Buscar

Seg.social.2014.1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
	
	
Décimo Período – 2014
	
FAMIG
Belo Horizonte – MG
PROFESSOR
PAULO HENRIQUE CARDOSO
Procurador Federal
PGF/AGU
Especialista em Direito Público/PUC-MG
 Função Social da Advocacia Pública Federal
DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
EMENTA 
1. Introdução.
1.1. Evolução histórica da seguridade social no mundo e no Brasil.
1.2. Conceito de seguridade social.
1.3. Autonomia, fontes e competência legislativa em matéria de seguridade social.
1.4. Organização administrativa da seguridade social.
2. Seguridade social na CRFB/1988. 
2.1. Definição e princípios.
2.2. Elementos constitucionais.
Advocacia-Geral da União Escola da Advocacia-Geral da União
 Direito da Seguridade Social
Paulo Henrique Cardoso
3. Assistência social.
3.1. Previsão constitucional e legal.
3.2. Conceito.
3.3. Requisitos para concessão.
4. Saúde.
4.1. Previsão constitucional e legal.
4.2. Conceito, organização e funcionamento.
5. Previdência social.
5.1. Previsão constitucional e legal. 
5.2. Conceito. 
5.3. Princípios específicos. 
5.4. Beneficiários. 
5.5. Filiação, inscrição, qualidade de segurado e carência. 
5.6. Salário-de-contribuiçao, salário-de-benefício e renda mensal inicial. 
5.7. Prestações da previdência social: benefícios (previdenciários e acidentários) e serviços.
6.Competência para julgamento das causas relativas à seguridade social.
6.2. Assistência social.
6.3. Saúde. 
6.4. Previdência social.
6.5. Acidente de trabalho.
7. Regimes previdenciários.
7.1. Regimes públicos. 
7.2. Regimes privados.
8. Custeio da seguridade social.
8.1. Visão constitucional e legal
9. Dos crimes contra a seguridade social.
9.1. Apropriação indébita previdenciária.
9.2. Sonegação de contribuição previdenciária.
9.3. Falsidade documental previdenciária.
9.4. Inserção de dados falsos em sistema de informação.
9.5. Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. 
10. Questões atuais em matéria de seguridade social.
INTRODUÇÃO
DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
2014
Apresentação: professor (profissão, etc.), alunos (período, experiências com a matéria a ser lecionada, etc.). 
- Número de encontros/aulas – fevereiro a maio/junho - (aproximadamente 14, incluídos trabalhos, revisões, provas – COPA???). 
Conteúdo programático: estudo científico e pragmático. 
Controle de frequência.
Avaliação somente do que foi dado em aula.
Livros adotados (informação da escola).
- Contatos: SISTEMA AULA\líder de turma (e-mail turma).
Explicações acerca do interesse pelo curso, para despertar o interesse dos alunos:
dois motivos – (a) enquanto cidadãos: uma das questões mais discutidas do momento - seguridade social (saúde, previdência e assistência) no mundo moderno (expor dados: estatísticas sociais, números de ações, valores, etc.), e (b) enquanto alunos (exercício da advocacia previdenciária, cargos públicos federais, etc.).
“CONTRATO” SEMESTRAL
A) Respeito: professor/aluno, diferenças, dia a dia;
B) Tratamento isonômico: Aristóteles/Rui Barbosa;
C) Frequência: MEC e “prestígio”;
D) Horários: pontualidade (inicio, meio e fim);
E) Provas: celular, conteúdo, “cola” - distribuição dos pontos;
F) Trabalhos: ABNT, Prazo, correção gramatical, plagio; 
G) Provas substitutivas e suplementares: datas, cuidados e especificidades;
H) Atualizações: disciplina no contexto atual.
____________________________________
*
Paulo Henrique Cardoso
Procurador Federal
Especialista em Direito Público
E-mail:paulo.h.cardoso@agu.gov.br (paulohcardoso@terra.com.br) Número telefone: (31) 3582.3485
*
ESTATÍSTICAS SOCIAIS
2011/2012/2013
Recebimentos/SS (geral – FNDE, COFINS, ETC): 351,5 Bilhões;
Pagamentos/INSS: 343,9 Bilhões
Superávit: ??????
Déficit: 61,7 Bilhões
aproximadamente 9% do PIB Nacional
*
99,5% benefícios rurais em 01 SM;
38,3% urbanos até SM e 97,5% urbanos até 5 SM;
55% benefícios – mulheres (urbanas 51,4%, rurais 68,3%);
60 anos (ou +) – 20% dos benefícios;
*
Benefícios mais concedidos:
o auxílio-doença, a aposentadoria por tempo de contribuição e a aposentadoria por idade, cujas participações foram de 45%, 10,4% e 9,4%, respectivamente;
Valor médio dos benefícios: R$940,00 (urbanos – R$980,00, rurais – R$724,00 – subiu para sm).
- Previdência social no Brasil – 90 anos de existência (lei Eloy Chaves – 1923);
- Evolução da Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios Previdenciários e Resultado Previdenciário, segundo a clientela urbana e rural – Acumulado no ano de 2009 – R$ milhões de Dez/2009:
Hoje (2011/2012/2013): 350 bilhões/arrecadação – déficit 61 bilhões. 
equilíbrio na previdência urbana e desequilíbrio na previdência rural;
Déficit representa 1,36% PIB;
Gastos hoje: 9% PIB, 2050 projeção de 16% do PIB (China e México 2%, Canadá e EUA 5%, Argentina 6%, Dinamarca 9%);
Desequilíbrio na previdência pública 50 bilhões;
30 milhões de benefícios pagos por mês (rurais - 99,5 % salário mínimo, urbanos – 38,3% até SM e 97,5% até 5 SM);
86% urbanos, 14% rurais // 12% BPC (urbanos e rurais);
38 bilhões de reais por mês;
380 mil novos benefícios/mês;
 
