que alguns poucos designem melodias (p. ex., SI 60, que menciona a melodia "Os lírios do teste- munho"). Selá é uma palavra que ocorre com freqüência no corpo dos salmos no texto hebraico. O seu significado é desconhecido. embora possa ser um termo musical como "pausa" ou "interlúdio." 5. Instruções para Uso no Culto. Ocasionalmente. os títulos indicam como os salmos eram usados no culto formal. Os mais conhecidos desses são os "Cânticos de romagem" (SI 120-134; ver o parágrafo de introdução ao SI 120). Estrutura. Os salmos estão organizados em cinco livros. Cada livro termina com uma doxologia e bênção (SI 1-41; 42-72; l SALMOS 614 73-89; 90-106; 107-150). A tradição judaica diz que o número cinco foi escolhido para combinar com os cinco livros de Moisés. Os SI 1-2 perfazem a entrada para o santuário dos Salmos e os SI 146-150 encerram o livro com uma longa doxologia. O SI 1 transforma as orações e os louvores originalmente apresentados no templo em um livro para meditação em reuniões e em casa. Os dois primeiros livros celebram a idade de ouro de Israel du- rante o tempo da monarquia unida. Os SI 2 e 72 são preces para que o rei estenda o reino de Deus até os confins da terra. Todos os salmos no Livro 1 são atribuídos a Davi, exceto os SI 1-2; 33. Os lamentos existentes nos primeiros dois livros sempre terminam com louvor. Em contraste, o Livro Ili (SI 73-89) é sombrio. O primeiro salmo da seção queixa-se do sofrimento do justo. O último salmo da seção lamenta que a aliança davídica parece ter falhado, com a coroa do rei rolando na poeira. O SI 88 é o único salmo sem louvor. O Livro IV (SI 90-106) volta-se para o próprio Deus, o qual tem sido o socorro de Israel em tempos passados. Neste livro, Moisés é mencionado sete vezes; antes. ele havia sido menciona- do uma única vez (SI 77). Os SI 93-99. chamados "salmos de en- tronização," olham para o reino de Deus na terra. O autor de Hebreus atribui o louvor de Deus celebrado no SI 102.25-27 a Je- sus Cristo (Hb 1.10-12). O Livro V começa agradecendo a Deus por trazer Israel de volta do exílio. O livro inclui alguns salmos que apresentam Davi como modelo para a piedade (138-145) e salmos que predizem o reino de Cristo (110). Gêneros. Determinadas características distintivas permitem classificar os salmos segundo grupos literários. para fins de estudo. Os tipos literários comumente adotados são os seguintes: 1. Hinos de Louvor. Os hinos são facilmente reconhe- cidos pelo seu exuberante louvor ao Senhor. Deus é louvado pelo que ele é e pelo seu poder e misericórdia. Ver. p. ex .. SI 8; 24; 29; 33; 47--48. 2. Lamentos. Os lamentos expressam uma emoção oposta àquela do louvor. No lamento. o salmista abre seu coração honestamente a Deus, um coração muitas vezes cheio de tristeza, medo ou mesmo ira. Salvo poucas exceções, os lamentos voltam-se ao Senhor com confiança no final. P. ex., ver SI 25; 39; 51; 86; 102; 120. 3. Salmos de Ação de Graças. Um salmo de ação de graças é muito apropriado após a resposta de Deus a uma oração de lamento. Os três primeiros tipos de salmo formam uma espécie de tríade. O salmista entoa hinos quando ele está em paz com Oeus, profere lamentos quando está em desarmonia com ele e dá graças quando o bom relacionamento é restabelecido. P. ex., ver SI 18; 66; 107; 118; 138. 4. Cânticos de Confiança. Alguns salmos têm na con- fiança o seu sentimento principal. Esses salmos são, freqüente- mente. curtos e contêm alguma metáfora marcante que capta a atitude de confiança do salmista. P. ex., ver SI 23; 121; 131. 5. Salmos Reais. Uma vez que Deus, o Rei do universo, é o tema dos Salmos e uma vez que Davi. o rei humano. é tanto o salmista bem como o tema de muitos salmos, o tema do rei é um conceito importante no Saltério. Cantudo, alguns poucos salmos destacam-se pela intensidade com que focalizam tanto a realeza de Deus (SI 24; 93) bem como o rei humano (SI 20-21; 45). 6. Salmos Sapienciais. Em geral, pensamos em livros como Provérbios, Já, Cantares e Eclesiastes quando falamos em sabedoria bíblica. Nesses livros. encontramos orientações práticas sobre como Deus quer que vivamos a nossa vida. Os "salmos de sabedoria" fazem uso de temas encontrados nos livros de sabedoria. Por exemplo, o forte contraste entre o justo e o ímpio encontrado em Provérbios está presente no SI 1. Além desse, ver também SI 37 e 49 como exemplos. Estilo Poético. Não se requer nenhum conhecimento espe- cial para reconhecer a qualidade poética do Saltério. Ao invés de sentenças formando parágrafos. os salmos compõe-se de versos poéticos breves e de extensão muito parecida. Essa característica é facilmente reconhecida em uma página impressa. A poesia é um tipo de comunicação deliberada que reserva atenção especial à sua própria forma. A linguagem poética dirige-se não somente à mente. mas também à imaginação e às emoções do leitor. Afirmar que "O SENHOR é o meu pastor" (SI 23.1) é mais do que apenas informar. A metáfora do pastor evoca um determinado quadro e toca as emoções de um modo tal que uma afirmação didática não o pode fazer. O paralelismo é o instrumento poético mais evidente na poesia do Antigo Testamento. O SI 6.1 é um bom exemplo: SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Para interpretar as linhas em paralelo, é importante ter em mente que a segunda linha continua e desenvolve o pensamento da primeira. No verso acima. a primeira linha roga que Deus não puna com palavras, enquanto a segunda pede que Deus não puna com ações. Pode-se encontrar exemplos de linhas que são ainda mais similares (SI 2.1) e outras em que é difícil reconhecer a conexão (SI 2.6). Porém o princípio geral de interpretação consiste em que a segunda metade de um verso poético continua o pensamento da primeira metade. Ver "Introdução à Poesia Hebraica." Teologia dos Salmos. Assim como o Saltério foi com- posto durante todo o período do Antigo Testamento, assim também a teologia dos salmos é tão abrangente como a teologia do Antigo Testamento. Martinho Lutero denominou o Livro dos Salmos de "uma pequena Bíblia e o resumo do Antigo Testamento." Os leitores cristãos dos Salmos dão atenção especial à relação entre estes cânticos antigos e Jesus Cristo. Após a sua ressurrei- ção, Jesus falou a seus discípulos que "importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés. nos Profetas e nos Salmos" (Lc 24.44). O Antigo Testamento, inclusive os Sal- mos. aguardava a vinda de Cristo, o seu sofrimento e a sua glória. Jesus e os escritores do Novo Testamento fazem extenso uso dos 615 SALMOS 1, 2 salmos para expressar o seu sofrimento (Mt 27.46) e a sua glorifi- cação IMt 22.41-46). Além disso, Jesus foi revelado como o objeto de culto dos salmos. Uma vez que Cristo é a Segunda Pessoa da Trindade, os hinos e os lamentos dos salmos são dirigidos a ele, as- sim como ao Pai e ao Espírito. Jesus é, ao mesmo tempo, cantor dos salmos (Hb 2.12) e o seu principal tema. Podemos cantar-lhe o nosso louvor, confessar-lhe as nossas queixas e petições e agra- decer-lhe pela sua bondade. Nós o exaltamos como nosso Rei, depositamos nele a nossa confiança e olhamos para ele como a encarnação da sabedoria de Deus. As maldições dos Salmos. Alguns salmos clamam não apenas pela vindicação dos justos. mas também para que Deus puna os ímpios (SI 69.22-28). Tais orações refletem o chama- Esboço dos Salmos 1. Livro 1, Salmos 1-41 li. Livro li, Salmos 42-72 Ili. Livro Ili, Salmos 73-89 do de Israel à guerra santa como os instrumentos do juízo de Deus. Com a vinda de Cristo para sofrer o juízo de Deus, o estado de guer- ra do povo de Deus continua, agora dirigido contra "as forças espiri- tuais do mal, nas regiões celestes" (Ef 6.12). Em seu estado de guerra atual. os cristãos receberam o mandamento de não amaldi- çoar, mas abençoar os seus inimigos pessoais, vencendo o mal com o bem (Rm 12.17-21). 