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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEVRA - NOVO TESTAMENTO - 23. 1 João

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Primeira Epístola de 
,.,,, 
JOAO 
Autor Em estilo, vocabulário e conteúdo, 1 João 
1 
segue de perto o quarto evangelho. É praticamente 
certo que ambos foram escritos pelo mesmo autor 
(Introdução a João: Autor). Mesmo que os dois livros 
sejam anônimos, a sua atribuição tradicional a João, filho de Zebe-
deu, não pode ser contestada. Ela se baseia em evidências mais fir-
mes do que simples propostas especulativas, como a de que João, 
o Presbítero ou João Marcos teriam sido seus autores. A ênfase, 
que aparece no versículo de abertura, na proclamação com autori-
dade e no testemunho ocular é mais naturalmente aceita como 
sendo um reflexo do chamado apostólico de João (Jo 19 35; 
20.3-8; 21.24) 
Data e Ocasião A primeira carta de João 
foi escrita para alertar e instruir os leitores sobre um 
tipo de falso ensinamento que negava que Jesus 
~~~,,._ Cristo havia se encarnado (4.2-3). O ensino era que 
Cristo só tinha a aparência de ser humano, e, sendo assim, a en-
carnação não aconteceu realmente e não houve um Salvador di-
vino que pudesse morrer pelos pecadores. Cristo só havia 
aparentado morrer. Tal ensinamento é conhecido desde a história 
cristã primitiva, e é chamado de "docetismo" (do grego dokeo, 
"parecer"). 
Alguns estudiosos acham que o falso ensinamento era uma 
variação do gnosticismo, um movimento religioso que ligava a sal-
vação a uma experiência de revelação individual e esotérica (gno-
sis é a palavra grega que significa "conhecimento"). Um exemplo 
seria o ensinamento do mestre Cerinto, que viveu no final do século 
1. Escritores posteriores consideram Cerinto gnóstico e docético, 
mas existe pouca evidência em 1 João para estabelecer alguma li-
gação do falso ensinamento, que ali é confrontado, com as idéias 
específicas atribuídas a Cerinto, ou até ao gnosticismo em geral. 
Várias considerações indicam que a epístola de 1 João foi es-
crita depois do evangelho de João. Primeiro, ela se refere muito 
brevemente a idéias que o evangelho explica mais clara e ampla-
mente. Aparentemente presumia-se que os leitores tinham conhe-
cimento do evangelho. Em segundo lugar, o conflito com o 
docetismo está ausente no evangelho e parece ter tido um desen-
volvimento posterior. Em terceiro lugar, não há nenhuma indicação 
em 1João do conflito ideológico com "os judeus" que permeia a 
primeira metade do evangelho. O evangelho mostra a comunidade 
cristã dolorosamente se diferenciando do povo judeu, enquanto 
1 João reflete uma ocasião posterior, onde a auto-identificação 
cristã estava bem estabelecida e podia ser pressuposta. 
Outro fator indicador da data de 1 João vem da comparação 
com as cartas de Inácio (em torno de 11 O d.C.) e de Policarpo. 
Estes escritos criticam ensinamentos falsos semelhantes, porém 
mais desenvolvidos do que aqueles tratados por 1 João. Para com-
patibilizar 1 João a este estágio de maior desenvolvimento, a carta 
deve ter sido escrita alguns anos antes de 11 O d.C. 
1.-- - Características e Temas Ainda que 
I 1 esse escrito tenha sido tradicionalmente tratado 
1 
1 como sendo uma carta, não contém as característi-
,_ -- _I cas principais que identificam uma carta (saudação, 
cumprimentos introdutórios, saudação final). Por outro lado, João 
se dirige aos leitores como "meus filhinhos" (2.1). Parece estares-
crevendo a um grupo específico de pessoas com o qual partilha de 
um relacionamento íntimo. Nos seus propósitos básicos de admo-
estação e instrução, 1João é semelhante à maioria das cartas do 
Novo Testamento. 
É notoriamente difícil fazer um esboço desta pequena carta. 
Os seus temas parecem mostrar pouca relação uns com os outros. 
A linguagem não é difícil ou técnica, mas as idéias são profundas. 
João diz que Deus foi revelado em Cristo para que pudesse comu-
nicar a vida eterna àqueles que crêem. Deus é luz, verdade e amor 
- cada uma destas características é alvo de alguma meditação, 
mas sempre em conexão com o desenvolvimento de virtudes cor-
respondentes nos próprios crentes. 
Os ideais de pureza e amor, que são mostrados ao leitor, são 
dons de Deus comunicados através da sua auto-revelação. Ao 
mesmo tempo, eles só são reais quando estão em ação. Esta rea-
lidade é possível através do novo nascimento e do perdão dos pe-
cados. 
O inimigo do evangelho ataca em todas as frentes. Impugna a 
auto-revelação de Deus, tentando negar que Jesus foi encarnado. 
Com isso, ameaça subverter a confiança do crente em Deus. Além 
disso, o adversário tenta argumentar que alguém pode acreditar 
em Deus envolver-se com o amor e a bondade, que são partes da 
natureza de Deus. Isto faria da salvação também uma mera apa-
rência. Para a luz e a verdade do evangelho, o anticristo usa escuri-
dão e mentiras, ou a regra do ódio e da confusão mental. 
Usando um estilo diferente daquele de Paulo, as idéias de 
João não são desenvolvidas numa seqüência lógica, passo a pas-
so. As declarações finais - de que Deus é luz e de que Jesus Cris-
to nos purifica de todo o pecado - já foram ditas nos primeiros 
versículos. João trabalha estas declarações, no decorrer do livro, 
com uma abordagem espiritualizada. 
1509 1JOÃO1, 2 
L 
Esboço de 1João 
!. Introdução: a vida eterna apareceu (1.1-4) 
li. Luz e treva (1.5-2.27) 
A. Andando na luz ( 1.5-2.11) 
1. O perdão dos pecados (1.5-10) 
2. Guardando os mandamentos (2.1-6) 
3. Amando ao próximo (2. 7-11) 
B. Escapando do pecado (2.12-17) 
1. Vencendo o maligno (2.12-14) 
2. Vencendo o mundo (2.15-17) 
C. Conselhos para a última hora (2.18-27) 
1. A apostasia (2.18-21) 
2. A negação a Cristo (2.22-24) 
3. A lembrança sobre a unção (2.25-27) 
Prólogo. O Verbo da Vida e a comunhão com Deus 
1 O ªque era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos bvisto com os nossos próprios olhos, coque con-
templamos, e as dnossas mãos apalparam, com respeito ao 
everbo da vida 2 (e la vida gse manifestou, e nós a temos vis-
to, he dela damos testemunho, e vo·la anunciamos, a vida 
eterna, a qual estava ;com o Pai e nos foi manifestada), 3 o 
que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, 
para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. 
Ora, a nossa comunhão é icom o Pai e com seu Filho, Jesus 
Cristo. 4 Estas coisas, pois, vos escrevemos 1para que a nossa 
alegria seja completa. 
