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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO BIOMÉDICO DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA MONITORIA EM MICOLOGIA MIP003 FÁBIO CÉZAR AGUIAR DE ARAÚJO ATLAS DE AUXÍLIO ÀS AULAS PRÁTICAS EM MICOLOGIA Cadastro PROAC n.° 487 Esp. LEONARDO SILVA BARBEDO Profa. Dra. DIANA BRIDON DA GRAÇA SGARBI Niterói 2009 Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 2 Apresentação Este trabalho de monitoria foi desenvolvido por Fabio César Aguiar de Araújo, teve a co- orientação do mestrando Leonardo Silva Barbedo em Estágio à Docência (PPGMPA / MIP / UFF), com orientação da Profa. Diana Bridon da Graça Sgarbi. Nosso produto didático é um Atlas, composto de 32 páginas, com descrições e ilustrações de fungos e cultivos, que incluem fotos originais e também as obtidas na internet, devidamente citadas. Esse material será disponibilizado em CD para cópias e poderá ser impresso para estudo pelos alunos de graduação e pós-graduação do MIP. Acreditamos que estamos contribuindo ao aprendizado, com estímulo ao estudo por estudantes de graduação, além do vínculo com interesse e participação da pós-graduação, Latu sensu e Stricto sensu dos nossos alunos nos cursos do departamento. Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 3 Sumário Apresentação..........................................................................................................................................02 Sumário..................................................................................................................................................03 Zygomycetes............................................................................................................................................04 Cunninghamella......................................................................................................................................05 Mucor......................................................................................................................................................06 Rhizopus..................................................................................................................................................07 Syncephalastrum.....................................................................................................................................08 Demáceos................................................................................................................................................09 Alternaria................................................................................................................................................10 Cladosporium..........................................................................................................................................11 Curvularia...............................................................................................................................................12 Drechslera...............................................................................................................................................13 Hialinos Filamentosos de Hifas Septadas............................................................................................14 Aspergillus...............................................................................................................................................15 Fusarium.................................................................................................................................................16 Geotrichum..............................................................................................................................................17 Penicillium..............................................................................................................................................18 Scopulariopsis.........................................................................................................................................19 Dermatófitos..........................................................................................................................................20 Epidermophyton floccosum.....................................................................................................................21 Microsporum...........................................................................................................................................22 Trichophyton...........................................................................................................................................23 Leveduras (Fungos Leveduriformes)..................................................................................................24 Candida albicans.....................................................................................................................................25 Cryptococcus neoformans.......................................................................................................................26 