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MELHORAMENTO EM PUGS nas normas DA ABNT

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MELHORAMENTO GENÉTICO CANINO NA RAÇA PUG
Introdução
 O melhoramento genético baseia-se em selecionar ou modificar o material genético de um ser vivo, com a finalidade de obter animais com características positivas ou de interesse econômico. Atualmente, o melhoramento genético tem crescido, devido a tantas possibilidades e alterações que podem ser feitas. 
 Em cães, o melhoramento genético também é recorrente. Grande parte dos cães mais conhecidos foram criados a partir da intervenção humana. O Pug é um dos exemplos de raças que foram mais comprometidas quando se trata de modificações dos animais. São cães braquiocefálicos, que são identificados por terem um focinho achatado e curto, o crânio compacto e o sistema respiratório comprimido. Com o passar do tempo, os cães braquiocefálicos foram criados para terem mandíbulas inferiores normal e mandíbulas superiores menores, assim proliferam doenças respiratórias e neurais por conta das anormalidades do trato respiratório. 
Objetivo
O propósito do projeto é analisar o melhoramento genético na raça Pug. Serão mostradas doenças que são herdadas geneticamente, como prolongamento do palato mole e encefalite de cão Pug. O programa será feito com o intuito de eliminar ou diminuir drasticamente essas patologias.
História da raça
Muitas teorias sobre a origem do Pug ocasionaram grandes debates ao longo dos anos. Uns falam que a raça surgiu no Oriente, outros falam que é originária da Europa. Atualmente aceitamos que o animal teve sua origem na China, onde teve passagem pelo Japão, e mais tarde na Europa. É provável que o Pug, do rosto achatado, com cruzados com outras raças europeias dolicocéfalas seja ancestrais de outras raças de braquicefálicas. 
Essa raça era conhecida na China pelo nome Lo-sze desde 1115 a.C., mas comprovado foi em 663 a.C.
Por causa da pelagem curta, as rugas da testa dos Pugs eram mais visíveis, assim despertava o interesse nos chineses a procurarem rugas em determinados padrões similares aos símbolos do alfabeto chinês. O símbolo considerado importante, o mais procurado, era as três rugas que juntas, representavam a palavra "príncipe" em chinês.
Muitos Pugs orientais apresentavam manchas brancas na pelagem e alguns eram quase inteiramente brancos. No final do século XIX foram registrados Pugs brancos e manchados de branco na Europa, mas estas características foram gradativamente eliminadas por acasalamentos seletivos.
A Palavra “Pug” foi utilizada para nomear a raça. A origem do nome é ter vindo do latim “pugnus”, que significa punho, já que haviam pessoas que achavam seu focinho parecido com um punho fechado.
Em alguns países europeus, o Pug foi sempre conhecido com o nome “Mops”, que deriva do termo holandês “mopshund”. O verbo mopperen significa “resmungar” e pode ter ocorrido que o nome “Mops” tivesse começado a ser utilizado devido ao aspecto enrugado e ao focinho achatado da raça.
O Pug na China era tratado quase como membros da realeza, para alguns, até atribuídos títulos. Eram cuidadosamente vigiados e muitos dispunham de serviçais dos quais cuidavam e procuravam que dispusessem de todas a comodidades.
O animal pertencia ao círculo da corte e a membros das classes governantes chinesas e frequentemente tratados como objetos valiosos.
A raça teve grande popularidade na China, pelo menos, até ao séc. XII. No entanto, a partir daí, o interesse pareceu cair em decadência. A partir daí, foram poucas as referências acerca da raça até o início do séc. XVI.
Características da raça
Pais de origem: China
País patrono na FCI (Ficha de conteúdo de importação): Inglaterra
Nome no país de origem: Pug (Carlin Mops)
Grupo do AKC: Toys
Utilização: Companhia (Cães de colo)
Expectativa de vida: 12 a 14 anos
Ninhada: 4 a 8, média de 5
Altura do Macho: 28 a 30 cm
Peso do Macho: 6,3 a 8,1 Kg
Altura da Fêmea: 25 a 28 cm
Peso da Fêmea: 6,3 a 8,1 Kg
Crânio e cabeça: Grande e arredondado com uma forma de maça e sem suco sagital no crânio. Focinho curto, rombudo, quadrado, sem ser projetado para cima, com rugas claramente definidas.