-·--1 
Ili. A vida de retidão (2.28-4.6) 
A. A retidão dos filhos de Deus (2.28-3.3) 
B. A prática do pecado e o diabo (3.4-1 O) 
C. O amor contra o ódio (3.11-15) 
D. O amor e a generosidade (3.16-18) 
E. A segurança (3.19-24) 
F. O Espírito de Deus e o anticristo (4.1-6) 
IV. O amor é aperfeiçoado em nós (4.7-5.12) 
A. Deus é amor (4.7-21) 
B. Fé e obediência (5.1-12) 
V. Conclusão (5.13-21) 
A. Oração pelo pecador (5.13-17) 
B. A vida em Deus (5.18-21) 
---·--------
1 
_J 
anunciamos é esta: que noeus é luz, e não há nele treva ne-
nhuma. 6 ªSe dissermos que mantemos comunhão com ele e 
andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 
7Se, porém, Pandarmos na luz, como ele está na luz, mante-
mos comunhão uns com os outros, e qo sangue de Jesus, seu 
Filho, nos purifica de todo pecado. 8 Se dissermos que não te-
mos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a ver· 
dade não está em nós. 9 Se rconfessarmos os nossos pecados, 
ele é 5fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos 1purificar 
de toda injustiça. 10 Se dissermos que não temos cometido pe-
cado, "fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 
2 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pe-queis. Se, todavia, alguém pecar, ªtemos Advogado junto 
Deus é luz. O pecado, a confissão, o perdão, ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e beJe é a propiciação pelos nossos 
a propiciação pecados e não somente pelos nossos próprios, mas cainda pe· 
s Ora, ma mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos los do mundo inteiro. 3 Ora, sabemos que o temosconhecido 
o~-;APh-u~ 1 -;;lJ~ 1~J~ 1~e-;1-:-;-6 d~243;~IJ~ 1.Z14J 2!J;~4 ~~ ~~-;6h~2124°7[Jo11.18~ 16~8J Ji1Co 
1.9 4 IJo 1511; 1624 5m1Jo 3.11 n [1Tm 616] 6 º[1Jo 29-11] 7 Pls 25 Q[1Co 611] 9 rpy 28.13 5 [Rm 3.24-26]1Sl 51.2 
10u1Jo 5.10 
CAPÍTULO 2 1 a Hb 725; 9.24 2 b [Rm 3.25] e Jo 1.29 
•1.1-4 O evento central da história é o aparecimento da vida eterna em Jesus 
Cristo. João é uma das testemunhas escolhidas que viram. ouviram e tocaram 
naquele que existe deste o princípio - o Filho de Deus. cuja eterna comunhão 
com o Pai é estendida agora a outros. Tal estender acontece por meio da procla-
mação apostólica, incluindo a forma escrita de 1 João. 
•1.1 O que era desde o princípio. Esse versículo baseia-se em Jo 1.1. que. por 
sua vez. baseia-se em Gn 1.1. Os dois versículos do Novo Testamento destacam 
a encarnação como um evento tão importante quanto a própria criação. 
ouvido ... visto ... contemplamos ... apalparam. Esses verbos impressivos de-
fendem a realidade da natureza humana de Cristo contra a especulação docética. 
que é explicitamente rejeitada mais adiante 12.22; 4.2-3; Introdução: Data e Oca-
sião) 
ao Verbo da vida. O tema da proclamação de João é Jesus. a palavra encarnada 
[Jo 11-14). 
•1.5-1 O Tal como o Evangelho de João. 1 João começa com a contraposição de luz 
e trevas. No Evangelho. o Cristo encarnado é a luz que continua a brilhar nas trevas 
de um mundo que procura excluí-lo. Os crentes deparam-se com uma escolha: ou 
"andar na luz". vindo a ele e abrindo lhe seus corações em confissão de pecado, ou 
"andar nas trevas". negando que são pecadores. A oposição entre luz e trevas está 
inseparavelmente ligada àquela entre os que "praticam a verdade" e concordam 
com Deus e os que fazem de Deus "um mentiroso". E uma verdade inegável que 
cristãos pecam; o remédio para o pecado - confissão de pecado e purificação 
pelo sangue de Jesus - é a dádiva permanente e irrevogável de Deus aos que crê-
em. Visto que a morte de Jesus pagou completamente a punição pelo pecado e 
que Deus confirmou Jesus como seu verdadeiro Filho, ressuscitando-o dentre os 
mortos. Deus concede perdão e purificação por uma questão de fidelidade e justiça. 
Ele não se recusará. nem mesmo pode recusar-se a fazê-lo. 
•1.5 Deus é luz. Essa descrição de Deus enfatiza os seus atributos de pureza 
moral e de onisciência, reforçando o enfoque de João quanto à necessidade que 
temos de confessar o pecado. 
•1.7 o sangue de Jesus. Como Hb 9.22 afirma: "sem derramamento de san-
gue não há remissão." O derramamento do sangue de Cristo foi um sacrifício vicá-
rio voluntário de valor infinito para os eleitos; pagou completamente a punição de 
Deus pelo pecado IHb 9 27-28) 
•1.9 Se confessarmos os nossos pecados. O perdão de Deus nos é dado tão 
logo admitimos que temos necessidade do mesmo. não com base em quaisquer 
atos que tenhamos feito para alcançá-lo, mas, exclusivamente, por causa de sua 
graça O dom gratuito do perdão traz consigo a purificação de toda injustiça. Deus 
nos aceita como justos porque ele imputa-nos a justiça de Cristo. Em outras pala-
vras. a própria iustiça de Cristo. aquele que leva os pecados por nós. é creditada a 
nosso favor. 
•1.10 Se dissermos que não temos cometido pecado. Talvez o "pecado 
para morte" mencionado em 5.16 seja a recusa obstinada em aceitar o diagnósti-
co de Deus quanto à nossa necessidade, bem como a sua oferta de perdão. 
•2.1-6 O perdão não remove a obrigação moral de se obedecer aos manda-
mentos de Deus. Alguns leitores podem entender a promessa em 1.9 como uma 
1JOÃO2 1510 
por isto: se guardamos os seus mandamentos. 4 Aquele que 
diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é 
d mentiroso, e nele não está a verdade. 5 e Aquele, entretanto, 
que guarda a sua palavra, !nele, verdadeiramente, 1 tem sido 
aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos 
nele: 6 gaquele que diz que permanece nele, esse ndeve tam· 
bém andar assim como ele andou. 
O antigo e o novo mandamentos: o amor fraternal 
7 2 Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão man-
damento antigo, o qual, idesde o princípio, tivestes. Esse manda-
mento antigo é a palavra que ouvistes.3 ªTodavia, vos escrevo 
inovo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, 
1porque as trevas se vão dissipando, e ma verdadeira luz já brilha. 
9 n Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, 
está nas trevas. 10 ° Aquele que ama a seu irmão permanece na 
luz, e Pnele não há nenhum tropeço. 11 Aquele, porém, que 
qodeia a seu irmão está nas trevas, e 'anda nas trevas, e não sabe 
para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos. 
A vitória sobre o Maligno 
12 Filhinhos, eu vos escrevo, porque os 5 vossos pecados 
são perdoados, por causa do seu nome. 13 Pais, eu vos escre-
vo, porque conheceis aquele que existe 1desde o princípio. 
Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. 