Dimórficos..............................................................................................................................................27 Histoplasma capsulatum.........................................................................................................................28 Paracoccidioides brasiliensis.................................................................................................................29 Sporothrix schenckii................................................................................................................................30 Esquema Geral das Aulas Práticas......................................................................................................31 Bibliografia............................................................................................................................................32 Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 4 Zygomycetes A classe Zygomycetes compreende fungos filamentosos hialinos com hifas geralmente largas e cenocíticas (não-septadas) e ramificações comumente em ângulos de 90°. Septos somente podem ser observados nos esporangióforos, em secções próximas aos esporângios ou em hifas vegetativas de culturas maduras. Os Zygomycetes são assim chamados porque, com a reprodução sexuada, formam esporos reprodutivos denominados zigósporos. Os zigósporos desenvolvem-se dentro de estruturas com parede espessa; chamadas zigosporângios. A reprodução assexuada ocorre através da produção de esporangiosporos contidos em estruturas saculiformes denominadas esporângios. Diferente do processo de conidiogênese, onde elementos da hifa são convertidos em conídios, a formação de esporangiosporos ocorre como resultado da clivagem do protoplasma contido no esporângio. Os Zygomycetes possuem duas ordens de importância médica: Mucorales e Entomophthorales. A maioria dos casos descritos de zigomicoses é atribuída aos representantes da ordem Mucorales (aqui descritos), que podem ser facilmente reconhecidos pelo seu padrão de crescimento característico, com micélio aéreo e rápida maturação das colônias. Macromorfologia em tubos – Micoteca UFF. Cunninghamella, Mucor, Rhizopus e Syncephalastrum, respectivamente. Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 5 Cunninghamella Comumente considerado contaminante, mas tem sido envolvido em poucas infecçõespulmonares disseminadas em hospedeiros comprometidos. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando dentro de quatro dias. Crescimento inibido por cicloheximida. Macromorfologia da colônia: De aspecto “fofo”, semelhante ao “algodão-doce”, inicialmente brancas e tornando-se cinzas com o tempo. Reverso branco. Micromorfologia: Hifas extensas e não- septadas. Esporangióforos longos, ramificados, terminando em vesículas volumosas, essas em ramificações laterais menores. As vesículas são cobertas com dentículos espiculados, cada um apoiando um esporangíolo (esporângio contendo apenas um esporangiosporo). As paredes das esporangíolas são frequentemente incrustadas com estruturas semelhantes a cristais pontiagudoss. Micromorfologia Cunninghamella bertholletiae Mycology Online Macromorfologia Cunninghamella elegans Cunninghamella sp. Micoteca UFF Esporangíolo com 1 esporangiosporo Vesícula Dentículo Esporangióforo Cunninghamella sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 6 Mucor É agente ocasional de zigomicose. Este fungo é também considerado contaminante. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em quatro dias. O crescimento é inibido pela cicloheximida. A maioria das espécies não cresce bem a 37ºC. Macromorfologia da colônia: Desenvolve-se rapidamente na superfície do ágar assemelhando ao “algodão-doce”, inicialmente brancas e tornando-se cinzas ou marrom-acinzentadas com o tempo. Reverso branco. Micromorfologia: Hifas largas e não- septadas. Esporangióforos longos e frequentemente ramificados que sustentam esporângios (estrutura saculiforme) cheios de esporangiosporos. Columela presente. A parede do esporangióforo se rompe exteriorizando os esporos. Ausência de rizóides. Micromorfologia Mucor sp. Mycology Online Macromorfologia Mucor ramosissimus Mucor sp. Micoteca UFF Esporângio com esporangiosporos Columela Esporangiosporos Esporangióforo Mucor sp. Mycology Online Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 7 Rhizopus Agente etiológico mais comum em zigomicoses e também considerado contaminante. Ritmo de crescimento: Rápido, em até quatro dias. As espécies patogênicas se desenvolvem bem a 37°C, e são inibidas pela cicloheximida. Macromorfologia da colônia: Assemelha-se ao “algodão-doce” e as colônias são brancas e tornam-se cinzas ou marrom- amareladas com o tempo. Reverso branco. Micromorfologia: Hifas asseptadas. Estolões estão presentes ao longo do micélio, conectando grupos de esporangióforos geralmente não-ramificados. Rizóides estão presentes no ponto onde os estolões e esporangióforos se encontram. Os esporangióforos são longos e em seu ápice forma-se um esporângio contendo esporangiosporos e uma columela. Este gênero se diferencia do Mucor pela presença de estolões, rizóides e esporangióforos não- ramificados. Micromorfologia Rhizopus oryzae Macromorfologia Rhizopus stolonifer Rhizopus