20,2% de aumento real no valor médio dos benefícios desde 2002 (INPC);
66% de cobertura previdenciária (56% das pessoas economicamente ativas);
82% dos idosos com cobertura (17,2 milhões de pessoas);
600 mil perícias médicas por mês;
40 bilhões de reais em patrimônio nos RPPS dos servidores públicos;
2,3 milhões de brasileiros no exterior com direito à proteção previdenciária;
68 milhões de atendimento por telefone (135);
Comunicação de direito à aposentadoria por carta (por idade – desde junho de 2009);
1870 agências de atendimento (APS) – 1685 cidades;
618,3 milhões de reais em investimentos em novas agências;
183,6 milhões de reais em investimentos pela DATAPREV (14 bilhões de dados no CNIS, 27 milhões de benefícios processados por mês, 7 milhões de GPS, 58 mil caixas de e-mail, 49,4 mil equipamentos conectados);
16 mil servidores públicos atuando no INSS;
500 bilhões em previdência complementar;
Desde 2007 não há ônus para o INSS quanto aos serviços prestados pelas instituições financeiras; 
1550 prisões de acusados de fraudar a previdência social;
49 milhões de pessoas atendidas em 2013.
4.	Estudo, sempre, com fulcro na CRFB/88.
*
1 – Introdução
1.1. Evolução histórica da seguridade social no mundo e no Brasil.
MUNDO
*
EVOLUÇÃO DA COBERTURA
1- USO DE VESTIMENTA
								AUTO GESTAO
DEFESA PESSOAL
2 - HABITAÇÃO (cavernas)
							SEGURADO = SEGURADOR
				Uso de armas
				Provisão de alimentos
				Poupança
								FAMÍLIA
 3 - AUXÍLIO MÚTUO
APOIO GRUPAL	
	Cuidados médicos
								SOLIDARIED.
				Cessão de alimentos
									abrigo
 4 - BASE ESPIRITUAL
ATENÇAO RELIGIOSA
APOIO A CARENTES
STAS CASAS/ASILOS
ORFANATOS/CONVENTOS
ESCOLAS/LEPROSÁRIOS
*
MUTUALIDADE:
	SOCORRO RECÍPROCO
	GRUPO ESPECÍFICO
	ADESÃO VOLUNTÁRIA
CRONOLOGIA – marcos históricos
- Proteção social desde a (pré-história) antiguidade e idade média: Grécia e Roma conheceram, inclusive, instituições de mutualismo. Idade média com as proteções presentes nas corporações de ofício.
REVOLUÇAO INDUSTRIAL
- 1601 – INGLATERRA – Lei de amparo aos pobres (Poor Law) – assistência social.
REVOLUCAO INDUSTRIAL:
CONDIÇOES TRAB. X	ECONOMIA LIBERAL
MISÉRIA X AUTONOMIA VONTADE
DIR. DO HOMEM X FUNDAM. LIBERAIS
	NECESSIDADE DE INTERVENÇAO DO ESTADO - FRACASSO PESSOAL DE MUITOS
((Émile Zola – Germinal\\Charles Dickens - depois))
			INSTABILIDADE SOCIAL
- Estado liberal (...) – sem espaço para desenvolvimento da seguridade social 
- 1883 – MARCO ALEMAO = Otton Von Bismarck – Estado atua na COBERTURA
DE RISCOS\seguro (acidente do trabalho, seguro doença, seguro invalidez e velhice).
- 1891 – encíclica Rerum Novarum (Leão XIII).
- Constituições: 1917 (México) e 1919 (Weimar/Alemanha).
- EUA: New Deal (1935) em resposta à crise de 1929.
- Plano Beveridge (1941) – Inglaterra (seguridade social\plena – 1ª vez)
- Fim 2A GUERRA MUNDIAL = EMPENHO EM UMA SEGURIDADE SOCIAL MAIS AMPLA
EVOLUÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL 
Constituições:
1824 – artigo 179 – socorros públicos (a quem necessitasse);
1891 – a primeira a conter a expressão aposentadoria (concedida aos servidores públicos sem contraprestação);
1934 – introduziu várias formas de proteção ao trabalhador, idoso, gestante e inválido. Custeio tríplice (governo, empregado e empregador), União e Estados respondiam pela assistência social e saúde, mencionou previdência – primeira vez;
1937 – regressão nos direitos (apenas duas alíneas – seguros de velhice, invalidez e acidente de trabalho – associações prestam assistência);
1946 – avanços com a criação da “previdência social”, junto com os direitos trabalhistas (artigo 157);
1967 e emenda 1969 – praticamente repetiu a C.F. 1946;
1988 - AMPLITUDE.
Legislação:
1543 – Santas Casas – Sistema Assistencial
1835 - Mongeral – Montepio dos servidores do Estado com mutualismo
1923 – Lei Eloy Chaves (Decreto 4.682) - caixa de aposentadoria/pensão ferroviários (por empresa) – tido como marco inicial do direito previdenciário no Brasil
Revolução de 1930 – organização por categoria (IAPM – IAPI – IAPB...)
1960 – LOPS lei 3.807 – unificação jurídica
1966 – unificação de institutos de aposentadoria/pensão – INPS
1977 – SINPAS (7) descentraliza – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social: INPS – Previdência Social, INAMPS – Assistência Médica, LBA – Legião Brasileira de Assistência, FUNABEM, DATAPREV, IAPAS – Instituto Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, CEME – Central de Medicamentos
 - 1984 – CLPS decreto-lei 89312 – Reúne matérias de custeio e benefícios. 
1988 – CF
1990 – INSS (unificação)
1991 - Leis 8.212 e 8213/91
1999 – Decreto 3.048
2007 – Lei 11.457 (RFB) descentraliza.
_________________________________________________
1.2. Conceito de seguridade social.
- Conjunto de regras que garantem o bem estar material, moral e espiritual de todos os indivíduos, abolindo todo o estado de necessidade social em que possam encontrar-se – Almansa Pastor (Derecho de La Seguridad Social).
- Rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuições de todos, incluindo parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida digna. – Fábio Zambitte Ibrahim (Curso de Direito Previdenciário).
- artigo 194 da CRFB/88: 
	conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Com efeito, infere-se da noção elementar (3) da seguridade social:
integração de várias ações para alcançar os objetivos da seguridade social;
iniciativa e atuação do Estado e de toda a sociedade;
buscar atender às necessidades relativas à saúde, previdência e assistência social. 
SEGURIDADE SOCIAL
NOÇAO GLOBAL
	