14 Filhinhos, eu vos escrevi, porque ºconheceis o Pai. Pais, 
eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o 
princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque vsois fortes, e a 
palavra de Deus permanece em vós, e tendes v'°ncido o 
Maligno. 
Não se deve amar o mundo 
15 xNão ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. 
zse alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 
16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, 
ªa concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede 
do Pai, mas procede do mundo. 17 Ora, bo mundo passa, bem 
como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade 
de Deus permanece eternamente. 
~~~ ~~~·~~~~ ~ 4 dRm 3.4 5 eJo 14 21,23/[1Jo 4.12] ltemsidocompletado 6gJo 15.4h1Pe 2.21 7 i1Jo 3.11,23; 4.21 2Cf. NU; TR e Mirmãos 3Cf. 
NU; TR e M acrescentam desde o princípio; NU omite 8 i Jo 13.34; 15.12 1 Rm 13.12 m [Jo 1.9; 8.12; 1235] 9 n [1 Co 13.2] 1 O o [1 Jo 
3.14]P2Pe1.10 li q[1Jo2.9;3.15;4.20]rJo1235 12S[1Co611] 131Jo1.1;Ap22.13 14º[Rm8.15-17;Gl4.6] VEf6.10 
15 x [Rm 12.2]; GI 1.4; Tg 1.27ZMt 6.24; Tg 4.4 16 a [Ec 5.10-11] 17b1Co 7.31; 1Pe1.24 
licença para pecar, mas João deixa claro que isso seria um abuso e uma aplica-
ção errônea da promessa lv. 1 ). "Jesus Cristo, o Justo", é apresentado como sa-
crifício, advogado e exemplo. Sua expiação é eficaz em prol dos eleitos de Israel e 
do mundo inteiro. 
Na Bíblia, "conhecer" alguém envolve íntima comunhão e amor. Conhecer a 
Cristo significa "guardar seus mandamentos". Esse conhecimento de Cristo é 
chamado um "aperfeiçoado" amor de Deus lv. 5), não porque nos torne pessoal-
mente sem pecado, mas porque é irrevogavelmente implantado naqueles que vi-
vem em conformidade com ele. Qualquer um que presuma ter recebido perdão 
de Deus, mas despreze o dom do amor obediente, considerando-o desnecessá-
rio, é um "mentiroso". Em vez de receber a ':Jesus Cristo, o Justo", como Salva-
dor, tal pessoa fabrica um falso cristo, um salvador que se mostra indiferente para 
com a prática da justiça. 
•2.1 para que não pequeis. João quer que seus leitores respondam à miseri-
córdia de Deus com uma vida de obediência. Essa é uma atitude que demonstra 
preocupação com aqueles entre os quais havia servido l2Jo 4-6; 3Jo 3-4). 1João 
não traz detalhes sobre os pecados dos leitores ou os de seus oponentes heréti-
cos lno que difere, por exemplo, de 1Coríntios). 
temos Advogado. A palavra grega é parakletos, "ajudador", tal como um advo-
gado em questão judicial. No Evangelho de João, essa palavra é usada para o 
Espírito Santo IJo 14.16,26; 15.26; 16.7). Não se encontra em qualquer outra 
parte do Novo Testamento, embora seja comum em outra literatura. 
•2.2 propiciação. Propiciação é um sacrifício oferecido a Deus com o propósito 
de remover a inimizade introduzida pelo pecado entre Deus e aquele que o adora. 
Somente Cristo pode ser uma propiciação eficaz. 
pelos do mundo inteiro. O sacrifício de Cristo é suficiente não apenas para João 
e sua comunidade imediata,mas é válido em qualquer lugar no mundo. É um sa-
crifício que não precisa de qualquer adição ou suplemento. 
•2.6 andar assim como ele andou. João pressupõe que seus leitores têm o 
tipo de conhecimento acerca da vida e dos propósitos de Jesus que o Evangelho 
IJo) confere. 
•2.7-11 O mandamento de Deus em Cristo é, ao mesmo tempo, "antigo" e 
"novo". É antigo porquanto data do alvorecer da era cristã; os crentes contavam 
com esse mandamento "desde o começo", quando Jesus Cristo começou a ensi-
nar. E é novo porque é continuamente reaplicado em novos atos de amor, os quais 
têm em Cristo a sua fonte e "em vós", a sua exteriorização. O amor pertence ao 
reino da luz. em oposição às trevas, onde o ódio ainda domina. João fala do amor 
pelos "ir.mãos", que Jesus deu como mandamento a seus discípulos pouco antes 
de sua morte. João traça nitidamente o contraste entre uma comunidade cristã 
governada pelo amor e o ódio que. fora, impera IJo 15.18-19). 
•2. 7 desde o princípio. Embora João, algumas vezes, refira-se, com essa pala-
vra, ao princípio de todas as coisas lvs 13-14; 1.1 ), aqui, ele refere-se ao começo 
do movimento cristão com a vida e o ensino de Jesus lv. 24; 3.11). Conforme de-
monstra o versículo seguinte. a vinda de Jesus foi um ponto de reorientação deci-
sivo para o surgimento de uma nova época, o raiar de um novo dia. 
•2.12-14 Os três grupos mencionados nestes versículos são, na realidade, o mes-
mo grupo, o dos destinatários da carta, caracterizados de diferentes maneiras. São 
"filhinhos" porque. com o perdão de seus pecados, foram acolhidos na família de 
Deus, seu Pai. São "pais" porque o conhecimento de Deus que têm em Jesus Cristo 
os qualifica a transmitirem esse conhecimento às gerações futuras. São chamados 
de "jovens" porque sua rejeição decisiva do maligno é uma vitória semelhante à de 
Jesus, o qual lutou contra Satanás no deserto e foi vitorioso IMt 4.1-11). 
•2.12 por causa do seu nome. O poder do nome de Jesus está no centro da 
proclamação dos primeiros cristãos lver At 238; 3.6; 4.12). Jo 17.11-12 indica 
que Deus deu seu próprio nome a Jesus para proteger os discípulos do Senhor e 
guardá-los em segurança. O nome de Deus cairia em opróbrio se seu perdão vies-
se a falhar 
•2. 13 porque tendes vencido o Maligno. O tema da vitória é repetido nova-
mente em 5.4-5; ali, a vitória é sobre "o mundo", que se opõe a Deus. A vitória 
que João descreve consiste em resistir à tentação e manter-se fiel à palavra de 
Deus. Ela contrasta com a derrota da raça humana por ocasião da queda IGn 3). 
Para João, a vitória na luta contra a tentação já foi efetivamente obtida, visto que 
nossa união com Deus não pode ser desfeita IJo 1027-30). 
•2. 15-17 A admoestação moral para não amar o mundo também é orientação 
prática; pois já está claro que o mundo está passando lv. 17). Como no Evangelho 
de João, "o mundo" é o sistema de rebelião e orgulho que busca destituir a Deus 
e seu governo. É esse sistema, não a ordem da criação como tal, que "não" é do 
Pai e que já foi marcada para o julgamento e a destruição IJo 1231). Aqueles que 
não pertencem ao mundo recebem a palavra do Pai da parte de Jesus iJo 17.14) 
e, por sua resposta a ela, demonstram que foram escolhidos para a salvação e a 
vida eterna. 
