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Sociedades Empresárias

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SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
CÓDIGO CIVIL:
Livro II – Do Direito de Empresa
Título I – Do Empresário
Título I-A – Da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
Título II – Da sociedade
Disposições gerais – arts. 981 a 985.
Da sociedade não personificada:
Da sociedade em comum – arts. 986 a 990
Da sociedade em conta de participação – arts. 991 a 996
Da sociedade simples – arts. 997 a 1.038
Da sociedade em nome coletivo – arts. 1.039 a 1.044
Da sociedade em comandita simples – arts. 1.045 a 1.051
Da sociedade limitada – arts. 1.052 a 1.087
Da sociedade anônima – arts. 1.088 a 1.089
Da sociedade em comandita por ações – arts. 1.090 a 1.092
Da sociedade cooperativa – arts. 1.093 a 1.096
Das sociedades coligadas – arts. 1.097 a 1.101
Da liquidação da sociedade – arts. 1.102 a 1.112
Da transformação, da incorporação, da fusão e da cisão das sociedades – arts. 1.113 a 1.122
Tipos de sociedades empresárias:
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade em conta de participação
Sociedade limitada
Sociedade em comandita por ações
Sociedade anônima
Deixou de existir a sociedade de capital e indústria.
Sociedade não empresária:
Sociedade simples
Conceito de sociedade – art. 981:
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Caracterização da sociedade:
Participação de mais de um sócio.
Reciprocidade de contribuição com bens ou serviços.
Atividade econômica.
Partilha dos resultados entre os sócios.
Conceito de sociedade empresária – art. 982:
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
 Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Assim:
Conceito de sociedade
Objeto: realização de atividade própria do empresário.
Constituição da sociedade empresária – art. 983:
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.
A sociedade deve ser organizada de acordo com um dos seis tipos societários previstos no Código.
Exceções: sociedade em conta de participação e cooperativa.
Em conta de participação – não precisa ser formalizada.
Cooperativa – por definição legal, é considerada sociedade simples.
Atividade rural – art. 984:
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação. 
O produtor rural pode escolher entre se organizar como sociedade empresária, requerendo seu registro na Junta Comercial, ou atuar sob outra forma societária.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Sociedades Empresariais para os fenícios:
Traçam normas, ainda que sem especificação, sobre o exercício da prática ainda de forma individual, ou seja, não há indícios da existência das sociedades.
Sociedades Empresariais em Roma:
Surgem as primeiras sociedades, como uma forma de reunião de pessoas para o exercício de determinadas atividades.
Isso se deu como consequência do fato de que a sociedade deixar de ser agrícola e começa a intensificar o comércio, mas não havia diferenciação entre as atividades civis e comerciais.
Sociedades Empresariais na Idade Média:
É na Idade Média, com o desenvolvimento do comércio nas cidades italianos de Gênova e Veneza, muito propiciado pelas cruzadas e pelo trafego de mercadorias com o oriente, a formação das corporações de ofício e o surgimento dos títulos de crédito, que as sociedades empresárias começam a ganhar roupagem distinta das sociedades civis. 
Isso porque, passa a haver uma necessidade de proteger os comerciantes e a atividade desenvolvida por eles.
Primeiras sociedades:
As sociedades em nome coletivo foram as primeiras a serem criadas, em virtude de o objeto comum ser a exploração de um negócio por membros de uma mesma família, herdeiro de uma mesma herança. 
Concomitante surgiram as sociedades em comandita simples, que tinham como finalidade facilitar o investimento nas sociedades, ou seja, a existência de sócios meramente investidores e, portanto, com responsabilidade limitada ao investimento. 
Contudo, parte da doutrina afirma que as comanditas são derivações dos contratos de commenda ou contratos de comando, ou contratos de mando.
No início as sociedades não eram registradas, mas formuladas através de contratos que somente interessavam aos participantes.
Entretanto, com as fraudes no século VI as corporações de ofício, paulatinamente, passaram a exigir o registro a fim de dá publicização.
A necessidade de registro faz nascer as sociedades em comandita por conta de participação, como uma derivação das sociedades em comandita simples, sem a necessidade de registro, vez que se trata de uma sociedade oculta. 
As em conta de participação tinha como finalidade acomodar, na qualidade de sócio oculto, pessoas que não podiam ser comerciantes, como nobres e cleros. 
As em comandita simples passaram a ser registradas e as em conta de participação não.