PREVIDÊNCIA
ASSISTÊNCIA SOCIAL
SAÚDE
ASSISTÊNCIA
PRESTADA A QUEM NECESSITAR
INDEPENDE DE CONTRIBUIÇOES ESPECÍFICAS
SAÚDE
DIREITO DE TODOS
DEVER DO ESTADO (...)
INDEPENDE DE CONTRIBUIÇOES ESPECÍFICAS
PREVIDÊNCIA
SEGURO COLETIVO
CARATER CONTRIBUTIVO
COMPULSORIEDADE
INSTITUCIONAL (NÃO CONTRATUAL)
1.3. Autonomia, fontes e competência legislativa em matéria de seguridade social.
- AUTONOMIA: 
Ramo do direito público com institutos e normas próprias (princípios e regras). Possui, também, estrutura estatal específica para atendimento dos seus misteres. Para alguns é ramo do “Direito Social”. Não pode ser entendido como uma “faceta” do Direito do Trabalho.
- FONTES (02):
FORMAIS/LEGAIS – CRFB/88 (tratou com profundidade a seguridade social); Emendas à Constituição (20/98, 41/2003 e 47/2005); Leis Complementares (expressamente previstas na CRFB/88); Tratados, Convenções e Acordos internacionais (lei especial, art. 85 da Lei 8.212/91); Leis Ordinárias (regra); Medidas Provisórias (podem ser adotadas em matéria de seguridade social).
INFRALEGAIS – Decretos (3.048/99), Instruções Normativas (45 de 06/08/2010), Portarias e Ordens de Serviço.
- COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
Cuidam da questão os artigos 22 e 24 da CRFB/88, a saber:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
XXIII - seguridade social;
(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
(...)
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
1.4. Organização administrativa da seguridade social.
((PR))
- Ministérios: Previdência Social (MPS), Saúde (MS) e Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDSCF?).
- Conselhos: CNSS 12 membros – quadripartite - CNPS (Lei 8.213/91); CNS (Lei 8.080/90); CNAS (Lei 8.742/93). Existem outros conselhos (Ex.: CRPS, etc.).
- INSS: Instituto Nacional do Seguro Social. Criado pela Lei 8.029/90. Hoje responde pela análise, manutenção e concessão dos benefícios previdenciários e assistenciais.
 - DATAPREV: Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (vinculada ao MPS).
- SRFB: Secretaria da Receita Federal do Brasil. Criada pela Lei 11.457/2007. Cuida de toda a arrecadação federal (todos os tributos, inclusive contribuições previdenciárias). Vinculada ao Ministério da Fazenda.
*
2 – Seguridade social na CRFB/1988.
 