1 -: Título O nome "Salmos" significa "cânticos" e é ~ proveniente da Septuaginta, a antiga tradução grega ,~ do Antigo Testamento. O Novo Testamento usa esse -.,,,.. "'"''. nome (Lc 20.42; 24.44; At 1.20). A palavra hebraica correspondente, mizmor, ocorre com freqüência nos salmos e significa um cântico vocal ou instrumental. IV. Livro IV, Salmos 90-106 V. Livro V, Salmos 107-150 ~~~~~~~~~~~~~~-~~~~~~-~~~~--~~~~~~---~-~-~---" LIVRO 1 Salmos 1-41 Os justos e os ímpios 1 Bem-aventurado ªo homem que não anda no eonselho 1 dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, 4 Os ímpios não são assim; são, porém, 8como a palha que o vento dispersa. s Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6 Pois ho SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. bnem se assenta na roda dos escarnecedores. O reinado do Ungido de Deus 2 Antes, o e seu prazer está na lei do SENHOR, 2 Por que ªse 1 enfurecem 2 os gentios de na sua lei 2 medita de dia e de noite. e os povos imaginam coisas 3vãs? J Ele é como árvore 2 Os reis da terra se levantam, eplantada junto 3 a corrente de águas, e os bpríncipes conspiram que, no devido tempo, dá o seu fruto, contra o SENHOR e contra o seu cungido4 , dizendo: e cuja folhagem não murcha; 3 dRompamos os seus laços e tudo quanto ele faz /será bem sucedido. e sacudamos de nós as suas algemas . • SALMO 1 1 a Pv 4.14 b SI 26.4-5; Jr 15.17 1 dos perversos 2 e SI 119.14,16,35 d IJs 1.8] 2 reflete falando consigo mesmo 3 e [SI 92.12-14]; Jr 17.8; Ez 19.10/Gn39.2-3,23; SI 128.2 3aoscanais 4 8Jó 21.18; SI 35.5; Is 17.13 6 hSI 37.18; [Na 1.7; Jo 10.14; 2Tm 2.19] SALMO 2 1 a At 4.25-26 1 aglomeram-se tumultuadamente 2 as nações 3 sem valor ou vazias 2 b [Mt 12.14; 26.3-4,59-66; 27.1-2; Me 3.6; 11.18] C[Jo 1.41] 4Cristo, Comissionado; Hebr. Messiah 3 dLc 19.14 •SI 1 Como se fosse o vestíbulo de um santuário, um dos relativamente poucos salmos de sabedoria introduz a coletânea inteira. Antes de ter .uma conversa íntima com Deus, a atitude do leitor para com a lei de Deus precisa ser considerada. A pessoa reta ama e estuda a lei, mas a pessoa ímpia a odeia. •1.1 Bem-aventurado. Uma palavra mais enfática do que "feliz"; ser alguém "bem-aventurado" é desfrutar do favor e da graça especiais de Deus. Não anda ... não se detém ... nem se assenta. O homem justo é aqui descrito pelo que ele evita. Há uma progressão para baixo nos verbos "andar", "deter-se" e "assentar-se". •1.2 Antes, o seu prazer. O homem justo é descrito como alguém que ama a lei de Deus. ''Lei" pode referir-se a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira. A pessoa justa cresce. mediante uma aceitação obediente das Escrituras, que exprimem a vontade de Deus. •1.3 como árvore. Assim como José prosperou no Egito, assim sucederá ao justo. Ele é comparado a uma árvore viçosa, sempre florescendo porque há água abundante próxima. •1.4 Os ímpios não são assim. O contraste é forte. Os ímpios são comparados a plantas mortas e sem raízes. Um sopro de vento os derruba. •1.6 o SENHOR conhece o caminho. Os dois caminhos nesta vida são determinados pela relação do indivíduo com o Senhor. O ideal da retidão tem cumprimento em Jesus Cristo. •SI 2 O tema do reinado permeia este salmo. Ao passo que a maioria dos salmos do reinado enfoca a atenção sobre a monarquia divina ou humana, o SI 2 integra artisticamente a ambas, contrastando o Rei divino e sua contraparte humana com os hostis "reis da terra". Este salmo não tem título, mas o Novo Testamento o atribui a Davi (At 4.25). O Novo Testamento com freqüência cita e alude a este salmo (Mt 3.17; 17.5; At 4.25-27; 13.33; Rm 1.4; Hb 1.5; 5.5). Je· sus Cristo é o Filho de Davi e o Filho de Deus; nele as promessas dadas a Davi se cumprem. •2.2 Os reis. As nações estão se organizando por meio de seus líderes políticos. o seu Ungido. Embora o rei davídico vivo certamente esteja em vista aqui, para o salmista, a referência final do cântico é ao Cristo, o Rei dos reis. •2.3 Rompamos os seus laços. Uma metáfora que indica uma atitude de rebelião. SALMOS 2-4 616 4 eru-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. s Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. 6 Eu, porém, 5constituí o meu Rei 6sobre o meu santo monte Sião. 7 Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: !Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. 8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. 9 gCom vara de ferro as 7regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. to Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. 11 Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. 12 8Beijai o Filho para 9que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se hlhe inflamará a ira. iBem-aventurados todos os que nele se refugiam. Confiança em Deus, na adversidade Salmo de Daviª quando fugia de Absalão, seu filho 3 SENHOR, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim. 2 São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele. 3 Porém tu, SENHOR, és / o meu bescudo, és a minha glória eco que exaltas a minha cabeça. 4 Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu dsanto monte me eresponde. SfDeito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta. 6 gNão tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados. 7 Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu, hpois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes. 8 iDo SENHOR é a salvação, e sobre o teu povo, a tua bênção. Confiança em Deus, na angústia Salmo de Davi ao 1 mestre de canto, com instrumentos de cordas 4 Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; 2 tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. 2 ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira? 3 Sabei, porém, que ªo SENHOR 3 distingue para si o piedoso; o SENHOR me ouve quando eu clamo por ele. 4 b1fai-vos4 e não pequeis; e consultai no travesseiro o coração e sossegai. ·~1-;;;-. 6 5Lit.mstal;i-6Litso~;e-Sião.~~mon;;de-minh~santidade 7 !Mt3.17; Me 1.1.11; Lc 3.22; Jo 1.18; At 13.33; [Hb 1.5; 5.5] 9 gs189 23; 110.5-6; [Ap 2.26-27; 12.5; 19 15] ?conforme LXX. Se V; compare com Ap 2.27; TM e T despedaçarás 12 h [Ap 6.16-17] i[SI 5.11; 34 22] 8 LXX e V Abraçai disciplina. T Recebei instrução 9 que o SENHOR não se irrite SALMO 3 títuloª 2Sm 15.13-17 3 bSI 5 12; 28.7 e SI 9.13; 27.6 1 Lit. um escudo ao meu redor 4 d SI 2.6; 15.1; 43.3 e SI 4.3; 34.4 S !Lv 26.6; SI 4.8; Pv 3.24 6 gs1 23.4; 27.3 7 h Já 16.1 O 8 i SI 28.8; 35.3; [Is 43.11] SALMO 4 título 1 Músico chefe 1 2 sê gracioso para comigo 3 a [2T m 2.19] 3 Muitos mss. Hebr .. LXX. Te V fez maravilhoso 4 b [SI 119.11; Ef 4 26] e SI 77.6 4 Lit Tremei ou Ficai agitados •Vl-6 O Senhor responde a seus inimigos com a instalação do Rei. •2.6 o meu Rei. D Senhor anula os planos dos reis apontando para o estabele- cimento de seu Rei messiânico. prefigurado na monarquia temporal de Jerusalém. monte Sião. Sião era a colina ao norte da cidade davídica de Jerusalém. A colina não é importante por causa de suas dimensões. mas por estar ali localizado o templo. Algumas vezes. a cidade inteira de Jerusalém é chamada de Sião. A Sião terrestre era um sinal da Sião celeste. Grande parte do simbolismo do templo prenunciava as realidades celestiais. •2.7 Tu és meu Filho. A fala divina dirigiu-se ao Filho de Deus (cf Hb 1.5). tendo Davi como testemunha. refletindo a promessa de 2Sm 7.14 - a ""aliança davídica"". a qual tem em vista não meramente os descendentes terrenos de Davi. mas o Filho de Deus. de quem Davi também era um antepassado. •2.9 Ver ""Deus Reina: A Soberania Divina"". em Dn 4.34. •2.12 Beijai o Filho. Beijar o Filho é um ato de submissão (cf. 1Sm 10.1). A palavra ""Filho"" não é o termo hebraico usual. mas é um inesperado vocábulo aramaico. •SI 3 Cercado de aflições e clamando ao Senhor em sua angústia. o salmista exprime profunda confiança em Deus. Este salmo foi composto quando Davi fugia de Absalão e combatia a revolta. A terminologia militar por todo o salmo pode indicar que o mesmo continuou sendo usado nas lides da guerra •3.1 tem creaoido o número. O número e a natureza dos adversários deixa entrever a origem régia deste salmo. Os adversários da nação de Israel são também os adversários do rei. •3.3 o que exaltas a minha cabeça. Uma expressão de encorajamento. •3.4 do seu santo monte. Isto é. Sião (ver nota em SI 2.6). Deus designou Sião como o lugar onde o seu povo podia aproximar-se dele por meio de sacrifícios. •3.5 Deito-me e pego no sono. Tal como no SI 91. o salmista foi capaz de dormir no acampamento de guerra. embora o inimigo o estivesse cercando. •3.7 Levanta-te. Esta expressão é típica dos salmos entoados no começo de uma guerra. Deus luta por seu povo contra os seus inimigos de carne e sangue. •SI 4 Tal como o SI 3. este salmo foi composto em meio à aflição. onde o salmista exibiu uma profunda confiança em Deus. Ambos esses salmos meditam sobre a fé durante a noite (vs. 4.8). D homem justo nada tem a temer. porquanto Deus ouve suas orações e cuida dele. Não que os justos não pequem. mas vivem em relacionamento de aliança com Deus. •4.1 RespondlHlle ... Deus da minha justiça. Os verbos no modo imperativo deste versículo mostram a ousadia do salmista em oração. Ele podia chamar a Deus com destemor. porquanto sabia que Deus é a sua justiça (Jr 23.6). •4.2 a minha glória em vexame. Parece que o salmista estava irado com os homens que se afastam de Deus para servir os deuses falsos das nações. a vaidade. Lit. ""coisas vazias"". a mentira. Os ídolos adorados pelas nações são mentiras. porquanto na realidade eles não existem; são apenas figuras de uma imaginação pecaminosa. •4.3 o piedoso. Aqueles que estão em situação de aliança com Deus, os que recebem o amor de Deus. •4.4 Irai-vos e não pequeis. Cf. Ef 4.26. Esses são os sacrifícios preceituados 617 5ALMOS4-6 5 Oferecei d sacrifícios de justiça e •confiai no SENHOR. 