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Definição de célula: unidade estrutural, funcional e biológica de todos os organismos vivos. Toda célula provem de uma divisão de outra célula. As células conseguem reproduzir e passar a informação genética de uma geração para a próxima, metabolizar matérias e energia e podem evoluir. Composição da célula: 2% de fosfolipídios; 2% de polissacarídeos; 70% água; 6% RNA; 1% DNA e 15% de proteínas. Metabolismo: conjunto de transformações, num organismo vivo, pelas quais passam as substâncias que constituem: reações de síntese (anabolismo) e reações de desassimilação (catabolismo) que liberam energia. ATP: adenina ligada a uma ribose que é ligada a três fosfatos; carreador de energia. Fosforilação: acréscimo de um fosfato a ADP. Reação exergônica: reação que libera energia como resultado do processo químico. Reação endergônica: precisa de energia para acontecer, porém nos produtos há uma liberação de energia maior do que a energia fornecida nos reagentes. Reação acoplada: utilização da energia liberada por uma reação exergônica para a realização de uma reação endergônica, realizada pela utilização de compostos intermediários; diminui a quantidade de energia perdida. Energia livre: energia usada Energia livre de Gibbs: parte da energia total do sistema disponível para realizar trabalho útil, em temperatura e pressão constantes. Energia calórica: energia liberada. Citoesqueleto • Microtúbulos: formado por dois dímeros de tubulina: alfa e beta. A beta tubulina é associada ao GTP, que apresenta capacidade de se hidrolisar virando GDP, e sempre se encaixa a alfa tubulina. Pro-filamento em formação é a associação entre o tubulina alfa e a tubulina beta. A ponta onde fica a tubulina alfa é chamada de ponta negativa e onde fica a beta, positiva. Polimerização: formação do microtúbulo de estrutura cilíndrica formada por vários dímeros. A parte positiva polimeriza, ou seja, recebe novos dímeros. Enquanto a parte negativa despolimeriza quando o GTP hidrolisa. A instabilidade dinâmica dos microtúbulos é o crescimento e encurtamento do mesmo de forma dinâmica, esse movimento deve-se a capacidade da tubulina de hidrolisar o GTP. A instabilidade dinâmica na mitose é maior. Maps: proteínas associadas à microtúbulos que ajudam na estabilização ou na desestabilização do microtúbulo. O microtúbulo surge do centrossomo, próximo ao núcleo, e a sua nucleação se inicia na gama tubulina. A parte negativa fica no centrossomo e a parte positiva na direção da periferia celular. Proteínas acessórias: proteínas reguladoras, ligadoras e motoras. Funções do microtúbulo: 1. Morfologia da célula: organização das organelas que é influenciada pelos polos negativos e positivos. 2. Transporte de organelas e vesículas com o auxílio de proteínas motoras: cinesina e dineína que são direcionadas para o polo positivo e negativo, respectivamente. As proteínas motoras são capazes de andar pelo microtúbulo hidrolisando o ATP para obterem energia para caminhar; sua estrutura é formada por um lado que se liga ao microtúbulo e uma que se liga a organela/vesícula que precisa ser carregada. 3. Formação de cílios e flagelos com o auxílio da dineína, que leva a curvatura do flagelo. 4. Fuso mitótico: liga-se ao cinitocoro na anáfase. • Filamento de actina: são polímeros helicoidais de duas cadeiras, que ficam na área periférica da célula chamado córtex, formada por proteínas monoméricas: G-actina, caso esteja em forma livre e se estiver polimerizada é chamada de F-actina. O monômero G-actina apresenta polos e uma ATP no seu interior. A polimerização ocorre de acordo com os polos, pode se adicionar G-actina em qualquer lado (direita ou esquerda), desde que os polos estejam corretos (positivo com negativo/negativo com positivo). Ao longo da polimerização a ATP se hidrolisa e torna-se ADP. Sem a ATP no interior da actina, há uma desnaturação mais rápida. Informa: pequena variação de uma molécula que pode resultar de modificações sutis na cadeia primária. A nucleação do filamento de actina se associa com pelo menos duas ARPs (proteínas associadas a actina) do tipo2 (voltada para o polo negativo) e do tipo3 O polo positivo costuma apresentar os ATPs e o polo negativo, que é mais propício a despolimerizar, os ADPS. Concentração crítica: concentração mínima de G-actina para que os microfilamentos se formem. Se a concentração crítica for baixa demais há a despolimerização do filamento no polo positivo. A proteína timosina, que se liga ao monômero G-actina e fica localizada no polo positivo, impede a ligação de novos monômeros. Já a proteína profilina, localizada no polo negativo, estimula o ligamento da G-actina no filamento; após o ligamento ao filamento a profilina é liberada. Os monômeros de actina se ligam a profilina ou a timosina, nunca as duas ao mesmo tempo. Essas associações resultam na instabilidade dinâmica do filamento. O movimento ameboide (anel de contração formado por feixes de actina que deslizam em uns em relações aos outros diminuindo o diâmetro do anel), a contração muscular e o estrangulamento final que separa as duas células filhas após a divisão dependem da participação do filamento. No deslocamento para uma direção, as células emitem prolongamentos que podem ser: lobulares, lamelares ou filamentosos que são formados sob a membrana. O diferenciamento na estrutura do prolongamento é relacionado com as proteínas ligadas ao filamento. A alfa-actina³ resulta em um filamento paralelo todo na mesma direção; a filamina¹ em um filamento cruzado e a fimbrina² em um filamento paralelo em direções diferentes. O filamento de actina ajuda na migração celular. A imagem ao lado mostra o deslocamento de uma célula sobre um substrato pela emissão de um lamelipódio. A rede de actina promove a projeção da membrana plasmática, que é definida pelo filamento, no sentido do movimento. A célula ancora essa projeção ao substrato por meio de estruturas de adesão, ao mesmo tempo em que a parte posterior da célula é contraída. Além da migração através de lamelipódio, há também a migração por filopódios, de formato fino e longe, que serve para "ver" se o local da migração é favorável para célula ou não. Quando a proteína citoplasmática gelsolina se liga a Ca²+ há a fragmentação do filamento de actina. O filamento de actina ajuda no processo de contração muscular. A cabeça da miosina (proteína motora ligada a actina que apresenta uma região chamada de domínio motor onde se hidrolisa o ATP em ADP) empurra os filamentos de actina (causado pela hidrolise do ATP), gerando a contração muscular. Em condições de relaxamento, este ponto de conexão entre os filamentos está ocupado por uma terceira proteína denominada tropomiosina, que envolve filamentos de actina. Assim, para uma contração ocorrer, a tropomiosina deve liberar o ponto de ligação entre a actina e a miosina. • Filamento intermediário: formado por proteína fibrilares que são formadas por tetrâmeros (justaposição de dímeros) que apresenta parte com NH2 e COOH. Não possui polos. Esse filamento é responsável pela resistência mecânica ao esticamento celular Forma uma rede no citoplasma, envolvendo o núcleo e se distribuindo para a periferia. Em tratamento com detergentes não iônicos e soluções concentradas de sais, o citoesqueleto é praticamente todo destruído, com exceção dos filamentos intermediários. Acredita-se que ao ligar um grupamento fosfato a extremidade NH2 da proteína formadorade um filamento, promova a desassocioação do mesmo. Cada célula apresenta um filamento intermediário específico. A queratina é o maior grupo dentre os tipos de proteínas. Quando a queratina apresenta uma mutação pode ocasionar em uma anomalia chamada epidermolisis bullosa, que é a produção de um filamento incapaz de suportar as tensões, o que leva ao rompimento causando a formação de bolhas. Outros tipos de mutação na queratina podem provocar doenças relacionadas ao epitélio da boca, do esôfago e da córnea. Outro filamento específico é o neurofilamento, eles se distribuem ao longo dos axônios, contribuindo tanto para a sustentação quanto para o transporte axonal. Há três proteínas formadoras de neurofilamento: NF-L de baixo peso molecular, NF-M de médio peso e a NF- H de alto peso. Durante o crescimento da fibra nervosa novas subunidades são adicionadas aumentando seu comprimento. A proliferação excessiva de neurônios pode causar a esclerose amiotrófica, que dificulta e termina por impedir o transporte de neurotransmissores para a extremidade do axônio. Proteína acídica glial (GFAP): formadora dos filamentos intermediários das células do sistema nervoso que não são neurônios. Células responsáveis pela imunidade, nutrição e proteção mecânica dos neurônios. Proteína periferina: formadora dos filamentos no sistema nervoso periférico. Proteína vimentina: característica de células de origem mesenquimal. Cartilagem, tecido conjuntivo, ósseo, sanguíneo, epitélio que reveste os vasos sanguíneos e do endotélio. Os filamentos de vimentina ajudam a sustentar a membrana plasmática e a definir a posição do núcleo e outras organelas. Proteína plectina: forma pontes entre os filamentos de vimentina e os microtúbulos. Proteína desmina: encontrada em celulas musculares. Os filamentos intermediários podem ajudar no tratamento de câncer, pois essa parte da célula não perde característica da célula original, conseguindo assim, saber qual célula originou a célula cancerosa e podendo escolher o melhor tratamento. Lamina nuclear: rede de filamentos que reforça o envoltório nuclear e se despolimeriza a cada divisão celular, refazendo-se depois, assim como o próprio envoltório. A organização e desorganização da lamina nuclear são controladas por proteínas quinases que fosforilam as laminas, enfraquecendo as ligações entre elas e causando o colapso da lamina nuclear. O final da mitose leva a recomposição da lamina.
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