2.1. Definição e princípios.
TÍTULO.VIII Da Ordem Social
 CAPÍTULO.I DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
CRFB/88
CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Análise dos princípios (objetivos):
1 - Universalidade de cobertura e do atendimento.
-proteção social para todos, cobrindo todos os eventos. 
-previdência: princípio contributivo.
2 - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas
e rurais.
-idênticos benefícios.
-a partir de 1988.
3 - Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
-seletividade: legislador escolhe carências.
-distributividade: todos contribuem e distribui-se de acordo com as necessidades. 
4 - Irredutibilidade do valor dos benefícios.
-valores nominais.
-aplicar artigo 201.
5 - Equidade na forma de participação no custeio.
-artigo 195, financiada por toda sociedade, solidariedade (proporcionalidade na participação). 
6 - Diversidade da base de financiamento.
-artigo 195: empregador, trabalhador, loterias, importador e entes públicos (não faltar recursos).
7 - Caráter democrático e descentralizado da administração (gestão quadripartite).
8 - Preexistência do custeio (equilíbrio atuarial);
-parágrafo 5º, art. 195.
9 - Progressividade das contribuições sociais (alíquotas diferenciadas).
-em função da atividade econômica e mão de obra (parágrafo 9º, art. 195).
10 – Orçamento diferenciado.
-distinto das entidades públicas (orçamento específico para a seguridade social).
2.2. Elementos constitucionais.
-garantia a uma vida digna – art. 1º, III, CRFB/88.
-direito social – artigo 6º CRFB/88.
-título VIII, CRFB/88 (Da Ordem Social). 
*
3 – Assistência Social. 
3.1. Previsão constitucional e legal.
3.2. Conceito.
3.3. Requisitos para concessão.
- satisfação das necessidades vitais dos hipossuficientes, sem contraprestação específica (mínimo existencial).
- artigos 203 e 204 CRFB/88 (203: instrumentos específicos, 204: ações governamentais gerais e orçamentárias).
- Lei 8742, de 07/12/93 (LOAS) - ***ALTERADA*** - Lei 12.435, 07/07/2011.
- sem contribuições específicas por parte dos assistidos.
- além do BPC existem os serviços assistenciais (reabilitação, esclarecimento de direitos, etc.) e o bolsa-família (Lei 10.836/04).
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
        I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
        II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
    	III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
    IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
        V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Do Benefício de Prestação Continuada (lei 8.742/93)
***ALTERADO*** - Lei 12.435, 07/07/2011.
        Art. 20.  O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.
    § 1o  Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011))
        § 2o  Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.     (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
       § 3o  Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
  § 4o  O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
§ 
5o  A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
Características/requisitos para concessão do BPC: (ver alterações Lei 12.435/2011)
- incapacidade para vida independente e para o trabalho (exame médico pericial) – 65 anos;
- sem contribuição específica para a seguridade;
- prestado pela União (...);
- não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família (laudo social/INSS);
- família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo (laudo social/INSS);
- possibilidade de revisão (dois anos);
- sem abono anual;
- não pode acumular com outro benefício e é personalíssimo.
*
4. Saúde.
4.1. Previsão constitucional e legal.
4.2. Conceito, organização e funcionamento.
– artigos 196/200 CRFB: seção II, cap. II, tít. VIII.
- Lei 8.080/90 – 19\09\1990 – Dec. 7508/2011 (prática da saúde - integração).
- Lei 10.863\2003 – políticas e diretrizes da saúde.
LC 141, de 13/01/2012 (recursos)
*
PROLEGÔMENOS 
Natureza jurídica: Direito fundamental de 2a geração (3a...);
** - Latim: adjetivo saulus – inteiro\intacto, verbo salueo – estar são;
*** - Aplica-se os princípios constantes do art. 194.
 
*
- descentralização (SUS), atendimento integral, participação da comunidade (com/sem fins lucrativos), gratuidade e universalidade.
- Bem-estar físico, mental e espiritual do homem – Aristóteles e OMS.
- Direito Social Fundamental (art. 6º).
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
((judicialização da saúde: políticas públicas/orçamentárias X garantia dos direitos fundamentais)) 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
S.U.S. (Lei 8.080/90) - DIRETRIZES
 Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
        I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
       II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
        III - participação da comunidade.
(...) seis parágrafos
GENERALIDADES - S.U.S. (Lei 8.080/90)
 
1 - Art. 3o – amplitude da saúde;
2 – Art. 5o – objetivos da saúde (onze incisos);
 
3 – Art. 7o – princípios (treze incisos);
4 – Art. 12 – comissões intersetoriais subordinados ao CNS;
5 – Art. 16 – competências federais (19 incisos), art. 17 – estaduais (14) e art. 18 municipais (12).
GENERALIDADES - S.U.S. (Lei 8.080/90)
 
6 - Art. 18, I – competência municipal: “planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
7 – Recursos para a saúde: art. 195 da CRFB\88 e EC 29 de 13\09\2000 ((LC 141 (48), de 13/01/2012 (recursos)
 ou art. 77 do ADCT – União: 1999 mais 5% e var. PIB, Estados 12% e Municípios 15%). 
 