•2.16 concupiscência ... soberba. Os que amam esse mundo lv. 15) são mío-
pes; buscam satisfação e honra agora llc 6.24-26). Em contraste, aqueles que 
amam o Pai têm uma perspectiva de longo ter.mo e aguardam a recompensa de 
Deus llc 6.20-23) 
•2.17 aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamen-
te. João não está ensinando que a nossa obediência merece a ~\óa eterna. So-
mente a obediência de Jesus pôde satisfazer às exigências de Deus. Os crentes 
recebem a vida eterna como um dom (5.11) e o dom do amor transforma-os de 
tal modo que eles fazem a vontade de Deus com gratidão 13.16). 
1511 1JOÃO2, 3 
Os anticristos 
18 cFilhinhos, djá é a última hora; e, como ouvistes que vem 
eo4 anticristo, !também, agora, muitos anticristos têm surgido; 
pelo que conhecemos gque é a última hora. 19 hEles saíram de 
nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, ise tives-
sem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles 
se foram ipara que ficasse manifesto que nenhum deles é dos 
nossos. 20 E 1vós possuís unção que vem mdo Santo e ntodoss 
tendes conhecimento. 21 Não vos escrevi porque não saibais a 
verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais 
procede da verdade. 22 ºQuem é o mentiroso, senão aquele que 
nega que PJesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e 
o Filho. 23 qTodo aquele que nega o Filho, esse não tem o rpai; 
5 aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai. 24 Permane-
ça em vós o 1que ouvistes desde o princípio. Se em vós permane· 
cer o que desde o princípio ouvistes, também "permanecereis 
vós no Filho e no Pai. 25 vE esta é a promessa que ele mesmo nos 
fez, a vida eterna. 26 Isto que vos acabo de escrever é acerca dos 
que vos procuram 6 enganar. 
A unção do Espírito Santo 
27 Quanto a vós outros, a xunção que dele recebestes per-
manece em vós, e znão tendes necessidade de que alguém 
vos ensine; mas, como a sua unção vos ªensina a respeito de 
todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, 7permanecei 
nele, como também ela vos ensinou. 28 Filhinhos, agora, pois, 
permanecei nele, para que, 8quando ele se manifestar, tenha-
mos bconfiança e dele não nos afastemos envergonhados na 
sua vinda. 29 cse sabeis que ele é justo, reconhecei também 
que dtodo aquele que pratica a justiça é nascido dele. 
Deus é Pai e é santo. Seus filhos são também santos 
3 Vede ªque grande amor nos tem concedido o Pai, a pon-to de bsermos chamados filhos de Deus; 1 e, de fato, so-
mos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não 2 nos 
conhece, e porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Ama-
dos, d agora, somos filhos de Deus, e e ainda não se manifes-
tou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se 
manifestar, /seremos semelhantes a ele, porque ghaveremos 
de vê-lo como ele é. 3 hE a si mesmo se purifica todo o que 
nele tem esta esperança, assim como ele é puro. 4 Todo 
aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque 
o ipecado é a transgressão da lei. s Sabeis também ique ele se 
manifestou para 1tirar os pecados, e mnele não existe pecado. 
•~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 18 e Jo 21.5 dRm 13.11; 1Tm 4.1; Hb 1.2; 1Pe4.7 e2Ts 2.3/Mt 24.5,24; 1Jo 2.22; 4.3; 2Jo U1Tm 4.1 4NU omite o 19 hüt 13.13 iMt 
24.24i1Co 11.19 20 i 2Co 1.21 m At 3.14 n [Jo 16.13] 5 Cf. NU; TR e M tendes todo conhecimento 22 ° 2Jo 7 P 1Jo 4.3 23 q Jo 
15.23 r Jo 5.23s1Jo 4.15; 5.1 24 12Jo 5-6 u Jo 14.23 25 v Jo 3.14-16; 640; 17.2-3 26 6 desviar 27 x [Jo 14.16; 16.13]2 [Jr 
31.33] a [Jo 14.16] 7NU permaneceis 28b1Jo 3.21; 4.17; 5.14 BNU se 29 e At 22.14d1Jo 37, 10 
CAPÍTULO 3 1 a [1Jo 4.10] b[Jo 1.12] cJo 15.18,21; 16,3 1 Cf. NU e nós somos; ARA interpreta e, de fato, somos filhos de Deus;TR e M omi-
tem 2M vos 2 d[Rm 8.15-16] e[Rm 8.18-19,23] /Rm 8.29 g[SI 16.11] 3h1Jo4.17 4 iRm 4.15 S /1Jo 1.2; 3.8IJo1.29 m[2Co 5.21] 
•2. 18-28 Desde o momento em que Jesus proferiu julgamento contra esse mun-
do, permanece sobre o mesmo a "última hora". uma intensificação final da oposi-
ção a Deus que termina com o julgamento final. A predição sobre o "anticristo" 
não é do Antigo Testamento, mas de Jesus (Mt 24.5,24). Essa predição começou 
a cumprir-se na era do Novo Testamento com aqueles que negavam o Pai e o Fi-
lho (v 22) e deixaram a igreja a fim de propagarem seus falsos ensinamentos (v. 
19). Sua negação do Filho foi uma rejeição ao Pai, que o enviou (2.23; Jo 15.23) 
Em oposição aos anticristos. os crentes têm uma unção da parte do Espírito San-
to (vs. 20.27). que abre seus coraçóes e suas mentes para que conheçam a ver-
dade salvadora. O Espírito é nosso melhor mestre; ele permanecerá conosco para 
sempre e nos protegerádas mentiras que poderiam nos afastar de Cristo. O Espí-
rito permanece onde quer que a mensagem do evangelho é recebida, e, ali onde o 
Espírito permanece, o Filho e o Pai também estão presentes (v. 24) 
•2.18 já é a última hora. João não satisfará o desejo de se "conhecer tempos 
ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade" (At 1. 7); antes, ele 
define todo o tempo compreendido entre a primeira e a segunda vinda de Cristo 
como "a última hora" (cf. At 2.17; 1 Co 10.11 ). Não importa a duração dessa 
"hora" em termos do tempo registrado em calendário. Permanecerá verdadeiro 
que "o tempo está próximo" (Ap 1.3; cf. Ap 1.1; 22.20) para o cumprimento de 
todas as promessas de Deus. 
vem o anticristo ... muitos anticristos têm surgido. Essa declaração é comu-
mente compreendida como uma evidente predição de vários anticristos no de-
curso da história, seguidos por um último anticristo no fim (2Ts 2.3-1 O; Ap 
13.11-18). João, contudo, pode estar referindo-se somente a falsos mestres do 
tipo que já perturbam a igreja (v. 22; 4.3) 
•2. 19 saíram de nosso meio. Paulo também adverte quanto aos falsos mestres 
que hão de surgir dentre os crentes (At 20.29-31 ). Como no caso de Simão, o mago 
(At 8.9-24), filiação exterior à igreja não garante a salvação. Apatia interior ou hosti-
lidade ao evangelho podem ser dissimuladas mediante conformidade exterior. Os 
falsos mestres revelavam sua hostilidade não somente abandonando a igreja, mas 
também pela maneira como a abandonavam. Visto que saíam para opor-se à pala-
vra do evangelho, o afastamento deles representava uma renúncia à igreja e à sua 
mensagem, tal como o foi o abandono de Judas da última Ceia (Jo 13.30). 