Olhos: Escuro, muito grandes, brilhantes em formato globular, expressão doce e alerta.
Orelhas: Orelha em rosa – Pequena, caída, dobrada para trás e exibindo a face inteira. Orelha em botão – Caída para a frente, com a ponta repousando de junto ao crânio, cobrindo o meato acústico e apontando aos olhos.
Boca: Mandíbula larga, incisivos inferiores praticamente em linha reta. Torção mandibular, dente e língua aparentes com a boca fechada.
Tronco: Curto e compacto, peito largo e costelas bem arqueadas.
Pelagem: curta e lisa.
Doenças
Prolongamento do palato mole
Em cães que apresentam o prolongamento do palato mole, o tecido se estende além da borda da epiglote causando obstrução da rima glótica e interferindo na respiração, originando ainda, com a vibração do tecido com a passagem de ar, um edema inflamatório na faringe, região de maior impacto, pois é uma até com pouco suporte cartilaginoso e ósseo.
Nos braquiocefálicos, o palato mole, quando alongado conduz um estreitamento da passagem de ar, apresentando anomalias como estenose das narinas, eversão dos sacúlos laríngeos, aumento das tonsilas, edema das mucosas faríngeas, hipoplasia traqueal e vários graus de colapso laríngeo. 
Encefalite do cão Pug
É um tipo de inflamação no cérebro, mais especificamente uma meningoencefalite necrosante que afeta principalmente Pugs mais jovens. É uma condição genética, sendo de ocorrência mais comum quando tem o cruzamento de cães consanguíneos, com grau de parentesco próximo. É uma doença com evolução rápida, para qual não há cura.
Programa de melhoramento genético em Pugs 
Métodos de seleção
Seleção é um processo de melhoramento genético, mas não é sistema de acasalamento. De modo geral, tem como objetivo a melhoria e fixação de alguma característica importante, isto é aumentar na população a frequência de alelos favoráveis. A mesma não é capaz de criar novos genes. Serão avaliados machos e fêmeas cujo participarão do programa de melhoramento genético, passarão pela seleção fenotípica e genotípica, para que possamos ter um parâmetro acurado de cada animal. Assim, é possível escolher indivíduos no meio de uma população para a produção da próxima geração, fazendo com que esses animais tenham o maior número de filhos comparados aos que não possuem tais genes ou combinações genéticas. Selecionando a característica desejável, podemos realizar o acasalamento de reprodutores de forma artificial, tendo em vista animais com menos manifestação da doença. O primeiro gene que procuramos para de descartar é o SMOC2, gene que transmite a braquiocefalia nesses animais, e aumentar genes que são favoráveis para a diminuição dessa mutação. Através do melhoramento da fertilidade, animais sexualmente precoces, diminuir intervalos entre gerações e ao fim, colocar à venda animais testados e mais saudáveis, contribuindo para o bem-estar animal da raça. Para serem escolhidos deverão passar por os seguintes processos.
Informações de desempenho 
Medidas tradicionais - 1º Etapa: Exame Clínico
Os animais devem passar por uma avaliação clínica, realizando um levantamento de informações sobre os sintomas clínicos relacionados a alterações no sistema respiratório e nervoso. Para o prolongamento do palato mole temos os seguintes sinais: Engasgamento, dificuldade na deglutição, ruídos respiratórios fortes, especialmente sobre a inspiração, intolerância ao exercício, tosse seca, dispneia, sincope e cianose. Já na encefalite os cães apresentam tais sintomas: Andar em círculos, head pressing, ataxia, cegueira aparente. A intensidade dos sinais clínicos pode ser classificada como: mínimos, moderados e acentuados. Os cães que apresentarem resultados mínimos ou quase insignificantes, serão classificados para a segunda fase de avaliação.