DECRETO 7.508, 28/06/2011 (45)
Art. 1º. Este Decreto regulamenta a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde
– SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa.
Art. 2º. (...)
IV – Comissões Intergestoras (...);
VI – Rede de atenção à saúde – conjunto de ações e serviços articulados (...)
DECRETO 7.508, 28/06/2011 (45)
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde
conterá as seguintes disposições essenciais (COAPS):
I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e interregional;
III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;
IV - indicadores e metas de saúde;
(...)
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente;
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas na RENASES;
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Em síntese\regra (SUS) – Municípios: atendimento básico, Estados: questões de alta complexidade e União: prestação/gestão do sistema e recursos – podendo ser alterado por convênios (ver Município de BH).
*
5. Previdência Social
5.1. Previsão constitucional e legal. 
CRFB\88 – ARTIGOS 201 e 202
- Leis 8.212/91 (custeio) e 8.213/91 (benefícios) e Decreto 3.048/99.
CRFB/88
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
        I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
      V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
5.2. Conceito. 
Sistema de proteção social (prestações: benefícios e serviços) aos que exercem atividade laborativa, seus dependentes e outros reconhecidos pela legislação, mediante contribuição e filiação obrigatória – SEGURO SOCIAL.
5.3. Princípios específicos. 
FUNDAMENTOS PRIMÁRIOS (08)
BUSCA AFASTAR: EFEITOS DA DOENÇA, EFEITOS DO ACIDENTE, EFEITOS DA INVALIDEZ E EFEITOS DA VELHICE, EFEITOS DA MORTE, EFEITOS DO DESEM.INVOLUN., EFEITOS DA RECLUSAO E EFEITOS DA MATERNIDADE
1 – Filiação obrigatória;
-artigo 11, Lei 8.213/91 (sem outro regime próprio)
-opção de filiação facultativa (com inscrição)
2 – Caráter contributivo;
-artigo 201 CF
3 – Equilíbrio financeiro e atuarial;
-caput art. 201
-fator previdenciário
4 – Garantia do benefício mínimo;
-exceção auxílio-acidente
5 – Correção monetária dos salários-de-contribuição;
6 – Preservação do valor real dos benefícios;
-nos termos da Lei
7 - Comutatividade; 
-contagem recíproca entre sistemas
8 – Previdência complementar facultativa;
-iniciativa publico/privada, previdência complementar fechada/aberta 
9 – Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários;
-caráter alimentar
-inclusive, direito adquirido. 
5.4. Beneficiários. 
Os beneficiários da previdência social são os segurados (a partir dos 16 anos) e os respectivos dependentes.
Segurados: art. 11: obrigatórios (empregado, doméstico, avulso, contribuinte individual: autônomo, equiparados a autônomos, empresário), especiais (produtor rural, garimpeiro, outros) e facultativos – art.13 (dona-de-casa (?) ou estudante).
Dependentes: artigo 16 da Lei 8.213/91:
((Reconhece-se o companheiro ou companheira homossexual))
***ALTERADO*** - SLIDE SEGUINTE
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
        I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
        II - os pais;
   III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
  § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
        § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada
a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
        § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
        § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
5.5. Filiação, inscrição, qualidade de segurado e carência. 
Filiação é a ligação automática da pessoa à previdência social nas hipóteses previstas na lei (segurados obrigatórios).
FILIAÇAO: ato de vinculação do trabalhador ao RGPS
Segurado obrigatório:
a filiação decorre do exercício de atividade remunerada
filiação automática
condição que assegura o direito subjetivo às prestações
filiação automática também para os dependentes 
admitida a inscrição post mortem e pagamento de contribuições em atraso
Segurado facultativo:
filiação facultativa
decorre da inscrição e pagamento da 1a contribuição sem atraso
INSCRIÇAO
Ato pelo qual se formaliza o vínculo (filiação)
Cadastramento do segurado em banco de dados
 
FORMAS DE INSCRIÇAO
Empregado: Preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho;
Avulso: Cadastramento e registro no sindicato ou OGMO;
Emp. Doméstico: Apresentação de documentos que comprovem a existência de contrato de trabalho;
Contrib. Individual: Apresentação de documentos que caracterizem a sua condição ou o exercício de atividade profissional;
Seg.Especial: Apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural/outros;
Facultativo: Apresentação de doc. identidade e declaração de que não exerce atividade que o enquadre como seg.obrigatório
QUALIDADE DE SEGURADO:
 