oryzae Mycology Online Esporângio Columela Esporangióforo Esporangiosporos Estolão Rizóides Rhizopus sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 8 Syncephalastrum Agente considerado contaminante, raramente envolvido em infecção. Ritmo de crescimento: Rápido, maturação em três dias. Macromorfologia da colônia: Desenvolve-se rapidamente na superfície do ágar assemelhando-se ao “algodão-doce”, inicialmente brancas e tornam-se cinza escura quase negra ou marrom. Reverso branco. Micromorfologia: Hifas extensas e não- septadas. Esporangióforos geralmente curtos e ramificados, terminando em uma vesícula arredondada. Sobre a vesícula há diversos esporângios tubulares contendo esporangiosporos. Podem ser confundidos com Aspergillus niger, mas exames mais cautelosos revelam o esporângio tubular (“dedo de luva”) e a ausência de fiálides. Micromorfologia Syncephalastrum racemosum Macromorfologia Syncephalastrum racemosum Syncephalastrum sp. Wilson's Esporângio Vesícula Esporangiosporos Esporangióforo Syncephalastrum sp. Mycology Online Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 9 Demáceos São fungos que apresentam coloração escura (quando comparados aos fungos hialinos) devido à pigmentação (coloração castanha escura) por conta da melanina presente na parede celular, e apresentam características comuns como serem filamentosos, e possuírem hifas septadas. São também considerados contaminantes e patógenos oportunistas. A cromomicose é uma infecção micótica crônica, de evolução lenta, que acomete a pele e o tecido celular subcutâneo do homem e dos animais. A maioria das lesões é causada por fungos da família Dematiaceae, que vivem no solo ou vegetais em decomposição. O aspecto clínico das lesões é polimorfo, caracterizando-se principalmente pela formaçãode nódulos, lesões papulosas, eritemato- descamativas e pela forma clássica, verrucosa, que pode apresentar-se ulcerada ou não. Normalmente, as lesões localizam-se nos membros inferiores, principalmente nos pés e pernas. Os membros superiores são afetados em menor proporção, e outros locais, como tronco, pescoço, face, nádegas, são raramente afetados. Vale salientar o acometimento maior sobre indivíduos do sexo masculino; e o motivo é devido, sobretudo, ao maior contato dos homens com o solo e vegetais, especialmente através do seu trabalho na agricultura, que os torna mais susceptíveis a acidentes laborais no seu dia-a-dia. A designação feo-hifomicose foi proposta por Ajello, em 1974, para denominar infecções cutâneas, subcutâneas e profundas (sistêmicas), agudas ou crônicas, causadas por uma grande variedade de fungos da família Dematiaceae (Hyphomycetes) e da classe Ascomycetes. Esse termo foi revalidado, em 1991, pelo subcomitê de nomenclatura de micoses da sociedade Internacional de Micoses Humanas e Animais, sendo, portanto, definido como qualquer infecção humana ou animal, causada por fungos demáceos, com exceção dos quadros clínicos de cromomicose. A feo-hifomicose é uma infecção esporádica, cosmopolita, que acomete indivíduos sadios e imunossuprimidos. Essa micose não se restringe aos humanos, podendo manifestar-se, também, em outras espécies animais. Macromorfologia em tubos. Micoteca UFF. Alternaria e Cladosporium. Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 10 Alternaria É considerado comumente um contaminante saprofítico, mas ocasionalmente causa feo-hifomicoses, normalmente no tecido subcutâneo. Há também alguns casos de infecção em unhas, olhos, e seio nasal. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando dentro de cinco dias. Macromorfologia da colônia: Início de coloração branca a cinza de aspecto lanoso, com o tempo torna-se de verde escura a preta ou marrom de bordas claras. Reverso preto. Micromorfologia: Hifas septadas e escuras. Conidióforos são septados e com tamanhos diferentes e às vezes possuem aparência em “zigue-zague”. Os conídios são largos, marrons, e apresentam septos transversais e longitudinais, catenulados (formação em cadeia) de formação acropétala. Eles são usualmente mais redondos próximos ao conidióforo e mais finos no ápice. Micromorfologia Alternaria alternata K.Nishimura Macromorfologia Alternaria sp. Mycology Online Alternaria alternata Mycology Online Conídios catenulados Conídio multisseptado (septos transversais e longitudinais) Conidióforo Alternaria sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 11 Cladosporium Comumente considerado contaminante saprofítico. Ocasionalmente está envolvido em infecções. Ritmo de crescimento: Moderadamente rápido, maturando dentro de sete dias a 25ºC. A maioria das amostras não cresce a 37ºC. Macromorfologia da colônia: Superfície com coloração marrom-esverdeada ou preta de aspecto aveludado, tornando-se levemente elevada e pregueada. Reverso preto. Micromorfologia: Hifas septadas e escuras, conidióforos ramificados, variando em tamanho e usualmente produzindo duas ou mais cadeias de conídios. Os conídios são de formato circular a oval gerando cadeias ramificadas de formação acropétala. As células disjuntoras são levemente largas e às vezes septadas. Micromorfologia Cladosporium cladosporioides Macromorfologia Cladosporium cladosporioides s Cladosporium herbarum Conídios catenulados de formação acropétala Célula disjuntora Conidióforo Cladosporium sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 12 Curvularia É agente etiológico de infecções oportunistas, também causando micetoma e feo-hifomicoses em vários sítios no hospedeiro, incluindo unhas, tecido subcutâneo e órgãos sistêmicos. A disseminação para o cérebro ocorre ocasionalmente. São também consideradas contaminantes. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando dentro de cinco dias. Macromorfologia da colônia: De aspecto lanoso com coloração verde-oliva ao marrom ou preto com bordas cinzas. Reverso preto. Micromorfologia: Hifas septadas e escuras. Conidióforos são simples ou ramificados, curvos ou nodosos em pontos de formação de conídios (crescimento simpodial). Os conídios são largos, contendo geralmente quatro compartimentos celulares, curvos devido ao segundo compartimento mais dilatado e comumente mais pigmentado. Micromorfologia Curvularia lunata Mycology Online Macromorfologia Curvularia lunata A.Sano Curvularia sp. Wilson's Conídio (multisseptado, de formato curvo, septos transversais e de parede celular fina), com segundo compartimento celular mais dilatado. ConidióforoCurvularia sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 13 Drechslera Drechslera (ou Bipolaris), encontrada na natureza associada ao solo e vegetais, é esporadicamente agente de feo-hifomicoses com relatos de abscessos cerebrais. Ritmo de crescimento: Moderado, maturando em aproximadamente dez dias. Macromorfologia da colônia: Superfície semelhante à camurça, de coloração marrom ao marrom-enegrecido. Reverso preto. Micromorfologia: Conídios de coloração pálida ao marrom escuro, formato geralmente cilíndrico ao oblongo, parede celular e septos transversais espessos. Conidióforos geralmente curtos com os conídios distribuídos comumente no ápice. Micromorfologia Drechslera sp. Diana Sgarbi Macromorfologia Drechslera catenaria Drechslera catenaria Conídio (multisseptado, de formato oblongo, com septos transversais e parede celular espessos) Conidióforo Drechslera sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 14 Hialinos Filamentosos de Hifas Septadas A hialo-hifomicose é uma infecção causada por fungos hialinos, de hifa septada, pertencentes às classes Ascomycetes, Coelomycetes, Hyphomycetes, e Basidiomycetes. Esse termo foi proposto, pela primeira vez, por Ajello, 1982, para agrupar as infecções ocasionais por fungos filamentosos hialinos, septados, não-formadores de estruturas específicas (como os grãos dos eumicetomas) e que, até então, não eram patógenos clássicos. Estes, por sua vez, eram raramente relatados em micologia médica, não como patógenos primários, mas sim como contaminantes habituais. Assim, foi criado esse grupo, que de certa forma é artificial, visto que não existe correlação estreita entre seus representantes, além do fato de exibirem hifas hialinas, septadas à microscopia óptica. Assim sendo, podemos concluir que infecções fúngicas que apresentam uma freqüência mais elevada de isolamento, em micologia médica, e que, por conseguinte, adquiram uma denominação consagrada, devem ser excluídas desse grupo. A maioria destes fungos são saprófitas habituais do solo, parasitas de vegetais e decompositores de materiais orgânicos. Em grande parte, esses fungos são oportunistas, com limitado poder patogênico. A infecção é dependente do estado imunológico (leucêmicos, diabéticos, aidéticos, transplantados, etc.), das condições de trabalho e modo de vida de cada indivíduo. Macromorfologia em tubos – Micoteca UFF. Aspergillus flavus, Fusarium sp., Geotrichum, Penicillium e Scopulariopsis, respectivamente. Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 15 Aspergillus Membros do gênero Aspergillus causam um grupo de doenças conhecido como aspergilose. A doença pode ocorrer em forma de infecção invasiva, colonização ou alergia. São invasores oportunistas para indivíduos com resistência baixa devido à neutropenia e/ou ao tratamento com altas doses de corticosteróides ou drogas citotóxicas. Muitas espécies são produtoras de exotoxinas. Ritmo de crescimento: Usualmente rápido, maturação em três dias, com algumas espécies apresentando crescimento mais lento. Macromorfologia da colônia: No início a superfície é branca e em seguida diversos tons de verde, amarelo, laranja, marrom ou preto, dependendo da espécie. Textura aveludada a algodonosa. Reverso usualmente branco, amarelo-ouro ou marrom. Micromorfologia: Hifas septadas; conidióforos não ramificados e célula podal de base. O conidióforo é alargado no topo, formando uma vesícula volumosa que é coberta por fiálides. Das fiálides partem cadeias de conídios de formação basipétala. Micromorfologia Aspergillus nidulans Mycology Online Macromorfologia Aspergillus flavus Mycology Online Aspergillus versicolor Conídio Conídios catenulados de formação basipétala. Fiálide Vesícula Conidióforo Célula podal Aspergillus niger Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 16 Fusarium Agente freqüente de infecções micóticas ópticas, mais comumente afetando a córnea. Também ocasionalmente envolvido em uma variedade de infecções, incluindo micetoma, sinusite, artrite e onicomicoses. Causam infecções sistêmicas em hospedeiros neutropênicos. Também são considerados contaminantes e produtores de micotoxinas exógenas. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em quatro dias. Macromorfologia da colônia: Inicialmente branca, logo desenvolvem coloração rosa ou violeta. F. solani é o único que se torna verde-azulado ou marrom azulado onde se aglomeram células conidiogênicas. Reverso geralmente claro ou colorido de acordo com cada espécie Micromorfologia: Hifas septadas. Há dois tipos de formação de conídios. Macroconídios em forma de canoa (foice, meia-lua) multisseptados; e microconídios, pequenos e ovais, podendo apresentar um septo. Micromorfologia K. Nishimura Fusarium sp. Mycology Online Macromorfologia Fusarium solani Fusarium oxysporum Macroconídio fusiforme multisseptado MicroconídiosFusarium sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 17 Geotrichum É encontrado na microbiota humana e pode causar doença (primeiramente nos pulmões) somente em hospedeiros altamente imunocomprometidos. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em quatro dias. Macromorfologia da colônia: Colônias jovens são brancas, úmidas, semelhantes a de fungos leveduriformes. Logo surge a filamentação na periferia e algumas espécies desenvolvem micélio aéreo branco algodonoso. Micromorfologia: Hifa septada verdadeira que segmenta em artroconídios cilíndricos que variam em comprimento. Alguns podem se tornar arredondados. Características bioquímicas e a ausência de blastoconídios ao longo da hifa diferenciam o Geotrichum do Trichosporon. A formação consecutiva de artroconídios (não alternando com células vazias) serve para diferenciá-lo do Coccidioides immitis. Micromorfologia Geotrichum candidum Mycology Online Macromorfologia Geotrichum candidum Geotrichum sp. Wilson's Presença de hifas que se desarticulam, gerando artroconídios. Geotrichum sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 18 Penicillium Comumente considerado contaminante, mas eventualmente isolado de uma variedade de casos clínicos nas quais sua etiologia é incerta. Doenças disseminadas têm sido relatadas em pacientes imunocomprometidos. Muitas espécies são reconhecidas como produtoras de micotoxinas exógenas. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando dentro de quatro dias. Usualmente pouco ou nenhum crescimento a 37ºC. Macromorfologia da colônia: Superfície inicialmente branca, em seguida de coloração verde-azulada furfurácea, podendo apresentar bordos brancos. Diferentes espécies apresentam diferentes colorações e texturas. Reverso comumente branco, vermelho ou marrom. Micromorfologia: Apresentam hifas septadas com conidióforos ramificados (ou não) que possuem estruturas secundárias conhecidas como métulas. As métulas suportam fiálides que apóiam cadeias não ramificadas de conídios arredondados de formação basipétala. Micromorfologia Penicillium sp. UNAM Macromorfologia Penicillium sp. Mycology Online Penicillium marneffei Conídios catenulados de formação basipétala Fiálide Métula Conidióforo Penicillium sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 19 Scopulariopsis Conhecido por infectar unhas (geralmente dos pés) e raramente associado a infecções subcutâneas e invasivas em pacientes imunocomprometidos. Também são relatados como contaminantes. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em cinco dias. Macromorfologia da colônia: Inicialmente branca glabra, depois de coloração marrom clara furfurácea com margens brancas. Outras espécies podem ser de coloração cinza escura, marrom ou preta. Reverso geralmente marrom escuro. Micromorfologia: Hifas septadas, conidióforos ramificados (ou não) que suportam estruturas que são as bases dos conídios (células anelídicas). Os conídios, em cadeia de formação basipétala, são arredondados e/ou piriformes, com parede espessa, e ornamentados com estruturas semelhantes a espinhos. Micromorfologia Scopulariopsis brevicaulis Mycology Online Macromorfologia Scopulariopsis brevicaulis Scopulariopsis sp. Wilson's Conídios piriformes e/ou arredondados, espiculados e catenulados Célula anelídica Conidióforo. Scopulariopsis sp. Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 20 Dermatófitos Pertencem ao grupo dos dermatófitos os fungos classificados em três gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. São filamentosos, hialinos, septados, algumas vezes artroconidiados, queratinofílicos (capazes de digerir e obter nutrientes da queratina, uma proteína insolúvel que é o principal componente da pele, cabelos, unhas e penas), passíveis de colonizar e causar lesões clínicas em pêlos e/ou extrato córneo de homens e animais. Fungos de características ímpares, os dermatófitos apresentam uma predileção ecológica no que diz respeito à sua adaptação ao meio ambiente. Dessa forma, os dermatófitos podem ser divididos em três grandes grupos, em relação ao seu habitat, sendo classificados como geofílicos, zoofílicos e antropofílicos. Os dermatófitos pertencentes ao grupo dos fungos geofílicos apresentam como característica primária a habilidade de manter sua viabilidade vital em solos geralmente ricos em resíduos de queratina humana e/ou animal. Os fungos zoofílicos, entretanto, devem ter passado por um ciclo evolutivo, tendo abandonado o solo e, de uma forma ou de outra, se adaptado às condições de parasitismo em espécies animais que apresentam um contato mais íntimo com o solo. Assim sendo, esses fungos ascenderam na escala filogenética rumo ao homem. Quando se faz referência ao homem, tem-se logo em mente um grupo específico de dermatófitos, os antropofílicos; acredita-seque esses fungos, em determinado período de sua evolução, foram paulatinamente galgando andares superiores da escala filogenética, saindo do solo para uma adaptação a algumas espécies animais e, por último, uma adaptação ao homem. Epidermophyton floccosum Microsporum canis Microsporum gypseum Trichophyton Trichophyton Trichophyton Trichophyton rubrum tonsurans schoenleinii mentagrophytes Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 21 Epidermophyton floccosum Produz infecção na pele e unhas, mas não no cabelo. Antropofílico. Ritmo de crescimento: Moderado, maturando em dez dias. Macromorfologia da colônia: Coloração do amarelo-marrom ao cinza-oliva ou cáqui, região central elevada e depois pregueada sulcada radialmente, semelhante ao veludo. Após semanas, de aspecto “fofo” e branco recobrindo a colônia. Reverso do marrom ao laranja, e por vezes bordas amareladas. Micromorfologia: Presença de hifa septada e ausência de microconídios. Os macroconídios são em forma de clava com extremidades arredondadas, contendo de dois a seis compartimentos celulares, sendo encontrados isolados ou em grupos. Com o tempo os macroconídios podem se transformar em clamidoconídios Micromorfologia Epidermophyton floccosum K. Nishimura Macromorfologia Epidermophyton floccosum Epidermophyton floccosum Clamidoconídio Macroconídio em formato de clava ou raquete Epidermophyton floccosum Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 22 Microsporum Causam infecções no couro cabeludo, pele e unhas. A maioria das infecções em humanos é adquirida a partir de cães e gatos infectados. Ritmo de crescimento: Moderado, maturando entre seis e dez dias. Macromorfologia da colônia: - M. canis (Zoofílico): Coloração amarela, superfície penujenta radiada. Reverso amarelo- canário ao marrom. - M. gypseum (Geofílico): Coloração marrom clara (canelada), superfície granulosa. Reverso geralmente castanho. Micromorfologia: Hifas septadas e são observados poucos microconídios. Macroconídios são espiculados em formato de naveta (ou fuso), e eles que diferenciam entre as duas principias espécies. Macroconídio de parede celular espessa e contendo geralmente mais de seis compartimentos celulares caracterizam M. canis. Macroconídio de parede celular fina e contendo geralmente menos de seis compartimentos celulares caracterizam M. gypseum. Micromorfologia Microsporum gypseum Macromorfologia Microsporum canis Microsporum gypseum Macroconídio multisseptado, espiculado em forma de fuso ou naveta Microconídio Microsporum canis Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 23 Trichophyton Infectam pêlos, couro cabeludo, pele e unhas. Antropofílicos. Ritmo de crescimento: Moderado a lento, em média de dez a doze dias. Quatro são as espécies de interesse: - T. mentagrophytes: Colônia granulosa ou algodonosa, coloração do branco ao bege. Reverso incolor ou castanho. Micromorfologia: Macroconídios em forma de charuto, microconídios redondos em cacho e hifa em espiral (gavinha). - T. rubrum: Colônia algodonosa branca. Reverso vermelho. Micromorfologia: Macroconídios em forma de charuto e microconídios em lágrimas formando tirse. - T. schoenleinii: Colônia pregueada branca. Reverso incolor. Micromorfologia: Nas extremidades das hifas formam estruturas denominadas de candelabro fávico. Presença de clamidoconídios e ausência de macroconídios e microconídios. - T. tonsurans: Colônia pulverulenta de cor sulfúrica. Reverso castanho-avermelhado. Micromorfologia: Macroconídios raros e irregulares, e microconídios de tamanhos diferentes implantados alternadamente na hifa. Micromorfologia Trichophyton mentagrophytes Macromorfologia Trichophyton schoenleinii Trichophyton rubrum Macroconídio septado Microconídios T. rubrum Trichophyton tonsurans Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 24 Leveduras (Fungos Leveduriformes) A historia natural das doenças causadas por leveduras é mais bem compreendida à luz da susceptibilidade do hospedeiro. O indivíduo normal apresenta mecanismos de defesa inespecíficos e específicos, tais como barreiras anatômicas e fisiológicas, resposta inflamatória e resposta imunológica, que juntos, representam obstáculo ao estabelecimento da infecção fúngica. Esses mecanismos de defesa podem ser sobrepujados por fatores intrínsecos ou extrínsecos, que causam seu desequilíbrio, resultando no crescimento exacerbado da população residente, seguido por invasão e lesão dos tecidos vivos. A maioria das leveduras produz colônias glabras, de coloração branca ou bege, textura cremosa e superfície lisa. Na dependência de condições nutricionais ou de incubação, alguns isolados demonstram borda fina estrelada ou franjada na margem da colônia. As diversas espécies não podem ser diferenciadas macroscopicamente quando são empregados meios de cultura habituais para isolamento. No entanto Rhodotorula spp., podem produzir colônias de coloração rosácea a alaranjada; Cryptococcus spp., em geral, geram colônias mucóides, em decorrência da presença da cápsula; Candida spp. geralmente apresentam colorações do branco ao creme, textura lisa e homogênea; enquanto que Trichosporon spp., apresentam-se com aspecto seco esuperfície rugosa; e as leveduras demáceas produzem colônias negras. Esses achados podem orientar quanto ao gênero em estudo. Neste atlas abordaremos somente Candida albicans e Cryptococcus neoformans. O termo candidíase ou candidose (antigamente conhecida como monilíase) tem conotação genérica, sendo utilizada para denominar a constelação de doenças causadas por espécies do gênero Candida. A candidíase é a mais freqüente infecção fúngica oportunista, e durante muito tempo acreditava-se que apenas a Candida albicans era capaz de causar doença no homem. O habitat da Candida albicans e de outras espécies de Candida é a microbiota da mucosa do digestório humano e animal, e algumas vezes isolados de pele. Criptococose é a micose na qual o agente etiológico são espécies do gênero Cryptococcus, acometendo os pulmões, meninges, líquor, sangue, pele e mucosas. Fungo relacionado a fezes de pombos e ocos de árvores, onde o principal mecanismo de infecção é a inalatória, porém a forma traumática é possível, mas não comum. Clinicamente a criptococose é dividida em pulmonar regressiva ou progressiva e disseminada para o sistema nervoso central provocando meningoencefalite. Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 25 Candida albicans Espécie mais comum na candidíase, podendo ser uma infecção aguda, sub-aguda ou crônica, sitiando qualquer região do corpo. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em três dias. Macromorfologia da colônia: Cor creme, de aspecto pastoso homogêneo e superfície lisa. Reverso incolor. Micromorfologia: Em meios de rotina (Sabouraud e Mycosel) encontramos células leveduriformes arredondadas a ovais. Em ágar Corn-meal acrescido de Tween 80 à temperatura ambiente em três dias, há a formação de pseudohifas, blastoconídios e clamidoconídios. Pseudohifas são alongadas e unidas entre si, os blastoconídios arranjados em cachos estão dispostos junto às pseudohifas e os clamidoconídios são estruturas de resistência encontradas nas extremidades das pseudohifas. Micromorfologia Candida albicans Macromorfologia Candida albicans Candida albicans Leonardo Barbedo Clamidoconídio Blastoconídios Pseudohifas Candida albicans Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 26 Cryptococcus neoformans Causa criptococose, uma infecção sub- aguda ou crônica, principalmente em imunodeprimidos, com tropismo ao Sistema Nervoso Central, porém ocasionalmente produzindo lesões na pele, ossos, pulmões e outros órgãos. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em três dias. Macromorfologia da colônia: Planas ou levemente elevadas, lustrosas, úmidas, homogêneas e mucóides. Coloração creme e com o passar do tempo marrom clara. Reverso incolor. Micromorfologia: Em meios de rotina (Sabouraud e Mycosel) encontramos células leveduriformes arredondadas a ovais e ausência de filamentação. Na histopatologia cápsulas são observadas em coloração de mucicarmim (rosa) e alcion-blue (azul). Porém o exame direto feito com contraste pela tinta da Índia (nanquim) evidencia melhor as estruturas leveduriformes, arredondadas, gemulantes e encapsuladas. Micromorfologia Cryptococcus neoformans Macromorfologia Cryptococcus neoformans Micoteca UFF Cryptococcus neoformans Micoteca UFF Células leveduriformes, arredondadas, gemulantes e encapsuladas Tinta da Índia (nanquim) Cryptococcus neoformans Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 27 Dimórficos São fungos que apresentam adaptação ao parasitismo, geralmente expressa pela mudança de fase filamentosa para leveduriforme, e essa mudança de morfologia é acompanhada por modificações no metabolismo do fungo. A temperatura de caracterização é aquela em que observamos a morfologia voltada para o diagnóstico. São fungos hialinos e de hifas septadas. • Fase filamentosa em torno de 25°C (temperatura ambiente), com hifas septadas; • Fase leveduriforme em torno de 37°C. Histoplasma capsulatum Paracoccidioides brasiliensis Sporothrix schenckii Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 28 Histoplasma capsulatum Agente etiológico da Histoplasmose, micose sistêmica de forma pulmonar aguda benigna, crônica ou progressiva. Pode causar infecção disseminada em vários tecidos e órgãos com risco de morte. O fungo é encontrado em fezes de morcegos e pássaros. Ritmo de crescimento: Lento, a forma filamentosa em geral matura entre quinze a vinte dias, mas pode demorar mais de oito semanas. Macromorfologia da colônia: Filamentosa a 25°C, coloração branca ao marrom, com uma fina ou densa textura algodonosa. Reverso branco, amarelo ou laranja. Leveduriforme a 37°C em infusão cérebro coração (BHI), com aspecto úmido e cor branca. Possui o desenvolvimento inibido pela cicloheximida. Micromorfologia: Filamentosa com hifas septadas. Macroconídios arredondados, mamilonados (tuberculados) e de paredes espessas. Microconídios aderidos a hifas são redondos ou em forma de pêra. Leveduriforme com células pequenas arredondadas ou ovais. Micromorfologia Histoplasma capsulatum Mycology Online Macromorfologia 25°C 63 dias Histoplasma capsulatum 25°C 60 dias Histoplasma capsulatum Macroconídio mamilonadoConidióforo Microconídio Histoplasma capsulatum Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 29 Paracoccidioides brasiliensis Causa paracoccidioidomicose, micose sistêmica crônica iniciada nos pulmões que se estende para as mucosas nasal, bucal e ocasionalmente para o trato gastrointestinal. É comum a disseminação para a pele, linfonodos e outros órgãos internos. Ritmo de crescimento: Muito lento; a forma filamentosa matura em torno de vinte e um dias. Macromorfologia da colônia: Filamentosa a 25°C, coloração branca, compacta, geralmente pregueada e glabra com pouco micélio aéreo cor marrom e aspecto de “pipoca estourada” com o tempo. Reverso marrom. Leveduriforme a 37°C em ágar Sabouraud, de caráter úmido, macio, cor creme do marrom-claro e aspecto cerebriforme. Micromorfologia: Filamentosa com hifas septadas e ramificadas, com alguns clamidoconídios terminais e/ou intercalados ao longo da hifa. Leveduriforme, células largas arredondadas, de parece celular espessa (birrefringente), unidas entre si (multigemulação) ou com aparência de “roda de leme” (criptosporulação, saída por poros). Micromorfologia Mycology Online Paracoccidioides brasiliensis Macromorfologia 25°C 60 dias Paracoccidioides brasiliensis 25°C 60 dias Paracoccidioides brasiliensis Multigemulação Criptosporulação (saída por poros) Paracoccidioides brasiliensis Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 30 Sporothrix schenckii Agente etiológico da esporotricose, micose subcutânea crônica que se inicia como uma lesão na pele e tecidos subcutâneos, ascendendo os canais linfáticos até os linfonodos. O mecanismo de infecção ocorre por inoculação traumática. A forma pulmonar pode-se desenvolver em indivíduos pré- dispostos após inalação do fungo. Ritmo de crescimento: Rápido, maturando em até cinco dias. Macromorfologia da colônia: Filamentosa a 25°C, no início branca glabra, depois rugosa, aveludada de cor marrom-escura com margens estreitas claras. Reverso escuro no centro e claro nas bordas. Leveduriforme a 37°C em BHI, de caráter homogêneo e cor marrom-clara. Micromorfologia: Filamentosa de hifas septadas e conidióforos simples. O ápice do conidióforo é levemente dilatado com conídios pequenos em forma de lágrima, implantados por dentículos com formação de margarida. Leveduriforme, células ovais, arredondadas e/ou alongadas de diferentes tamanhos. Micromorfologia Sporothrix schenckii Mycology Online Macromorfologia 25°C Sporothrix schenckii 25°C Sporothrix schenckii Mycology Online Conidióforo (forma de margarida) Conídio Sporothrix schenckii Diana Sgarbi Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 31 Esquema Geral das Aulas Práticas Fungos Monomórficos Filamentosos Leveduriformes Hifa Cenocítica Hifa Septada Candida albicans Cryptococcus neoformans Hialinos Hialinos Demácios Zygomycetes Alternaria Cladosporium Curvularia Cunninghamella Aspergillus Dermatófitos Drechslera Mucor Fusarium Rhizopus Geotrichum Syncephalastrum Penicillium Epidermophyton Scopulariopsis Microsporum Trichophyton Fungos Dimórficos Termais (Fase - Temperatura de Caracterização) Hialinos Fase Filamentosa – 25°C Fase Leveduriforme – 37°C (Hifa Septada) Histoplasma capsulatum Paracoccidiodes brasiliensis Sporothrix schenckii Atlas de Auxílio às Aulas Práticas em Micologia – Cadastro PROAC n.° 487 32 Bibliografia DOCTOR FUNGUS. Disponível em: <http://www.doctorfungus.org/>. Acesso em: 24 de setembro de 2009. FACULTAD DE MEDICINA UNAM – Universidad Nacional Autónoma de México, Departamento de Microbiología e Parasitología. Disponível em: <http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/index.php>. Acesso em 24 de outubro de 2009. KOREAN AGRICULTURAL CULTURE COLLECTION (KACC). Seodundong Kwenseonku, Suwon, Republic of KOREA. Disponível em: <http://kacc.rda.go.kr/>. Acesso em: 24 de setembro de 2009. LARONE, D. H. Medically important fungi: a guide to identification. 4 ed. Washington, DC: American Society for Microbiology Press, 2002, 409 p. MEDICAL MYCOLOGY RESEARCH CENTER (MMRC). Chiba University – Japão. Disponível em: <http://www.pf.chiba-u.ac.jp/english/index.html>. Acesso em: 03 de setembro de 2009. MYCOLOGY ONLINE. The University of Adelaide – Austrália. Disponível em: <http://www.mycology.adelaide.edu.au/>. Acesso em: 03 de setembro de 2009. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal. Capítulo 15, Fungos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 297-333 p. SGARBI, D. B. G. et al. CD de Fotos Digitais de Fungos. 2004. (Cadastro na PROAC/UFF, número 1781). SIDRIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 388 p. WILSON’S TERMITE & SERVICE. We ServiceBetter! Disponível em: <http://www.wilsons-termite.com/environmental_services_mold%20_images.htm>. Acesso em: 24 de setembro de 2009.
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