No exame clínico dos machos, será averiguado o desempenho reprodutivo anterior dos machos, problemas de saúde atuais ou prévios, é importante ainda ser procedidoum cuidadoso exame andrológico (avaliar a fertilidade), incluindo a inspeção e palpação dos órgãos reprodutivos, observando principalmente o tamanho e a consistência testicular, visto que cães com espermatogênese anormal apresentam testículos de consistência inferior à normal.
Medidas avançadas - 2º Etapa: Exame Diagnóstico por Imagem
Nesta etapa, primeiramente será realizado exame radiográfico simples do crânio, com o animal em decúbito lateral para verificar a morfologia das vias aéreas superiores, as conchas nasais, meatos nasais, os septos nasais, o diâmetro do crânio; assim veremos se os mesmos encontram-se dentro dos parâmetros de normalidade da raça em questão.
Os animais que apresentarem resultados satisfatórios no exame radiográfico, serão encaminhados para o exame endoscópico do trato respiratório superior, sob anestesia geral, com o animal em posição ventral, verificando o aspecto das cavidades nasais, possível alongamento e hiperplasia do palato mole, aspecto das amígdalas, eversão dos ventrículos da laringe, flacidez da cartilagem aritenóideia da laringe, macroglossia (obstrução parcial ou total da faringe nasal pela base da língua) e redução de movimentos temporomandibulares
Diferencial de seleção: 
 Com todos os animais envolvidos no programa de melhoramento genético, eles serão divididos em grupos. Assim será realizadas médias para selecionar os pais da próxima geração, e também uma média de toda a população de onde provém esse grupo. 
Diferencial de seleção = Média do grupo selecionado para a produção (animais que não apresentam a encefalite e o prolongamento do palato mole) - Média da população
A influência dos pais é igual na descendência, fornecendo por igual 50% do patrimônio genético do zigoto. Com o cálculo do Diferencial de seleção citado acima, deve-se ser considerado na geração paternal os desempenhos dos machos e fêmeas. 
O objetivo com o diferencial de seleção é aumentar o número de filhotes que nasçam sem as doenças, assim passando para as progênies futuras.
Após esse propósito, o diferencial comerá com o levantamento de dados (Tº)
- Número de Pugs que nasceram com a braquiocefalia menos pronunciada.
- Números atuais de Pugs que nascem sem o prolongamento do palato mole.
- Números de Pugs que nascem sem a encefalite e não há manifesta ao longo da vida.
- Números de matrizes que pari os cães sem as doenças.
DADOS TOTALMENTE FICTÍCIO 
Com esses dados, podemos certificar quais os cães que podem realizar os cruzamentos entre esses grupos. Assim, fazendo com que os genes das doenças diminuam e ao longo do tempo desapareçam, melhorando a raça.
Método unitário 
Esse método, a seleção de uma característica é feita por várias gerações até que atinja o melhoramento desejado. Sendo as características especificas, selecionada uma de cada vez. Porém, haverá um custo e um gasto de tempo maior para retirar o gene específico do material genético, em alguns casos podem penalizar o ganho genético anual. 
 A eficácia desse método, depende da relação genética entre as características de interesse. Quando a correlação genética é positiva, o melhoramento de uma resultará no melhoramento de outras não selecionadas com quais se vinculam. Assim como o gene SMOC2 é o responsável pela braquiocefalia nos cães da raça Pug, fazendo o melhoramento baseado no descarte nesse gene, melhoramos as deformações no animal que acarretam as doenças como a encefalite e o prolongamento do palato mole.
Intensidade seletiva 
Pressão de seleção: Quanto mais descartados são os filhotes e reprodutores, maior a pressão. 
Deve ser considerado que os animais que proliferam as doenças serão descartados e que a pressão de seleção será maior no macho, pois o mesmo será utilizado para várias fêmeas. 
Haverá implementação de estratégias como por exemplo, o uso de tabelas, para assegurar um ganho maior, ou seja, respeitando o porcentual de animais selecionados para serem reprodutores.