situação que garante ao segurado usufruir das prestações da previdência social.
 - ENQUANTO ESTIVER EXERCENDO ATIVIDADE OBRIGATORIAMENTE VINCULADA AO RGPS (SEG: EMP / DOMÉSTICO / AVULSO)
- ENQUANTO ESTIVER RECOLHENDO CONTRIBUIÇOES
- ENQUANTO ESTIVER RECEBENDO BENEFÍCIO
- EM CASO DE CESSAÇAO = PERDE A QUALIDADE SEGURADO (REGRA)
PERÍODOS DE GRAÇA – ART. 15 LEI 8213/91
Em gozo de benefício: não perde a qualidade;
Seg.doente: segregação compulsória: mantém a qualidade até 12 meses após cessar a segregação;
Segurado obrigatório que deixar de exercer a atividade remunerada: mantém a qualidade por até 12 meses após a cessação das atividades / contribuições (*1);
Segurado facultativo: mantém a qualidade de segurado por até 12 meses após a cessação das contribuições (sem prorrogações);
Segurado retido ou recluso: mantém a qualidade até doze meses após o livramento.
(*1) PRORROGAÇÕES:
PARA ATÉ 24 MESES
SE TIVER PAGO MAIS DE 120 CONTRIBUIÇÕES MENSAIS SEM INTERRUPÇÃO COM PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
ACRESCER DE MAIS 12 MESES PARA O SEGURADO DESEMPREGADO (REGISTRO NO MTE)
ART. 24. LEI 8213/91
PERÍODO DE CARÊNCIA É O NUMERO MÍNIMO DE CONTRIBUIÇOES MENSAIS INDISPENSÁVEIS PARA QUE O BENEFICIÁRIO FAÇA JUS AO BENEFÍCIO
PERÍODOS DE CARÊNCIA:
BENEFÍCIO / N. CONTRIBUIÇOES:
AUX. DOENÇA / 12
APOS. INVALIDEZ / 12
APOS. IDADE / 180
APOS. TC / 180 (VER)
APOS. ESPECIAL / 180 (VER)
APÓS. DEFICIENTES (LC 142/2013)
SAL. MATERNIDADE (CONTRIB. INDIVIDUAL, SEG. ESPECIAL E FACULTATIVA / 10
AUX. ACIDENTE / AUX. RECLUSAO / SAL. FAMILIA / 0
PENSAO POR MORTE / 0
SAL. MATERNIDADE (SEG: EMP / DOMESTICA / TRAB. AVULSA )/ 0
AUX. DOENÇA ACIDENTARIO / 0
APO. INVALIDEZ ACIDENTARIA / 0
REABILITAÇAO PROF / SERVIÇO SOCIAL / 0.
5.6. Salário-de-contribuiçao, salário-de-benefício e renda mensal inicial.
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO: BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SEGURADO
REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELO SEGURADO EMPREGADO – TRAB. AVULSO
REMUNERAÇÃO REGISTRADA NA CTPS PARA O SEG. EMP. DOMÉSTICO
REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELO SEG. CONTRIB. INDIVIDUAL
REMUNERAÇÃO DECLARADA PELO SEGURADO FACULTATIVO
LIMITES MIN. E MAX.
 
(((Ver artigos 28 e 29 da lei 8.212/91)))
				
DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Valor-base utilizado para cálculo dos benefícios. Apurado por uma média dos salários-de-contribuição, sob presunção de indicarem o nível de fonte de subsistência do trabalhador. 
Lei 8213/91
Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste:
Média 80% período contributivo.
 (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
((ver artigo)).
Da Renda Mensal do Benefício
Incidência do porcentual sobre o salário-de-benefício.
        Art. 33. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 desta Lei.
*
FATOR PREVIDENCIÁRIO
LEI 9876/99
FÓRMULA UTILIZADA PARA CÁLCULO DE:
APOSENTADORIA POR TEMPO CONTRIBUIÇÃO
APOSENTADORIA POR IDADE (FACULTIVAMENTE)
FP = Fator Previdenciário
TC = Tempo de Contribuição até o momento da aposentadoria
(adicionar 05 anos para mulheres)
(adicionar 05 anos para professores e 10 para professoras *)
A = Alíquota de contribuição (0,31)
ES = Expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria
- 	ID = idade 
*
CÁLCULO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
5.7. Prestações da previdência e assistência social: benefícios (previdenciários e acidentários) e serviços.
- Serviços: serviço social (regular manutenção dos benefícios e informação aos beneficiários), habilitação e reabilitação.
BENEFICIOS EM ESPÉCIE - 11
SALÁRIO-FAMÍLIA
AUXILIO-ACIDENTE 
PENSÃO POR MORTE
APOSENTADORIA POR IDADE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
APOSENTADORIA ESPECIAL
APOSENTADORIA DEFICIENTES (LC 142/2013)
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
AUXILIO-DOENÇA
SALÁRIO-MATERNIDADE
AUXÍLIO-RECLUSÃO
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – fora RGPS
SEGURO-DESEMPREGO – lei específica (fora do RGPS)
PRESSUPOSTOS PARA CONCESSÃO
QUALIDADE DE SEG. SEGURADO
 +
CARÊNCIA
 +
REQUISITOS ESPECÍFICOS / DETERMINADO BENEFÍCIO
Aposentadorias:
Por invalidez
*artigos 42/47, lei 8.213/91 e Decreto 3048\99;
*titular - segurado incapaz total e definitivamente - insusceptível de reabilitação;
*requisitos – incapacidade total e permanente, impossibilidade de reabilitação e carência (12, com exceções);
*com perícia do INSS;
*sujeição à análise clínica (pode cessar);
*não haver pré-existência da lesão ou doença (a não ser no caso de agravamento);
*valor 100% SB (possibilidade acréscimo de 25%).
Por idade
*artigos 48/51, lei 8.213/91 e Decreto;
*titular – segurado;
*requisitos – idade (65 h 60 m, ver rurais: menos 5 anos), carência (180, regra de transição 24/07/91, artigo 142);
*valor – 70% SB mais 1% a.a.
Por tempo de contribuição/serviço
*artigos 52/56 e Decreto, lei 8.213/91;
*profundamente alterada pela EC 20/98;
*acabou-se com a aposentadoria proporcional e idade mínima (permanecendo apenas para os casos de transição – filiados até 16/12/98 – direito adquirido);
*titular – segurado;
*requisitos – tempo de contribuição (30 anos m e 35anos h, exceção: professores e rurais), carência (180 meses, com regra de transição - inaplicável);
*valor – 100% SB;
*regras de transição: aposentadoria integral (idade 53 H 48 m, 35 e 30 anos de contribuição + pedágio – pior), aposentadoria proporcional (mesma idade e contribuição inferior – 30 e 25 + pedágio 40%).
Especial
*artigos 57 e 58, lei 8.213/91 e Decreto;
*menor tempo de contribuição\serviço;
*titular – segurado;
*requisitos – tempo de trabalho
em condições especiais (15, 20 ou 25 anos), carência 180 – inaplicável;
*sem idade mínima;
*necessária a efetiva exposição com laudos técnicos - PPP (acabou-se com as categorias);
*EPIs e EPCs;
*valor 100% SB.
DEFICIENTES
LC 142 – 08/05/2013.
DEC. 8.145 – 03/12/2013
((ver atualidades))
Auxílio-doença
*artigos 59 a 63, lei 8.213/91 e Decreto;
*titular – segurado;
*requisitos – incapacidade para o trabalho temporária e parcial, superior a 15 dias, carência (12 contribuições, com exceções: acidente e doença profissional);
*Valor – 91% SB.
Salário-família
*artigos 65/70, Lei 8213/91 e Decreto;
*empregados, rurais e avulsos (doméstico...);
*requisitos – filho ou equiparado menor de 14 anos ou inválido e baixa renda: até R$971,78 - 2012 (sem carência);
*valor – de acordo com tabela (R$23,36 a R$33,16) - 2013.
Salário-maternidade
*artigos 71 a 73, lei 8.213/91 e Decreto;
*todas as seguradas e mães adotivas;
*requisitos – parto e carência (10 meses com exceções);
*aborto não criminoso – duas semanas
*valor – em regra a remuneração;
*duração – 120 dias (6 meses ?) – ver lei - alterado(mãe adotiva 120 até um ano, 60: 1 a 4 e 30: 4 a 8 anos).
Salário-maternidade
 LEI 12.873/2013 : Nova Redação Lei 8213:  "Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. § 1o O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social. § 2o Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social."
Salário-maternidade
"Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário maternidade. § 1o O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário
Salário-maternidade
§ 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre: I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso; II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico; III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado.
Pensão por morte
*artigos 74 a 79, lei 8.213/91 e Decreto;
*titulares – conjunto de dependentes;
*requisitos – qualidade de segurado e dependência legal;
*sem carência;
*valor – 100%.
Auxílio-reclusão
*similar à pensão;
*titulares – dependentes;
*requisitos – qualidade de segurado, prisão/reclusão fechada ou semiaberta, dependência e renda (até R$971,78...);
*valor – 100%.
Benefícios assistenciais
*bolsa família e LOAS, artigo 20, Leis 8.742/93 e 10.741/2003 (inválidos e idosos sem condições próprias ou da família);
*revisto após dois anos.
Seguro-desemprego (MTB e CEF).
ACIDENTE DO TRABALHO
(INFORTUNÍSTICA)
ARTIGOS 19 A 23, LEI 8.213/91
1 – Introdução: 
a) Primórdios - escravidão (primeira forma de trabalho), antiguidade (atividade vil), idade média (feudalismo/artesanal) – não reconheciam o acidente do trabalho.
b) Revolução Industrial – século XVIII – início da preocupação com a ocorrência dos acidentes ocupacionais (Bernardino Ramazzini, fundador da medicina do trabalho). 
c) Século XIX início da legislação de proteção (Karl Marx e Bismarck), Carta dos Direitos Humanos e OIT (1948).
d) Teorias (05): culpa aquiliana (base na culpa nos moldes civil), contrato (cláusula implícita no contrato de trabalho), risco profissional (responsabilidade objetiva do empregador), risco autoridade (subordinação do empregado ao empregador) e seguro social (atual).