6 Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? !SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto. 7 Mais galegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho. 8 hEm paz me deito e logo pego no sono, iporque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro. Proteção contra os ímpios Ao mestre de canto, para 1 flautas. Salmo de Davi 5 Dá ªouvidos, SENHOR, às minhas palavras e acode ao meu gemido. 2 Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro. 3 De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; bde manhã te apresento.a minha oração e fico esperando. 4 Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não 2subsiste o mal. s Os e arrogantes não dpermanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniqüidade. 6 Tu destróis os que proferem mentira; o SENHOR abomina ao •sanguinário e ao fraudulento; 7 porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do 3 teu santo templo, no teu temor . 8 SENHOR, t guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim o teu caminho; 9pois não têm eles 4sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a gsua garganta é sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam. 10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios planos. Rejeita-os por causa de suas muitas transgressões, pois se rebelaram contra ti. 11 Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os 5 defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. 12 Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência. Dal/i recorre à misericórdia de Deus Ao mestre de canto, ª Com1 instrumentos de oito cordas. Salmo de Davi 6 SENHOR, bnão me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. 2 Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; csara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão abalados. 3 Também a minha alma está profundamente dperturbada; mas tu, SENHOR, até quando? • 5 dD; 33.19; SI 51.19 eSl37.3.5; 62.8 6/Nm 6.26; SI 80.3.7,19 7 gSI 97.11-12; Is 9.3; At 14.17 8hJó11.19; SI 3.5 i[Lv 25.18]; Dt 12.10 SALMO 5 título 1 Hebr. nehiloth ta SI 4.1 3 bSI 55.17; 88.13 4 2Lit. se hospeda 5 C(Hc 1.13] d SI 1.5 6 es155.23 7 3Lit. templo de tua santidade 8/SI 25.4-5; 27.11; 31.3 9 gRm 3.13 4retidão 11 5 proteges. lit. defendes SALMO 6 título a SI 12 1 Hebr. sheminith 1 bSI 38.1; 118.18; [Jr 10.24] 2 cs141.4; 147.3; [Os 6.1] 3 d SI 88.3; Jo 12.27 em Lv 1-7, oferecidos com uma atitude reta. sem a qual todos os sacrifícios e adoração seriam inaceitáveis (SI 40.6-8). •4.6 o bem. Os céticos zombam, dizendo que nada é bom. O salmista responde às dúvidas deles com um apelo para que Deus se revelasse. a luz do teu rosto. Essa frase assemelha-se à bênção sacerdotal que se acha em Nm 6.25-26. •4.8 Em paz me deito. A presença íntima de Deus permitia que o salmista dormisse pacificamente em plena confiança. Seu coração estava cheio de bênçãos espirituais. •SI 5 Este lamento roga ao Senhor. em meio à aflição. Entretanto, o salmista também expressou confiança na proteção do Senhor. A aflição do salmista foi causada pela linguagem maligna dos ímpios. •5.1 gemido. A palavra hebraica implica em uma espécie de sussurro, de fala quase inaudível. como o que acompanharia a memorização ou uma reflexão (1.2). •5.2 Rei meu. Davi, o rei de Israel, dirigiu-se a Deus como o seu Rei. Ele sabia que o seu próprio reinado era um pálido reflexo do reinado de Deus. •5.4 Não és Deus que se agrade com a iniqüidade. Essa é uma declaração poética atenuada. Deus odeia o pecado (v. 5; 11.5). contigo não subsiste o mal. Deus é santo, "separado" de todo ornai. Pessoas pecaminosas não podem entrar em sua presença sem um sacrifício substitutivo. •5. 7 pela riqueza da tua misericórdia. O escritor sabia que ele era diferente dos iníquos somente por causa da misericórdia de Deus. Seus próprios pecados haveriam de destruí-lo se Deus não tivesse compaixão dele, ao aproximar-se da presença de Deus. 5. 7 entrarei na tua casa. O salmista protesta a sua inocência afirmando o seu desejo de adorar o Senhor. "Tua casa" e "teu santo templo" são frases que podem referir-se ao local onde o templo seria construído, ou talvez ao tabernáculo existente nos próprios tempos do salmista (1Sm 1.9). •5.8 o teu caminho. A senda segura que Deus abre é, igualmente, a vereda da obediência à sua vontade. •5.9 crimes ... sepulcro aberto. Note o leit~r como a linguagem maligna atrai a morte. •5.1 O caiam por seus próprios planos. O salmista invocou a Deus para castigar os ímpios. por serem eles culpados. O pecado por muitas vezes traz suas próprias conseqüências retributivas. •SI 6 Este salmo consiste em um lamento individual. Tal como acontece em muitos lamentos, o salmista expressou sua confiança no Senhor. no fim do sal- mo. O motivo do salmo parece ter sido uma enfermidade severa (vs. 2-5). Este é um dos sete "salmos penitenciais'" ijuntamente com os SI 32; 38; 51; 102; 130; 143). •6.1 não me repreendas ... nem me castigues. O salmista implora que o Senhor se refreasse de castigos verbais ou físicos. Deus. entretanto. disciplina o seu povo (Hb 12.1-13) visando a correção e não a destruição. •6.2 eu me sinto debilitado ... meus ossos estão abalados. O salmista experimentava certo sofrimento, provavelmente uma grave enfermidade. Alguns tomam essa linguagem como figurativa da aflição espiritual. •6.3 até quando. O salmista indagou ousadamente por quanto tempo ainda Deus permitiria que seus sofrimentos continuassem. Ele buscava alívio, desesperadamente, naquele que era capaz de conferir alívio. SALMOS 6-8 618 4 Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça. 5 epois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor? 6 Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. 7 !Meus olhos, de mágoa, se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários. 8 g Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o SENHOR houviu a voz do meu lamento; 9 o SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha oração. to Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame. Deus defende o justo contra o ímpio ª Canto1 de Davi. Entoado ao SENHOR, b com respeito às palavras de Cuxe, benjamita 7 SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; csalva-me de todos os que me perseguem e livra-me; 2 dpara que ninguém, como leão, me arrebate, e despedaçando-me, não havendo quem me livre. 3 SENHOR, meu Deus, !se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há 8iniqüidade, 4 se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que hpoupei aquele que sem razão me oprimia, 5 persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida 7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas. s O SENHOR julga os povos; ijulga-me, SENHOR, msegundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim. 9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; npois sondas a 3 mente e o coração, ó justo Deus. to 4 Deus é o meu escudo; ele salva os ºretos de coração. 