•2.20 unção que vem do Santo. "Cristo" significa "Ungido", em referência ao ofí-
cio ímpar de Jesus como Salvador vindo de Deus. Deus ungiu Jesus diretamente 
com o Espírito Santo para ser o perfeito Profeta, Sacerdote e Rei (At 10.38; Hb 
1.1-9). Os crentes também têm responsabilidades proféticas, sacerdotais e reais, 
sendo ungidos com o Espírito Santo (2Co 1.21-22) para esses deveres (1Co 12). 
•2.22 nega que Jesus é o Cristo. Separar Cristo, o Salvador, do homem Jesus 
era a marca distintiva do docetismo. a heresia segundo a qual Cristo só tinha a 
aparência de um ser humano (Introdução: Data e Ocasião). 
•2.25 vida eterna. Esse é o dom supremo de Deus. mediado por Jesus Cristo 
(Jo 5.24-27) e concedido gratuitamente aos remidos mediante a fé em Cristo 
(5.11,13; Jo 3.16). 
•2.27 não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Os crentes rece-
bem de Deus uma iluminação através do ministério do Espírito Santo, o qual 
acompanha a palavra e guarda-nos na verdade do evangelho. Não há contradição 
alguma em ouvirmos receptivamente a outros crentes, especialmente quando 
eles estão nos admoestando e instruindo. Eles também possuem o Espírito, e a 
confusão gerada pelo falso ensino constitui-se em um perigo real (Mt 24.24). 
•2.28 na sua vinda. João refere-se ao retorno visível e final de Cristo no fim da 
presente era. Então Cristo virá como Juiz; aqueles, porém, que permanecem 
nele, mantendo a confiança na mensagem do evangelho (v. 24), não precisam te-
mer a condenação (Jo 3.17-18). Ver "A Segunda Vinda de Jesus", em 1Ts 4.16. 
•2.2s-3.3 Os crentes, ensinados pelo Espírito. conhecem todo um sistema de 
verdade e de vida que permanece oculto para aqueles que estão no mundo. É fun-
damental. contudo, saber que, mesmo sem o reconhecimento. por enquanto, por 
parte de outros. podemos ter a certeza de que somos "filhos de Deus" e de que 
nascemos dele. A revelação pública dessa verdade aguarda a revelação pública do 
próprio Deus, quando ele "se man~estar", por ocasião do segundo advento. Os fi-
lhos de Deus apresentarão os traços de família, tanto agora, à medida em que nos-
sa esperança outorga às nossas vidas uma pureza que se assemelha, por 
conformidade, à dele, como no fim, quando "seremos semelhantes a ele". Somen-
te então será completo o conhecimento que temos dele, mas, mesmo agora, nosso 
conhecimento de que "ele é justo" trará crescente justiça às nossas próprias vidas. 
•3.3 tem esta esperança. A promessa de seu aparecimento enche os crentes, 
não de apreensão, mas de confiança (1Ts 5.4). 
•3.4-1 O A diferença radical entre luz e trevas. entre os filhos de Deus e o mundo, 
1JOÃO3 1512 
-· - --· ----- -· -----
ANTINOMISMO 
1Jo 3.7 
Antinomismo significa "oposição à lei". Conceitos antinomianos são os que negam que a lei de Deus, nas Escrituras, deve 
controlar diretamente a vida dos cristãos. 
O antinomismo dualístico surgiu muito cedo nas heresias gnósticas, como aquelas repudiadas por Pedro e Judas (2Pe 2; 
Jd 4-19). Os gnósticos ensinavam que a salvação era só para a alma, tomando irrelevante o comportamento do corpo, tanto 
para o interesse de Deus quanto para a saúde da alma. A conclusão era que uma pessoa podia comportar-se desenfreada-
mente, sem que isso tivesse a menor importância. 
O antinomismo "espiritual" atribui uma confiança tal à atuação interior do Espírito Santo, que nega a necessidade da pes-
soa ser ensinada pela lei em seu modo de viver. A liberdade em relação à lei como meio de salvação traz consigo, segundo 
eles, a negação da necessidade da lei como guia para a conduta. Nos primeiros 150 anos da era da Reforma, essa espécie de 
antinomismo era comum. A igreja de Corinto pode ter estado preso nesse erro, uma vez que Paulo adverte os crentes de Co-
rinto de que uma pessoa verdadeiramente espiritual reconhece a autoridade da Palavra de Deus (1Co 14.37; cf. 7.40). 
Outra espécie de antinomismo tem seu ponto de partida na idéia de que Deus não vê o pecado nos crentes, porque os cren-
tes estão em Cristo, que cumpriu a lei por eles. Disso tiram a falsa conclusão de que o comportamento dos crentes não faz di-
ferença, desde que eles continuem crendo. Porém 1 Jo 1.8-2.1 e 3.4-1 O indicam uma conclusão diferente. Não é possível 
estar em Cristo e, ao mesmo tempo, adotar o pecado como meio de vida. 
Alguns dispensacionalistas têm sustentado a idéia de que os cristãos, desde que vivem sob a dispensação da graça - e 
não da lei- não têm a necessidade de observar a lei moral em nenhuma etapa da vida. Rm 3.31 e 1 Jo 6.9-11 mostram clara-
mente, contudo, que observar a lei é uma obrigação contínua dos cristãos. 
Às vezes, se diz que o motivo e a intenção do "amor" são a única lei que Deus exige dos cristãos. Os mandamentos do De-
cálogo e outras partes éticas das Escrituras - ainda que sejam diretamente atribuídas a Deus - são considerados não mais 
do que meras pautas que o amor pode, em qualquer tempo, deixar de levar em conta. Porém Rm 3.8-1 O ensina que ordens es-
pecíficas revelam o que o verdadeiro amor é. A lei de Deus desmascara a falsidade do amor que não aceita suas responsabili-
dades para com Deus e o próximo. 
A lei moral revelada no Decálogo e exposta em outras partes das Escrituras é uma expressão da integridade de Deus, ou-
torgada para ser o código de prática para o povo de Deus, em todas as eras. A lei não se opõe ao amor e à bondade de Deus, 
porém demon. stra o que esse amor e bondade são na prática. O Espírito concede aos cristãos o poder para cumprir a lei, tor~ 
nando-nos cada vez mais semelhantes a Cristo, o cumpridor arquetípico da lei (Mt 5.17). 