Método dos pontos 
A partir da produção de uma tabela, será obtida uma média ponderada dos animais estudados. Baseado no individuo ideal, ou seja, sem manifestações de encefalite e do prolongamento do palato mole. Assim, cada animal que não apresentar nenhuma das duas doenças, ganhará pontos na tabela.
	 Saúde
	 Número de pontos
	Cães que não apresentam doenças de sistema nervoso, incluindo a encefalite.
	 1
	Cães que não apresentam a síndrome braquiocefálica, ou prolongamento do palato mole.
	 1 
	Cães que não apresentam a encefalite e o prolongamento do palato mole.
	 2
 Julgaremos o animal pelo seu total, onde no fim cada um apresenta uma média ponderada. Os quais tiverem um média baixa, não serão usados como próximos reprodutores e serão castrados a fim de não passarem o gene recessivo à diante.
Estética: As características estéticas podem estar intimamente relacionadas com problemas de saúde
	Comportamento
	Número de pontos
	Cães extremamente agressivos
	 1
	Cães extremamente tímidos
	 1
	Cães meio termo
	 2
Seleção pelo pedigree 
A seleção pelo pedigree é usada como acessório a seleção individual, especialmente quando se conhece o mérito genético do indivíduo. Consiste na escolha de animais de acordo com o desempenho de seus antecedentes. É um processo muito usado quando não tem uma estimativa real de seus genótipos. 
Essa seleção permite uma avaliação mais precoce do animal, assim a referência será de seus antecedentes, sabendo históricos de doenças naquela linhagem, e não do próprio animal. Assim seleciono o animal individualmente, com conhecimento no seu mérito genético. Sendo confiáveis as informações consigo selecionar o animal para a reprodução, pois já sei o quanto seus ancestrais não expressam as doenças.
Acurácia 
Ao se promover seleção, além de ser importante ter um valor genético predito, o que se espera com o processo no animal, é importante ter uma estimativa da segurança ao selecionar o animal, para adotar determinado procedimento. Esta segurança é definida pela acurácia da seleção.
A acurácia de seleção indica a precisão em identificar animais geneticamente superiores a partir de seus fenótipos, como a ausência da braquiocefalia. Sem informação a acurácia do valor genético estimado é zero, e com informação completa é 1. Formalmente, ela é a correlação entre o valor genético estimado e o verdadeiro. A acurácia depende da herdabilidade da característica (para uma determinada população), da qualidade das informações coletadas, da técnica de predição do mérito genético e do critério de seleção adotado.
A importância da relação entre o risco (acurácia) e os programas de melhoramento genético animal surge do fato que as informações do potencial genético dos reprodutores são estimativas.
Teste de progênie 
O método consiste em saber o valor genético dos reprodutores através do desempenho das suas progênies. Pelo material genético de um macho reprodutor (sem apresentar as doenças selecionadas), colocando para cruzar com o máximo de fêmeas reprodutoras que conseguir, assim avalio os filhotes após o nascimento.
OBS: Desconsiderar o efeito da mãe e do ambiente.
A partir do resultado, avalio se o animal é bom através de seu progenitor, ou seja, a relação do pai e as doenças, com o rendimento dos seus progenitores. Se eles forem bons também, depois de algum tempo serão os próximos a realizarem o teste.
Avaliação reprodutiva das Fêmeas 
Depois de passar por todos os métodos de seleção, estarem adaptas aos padrões escolhidos, vamos saber se elas serão selecionadas para a próxima fase de acasalamento através dos parâmetros abaixo:
Fertilidade – É o de maior interesse, pois quanto melhor for sua fertilidade, mais animais ela vai gerar, assim gerando mais descendentes, aumentando o melhoramento. Levando em considerações, menor intervalo entre parto, facilidade de parição, número de cães nascidos com longevidade,ovulações (Sabendo pelos exames de citologia vaginal e dosagem de progesterona) e órgão genitais sem nenhuma anomalia.
Mortalidade em geral – Considerando fêmeas durante o parto, filhotes ao nasceram e período pré e pós natal.