Apesar de serem muito úteis ao surgimento e formação das sociedades empresárias, as sociedades em nome coletivo, em comandita simples e em conta de participação somente comportavam negócios pequenos e com o advento das grandes navegações e da revolução industrial, necessitavam de outros modelos societários que permitissem grandes negócios.
Sociedades anônimas:
É nesse contexto que são moldadas as sociedades anônimas, sendo a primeira que se tem notícias a Companhia Holandesa das Índias Orientais – 1602, seguida por outras de mesma estrutura por outros países. 
Alguns historiadores do direito apontam que o Banco de San Giodio, fundado em 1407, em Gênova, já tinha traços das sociedades anônimas, entretanto, não há comprovação.
Código Comercial Francês:
Previa regras para as sociedades em nome coletivo, as sociedades em comandita simples, as associações em conta de participação, as sociedades anônimas, e a recém-criada sociedade em comandita por ações.
Outras sociedades também surgiram nesse período, mas não se desenvolveram como a sociedade de capital e indústria.
Sociedade de Poucos Sócios na Alemanha:
Em 1892, na Alemanha, o legislador criou o GmbH (Gesellschaft mit beschränkter Haftung), sociedade de poucos sócios, com a forma simples e com limitação de responsabilidade dos sócios. Ela representava um meio termo entre as sociedades em nome coletivo e a sociedade anônima. 
A sua finalidade era incentivar o desenvolvimento econômico, proporcionando que os comerciantes tivessem os benefícios de ambos os tipos societários acima.
Sociedade Limitada:
A sociedade limitada foi um sucesso tão grande que praticamente promoveu a extinção das demais sociedades, com exceção da sociedade anônima. 
Isso porque, tanto a sociedade em nome coletivo, quanto a sociedade em comandita simples e a por ações, e a sociedade em conta de participação, há a figura do sócio com responsabilidadeilimitada. Se posso fazer uma sociedade onde a minha responsabilidade é limitada ao capital investido, porque vou fazer uma sociedade onde a minha responsabilidade é ilimitada?
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Contratuais e institucionais:
Contratuais: aquelas sociedades cujo ato de constituição tem a natureza contratual.
Será o contrato social construído no interesse e conforme a vontade dos sócios, regulando as relações entre eles no transcorrer da vida social.
A elas se aplicam as normas de direito contratual, especialmente no que se refere à autonomia da vontade.
Institucionais ou estatutárias: não têm como característica a presença plena da autonomia da vontade, ou seja, dos sócios.
Normalmente não cabe a ampla discussão a respeito das regras que regem a sociedade, razão pela qual o ato que as rege tem natureza não contratual, mas sim institucional ou estatutária.
Contratuais:
Em nome coletivo
Em comandita simples
Limitada
Institucionais: 
Anônima
Em comandita por ações
De pessoas e de capital:
De pessoas: em razão de ordem pessoal que fazem determinadas pessoas se reunirem para a criação da sociedade.
Por isso, nessas sociedades, existem sérias restrições quanto à transferência das cotas sociais, justamente para evitar o ingresso de sócios que não contem com aprovação dos demais.
De capital: não existe nenhuma restrição quanto ao ingresso de novos sócios, sendo vedada qualquer limitação a comercialização de cotas ou ações representativas do capital social.
Nesse tipo de sociedade, o que importa é a contribuição financeira do sócio, não tendo nenhum significado suas características e aptidões pessoais.
De pessoas:
Em comandita simples
Em nome coletivo
Em conta de participação
De capital:
Anônima
Em comandita por ações
Mista:
Limitada
Quanto à responsabilidade dos sócios:
Limitadas:
Sociedade limitada
Sociedade anônima
Ilimitadas:
Em nome coletivo
Irregulares ou tácitas
Mistas:
Comandita simples
Comandita por ações
Em conta de participação
Quanto à nacionalidade:
Brasileira ou nacional:
Sede no Brasil.
Organização de acordo com a nossa legislação.
CC/2002, art. 1.126; Dec.-Lei 2.627/1940, art. 60.
Não é relevante a nacionalidade dos sócios, nem a origem do capital.
Estrangeira:
Quando não atende aos requisitos acima.
CC/2002, art. 1.134; Dec.-Lei 2.627/1940, art. 64.
Seu funcionamento no Brasil depende de autorização do Governo Federal.
Para essa autorização o interessado deve procurar o ministério ou agência estatal com competência para a fiscalização da atividade que ele exerce.
Se não existir nenhum órgão específico, o pedido de autorização de funcionamento deve ser protocolado no DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio.
O instrumento jurídico de autorização é o Decreto.

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