11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias. 12 Se o homem não se converter, Pafiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; 13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas. 14 qEis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira. 15 Abre, e aprofunda uma cova, 'e cai nesse mesmo poço que faz. 16 s A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e 5 sobre a própria mioleira desce a sua violência. 17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo. e arraste no pó a minha glória. A glória diYina e a dignidade do filho do homem 6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, Ao mestre de canto, 1 segundo a melodia imostra a tua grandeza "Os lagares". Salmo de Davi contra a fúria dos meus adversários 8 ó SENHOR, Senhor nosso, e idesperta-te 2 em meu favor, quão ªmagnífico em toda a terra é o teu nome! segundo o juízo que designaste. Pois bexpuseste nos céus a tua majestade . • 5-es1309; ;10-1~-1~~~7;lEc 9~0]; ls3~-;~---;Jj~-17;; Sl-;;9 88[Mt25.41] hSl3.4; 28.6 ~--~~ SALMO 7 título a Hc 3.1 b 2Sm 16 I Hebr. Shiggaion 1 e SI 31 15 2 d SI 57.4; Is 38.13 e SI 50.22 3 /2Sm 16.7g1 Sm 24.11 4 h 1 Sm 24.7; 26.9 6 iSI 94.2 iSI 35.23; 44.23 2Conforme TM. Te V; l'f.X ó SENHOR meu Deus 8 ISI 26.1; 35.24; 431 m SI 18.20; 35.24 9 n [1Sm 16.7] JLit. rins. a parte mais secreta do ser humano 10 ºSI 97.10-11; 125.4 4 Lit. Meu escudo está em Deus 12 PDt 32.41 14 q Jó 15.35; Is 59.4; [Tg 1.15] 15 r [Jó 4.8]; SI 57.6 16 s Et 9.25; SI 140.9 5 Lit. sobre sua própria coroa, isto é, cabeça SALMO 8 título 1 Hebr. AI Gittith 1 a SI 148.13 b SI 113.4 •6.4 Volta-te, SENHOR, O salmista pensava que Deus lhe havia virado as costas. por tua graça. A palavra aqui traduzida por "graça" indica quão devotamente Deus se liga ao seu povo, por meio de sua aliança. •6.5 não há recordação. Uma declaração semelhante é expressa em 30.9. A doutrina da ressurreição, tal como a doutrina da Trindade, fica implícita no Antigo Testamento, mas só é plenamente desenvolvida no Novo Testamento. Os vivos observam que os mortos fazem silêncio e não participam da adoração. no sepulcro. No hebraico, temos a palavra sheol. Essa palavra figura principalmente nas passagens poéticas que revelam os pensamentos e os temores dos vivos, mas não apresenta a doutrina da ressurre'1ção ou de um estado intermediário. Ver Is 14 9-11, nota. •6.8 todos os que praticais a iniqüidade. Essa referência, juntamente com a referência aos "adversários", no versículo anterior, aparece abruptamente. É possível que os adversários sejam pessoas, como os "amigos" oo Jó, que culpavam o paciente, atribuindo sua enfermidade ao seu pecado. •SI 7 Um lamento e salmo de refúgio por uma pessoa inocente cercada de inimigos. Assim como uma pessoa falsamente acusada de assassinato podia encontrar abrigo na casa de Deus e apelar ao tribunal divino, assim também o salmista entregou seu caso a Deus. Seus protestos de inocência referem-se a acusações específicas e não são uma reivindicação de impecabilidade. Ver SI 11; 17; 26--27; 31; 71. •7.2 como leão. Embora não mais sejam encontrados hoje em dia no território de Israel, os leões eram abundantes ali nos tempos antigos. O leão com freqüência simbolizava poder, crueldade e violência (Is 5.29; Na 2.11-12) •7.5 persiga o inimigo. ele não temia invocar uma maldição contra si mesmo, visto saber que era inocente. •7.6 Levanta-te. Ver nota em 3.7. •7,8 O SENHOR julga. Há um pano de fundo judicial neste salmo de refúgio. Deus devia julgar entre o salmista e os seus oponentes. •7.14-15 concebeu a malícia ... Abre ... uma cova. Esses termos expressam a convicção de que o pecador colhe aquilo que semeia. O pecado atrai sua própria retribuição. •SI 8 O assunto deste hino é a excelência de Deus em suas obras de criação, um dos temas principais da literatura de sabedor'1a. Este salmo pode ser chamado de 619 SALMOS 8, 9 2 coa boca de pequeninos e crianças de peito 2 suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer do inimigo e o vingador. 3 Quando e contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, 4/que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, 3que o gvisites? 5 Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que 4 Deus e de glória e de honra o coroaste. 6 hOeste-lhe domínio sobre as obras da tua mão ; e sob seus pés tudo lhe puseste: 7 ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; 8 as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares. 9 iÓ SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Ações de graças Ao mestre de canto, segundo a melodia 1 ''A morte para o filho". Salmo de Davi 9 Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. 2 Alegrar-me-ei e ªexultarei em ti; ao teu nome, bó Altíssimo, eu cantarei louvores. 3 Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; 4 porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente . 5 Repreendes 2 as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes capagas o nome. 6 Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória dpereceu. 7 e Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. 8/Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão. 9 O SENHOR é também 3 alto grefúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. 10 Em ti, pois, confiam os que hconhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam. 11 Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; iproclamai entre os povos os seus feitos. 12 iPois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor 4 dos aflitos. 13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14 para que, às portas 5 da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me 1regozije da tua salvação. 15 mAfundam-se 6as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé. • 2 CMt 21.16; [1Co 1.27] d Si 44.16 2estabeleceste 3es11;1.2 4/ Jó 7.17-18; [Hb 2.6-8] g(Jó 10 12] 3que lhe dês atenção ou que te importes com ele 5 4 Hebr. Elohim. Deus; LXX. S. Te tradição judaica anjos 6 h [Gn 1.26.28] i[l Co 15.27; Ef 1.22; Hb 2.8] 9 /SI 8.1 · SALMO 9 título 1 Hebr. Muth Labben 2 a SI 5.11; 104.34 b [SI 83.18; 92.1] 5 e Pv 10.7 2 os gentios 6 d [Si 34.16] 7.e SI 102.12,26;Hb1.11 8/[Sl96.13;98.9;At17.31] QgSl32.7;46.1;91.23Lit.a/toseguro 10hSl91.14 11 iSl66.16;107.22 12/[Gn 9.5; SI 72.14] 4dos humildes 14 ISI 13.5; 20.5; 35.9 50e Jerusalém 15 m SI 7.15-16 óos gentios poema de sabedoria. Pondera a exaltação. por parte de Deus. da humilde humanidade. outorgando-lhe domínio sobre a criação (Gn 1.28}. •8.1 Ó SENHOR. No hetiraico temos Javé. o nome pessoal. da aliança. que Deus revelou a Moisés ao pé da sarça ardente (Êx 3}. Senhor nosso. Um título que também pode ser traduzido por "governador" ou "senhor de escravos". Ele é o nosso Senhor por haver estabelecido a sua aliança com o seu povo. quão magnífico ... é o teu nome. A repetição dessa linha. no final do poema. ressalta a elevada nota de reverência que permeia o salmo. "Nome" indica o ca- ráter ou a reputação de Deus. •8.2 pequeninos ... adversários. Nota-se. aqui. o contraste entre os débeis e os fortes. Entretanto. por causa dos louvores a Deus que entoam. os débeis silen- ciam os poderosos. Ver Mt 21.16. •8.3 obra dos teus dedos. D universo. quase ilimitado. é descrito como obra dos dedos de Deus. o que enfatiza o poder de Deus. •8.4-6 Esta passagem foi aplicada a Jesus. em Hb 2.6-8. Ele foi o homem perfeito. além de ser Deus. Jesus é o modelo seguido pela humanidade remida. tendo restau- rado o domínio humano sobre a criação (Gn 1.28/. Ver também 1 Co 15.27; Ef 1.22. •8.4 que é o homem. Ver Jó 7.17; 25.6; SI 144.3. Na vastidão do universo. e tendo por fundo a grandeza do poder de Deus. o homem é pequenino. •8.5 menor do que Deus. A palavra hebraica 'elohim, traduzida por "Deus", tam- bém pode significar "seres divinos". ou "anjos". Todavia. se Deus estivesse mesmo em vista. esperar-se-ia "fizeste-o, no entanto. um pouco menor do que tu mesmo". •8.6 domínio. O "mandato cultural" de Gn 1.28 divinamente conferiu à humani- dade a autoridade e a responsabilidade de governar a vida na terra. •SI 9 Este lamento começa como se fosse um poema de ação de graças; mas. no v. 13. o salmista volta-se para o Senhor com novas petições. e o salmo conclui nessa nota. É provável que os SI 9-1 O originalmente fossem um único salmo. Juntos. eles formam um único acróstico !ver Introdução à Poesia Hebraica}. •9.1 as tuas maravilhas. No original hebraico isso refere-se aos grandes