Puberdade - precocidade sexual de cada animal. Recomendado a cruza na terceira vez que entra no cio ou após dos 18 meses de vida. Pois ainda estão desenvolvendo antes disso, e uma gravidez pode prejudicar essa fase tão importante.
Número médio de crias – O número médio de crias da raça Pug é 5, podendo ocorrer variação através dos fatores como o tamanho dos filhotes e níveis de stress do ambiente.
Tempo médio de gestação - A gestação nessa raça normalmente tem a duração de 9 semanas ou 63 dias, podendo apresentar uma variação de 58 a 68 dias, após a primeira cruza.
Devem ser selecionadas fêmeas que vivem no mesmo ambiente revelam-se superiores e melhores adaptadas.
Avaliação reprodutiva dos Machos
Nos machos não é diferente, após passarem pelas seleções acima, iremos observar se o animal está adapto a realizar a reprodução.
Puberdade: É aparente no macho entre os 7 e 10 meses de idade, pode ser identificada pela presença de libido, produção de espermatozoides em quantidade e qualidade satisfatórias. Varia em função do tamanho do animal, condições nutricionais, climáticas e individuais. Há correlação negativa entre ganho de peso e idade à puberdade.
Órgãos sexuais: Genitais sem a presenta de nenhuma anomalia, pois são os mesmo que possibilitam a cópula, e realizam a reprodução.
Libido: Serão escolhidos o animais que apresentarem apetite sexual normal, podendo ser mensurada pela prova de libido, também saberemos o tempo de reação de cada animal.
Capacidade de serviço: A eficácia da monta, relacionada ao físico e comportamento.
Qualidade do sêmen: Avaliados pelo microscópio a concentração, a motilidade (percentual de espermatozoides que se movimentam progressivo em linha reta), a velocidade e a patologia espermática, nos dando uma noção da qualidade deste sêmen. Essas características estão relacionados diretamente com a fertilidade do animal.
Cruzamentos
Para começar os cruzamentos certos aspectos que tem que ser observados e estratégias a serem adquiridas. 
Começando com as características que foram citadas a cima, as quais melhoradas geneticamente.
 A seguir será construído sistema de registe de controle zootécnico das características realmente importantes, como sobrevivência, o quanto tempo o animal permanece vivo, fertilidade, intervalo entre partos, característica de crescimento e eficiência biológica. Nesse sistema também deverá conter avaliações de reprodutores, vendo o quais são superiores em valores gênicos.
Inseminação Artificial
A inseminação nas raças caninas também pode ser utilizada como uma alternativa para animais que tem complicação em realizar monta natural por problemas anatômicos (como uma vulva e vagina estreita em uma cadela virgem) ou até mesmo comportamentais, como a falta de vontade de se reproduzir. Na raça Pug é muita usada, pela raça ter grande dificuldade de acasalamento. Bem como a prevenção de transmissão de agentes infecciosos e uso de sêmen refrigerado e congelado. A determinação do momento ideal para inseminar a cadela é muito importante, tanto quanto o sêmen que obtém algum tipo de beneficiamento. Nesse sentido diferentes métodos têm sido utilizados para a determinação deste momento como, por exemplo, a observação de modificações anatômicas braquicefalicas. A inseminação é a técnica singular mais importante desenvolvida para o melhoramento genético, reproduzindo animais através desses sêmens melhorados. Consiste em, após a obtenção do sêmen, depositá-lo no trato genital da fêmea, para ocorrer a gestação.
Inseminação Artificial nas fêmeas
Com inseminação artificial nas fêmeas conseguimos selecionar o reprodutor, de forma que não é necessário a presença de machos na propriedade, selecionando e diminuindo a incidência de genes que representam as características e doenças que desejamos eliminar, disseminamos genes superiores e conseguimos evitar ao máximo a consanguinidade.