--- - -------- --- - - - --- --- ----- -- -----------
6 Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo 
aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. 
permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver 
pecando, porque é nascido de Deus. 10 Nisto são manifestos 
os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não 
Os filhos de Deus e os filhos do Maligno pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama 
7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele a seu irmão. 
que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 8 n Aquele 
que pratica o pecado procede dodiabo, porque o diabo vive O amor aos irmãos e o ódio ao mundo 
pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de 11 Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é 
Deus: ºpara destruir as obras do diabo. 9 Todo aquele que é esta: rque nos amemos uns aos outros; 12 não segundo 5 Caim, 
Pnascido de Deus não vive na prática de pecado; pois qo que que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o 
A-8 n Mt13;8 ° Lc 10.18 9 PJo ~; 3H 1Pe 123 . 11 r~Jo 1334; 1512] 12 sGn 44,8 
é agora explicada como diferença entre aqueles que vivem pecando e aqueles 
que não vivem pecando. Jesus não teve pecado, e, além disso, veio para tirar o 
pecado lv. 5; Jo 1.29). O novo nascimento dispõe a pessoa irrevogavelmente 
contra o pecado e, uma vez que a semente da nova vida "permanece" naquela 
pessoa lv 9; cf. Jo 1 O 28-29). para ela, a derrota da corrupção e da morte é inevi-
tável. Nesse sentido, será impossível viver no pecado IRm 6.8-9). João usa ter-
mos, para se expressar, que estão em conformidade com o aspecto absoluto 
desse nascer de novo que comenta. Ele não nega que pecado e morte exerçam 
influência até o último instante (1Co 15.26; Ap 2014) Ele diz claramente que, 
nesta vida, ninguém pode estar sem pecado 11.8). 
•3.4 transgressão da lei. Embora o Antigo Testamento não seja citado direta-
mente em 1 João, sua autoridade é pressuposta. Em particular, a lei moral, resu-
mida na lei do amor, permanece como norma para o povo de Deus IRm 13.8-1 O). 
A "transgressão da lei" é desobediência àquela lei. 
•3.6 não vive pecando; todo aquele que vive pecando. O tempo presente 
dos verbos no grego sugere comportamento característico ou costumeiro. Dessa 
maneira, João reconhece, mas não justifica, a possibilidade de pecado ocasional. 
Outra possibilidade é que João tenha em mente o pecado específico da aposta-
sia, mencionado em 2.19 lcf. também 5.16-18) Nesse caso, João quer dizer que 
crentes verdadeiros não abandonarão totalmente a sua fé. 
•3.7 pratica a justiça. Ver nota teológica "Antinomismo". 
•3.8 destruir as obras do diabo. A oposição entre Cristo e Satanás foi predita 
já em Gn 3.15. Satanás usou a lei justa de Deus como um instrumento para man-
ter os pecadores cativos ao temor da morte e da condenação. Ao receber em si 
mesmo o castigo reservado aos pecadores sob a lei, Cristo retirou o sustentáculo 
do plano de Satanás IHb 2.14-15). 
•3.11-15 A história do mundo é a história do ódio, que começa no conflito ar-
quétipo entre Caim e Abel. João encontra a origem do ódio de Caim na diferença 
radical de suas motivações comparadas às de Abel \Jo 3.19; B.37). diferença 
que sempre existirá entre o mundo e o povo de Deus (v. 131. Quando a comu-
nhão dos crentes está livre de animosidade, conforme João espera que seja, sa-
bemos que "já passamos da morte para a vida" (v. 14). Mas, se tal animosidade 
1513 1JOÃO3, 4 
assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu ir-
mão, justas. 
13 Irmãos, não vos maravilheis se 10 mundo vos odeia. 
14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque 
amamos os irmãos; aquele que não ama 3permanece na mor-
te. 15 "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós 
sabeis que vtodo assassino não tem a vida eterna permanente 
em si. 16 xNisto conhecemos o amor: z que Cristo deu a sua 
vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. 17 Ora, 
ªaquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão 
padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode 
permanecer nele o amor de Deus? 18 Filhinhos, bnão ame-
mos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. 
19 E nisto 4conheceremos e que somos da verdade, bem 
como, perante ele, 5 tranqüilizaremos o nosso coração; 
20 dpois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é 
maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. 
Os falsos profetas e os verdadeiros crentes 
4 Amados, não deis crédito a qualquer espírUo; antes, ªprovai os espíritos se procedem de Deus, porque bmui-
tos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 2 Nisto reco-
nheceis o Espírito de Deus: ctodo espírito que confessa que 
Jesus Cristo veio em carne é de Deus; 3 e todo espírito que 
não 1 confessa a 2Jesus não procede de Deus; pelo contrário, 
este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvi-
do que vem e, presentemente, já está no mundo. 4 Filhinhos, 
vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque 
maior é aquele que está em vós do que daquele que está no 
mundo. s eEles procedem do mundo; por essa razão, falam 
da parte do mundo, e lo mundo os ouve. 6 Nós somos de 
Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é 
da parte de Deus não nos ouve. gNisto reconhecemos o espí-
rito da verdade e o espírito do erro. 
21 Amados, se o coração não nos acusar, eternos confiança di- Deus é amor 
ante de Deus; 22 e/aquilo que pedimos dele recebemos, por- 7 h Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor 
que guardamos os seus mandamentos ge fazemos diante dele procede de Deus; e todo aquele que iama é nascido de Deus e 
o que lhe é agradável. 23 Ora, o seu mandamento é este: que conhece a Deus. B Aquele que não ama não conhece a Deus, 
creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, he nos amemos pois Deus é amor. 9 iNisto se manifestou o amor de Deus em 
uns aos outros, segundo o mandamento que 6 nos ordenou. nós: em haver Deus enviado o seu 1Filho unigênito ao mundo, 
24 E iaquele que guarda os seus mandamentos ipermanece para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: mnão 
em Deus, e Deus, nele. E 1nisto conhecemos que ele perma- em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos 
nece em nós, pelo Espírito que nos deu. amou e enviou o seu Filho ncomo propiciação pelos nossos 
·- 13l[Jo15.18; 17 14] 14 Jct_ NU; TR e M acrescentam seu irmão; NU omite 15 "Mt 5-21 V[GI 5.20-21] 16 X[Jo 316] zJo 10.11; 1-5.13 
17 a Dt 15-7 18 b Ez 33.31 19 e Jo 18.37 4 Cf_ NU; TR e M conhecemos 5 persuadiremos, animaremos 20 d [1Co 4-4-5] 21 e [1Jo 
2.28; 5.14] 22/Si 34_15 g Jo 8.29 23 h Mt 22.39 6 M omite nos 24 iJo 14.23 i Jo 14_21; 17.21 IRm 8.9, 14, 16 
CAPÍTULO 4 1 a 1 Co 14-29 b Mt 24-5 2 e 1 Co 12.3 3 1 Cf_ NU; TR e M confessa que 2 Cf_ NU; TR e M acrescentam Cristo veio em car-