atos de Deus. sua intervenção nas atividades humanas. como por ocasião do êxodo do Egito. •9.3 ao retrocederem os meus inimigos. Essa é uma declaração de esperança futura. e não de realidade passada. •9.4 no trono ... julgas retamente. O salmista não confiava em si mesmo, mas no caráter de Deus como o justo Juiz. •9.5 lhes apagas o nome. Para nunca mais serem lembrados. o que contrasta com o nome de Deus (v. 2}. que será louvado para sempre. •9.11 que h9bita em Sião. Ver 2.6. nota. Os crentes aflitos devem saber que Deus está presente com eles no mundo. · •9.12 aquele que requer o sangue. Lit. "busca o sangue" Deus não permite que a iniqüidade fique sem ser castigada IGn 9.6; Na 1.2-6/. •9.13 portas da morte. Ver Pv 1.12. nota. Este versículo é o primeiro sinal da atual aflição do salmista. •9.14 portas da filha de Sião. Frase contrastada com "portas da morte", no versículo anterior. Pela oração respondida. o salmista louvaria a Deus nos lugares mais públicos de Jerusalém. a "filha de Sião". •9.15 Afundam-se as nações na cova que fizeram. Ver SI 7.14-16. A iniqüidade de tais inimigos retornaria para caçá-los. SALMOS 9, 10 16 Faz-se nconhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos. 17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas 7 as nações ºque se esquecem de Deus. 18 PPois o necessitado não será para sempre esquecido, e qa esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. 19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam 8as nações julgadas na tua presença. 20 Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam 9as nações que não passam de mortais. A derrubada dos ímpios 1 O Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação? 2 Com arrogância, os ímpios 1 perseguem o pobre; ªsejam presas das tramas que urdiram. J Pois o perverso se ºgloria da cobiça de sua alma, 2o avarento cmaldiz o SENHOR e blasfema contra ele. 4 O perverso, na sua soberba, não investiga; 3 que não há Deus são todas as suas dcogitações. s 4São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza. ó e pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; !de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá. 7 g A boca, ele a tem cheia de maldição, henganos e opressão; debaixo da língua, insuito e iniqüidade. 620 B Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocuitos; seus olhos espreitam o desamparado. 9 Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia. 10 s Abaixa-se, rasteja; óem seu poder, lhe caem os necessitados. 11 Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca. 12 Levanta-te, SENHOR! ó Deus, iergue a mão! Não te esqueças dos /pobres. 13 Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não se importa? 14 Tu, porém, o 1tens visto, porque atentas aos trabalhos e à dor, para que os possas tomar em tuas mãos. A ti se mentrega7 o desamparado; n tu tens sido o defensor do órfão. 15 Quebranta o braço do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares. 16 °0 SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações. 17Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás, 18 para 8fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror. 4'.~=-------~-~-~ t6nÊx7-5 17°Jó813,Sl50227osgentlos 18PSl912. 125q[Sl625, 715).Pv2318 19Bosgent1os 209osgent1os SALMO 1 O 2 ª SI 7 .16; 9.16 I perseguem sem folga 3 b SI 49 6. 94 3-4 e Pv 28 4 2 Ou, o homem avarento amaldiçoa e desdenha o SENHOR 4 d SI 14.1; 36.1 3 Ou Todos os seus pensamentos são_· "Não há Deus" 5 4 Lit. são fortes 6 e SI 49.11; [Ec 8.11] f Ap 18.7 7 8[Rm 314] hSI 55.10-11 10 50u Ele é esmagado. é cwvado ô Ou pelos seus valentes 12 iSI 17.7; 94 2; Mq 5.9iSI 912 14 i[SI 11 .4] m [2Tm 1.12] n SI 68.5; Os 14.3 7Ut. deixa. confia 16 o SI 29.1 O 18 B vindicares •9.17 Os perversos. Melhor definidos ainda na segunda metade do versículo como "todas as nações que se esquecem de Deus". inferno. No hebraico, sheol (Pv 1.12. nota). •9.18 o necessitado ... aflitos. A frase "os pobres e os necessitados" (35.1 O; 74.21; Pv 31.9; Ez 18.12) é uma expressão fixa no Antigo Testamento, e essas palavras também aparecem com freqüência em trechos paralelos (72.12; Jó 24.4; Is 32.7; Am 8.4). O sentido, por muitas vezes. é a pobreza literal, mas essas palavras também podem ser usadas figuradamente para expressar uma total dependência a Deus (40.17; 86.1; 109.22; ver também Mt 5.3; Lc 6.20) A pobreza, por si mesma, não é meritória, mas Deus dá uma atenção especial aos clamores dos aflitos (12.5; 72.4. nota). Jeremias equiparou trazer "juízo e 1ust1ça" ao "aflito e necessitado" com "conhecer-me" (Jr 22.15-16). Esses cuidados faziam parte da responsabilidade explícita dos que estavam em posições de mando. •9.19 Levanta-te. Ver SI 37, nota. •SI 1 O Este salmo não tem título. Em sua forma original. provavelmente seja combinado com o SI 9 (ver acima sobre o SI 9). Considerado em separado, este salmo seria um lamento individual, deplorando os ímpios que vitimam os justos e cone/amando a Deus para restaurar a justiça. •10.1 Por que ... te conservas longe. O salmista estava mais perturbado pela aparente ausência de Deus do que pela presença dos seus inimigos. •10.3 maldiz ... blasfema. O julgamento ético dos ímpios está virado de cabeça para baixo. Eles deveriam abençoar o Senhor e rejeitar os avarentos. •10.5 São prósperos ..• em todo tempo. Da perspectiva dos oprimidos. parece que o opressor desconhece aflições (SI 73.12). •10.6 Jamais serei abalado. Essa atitude de autoconfiança trouxe tribulações ao próprio salmista (SI 30.6) A confiança do crente deve estar firmada em Deus, e não em sua própria capacidade. •1O.7 A boca ... debaixo da língua. Os pecados da expressão verbal são o foco da atenção. Rm 3.14 alude a este versículo. •10.8 Põe-se de tocaia. A metáfora do ímpio postado de emboscada é bem conhecida em Provérbios (Pv 1.11). nos lugares ocultos. Os iníquos preferem atuar nas trevas. e não na luz (Jo 319) •10.9 na sua rede. Os ímpios são caçadores dos indefesos. •10.12 Levanta-te, SENHOR. Ver nota em 3.7. ergue a mão. Essa metáfora refere-se à ativa intervenção de Deus em favor do salmista. •10.14 órfão. No antigo Oriente Próximo e Médio, os órfãos e as viúvas eram exemplos extremos de desamparo, visto que não tinham parentes nos quais amparar-se. •10.16 é rei. Deus é o Senhor da aliança; ver Introdução: Características e Temas. as nações. Aqueles que adoravam a outros deuses e perseguiam o povo de Deus. •10.17-18 justiça ao órfão. O lamento termina com uma forte declaração de confiança em Deus, o qual livra os fracos da opressão. Os homens aterrorizam. mas Deus controla a iniqüidade dos homens. 621 SALMOS 11-13 os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós? O SENHOR é forte refúgio Ao mestre de canto. Salmo de Davi 11 No ªSENHOR me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? 2 Porque eis af 0os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, 1 às ocultas, dispararem contra os retos de coração. 3 cora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? 4 O SENHOR está no seu santo templo; dnos céus tem o SENHOR seu trono; os eseus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. s O SENHOR !põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador 8será a 2 parte do seu cálice. 7 Porque o SENHOR é justo, ele hama a justiça; 3os retos lhe contemplarão a face. Auxílio contra a falsidade Ao mestre de canto. ª para1 instrumentos de oito cordas. Salmo de Davi 12 2Socorro, SENHOR! Porque já bnão há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens. 2 cFalam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração 3 fingido. 3 4Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala 5soberbamente, 4 pois dizem: Com a língua prevaleceremos, s Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira. 6 As palavras do SENHOR são dpalavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes. 7 Sim, SENHOR, tu nos guardarás; desta geração nos livrarás para sempre. a Por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada. Oração de/é Ao mestre de canto. Salmo de Davi 1 3 Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? ªAté quando ocultarás de mim o rosto? 2 Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo? 3 Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! ºIlumina-me os olhos, rpara que eu não durma o sono da morte; 4 para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar. s No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. 6 Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem. •~~~~~~~~~~~ SALMO 11 1 a SI 56.11 2 b SI 64.3-4 1 Lit. em escuridão 3 e SI 82.5; 87.1; 119.152 4 d SI 2.4; [Is 66.1 ); Mt 5.34; 23.22; [At 7.49); Ap 4.2 '[SI 33.18; 34 15-16) 5 /Gn 22.1; [Tg 1.12) 6g1 Sm 1.4; SI 75.8; Ez 38.22 2 Sua cota ou porção na distribuição 7 li Sr 33.5; 45.7 3 Ou a sua face está voltada para os retos SALMO 12 título a SI 6 1 Hebr. Sheminnith 1 b [Is 57.1 ); Mq 7.2 2 Salva 2 e SI 1O.7; 41.6 3Lit. duplo, uma mente inconstante 3 4 Destrua 5 grandezas 6 d 2Sm 22.31; SI 18.30; 119.140; Pv 30.5 SALMO 13 1 a Jó 13.24; SI 89.46 3 b 1 Sm 14.29; Ed 9.8; Jó 33.30; SI 18.28 e Jr 51.39 •SI 11 Outro salmo de refúgio. Ameaçado por seus inimigos, o salmista deposita sua confiança em Deus. •11.1 para o teu monte. Talvez "para longe do teu monte". Se é mesmo "para o teu monte". então talvez o conselho seja para fugir da cidade para alguma fortale- za existente em um monte. Mas se é "para longe do teu monte", então a referên- cia é a Sião. Em ambos os casos, Davi estava sendo aconselhado por outros a encontrar salvação em algum lugar que não era Deus. •11.2 o arco ... a sua flecha. Se este salmo. originalmente. tinha um fundo mili- tar e fosse apropriadamente usado durante períodos de guerra, a sua linguagem figurada também pode referir-se igualmente a outros tipos de afiição. •11.3 os fundamentos. Ou seja. o reino concebido como uma entidade política; incluindo sua economia, sua vida militar e coisas similares. o justo. Mas talvez esta seja uma referência a Deus: "o Justo" Os demais versí- culos passam a descrever o que Deus estava fazendo. •11.4 seu trono. Na qualidade de Rei do universo. Deus exerce o controle. Nada escapa à sua atenção. Nem mesmo os atos dos ímpios estão fora do seu alcance. •11.6 brasas de fogo e enxofre. Isso nos faz lembrar do juízo contra Sodoma e Gomorra !Gn 19.24). O mal será completamente consumido a fogo. será a parte do seu cálice. Existe um cálice da bênção de Deus !SI 23.5). tanto quanto um cálice de sua ira. Os ímpios sorverão a ira divina até às suas escórias 175.8). Jesus Cristo tomou sobre si o castigo de seu povo, ao sorver o cálice divi- no de julgamento. •11.7 a face. Deus fará sua presença conhecida ao seu povo, no meio das tre- vas. Na ressurreição dos justos. essa esperança será plenamente cumprida. •12.1 desapareceram os fiéis. À semelhança de Elias. em 1Rs 19.14, o salmista sentia-se sozinho em sua devoção ao Senhor. •12.2 Falam com falsidade. Lit. "falam mentiras" ou "falam coisas. vazias". incluindo falsidades claras, mas também de forma insincera e irresponsável, que barateia e corrói toda comunicação humana. •12.3 Corte o SENHOR. Ser "cortado" geralmente significava ser excluído da comunidade, mas ocasionalmente podia indicar a morte. •12.5 eu me levantarei. Ver SI 3.7, nota. •SI 13 Um lamento expressado da perspectiva de um indivíduo. A situação de aflição não é claramente definida, permitindo múltiplas aplicações. Se a palavra "inimigo" for tomada literalmente, então a guerra está em pauta. Ou então o salmista podia estar doente e prestes a morrer lv. 3). •13.1 Até quando. Ver nota em SI 6.3. As quatro repetições da expressão exprimem a angústia do salmista. •13.5 graça. Um termo próprio da linguagem da aliança, especificamente, a devoção graciosa. o amor por meio do qual Deus se vinculou ao seu povo. regozije-se. Contrastar com o v. 4. O inimigo regozijar-se-ia na queda !morte) do salmista, mas Deus. em sua salvação. SALMOS 14-16 A corrupção do pecador e sua redenção Ao mestre de canto. Salmo de Davi 14 Diz ªo insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. 2 bDo céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 erodas se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 4 Acaso, não entendem todos os obreiros da iniqüidade, que devoram o meu povo, como quem come pão, que dnão invocam o SENHOR? 5 Tomar-se-ão de grande pavor, porque Deus está com a linhagem do justo. õ Meteis a ridículo o conselho dos humildes, mas o SENHOR é o seu erefúgio. 7!Tomara1 de Sião viesse já a salvação de Israel! gQuando o SENHOR 2 restaurar a sorte do seu povo, então, exultará Jacó, e Israel se alegrará. 622 2 O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, ófala a verdade; 3 o que cnão difama com sua língua, não faz mal ao próximo, dnem lança injúria contra o seu vizinho; 4 e o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao SENHOR; o que !jura com dano próprio e não se retrata; s o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede gnão será jamais abalado. O Santo de Deus ªHino de Davi 16 1Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. 2 Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; boutro bem não possuo, senão a ti somente. 3 Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis cnos quais tenho todo o meu prazer. 4 Muitas serão as penas dos que trocam o SENHOR por outros deuses; não oferecerei as suas libações de dsangue, O cidadão dos céus ee os meus lábios não pronunciarão o seu nome. Salmo de Davi s O SENHOR é a porção da minha herança 15 Quem, ªSENHOR, habitará no teu tabernáculo? e o meu cálice; Quem há de morar no teu santo monte? tu 2 és o arrimo da minha sorte. A SALMO 14 l ªSI 10.4; 53.1 2 ó SI 33.13-14; 102.19; Rm 3 1; 3-;: Rm 3~~;~~ d SI 79-6. Is 64.7; Jr 1025; Am 8.4; Mq 33 6 e SI 9.9; 40.17; 46.1; 142.5 7 /SI 53.6; [Rm 11 25-27] 8Dt 30.3; Jó 42.1 O I Lit. Quem dará de S1âo a salvação de fsrae/? 20u trouxer de volta o seu povo cativo SALM015 taSl24.3-5 zóZc8.16;[Ef4.25] 3C[Lv1916-18]dÊx23.1 4eEt3.2/Lv5.4 582Pe1.10 SALMO 16 título ªSI 56-60 1 I Ou Preserva-me 2 ó Já 35.7 3 e SI 119.63 4 d SI 106.37-38 e [Êx 23.13]; Js 237 S 2 Lit. sustentas a •SI 14 Este salmo revela uma atitude de tranqüila meditação. ao mesmo tempo que enfoca a maldade humana. Ver SI 53, que tem um começo semelhante. •14.1 o insensato. O insensato pode ser altamente inteligente, segundo os padrões do mundo. Mas ele se esquece da natureza verdadeira da realidade (Ec 2.14). Ser chamado de insensato é um julgamento moral. Não há Deus. O insensatl nega a existência de Deus como uma questão de preocupação humana. Isso corresponde ao ateísmo prático. Deus é tido como indi- ferente para com as atividades do mundo e, especialmente. para com as atividades do indivíduo. Ver "Conhecimento Divino Acerca da Culpa Humana". em Rm 1.19. Corrompem-se. Pode-se notar o uso deste salmo por Paulo, em Rm 3.10-18. A insensatez significa falta de moralidade. e não ausência de intelecto natural. •14.2 quem busque a Deus. O homem caído em seus pecados não busca ativamente a Deus. •14.4 como quem come pão. Os ímpios com freqüência exploram as pessoas, e isso sem nenhum senso de culpa. Para eles trata-se de algo tão natural como comer pão. •14.6 seu refúgio. Deus pode predominar sobre os planos iníquos dos malfeitores para o bem dos aflitos. Esse princípio foi salientado por José IGn 5020) e foi aplicado à crucificação. em At 2.22-24. •14. 7 de Sião. O lugar de onde Deus mais revelava pessoal e diretamente a sua presença. •SI 15 Este salmo lembra o SI 1, enfocando sua atenção sobre os requisitos para alguém aproximar-se da presença de Deus. no santuário. É semelhante a SI 24.3-6. As duas passagens lcl. também 33.14-16) têm sido chamadas de "liturgias de entrada", visto que respondem à pergunta: "Quem pode entrar no santo lugar de Deus?'" •15.1 tabernáculo. Lit. "tenda". Antes do templo ser erigido. o símbolo da habitação de Deus entre o seu povo era uma tenda. santo monte. O monte Sião. onde o templo estava localizado. •15.2-5 Os dez requisitos para a entrada ali são éticos. e não formais ou litúrgicos. •15.4 com dano próprio. Ou "e não se retrata". A lição é a mesma: quando faz uma promessa. a pessoa 1usta cumpre a sua palavra. •15.5 não empresta o seu dinheiro com usura. \lt 23.19-20. De um estrangeiro se podia cobrar juros, mas não de um compatriota israelita. A intenção dos empréstimos era aliviar a necessidade extrema. e tais juros eram uma forma de exploração •SI 16 Este salmo exprime confiança no Senhor. embora seja difícil dizer se a crise era passado ou presente para o salmista. A morte poderia ser iminente para ele lv 10) •16.1 Uma invocação ao Senhor e um apelo pedindo socorro. Esta linha indica que a crise continuava presente para o salmista. •16.3 santos. Lit. "aqueles que foram separados". O povo eleito de Deus. •16.4 por outros deuses. O perigo de adorar a outros deuses era um perigo sempre presente em Israel lcl. 1Rs 18). O salmista enfatizou aqui que os poderes e epítetos atribuídos aos deuses pagãos pertenciam. realmente, ao Senhor (SI 29) as suas libações de sangue ... o seu nome. Isto é, dos deuses estrangeiros. Esses são dois exemplos das maneiras como os sistemas religiosos das nações circunvizinhas tentavam compelir suas divindades a ajudá-las. •16.5 porção ... cálice ... sorte. Três metáforas que descrevem a vida como um presente de Deus. 623 SALMOS 16, 17 ó Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui lindo. o. minha herança. 7 Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite 3 o meu coração me ensina. 8/Q SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. 9 Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo 4repousará seguro. to gPois não deixarás a minha alma na 5 morte, nem permitirás que o teu Santo 6veja corrupção. li Tu me farás ver os hcaminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente. Súplica pel.a proteção divina Oração de Davi 1 7 Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos. 2 Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com eqüidade. 3 Sondas-me o coração, de noite me visitas, ªprovas-me 1 no fogo e 2 iniqüidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não btransgride. 4 Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento . s cos meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram. ó dEu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras. 7 Mostra as maravilhas da tua bondade, 3 ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles. 8 Guarda-me como a 4menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas, 9 dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte. 10 Insensíveis, e cerram o coração, !falam com lábios insolentes; 11 andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra. 12 Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada. 13 Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada, 14 com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos. 15 Eu, porém, na justiça gcontemplarei a tua face; quando hacordar, ieu me satisfarei com a tua semelhança. • ~;A:~; ment;I;-,,~; ~ 8f[;2-;5_;]~ 7o~~t~ ;;;;s;u=;;n; ~1; 8~1; ~;~6-~-.;~~~3~:;;; ;~ 20 ;O~-;:~;d: --~ mortos. Hebr. Sheol ó sofra 11hSI139.24; [Mt 714] SALMO 17 3 ªJá 23.10; SI 66.1 O; Zc 13.9; [1 Pe 17] b SI 39.1 1 examinas-me 2 Lit. nada 5 e Jó 2311. SI 44.18; 119.133 6 d SI 86.7; 116.2 7 3 ó tu que livras os que 8 4 pupila 10 e Ez 1649/[1Sm 23] 15 g [1Jo 3.2] h [Is 26 19] i SI 4.6-7; 16.11 •16.6 as divisas. Uma vez mais. provavelmente uma metáfora para a qualidade de vida do salmista. A vida que Deus lhe dava não somente era segura (v. 5) como também era ··agradável"'. •16.7 meu coração. Lit. ··rins"'. Tal como no caso de ··coração"'. os rins representam o âmago da pessoa do ser humano. •16.10 não deixarás a minha alma na morte. A aplicação imediata deste salmo é a Davi e aos santos do Antigo Testamento. Refere-se ao livramento da ameaça imediata da morte, mas aponta pro/eticamente para o Filho de Davi, a quem o Davi histórico servia de reflexo e prenúncio. Tanto Pedro quanto Paulo reconheceram que Jesus foi o cumprimento final deste salmo (At 2.25-28; 13.35) •SI 17 Um salmo de refúgio, CUJO título é "'Oração"' O Livro dos Salmos é um livro de orações. bem como uma coletânea de hinos. •17.1 meu clamor. O salmista não estava negando que era um pecador. Mas estava negando acusações específicas feitas contra ele. •17.2 o julgamento. O salmista levou sua causa a Deus. •17.3 Sondas-me o coração. Aqui, o "'coração"' é o centro oculto do ser de uma pessoa, mas Deus pode decifrar o coração. •17 .4 pela palavra dos teus lábios. A vontade de Deus, exibida pela sua própria lei. •17 .5 tuas veredas. Essas veredas, definidas na Palavra de Deus. devem ser contrastadas com os "'caminhos do violento"' (v. 4). •17. 7 maravilhas da tua bondade. A palavra hebraica por detrás de "'bondade"' denota o amor de Deus para com aqueles que têm aliança com ele. ó Salvador. O salmista podia pensar na história passada de Israel e ver por quantas vezes Deus tinha salvado seu povo aflito O êxodo do Egito é o grande exemplo do amor salvífico de Deus. •17.8 a menina dos olhos. A pupila, uma das partes mais sensíveis do corpo humano (Dt 32 10) •17.10 Insensíveis, cerram o coração. Uma tradução possível é .. sua gordura .. , uma caricatura de sua aparência física. •17.11 cercando os nossos passos. O inimigo havia tomado a iniciativa de destruir o salmista. •17 .12 Com o leão. Comum ente conhecido por sua violência e crueldade. Cf SI 7.2; 10.9; 22.13. •17.13 Levanta-te. SI 37, nota. •17 .14 cujo ventre tu enches. Este versículo exprime a verdade geral de que os justos não padecerão necessidade. •17.15 contemplarei a tua face. O salmista conhecerá a presença de Deus, dando a entender a sua ressurreição na "semelhança .. de Deus (1Jo 3.2.). l j SALMOS 18 624 Vitória e domínio 11 Das trevas fez um manto em que se ocultou; Ao mestre de canto. Salmo de Davi, 1escuridade de águas ªservo do SENHOR, o qual dirigiu ao SENHOR e espessas nuvens dos céus as palavras b deste cântico, no dia eram o seu pavilhão. em que o SENHOR o livrou de todos 12 moo resplendor que diante dele havia, os seus inimigos e das mãos de Sau/. Ele disse: as densas nuvens se desfizeram 1 8 Eu cte amo, ó SENHOR, força minha. em granizo e brasas chamejantes. 2 O SENHOR é a minha rocha, 13 Trovejou, então, o SENHOR, nos céus; a minha cidadela, o meu libertador; o Altíssimo levantou a nvoz, o meu Deus, o meu rochedo Je houve granizo e brasas de fogo. dem que me refugio; 14 ºDespediu as suas setas o meu escudo, 1 a força da minha salvação, 4 e espalhou os meus inimigos, o meu baluarte. multiplicou os seus raios e os desbaratou. 3 Invoco o SENHOR, e digno de ser louvado, 15 Então, se viu o leito das águas, e serei salvo dos meus inimigos. e se descobriram 4/Laços de morte me cercaram, os fundamentos do mundo, torrentes de 2impiedade me impuseram terror. pela tua repreensão, SENHOR, s Cadeias infernais me cingiram, pelo iroso resfolgar das tuas narinas. e tramas de morte me surpreenderam. 16 Do alto me Pestendeu ele a mão 6 Na minha angústia, invoquei o SENHOR, e me tomou; gritei por socorro ao meu Deus. tirou-me das muitas águas. Ele do seu templo ouviu a minha voz, 17 Livrou-me de forte inimigo e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos. e dos que me aborreciam, 7 gEntão, a terra se abalou e tremeu, pois eram mais poderosos do que eu. vacilaram também 18 Assaltaram-me no dia da minha calamidade, os fundamentos dos montes mas o SENHOR me serviu de amparo. e se estremeceram, porque ele se indignou. 19 qTrouxe-me para um lugar espaçoso; 8 Das suas narinas subiu fumaça, livrou-me, porque ele se agradou de mim. e fogo devorador, da sua boca; 20 rRetribuiu-me o SENHOR, dele saíram brasas ardentes. segundo a minha justiça, 9 hBaixou ele os céus, e desceu, Recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos. e teve sob os pés densa escuridão. 21 Pois tenho guardado 10 ;Cavalgava um querubim e voou; os caminhos do SENHOR sim, ilevado velozmente nas asas do vento. e não me apartei perversamente do meu Deus . • S~~~;8 ~~:ª;I~;~~;; ~~;-1~~~ -Z;H-;;-3~;.~h;fre~-;-e;l7~6~~~2~ ~/;1~;;2~1~~;--;-;~~~ 4.31 9hSl1445 10iSl80.1,99U[Sl104.3] 11 ISl97.2 12ms197.3;140.10;Hc3.11 nn[Sl29.3-9;104.7]3ConformeTM. Te V; poucos mss. Hebr. e LXX omitem e houve granizo e brasas de fogo 14 o Js 10.1 O; SI 144.6; Is 30.30; Hc 3.11 4 Lit. e os espalhou 16 PSI 144.7 19 q SI 4 1, 31.8; 118.5 20 r1sm 24.19; [Jó 33.26]; SI 7.8 •SI 18 Este salmo agradece ao Senhor por um grande livramento. O mesmo salmo aparece em 2Sm 22 com poucas diferenças. •18.título Ver Introdução: Autor; Características e Temas. O título atribui este salmo a Davi. •18.1 Eu te amo. Não é a palavra hebraica usual para "amar"; enfatiza a intimidade, expressando a devoção pessoal de Davi. •18.2 minha rocha. Este termo conota proteção. Quando fugia de Saul, Davi achava refúgio nas cavernas e penhascos dos leitos secos dos rios. força da minha salvação. '"Força", é lit. "chifre" •18.4 Laços de morte. Os tentáculos da morte elevam-se do sheol, do inferno, para arrastar para baixo o salmista. torrentes de impiedade. Os poderes do mal e da morte são freqüentemente comparados a um dilúvio avassalador (Is 28.15,17-18; Mt 16.18; SI 46.2, nota; 69 1-2, nota) •18.6 do seu templo. Lugar da presença especial de Deus. Por ocasião da dedicação do templo, Salomão deu a entender que aquela era a solução apropriada para as tribulações (1 Rs 8). •18. 7 a terra se abalou. Quando Deus se revela como um guerreiro, a natureza se convulsiona (Is 24.4-13; Na 1.5). montes. Os montes simbolizam tudo quanto é firme e estabelecido no mundo, mas estremecem perante o poder de Deus. •18.8 narinas ... boca. As narinas e a boca são figuras de linguagem comuns para a ira. Fumaça e fogo. com freqüência, acompanham uma teofania (uma auto-revelação pessoal de Deus Gn 15.17; Êx 19.18; Na 1 6) •18.9 sob os pés densa escuridão. Deus é retratado como quem viera à batalha com as nuvens de tempestade. Esse retrato é freqüente na Bíblia (SI 68.4; 104.3; Na 1.3: Dn 7.13). No Novo Testamento, Cristo é retratado como quem voltará à terra entre nuvens (Me 13.26; Ap 1.7). •18.1 O um querubim. Os seres angelicais são mencionados pela primeira vez em Gn 3.24. O papel deles, em Gn 3, e sua representação simbólica em lugares-chaves no tabernáculo (Êx 26 1,31) indicam que eles são guardiães da santidade de Deus (cf. Ez 1; 1 O) •18.13 a voz. O trovão; cf. SI 29.3-9. •18.14 suas setas. Os relâmpagos. •18.15 se viu ... se descobriram. Quando Deus aparece como o defensor de seu povo. as águas, que representam o caos e o mal, retrocedem. Cf. 77.16-19 (um reflexo do êxodo do Egito; Na 1.4; Ap 21.1 ). . tua repreensão. Deus controla as águas caóticas do mar (SI 106.9). Jesus mostrou ser a segunda pessoa da Trindade ao silenciar as águas caóticas com sua repreensão (Lc 8.22-25). •18.16 muitas águas. Símbolos da tribulação e aflição (SI 69.2). •18.19 um lugar espaçoso. Isso pode ser uma alusão ao êxodo e à conquista 625 SALMOS 18 22 Porque todos os seus juízos me estão presentes, 36 Alargaste sob meus passos o caminho, e não afastei de mim os seus preceitos. "e os meus pés não vacilaram. 23 Também fui íntegro para com ele 37 Persegui os meus inimigos, e os alcancei, e me guardei da iniqüidade. e só voltei depois de haver dado cabo deles. 24 5 Daí retribuir-me o SENHOR, 38 Esmaguei-os a tal ponto, segundo a minha justiça, que não puderam levantar-se; conforme a pureza das minhas mãos, caíram sob meus pés. na sua presença. 39 Pois de força me cingiste para o combate 25 1Para com o benigno, benigno te mostras; e me 7submeteste os que se levantaram contra mim. com o íntegro, também íntegro. 40 Também puseste em fuga os meus inimigos, 26 Com o puro, puro te mostras; e os que me odiaram, eu os exterminei. 11 com o perverso, inflexível. 41 Gritaram por socorro, mas ninguém lhes acudiu; 27 Porque tu salvas o povo humilde, ;clamaram ao SENHOR, mas ele não respondeu. mas os valhos altivos, tu os abates. 42 Então, os reduzi a pó ao léu do vento, 28 xporque fazes resplandecer a minha lâmpada; ilancei-os fora como a lama das ruas. o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas. 43 Das contendas do povo me livraste 29 Pois contigo 5 desbarato exércitos, 1 e me fizeste cabeça 8 das nações; com o meu Deus salto muralhas. mpovo que não conheci me serviu. 30 O z caminho de Deus é perfeito; 44 Bastou-lhe ouvir-me a voz, logo me obedeceu; ªa palavra do SENHOR é 6provada; os estrangeiros 9se me mostram submissos. ele é escudo bpara todos os que nele se refugiam. 45 nsumiram-se os estrangeiros 31 cpois quem é Deus, senão o SENHOR? e das suas fortificações saíram, espavoridos. E quem é rochedo, senão o nosso Deus? 46 Vive o SENHOR, e bendita seja a minha rocha! 32 O Deus que me d revestiu de força Exaltado seja o Deus da minha salvação, e aperfeiçoou o meu caminho, 47 o Deus que por mim tomou vingança 33 e ele deu a meus pés a ligeireza das corças ºe me submeteu povos; e me !firmou nas minhas alturas. 48 o Deus que me livrou dos meus inimigos; 34gEle adestrou as minhas mãos sim, Ptu que me exaltaste acima dos meus adversários para o combate, e me livraste do homem violento. de sorte que os meus braços 49 °Glorificar-te-ei, pois, entre 1 os gentios, ó SENHOR, vergaram um arco de bronze. e cantarei louvores ao teu nome. 35 Também me deste o escudo da tua salvação, 50 rÉ ele quem dá grandes vitórias ao seu rei a tua direita me susteve, e usa de benignidade para com o seu ungido, e a tua clemência me engrandeceu. com Davi e sua 2 posteridade, para sempre. A=;-;;;-m;6~;S~8~0~;;[1;s ;3;, ;-6;1n~t~7~ 26 U[Lv262328]; Pv334 2~ v[s1~o~t ;6~~~~R~ 15,lJ;-- 18.6; [SI 119 105) 29 5Qu corro pelo meio de 30 z[Dt 32.4); Ap 153 a SI 12.6; 119.140; [Pv 305) b [SI 17.7) ô Lit.refinada 31 C[Dt 32.31,39; 1Sm2.2; SI 86.8-10; Is 45.5) 32 d[SI 91 2) 33 e2Sm 2 18; Hc 3 19/Dt 32 13; 33.29 34 gSI 144.1 36 hSI 66.9; Pv 4.12 39 7Lit. causaste curvarem-se sob mim 41 iJó 27.9; Pv 1.28; Is 1.15; Ez 8.18; Zc 7.13 42/Zc 105 43 i2Sm 8; SI 8927 m1s 52.15 8dos gentios 44 9 fingem-se submissos a mim 45 n Mq 7.17 47 o SI 47.3 48 PSI 27.6; 59.1 49 q 2Sm 22.50; Rm 15.9 / as nações 50 r2Sm 7 12; SI 21.1; 144.10 2Lit. Semente da terra de Canaã. Deus livrou Israel de muitas águas (o mar Vermelho) e trouxe os israelitas a um lugar espaçoso (a Terra Prometida). O lugar espaçoso contrasta com o lugar estreito, de onde seria difícil ou mesmo impossível escapar de um inimigo •18.21 os caminhos do SENHOR. A lei da aliança com Deus. •18.25 benigno te mostras ... também íntegro. O termo traduzido aqui por "benigno" refere-se à bondade especial de Deus para com aqueles que estão na aliança. •18.27 tu salvas o povo humilde. Um ensino constante do Antigo Testamento e dos Salmos, mais notavelmente SI 113.7-9. •18.29 desbarato exércitos. Um vislumbre daquilo que serviu de inspiração original do versículo. Parece que o salmista estava guerreando. •18.30 a palavra do SENHOR. Sua revelação ao seu povo. Visto ser este um salmo de Davi, em um pano de fundo guerreiro. talvez a referência mais específica seja a 2Sm 7, a aliança com Davi, onde Deus prometeu ser o Pai e o Deus de Davi. •18.31 senão o SENHOR. O uso dessas perguntas retóricas é enfático: não há outro como o Senhor (Êx 15.11) •18.34 um arco de bronze. Os arcos antigos eram feitos primariamente de ma- deira, às vezes reforçados com metal. O arco de bronze tem por finalidade sugerir a força do salmista, dada por Deus •18.36 os meus pés não vacilaram. As veredas são estreitas e rochosas em Israel. levando um soldado a escorregar e se ferir. Isso ilustra a confiança de Davi, divinamente sustentada e inabalável •18.38-40 sob meus pés ... puseste em fuga os meus inimigos. Tábuas e memoriais em pedra do antigo Oriente Próximo mostram inimigos debaixo dos pés dos conquistadores. e prostrados diante de seus captores. •18.41 Gritaram ... clamaram ao SENHOR. Essas palavras indicam que o salmista estava combatendo contra compatriotas israelitas. •18.43 me livraste. A marca pessoal de Davi é forte aqui. Deus lhe concedeu vitórias sobre nações c1rcunviztnhas que foram postas debaixo de seu governo (2Sm 81-14) •18.49 entre os gentios. Versículo citado por Paulo, em Rm 15 9. como cumprido em Cristo, que chamou os gentios para compartilharem de seus louvores a Deus Pai. •18.50 seu ungido. Por ocasião de sua coroação, o rei era ungido com óleo pelo sacerdote. Jesus Cristo, o Senhor e descendente de Davi, cumpriu este salmo. l SALMOS 19 REVELAÇÃO GERAL SI 19.1 626 O mundo de Deus não é um véu que esconde o poder e a majestade do Criador, pois "os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (SI 19.1 ). A ordem natural prova que existe um Criador poderoso e cheio de majestade. Paulo diz a mesma coisa em Rm 1.19-21 e em At 17 .28 cita Arato, um poeta grego, como testemunha de que todo ser vivo foi criado pelo mesmo Deus. Paulo afirma também que a generosidade do Criador é evidente nas suas bondosas providências (At 14.17; cf. Rm 2.4)
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