A introdução é feita via vaginal com pipeta própria acoplada a uma seringa. O sêmen é depositado no fundo da vagina e logo após a fêmea é suspensa pelos posteriores por um tempo de 15 minutos. Esta manobra visa fazer com que o sêmen adentre o útero com maior facilidade, evitando-se também o refluxo seminal.
A inseminação artificial pode ser realizada com a utilização de sêmen puro, resfriado ou congelado.
Coleta de sêmen para a inseminação artificial nos machos
No caso dos machos para a coleta do sêmen, será analisada a qualidade seminal e qualidade de outros descendentes. É feito o espermograma, um exame para averiguar a capacidade reprodutiva dos machos, pois avalia de uma só vez a quantidade e qualidade do espermatozoide para fertilizar um óvulo. São analisados o aspecto do sêmen (leitoso ou aquoso), a motilidade e vigor espermático (quantos e com que força de propulsão os espermatozoides se movem), o número deles presente (concentração espermática) e a quantidade de alterações que eles possam ter. Além disso serão selecionados reprodutores que não contenham as características de síndrome braquiocefálica e doenças relacionadas ao sistema nervoso.
Volume de sêmen para inseminação: Peso da cadela Volume para 4,5 kg ou menos - 3 ml, de 4,5 a 22,7 kg - 3 a 5 ml.
 
Transferência de embrião (TE)
A técnica de transferência engloba várias etapas que requerem um planejamento e sincronização sistemáticos. O primeiro passo é a produção de embriões, que pode ser realizada in vivo ou in vitro. Uma vez obtidos, os embriões são transferidos para as receptoras que devem estar em condições endócrinas adequadas para permitir o desenvolvimento embrionário. Na produção, a fêmea selecionada pode ser superestimulada com hormônios ou apresentar seu ciclo naturalmente e após criterioso acompanhamento da evolução do proestro ao estro, realiza-se a inseminação. Os embriões são obtidos por lavagem da tuba uterina ou do corno uterino (procedimento que geralmente é realizado por intervenção cirúrgica) e, na sequência, são transferidos para receptoras cujos ciclos devem estar sincronizados com o da doadora (naturalmente ou após indução farmacológica). Esse é o método que mais tem sido testado em cadelas.
Métodos para aumentar o ganho genético
Herdabilidade da doença
É um coeficiente genético que expressa a relação entre a variância genotípica e a variância fenotípica, mede o nível da correlação entre elas, podendo ser elevada ou diminuída pelo o aumento das variâncias aditivas, assim influenciando a próxima geração. Com a herdabilidade tenho a confiança do valor fenotípico como um guia para o valor genético ou saber o grau de correspondência entre elas. 
Intervalo de gerações
Mede o tempo necessário para que os genes sejam transferidos dos pais aos filhos, sendo de grande importância no processo genético das doenças selecionadas. Todos os aspectos de baixa eficiência reprodutiva também contribuem para aumentar o intervalo de gerações. Todas as medidas para aumentar a reprodução resultam na diminuição do intervalo de gerações. Diminuindo o intervalo dessas gerações temos a manutenção desses animais em menor número de anos, onde temos a diminuição da progênie deixada pelos animais e menor necessidade de reposições, tendo um menor diferencial de seleção. O gene SMOC2 tem intervalo mais curto, passa mais rápido de geração a geração e vemos o maior ganho genético entre as gerações.
Conclusão
Com o projeto mencionado acima podemos conclui que a raça Pug, assim como todos os cães braquiocefálicos possuem normalidade quando falamos na desmensura do crânio, ocorrendo anormalidade nas vias respiratórias e sistema nervoso, dificultando a respiração, ocorrendo inflamações no encéfalo, mecanismos de termoregulação e consequentemente afetando todo o organismo. Com essas anomalias abrimosum programa de melhoramento genético, visando melhorar as gerações futuras desses animais. Trazendo benefícios para os futuros proprietários que terão um animal melhorado geneticamente, aos animais que vão viver melhor e estarão enquadrados no bem estar animal.
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CAMPOS PEREIRA, Jonas Carlos. Melhoramento Genético Aplicado à Produção animal
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http://clonebr.com.br/?page_id=9

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