ne; NU omite 4dJo14.30; 16.11 5 eJo 3-31/Jo15 19; 17-14 6 g[1Co 2_ 12-16] 7h1Jo 310-11,23 11Ts 4 9 9 iRm 5_8 IJo 3.16 
10 mTt 3-5 n 1Jo 2_2 
invade a comunhão, é unicamente porque há rejeição da mensagem que "ou-
vistes desde o princípio" lv- 11) 
•3.11 que nos amemos uns aos outros. O mandamento de Cristo, fundado 
sobre sua própria dádiva de amor lv 16; Jo 1334-35)_ 
•3.12 Caim. Gn 4_5 explica que Caim nutria inveja de Abel porque a oferta de 
Abel fora aceita por Deus_ 
•3.16-24 O amor mútuo na comunhão é evidência da nova vida_ Esse amor está 
alicerçado no amor de Jesus Cristo. o qual "deu a sua vida" em nosso lugar_ Avali-
ando-nos por tal exemplo, nosso coração pode "nos acusar" lv- 20) e nossa confi-
arn;a ?C>de ser restaurada somente por alguém maior do que os nossos corações 
- Deus mesmo_ Deus. "que conhece todas as coisas.'' provou seu amor pelos 
pecadores mediante a dádiva de seu Filho 14.1 O; Rm 5 8) Confiança baseada 
nessa verdade traz consigo a certeza de que nossas ações também são aceitas 
por Deus lv- 22)_ Oração confiante é uma marca distintiva dos filhos de Deus IJo 
15.7; Rm 8.15-16)_ 
•3.16 deu a sua vida. Cristo aceitou a dolorosa morte da cruz para que pudés-
semos ser salvos do castigo eterno IJo 10_11) _ Nosso amor uns pelos outros tal-
vez não requeira uma decisão tão penosa quanto essa. mas deve haver alguma 
decisão e alguma ação_ João menciona a assistência material como um exemplo 
concreto (v_ 17; Tg 1-27)_ 
•3.20 Deus é maior do que o nosso coração. A palavra de Deus que nos ab-
solve deve prevalecer sobre a palavra de nossos corações, que nos condena_ 
•3.22 aquilo que pedimos dele. Jesus demonstrou confiança assimno Pai IJo 
11A1-42) e encorajou os seus discípulos a terem a mesma confiança IJo 
14.13-14) Essa confiança não existe sem que estejamos cientes de que nossos 
desejos estão em sintonia com os de Deus 15.14-15)_ 
•3.23 o seu mandamento á este. As duas partes deste mandamento corres-
pondem às duas partes dos Dez Mandamentos, lembrando-nos de que o nosso 
relacionamento com Deus toma precedência sobre o nosso relacionamento com 
o próximo_ A fé em Cristo traz-nos à relação correta com Deus e sua graça reno-
vadora capacita-nos a amar uns aos outros_ 
•4.1-6 O dom de Deus do seu Santo Espírito - que é único - contrapõe-se aos 
muitos espíritos mentirosos que impulsionam os falsos profetas ao mundo para 
propagarem oposição a Cristo 12.18)_ Assim como Paulo faz em 1 Co 12.3, João 
mostra como distinguir o Espírito da verdade dos espíritos do erro: aqueles que 
confessam a Jesus como o Messias são de Deus, enquanto que os que não con-
fessam a Jesus não o são_ Essa confissão é a grande linha divisória entre aqueles 
que são "de Deus" e aqueles que são "do mundo"_ 
•4.1 têm saído pelo mundo fora. Ver nota em 2.19_ 
•4.2 Jesus Cristo veio em carne. João distingue o evangelho do erro dos do-
céticos, os quais diziam que Jesus Cristo não era verdadeiramente humano 
!Introdução: Data e Ocasião)_ A natureza humana de Cristo era essencial para que 
ele pudesse morrer por nossos pecados_ 
•4.3 anticristo. Ver nota em 2.18_ 
•4.4 aquele que está no mundo. Em sua hostilidade a Deus. o mundo está im-
pregnado dos propósitos do diabo. que aprisionou a raça humana pela tentação 
1519)_ 
•4.6 de Deus. O Espírito Santo une os crentes_ Ver "A Igreja Local". em Ap 2.1 
•4.7-12 O amor de Deus Pai por "seu Filho unigênito" lv- 9) é a fonte do amor que 
une a congregação dos crentes como uma família_ Ao dar-nos o seu Filho. o Pai 
fez-nos conhecer o amor perfeito e a vida eterna que o Pai e o Filho sempre tiveram_ 
•4.9 Filho unigênito. Com "unigênito", afirma-se que Jesus é Filho de Deus em 
eternidade, como a segunda pessoa da Trindade_ O termo grego também pode 
ser traduzido por "um e único Filho", referindo-se antes à singularidade de Cristo 
do que à sua eterna geração_ 
•4.1 O propiciação pelos nossos pecados. Ver nota em 2-2_ Cristo afastou a 
justa ira de Deus e satisfez as exigências da justiça divina em nosso favor_ Fez isto 
a fim de cumprir o amor de Deus_ 
1JOÃO4, 5 1514 
pecados. 11 Amados, ºse Deus de tal maneira nos amou, de-
vemos nós também amar uns aos outros, 12 PNinguém jamais 
viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em 
nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. 
13 oNisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em 
nós: em que nos deu do seu Espírito. 14 E rnós temos visto e 
testemunhamos que 5 o Pai enviou o seu Filho como Salvador 
do mundo. 15 1Aquele que confessar que Jesus é o Filho de 
Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. 16 E nós conhe-
cemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, 
e uaquele que permanece no amor permanece em Deus, e 
Deus, vnele. 17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, 
no Dia do Juízo, xmantenhamos confiança; pois, segundo ele 
é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe 
medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo 
produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado 
no amor. 19 zNós 3 amamos porque ele nos amou primeiro. 
20 ªSe alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é 
mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, 
4não pode amar a Deus, a bquem não vê. 21 Ora, temos, da 
parte dele, ceste mandamento: que aquele que ama a Deus 
ame também a seu irmão. 
A/é que vence o mundo 
5 Todo aquele que crê que ªJesus é o Cristo é bnascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também 
ama ao que dele é nascido. 2 Nisto conhecemos que amamos 
os filhos de Deus: quando amamos a Deus e cpraticamos os 
seus mandamentos. 3 dPorque este é o amor de Deus: que 
guardemos os seus mandamentos; ora, os eseus mandamen-
tos não são penosos, 4 porque /todo o que é nascido de Deus 
vence o mundo; e esta é a vitória que gvence o mundo: a 
1 nossa fé. s Quem é o que vence o mundo, senão haquele 
que crê ser Jesus o Filho de Deus? 
O tríplice testemunho sobre Cristo 
6 Este é aquele que veio ipor meio de água e sangue, Jesus 
Cristo; não somente com água, mas também com a água e 
com o sangue. iE o Espírito é o que dá testemunho, porque o 
Espírito é a verdade. 7 Pois há três que dão testemunho 2[no 
céu: o Pai, 1 a Palavra e o Espírito Santo; me estes três são um. 
8 E três são os que testificam na terra]: no Espírito, a água e o 
sangue, e os três são unânimes num só propósito. 9 Se admiti-
mos ºo testemunho dos homens, o testemunho de Deus é 
maior; Pora, este é o testemunho de 3 Deus, que ele dá acerca 
do seu Filho. to Aquele que crê no Filho de Deus o tem, em si, 
o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o rfaz men-
tiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do 
seu Filho. 11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida 
eterna; e esta vida está no seu Filho. 12 s Aquele que tem o Fi-
lho 4 tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem 
a vida. 
·-llºMt1R33 12PJoU8 1JqJo1420 14rJ01.14SJo3.17;4.42 151[Rm10.9] 16U[1Jo324]V[Jo1423] 17X1Jo 
2.28, 19z1 Jo 4.1 O 3 Cf. NU; TA e Mo amamos 20 a [1 Jo 2.4] b 1 Jo 4.12 4 Cf NU; TA e M como pode 21 e [Mt 5.43-44; 22.39] 
CAPITULO 5 1 ª 1Jo 2.22; 4.2,15bJo1.13 2 CJo 15.10 3 dJo 14.15 eMt 11.30; 23.4 4/Jo 16.33 g1Jo 2 13; 4.4 1 M vossa 
5h1Co 15.57 6iJo1.31-34i[Jo 14.17] 7 l[Jo 1 1] mJo 10.30 2NU e M omitem as palavras desde no céu lv 71 até na terra lv. 8). So-
mente 4 ou 5 manuscritos mais antigos contêm estas palavras em grego 8 n Jo 15.26 9 o Jo 5.34,37; 8.17-18 P [Mt 3.16-17] 3Cf. NU; TA 
e M Deus, o qual 1 O q [Am 8.16] r Jo 3.18,33 12 s [Jo 3.15,36; 6.47; 17 2-3] 4 Ou tem vida 
•4.14 Salvador do mundo. Ver nota em 2.2. 
•4.16 Deus é amor. O amor de Deus é demonstrado em sua fidelidade à aliança 
e na sua busça incansável pelos pecadores, apesar da rebeldia ou indiferença 
destes lv. 8; Ex 345-7/. 
•4.17 também nós somos. Embora não sejamos semelhantes a Cristo quanto 
a uma obediência perfeita de nossa parte, somos semelhantes a ele em nossa 
orientação básica e nos distinguimos como ele o fez em relação ao mundo em ge-
ral IJo 1716). 
•4.18 não é aperfeiçoado no amor. O amor de Deus é perfeito em si mesmo e 
traz para nós a firme promessa da perfeição tão logo o recebemos (vs. 12, 17; 
2.5). Mas, visto estarmos sendo aperfeiçoados em seu amor ao longo do tempo 
13.2), os remanescentes do temor podem coexistir temporariamente com o 
amor. O "perfeito amor" da parte de Deus "lança fora o medo" de forma progres-
siva, não instantânea. 
•5.4 vence o mundo. Ver nota em 2 .13. 
•5.6 por meio de água e sangue. Alguns sugerem que a água refere-se ao ba-
tismo de Jesus e o sangue, à crucificação. Isso é improvável, visto que João, em 
seu Evangelho, não narra diretamente o batismo de Jesus. Outros propõem que 
"água e sangue" seja uma referência aos dois sacramentos, o batismo e a Ceia do 
Senhor. Isso também é improvável, visto que João não relata a instituição dos sa-
cramentos em seu Evangelho. A d'1ficil afirmação deste versículo reflete provavel-
mente Jo 19.34. No Evangelho de João, o testemunho que Deus dá de Jesus, 
seu Filho, é um tema-chave. O sangue e a água que verteram do corpo de Jesus 
após a sua morte confirmaram a realidade de sua morte; o ferimento no lado de 
Jesus confirmou, posteriormente, a realidade de sua ressurreição corporal (Jo 
20.20,25-27). Tanto a morte como a ressurreição de Cristo eram negadas pelos 
docéticos, os quais negavam a natureza humana de Cristo (4.2\. 
•5.7 três que dão testemunho. Ver "Um e Três: A Trindade", em Is 44.6. 
•5.9 o testemunho de Deus é maior. Apelando diretamente a Deus como tes-
temunha, João, a exemplo de Jesus, afastatoda contestação humana (Jo 
5.31-39) 
•5.11 a vida eterna ... está no seu Filho. Essa é a verdade central da mensa-
gem cristã. 
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A excelência do amor (4.19) 
A Fonte do Amor 
Deus personifica o seu amor (4.8, 16) 
Deus nos amou (4.19) 
Deus deu o seu Fil!'Jo por nós (4.9·10) 
Cristo deu a sua vida por nós (3.16) 
O Efeito do Amor 
(4.7) 
Nós amamos a Deus; o medo é lançado para fora; 
guardamos os seus mandamentos (4.18-19; 5.3). 
Nós damos·º nosso amor pelos <:iutrQa {3.17: 4.11} 
Nós damos as nossas vidas pelos outros (3.16) 1 
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1515 1 JOÃO 5 
O poder da intercessão 
13 Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a 
vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de 
Deus. 5 14 E esta é a confiança que temos para com ele: que, 1se 
pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. 
15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, 
estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. 
16 Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, 
pedirá, e "Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. 
vHá pecado para morte, e xpor esse não digo que rogue. 
17 zToda injustiça é pecado, e há pecado não para morte. 
18 Sabemos que ªtodo aquele que é nascido de Deus não 
vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus óo "guar-
da,7 e o Maligno não lhe toca. 19 Sabemos que somos de 
Deus e que co mundo inteiro jaz no Maligno. 
Cristo é 11erdadeiro Deus e de11e ser adorado 
20 Também sabemos que o dFiJho de Deus é vindo e nos 
•tem dado entendimento /para reconhecermos o verdadeiro; 
e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. gEste é o 
verdadeiro Deus he a vida eterna. 21 Filhinhos, guardai-vos 
dos ídolos . 
• . 13 5 Cf. NU; TR e M acrescentam para que continueis a crer no nome do Filho de Deus; NU omite 14 t [1Jo 2.28; 3.21-22] 16 u Jó 
42.8 V[Mt 12.31] XJr 7.16; 14.11 17 z1Jo 3.4 18 a [1Pe1.23] bTg 1.27 ôCf. NU; TR e Mguarda-se a si mesmo 7 conserva 19 CGJ 
1.4 20 d1Jo4.2•Lc24.45/Jo17.3gls9.6 h1Jo5.11-12 
•5.13 O Evangelho de João foi escrito para conduzir os leitores à fé em Jesus, 
para que pudessem receber a vida eterna IJo 20.31). Esta carta foi escrita para 
assegurar àqueles que têm crido de que eles realmente possuem o dom que não 
tem preço. 
•5.16 pecado para morte. Alguns associam este pecado com 9 pecado imper-
doável mencionado em Mt 12.31-32; Me 3.28-30; Lc 12.8-10. E mais provável, 
no entanto, que João esteja referindo-se à recusa obstinada em aceitar a mensa-
gem do evangelho 11.10, nota; Jo 8.24). Ver "O Pecado Imperdoável", em Me 
3.29. 
•5.18 não vive em pecado. Ver nota em 3.6. 
•5.19 jaz no Maligno. Ninguém pode escapar à rede de tentação, pecado e 
condenação do maligno sem o socorro divino. Mas as pessoas também não po-
dem fugir de sua responsabilidade tentando culpar outro agente, a saber, o diabo, 
por sua própria situação IGn 3.12-13). Paradoxalmente, a escravização ao pecado 
é voluntária ITg 1.13-15). Somente o Filho de Deus pode destruir a servidão e 
substituí-la por uma vida de perdão, gratidão e obediência 13.8). 
•5.20 estamos no verdadeiro. É impossível dissociar o estar em Deus, o qual é 
verdadeiro, do estar em seu Filho, Jesus Cristo. A sintaxe deste versículo é difícil 
mas é mais razoável entendenmos que "o verdade~o Deus e a vida eterna" seja 
Jesus Cristo. Se o aposto refere-se ao Pai, o versículo torna-se desnecessaria-
mente repetitivo. Além do mais, a locução "vida eterna" é aplicada a Cristo tam-
bém ern 1. 2. 
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