No Brasil: Código Comercial (1850), várias leis e decretos (incluindo os rurais), até lei 8.213/91.
2 – Definição – artigo 19, lei 8.213/91 - ver (causalidade direta): “é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
3 – Art. 21 elenca eventos equiparados ao acidente de trabalho (causalidade indireta).
4 – Doença do trabalho (adquirida ou desencadeada no ambiente do trabalho) e doença profissional (atividades específicas – MT).
5 – Perícia do INSS e serviço médico da empresa definirão a existência (ou não) do acidente do trabalho – necessária relação: trabalho/acidente/lesão/incapacidade (atentar art. 20, § 1º, lei 8.213/91 – exceção aos acidentes de trabalho). 
6 – CAT: caso de morte – imediatamente, outros casos até dia seguinte, sob pena de multa. Feita pelo empregador ou outros (acidentado, dependente, sindicato, médico ou autoridade pública).
7 – Após a CAT: afastamento até 15 dias – empresa, 16 dias ou mais INSS – auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, pensão ou aposentadoria por invalidez acidentária.
8 – Estabilidade acidentária – art. 118, Lei 8.213/91 – durante afastamento é considerado suspenso o contrato, mais 12 meses após cessação.
9 – CIPA (inciso XXII, art. 7º, CRFB).
10 – Ação regressiva – INSS, em caso de dolo ou culpa – na Justiça Federal – Além dos valores do SAT (inciso XXVIII, art. 7º, CRFB). 
Ação de Acidente do Trabalho
1 – Competência – mesmo após EC 45/2004 (explicar).
Justiça Estadual – concessão e revisão.
2 – Isenção de custas – honorários adiantados pelo INSS.
3 – Necessidade da CAT.
4 – Prescrição – 5 anos a contar do óbito/exame pericial.
Os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão de caráter acidentário não diferem dos mesmos benefícios de caráter previdenciário comum, no que diz respeito aos requisitos ensejadores da concessão; apenas o evento/risco social a ser protegido terá como gênese um acidente de trabalho.
AUXÍLIO-ACIDENTE 
 ART.86 - LEI 8213/91, 104 RPS
1 – Devido ao segurado que, após a consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, ficar com seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
2 – Tem caráter de indenização e não substituição da remuneração.
3 – Sequela definitiva que implique redução da capacidade para o trabalho que exercia, maior esforço para a mesma atividade, ou impossibilidade – outra atividade com reabilitação – anexo III RPS.
4 – Não pode ocasionar invalidez permanente para qualquer trabalho. 
5 – Até 28/04/1995 (lei 9.032) só para acidente de trabalho. Agora para qualquer acidente.
6 – Concedido, em regra, após cessação do auxílio-doença acidentário. 
*
6. Competência para julgamento das causas relativas à seguridade social.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
(...)
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição
de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
 ((ver juizados especiais – Leis 9.099/95 e 10.251/2001))
6.2. Assistência social.
INSS administra (autarquia federal) – competência da JF (ver par. 3º).
6.3. Saúde. 
Depende da entidade federativa (União, Estados, DF e Municípios) – competência JF ou JE.
6.4. Previdência social.
Em regra da JF (artigo 109, I, da CRFB/88).
Exceção – parágrafo 3º, artigo 109.
6.5. Acidente de trabalho.
Competência da JE – artigo 109, I, da CRFB/88.
*
7. Regimes previdenciários.
7.1. Regimes públicos. 
7.2. Regimes privados.
Ou Sistemas de Previdência Social
Público e Privado
Privado – complementar e facultativo, LC 108 e 109/2001, aberto (S/A, individual e coletivo) e fechado (empresas e órgãos públicos).
Público – entes federativos (Lei s 6.880/80 e 8.112/90) e RGPS (8.212 e 8.213/91, Decreto 3.048/99). VER LEI 12.618\2012
*
8. Custeio da seguridade social.
8.1. Visão constitucional e legal
O artigo 194, incisos IV e V elencam dois importantes princípios atinentes ao custeio da seguridade social:
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento; 
Mais, nos termos do artigo 195 da CRFB/88 a seguridade social será financiada por toda a sociedade (Estado e sociedade) de forma indireta e direta, a saber:
Direta – contribuições sociais pagas pela sociedade (múltiplos contribuintes);
Indireta – orçamentos dos entes federativos.
O artigo 149 da CRFB/88 prevê a possibilidade de instituição de contribuições sociais (tributos):
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
        I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
   a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
        b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
        c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
        III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
        IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
   § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
        § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,      assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
        § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
   § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
        § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
        § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
     § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
        § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
   § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
        § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
        § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
      § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
As normas constitucionais acerca do custeio da seguridade social foram reguladas pela Lei 8.212/91 (lei do custeio) e pelo Decreto 3.048/99.
*
9. Dos crimes contra a seguridade social.
9.1. Apropriação indébita previdenciária.
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado
a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
9.2. Sonegação de contribuição previdenciária.
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
9.3. Falsidade documental previdenciária.
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
9.4. Inserção de dados falsos em sistema de informação.
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
9.5. Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. 
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
*
10. Questões atuais em matéria de seguridade social.
****VER AULA “1” DA DISCIPLINA***.
_________________________________
OBRIGADO E BOM DESCANSO.
ATÉ A PRÓXIMA.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais