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Fontes do Direito Tributario

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1)      Fontes do Direito Tributário
Fontes do Direito Tributário e hierarquia entre elas.
As fontes do Direito Tributário podem ser divididas em fontes materiais e formais.
a)      Fontes materiais (reais): são fatos que acontecem na sociedade. Fatos com valores econômicos (relevantes para o Direito).
b)      Fontes formais: são as normas que viabilizam a aplicação do Direito. Elas permitem que o Estado arrecade e que o contribuinte pague em dia (Teoria tridimensional: fato, valor e norma).
As fontes do Direito Tributário formais são divididas em fontes do Direito Tributário formais primárias e fontes do Direito Tributário formais secundárias.
b.1) Fontes formais primárias: existem quando há uma nova relação entre o contribuinte e       o fisco (Estado). Ocorre quando há inovação ou mudança de lei.
b.2) Fontes formais secundárias: são normas acessórias, que aprofundam e dão caráter técnico às normas primárias. Nesse caso não há inovação. São normas que explicam as normas primárias.
As fontes formais primárias e as fontes formais secundárias formam a legislação tributária.
De acordo com o artigo 96 do CTN (Código Tributário Nacional), a legislação tributária compreende as leis, os decretos e os decretos que regem o tributo.
2)      Normas primárias:
Essas fontes do Direito Tributário estão contidas no artigo 59 da CF/88 (5/10/1988).
a)       Constituição da República Federativa do Brasil
Chamada de Constituição cidadã.
Dentro dela tem a Constituição Tributária, que tem três funções: enumerar as espécies tributárias; inaugurar as limitações ao poder de tributar (diz aonde o Estado não pode tributar); distribuição de competências (para União, estados, municípios e distrito).
b)      Emendas à Constituição
Emendas constitucionais são alterações no texto constitucional.
É a única forma de se alterar a Constituição.
PEC (Proposta de Emenda à Constituição): ela tem que ser assinada por 1/3 dos congressistas, e tem que passar pela câmara dos deputados e pela câmara dos senadores (deve ter aprovação de 3/5 dos deputados e 3/5 dos senadores para ser validada).
A Constituição já sofreu cerca de 70 alterações em seu texto.
As cláusulas pétreas não podem ser mudadas ou alteradas. Ou seja, as emendas não
podem alterar a integralidade da Constituição Federal.
As emendas que forem inconstitucionais devem ser retiradas da Constituição.
c)       Lei Complementar
A lei complementar irá complementar o texto constitucional. A principal é a CTN.
Funções:
1)      Estabelecer normas gerais de tributação
2)      Regular limitações constitucionais.
3)      Resolver conflito de competência.
A função da lei complementar está diretamente ligada à função da Constituição. Cada função tem uma lei complementar.
É mais difícil de ser aprovada. Não pode ser colocada de qualquer maneira. Precisa da maioria absoluta para sua aprovação (a maioria absoluta não leva em consideração os presentes, e sim todos da casa. O contrário vale para a maioria simples).
A lei complementar mais importante é a CTN.
A lei complementar não cria tributo, no entanto, existem algumas exceções, a saber:
1)      Empréstimo compulsório (Artigo 45)
2)      Imposto sobre grandes fortunas (Artigo 153).
3)      Competência residual (Artigo 154). Podem ser criados novos impostos que não estão na Constituição. Eles são criados pela lei complementar.
Observação: A CPMF foi criada por meio de lei ordinária, mas deveria ter sido criada por lei complementar.
d)      Lei Ordinária
Lei comum (corriqueira).
Função: instituição de tributos (essa função consiste na exceção da lei complementar).
Ela é produzida em todos os entes da União.
É necessária a maioria simples para sua aprovação (leva em consideração os presentes da casa).
Pode ser produzida pela Nação, pelos estados, pelo distrito e pelos municípios.
A lei ordinária institui (Artigo 97):
1)      Estabelecimento ou desaparecimento de tributo
2)      Modificação no tributo.
e)      Medida Provisória
Cada um dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) possui função atípica. O Judiciário pode, por exemplo, legislar e executar em alguns casos.
A competência para criar medida provisória é do poder Executivo (cujo chefe é o presidente da República).
O poder legislativo, para criar leis, deve respeitar os critérios de relevância e os caráteres de urgência. E, quem verifica esses critérios é o presidente.
Elas têm vigência prevista de 60 dias. No entanto, o presidente pode renovar por mais 60 dias, dizendo que ela é relevante e urgente. Quando der 120 dias, o presidente pode reeditá-la para mais 60 dias de vigência.
A medida provisória pode ser cassada se for considerada que não é relevante e urgente (situação rara de ocorrer).
Quando uma medida provisória se transforma em lei, ele vira uma lei ordinária (semelhança de funções).
Observação: a medida provisória não pode instituir tributos, mas sim instituir impostos (Artigo 62). As outras espécies tributárias não podem ser instituídas. (Lembre-se da diferença entre imposto e tributo).
Os governadores e os prefeitos podem fazer medida provisória (princípio da simetria).
Vale ressaltar que a medida provisória tem força de lei.
f)       Lei Delegada
Originariamente compete ao Poder Legislativo. No entanto, ela é delegada ao Poder Executivo.
Criar competência residual não faz parte da lei delegada.
Quem as faz, efetivamente, é o chefe do Poder Executivo (presidente da República).
Função: elas são usadas quando a produção de uma lei ordinária levaria muito tempo para dar respostar a uma situação.
g)      Tratados Internacionais
O tratado internacional é realizado entre diversos países.
Função: tentar evitar a bitributação (tributação na origem e no destino).
Quando ele é assinado pelo presidente da República vira uma norma.
Os tratados internacionais podem ser revogados por alguma lei futura. Por exemplo, uma lei ordinária pode acabar com um tratado internacional.
A vigência e o prazo deles são indeterminados.
h)      Decreto Legislativo
É de competência do Poder Legislativo. Esse poder faz a internacionalização.
O poder Executivo pode vetar ou sancionar uma lei.
O processo de sanção e veto funciona da seguinte maneira.
Processo de sanção e veto.
i)      Resolução
É de competência do Poder Legislativo
Ela serve para determinar alíquotas de tributos (IPVA)
O Senado Federal que faz a resolução.
Função: evitar uma guerra fiscal (quando os estados querem alíquotas diferentes).
A aprovação da alíquota mínima precisa da maioria absoluta. A máxima precisa de 2/3 do total (absoluta: 42 do total).
3)      Normas Secundárias:
As fontes do Direito Tributário secundárias são:
a)      Decretos
Definição: decreto é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão que determina o cumprimento de uma resolução.
Faz parte do poder regulamentar da administração pública. Esse poder serve para especificar uma lei já existente.
RIR (Regulamento do Imposto de Renda) e RIP.
Só pode haver decreto se houver uma norma prévia.
Não pode haver decreto autônomo (tem que se referir a outra lei). Na Constituição de 1967 podia existir decreto autônomo.
Artigo 84, inciso VI (exceção): pode haver decreto autônomo (organização da administração federal).
b)      Atos Administrativos
Artigo 100.
Norma complementar não é lei complementar.
1)      Atos normativos: decorrem do poder regulamentar.
2)      Decisões administrativas: é a solução que a administração pública vê sobre ela e seu contribuinte.
3)      Prática reiterada: prática que vira costume, mesmo não sendo de acordo com a lei.
c)       Convênios
Definição: são acordos que podem ser estabelecidos entre a União, os estados, os distritos e os municípios.
É uma forma de organização para conseguir uma melhor arrecadação. (Exemplo: ter carro com placa de estado diferente para diminuir o tributo). A Fazenda pode tentar recuperar o valor não pago.
Depende de uma lei prévia. Não pode ser autônomo, pois se refere a outra lei.
d)      Doutrina e a jurisprudênciaNão são fontes secundárias à priori, pois elas não vinculam.
Elas são meras opiniões sobre determinados assuntos.
Doutrina: livros, artigos científicos. Não é uma fonte formal do Direito, pois ela não vincula nem o Estado nem o contribuinte.
Jurisprudência é o fruto do poder judiciário. Também não tem poder vinculante (logo, não é fonte do Direito).
Conclusão: foram expostas acima todas as fontes do Direito Tributário. Obviamente algumas fontes são mais importantes e necessitam de serem memorizadas.
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