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Direito Penal I – AVI Classificação de Crime Crime, Delito e Contravenção Crime ou Delito – infração penal a que a lei comina pena de reclusão (regime fechado, semiaberto ou aberto) ou de detenção (regime semiaberto ou aberto), quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; Contravenção – infração penal a que a lei comina, isoladamente, penas de prisão simples (regime semiaberto ou aberto) ou multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. Crime Doloso, Culposo e Pretendoloso Doloso – previsão de vontade; Culposo – previsibilidade; Pretendoloso – ação dolosa obtém resultado além do pretendido pelo agente. Caso Concreto: Um motorista embriagado perde o controle, sobe na calçada e atropela uma pessoa que estava no ponto de ônibus. O crime foi culposo, pois o motorista acreditou nas suas habilidades, não considerando a hipótese de ocorrer um acidente. Crime Comissivo, Omissivo e Comissivo Por Omissão Comissivo – exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz oque à norma proíbe. Ex.: Matar alguém mediante disparos. Omissivo – é o que descreve a simples de quem tinha o dever de agir (o agente não faz o que a norma manda). Ex.: Omissão de socorro. Comissão Por Omissão – exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. Art. 13 do CP – O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação por omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: Tenha por lei obrigações de cuidado, proteção ou vigilância; De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Ação por omissão é crime A lei fala em “dever de agir”. Nos crimes omissivos próprios não existe o dever de agir e omitente não responde pelo resultado, mas apenas porque não agiu. Entenda-se: na omissão de socorro com resultado morte, o omitente não responde pela morte, mas pela omissão de socorro. Por outro lado, no crime comissivo por omissão (ou omissivo impróprio), o agente garantidor tem o dever de agir, por isso na sua omissão responde pelo resultado que deveria ter evitado. Ex.: a mãe que tem o dever de cuidar do filho que brinca na piscina; se ela omite socorro a ele (podendo fazê-lo) responde pela morte se ela ocorrer. Crime Instantâneo, Permanente e Instantâneo com Efeitos Permanentes. Instantâneo – a ação e o efeito do crime são instantâneos. Ex.: Furto. Permanente – o momento da consumação se prolonga no tempo por vontade do agente. Ex.: Sequestro. Instantâneo com Efeitos Permanentes – se consuma em determinando momento (instante), mas seus efeitos são irreversíveis. Ex.: Homicídio. Crime Habitual – manutenção de ação. Ex.: exploração de prostituição. Crime Continuado – benefício conferido ao agente que comete dois ou mais crimes da mesma espécie, mediante mais de uma ação ou omissão, utilizando-se do mesmo “modus operandi” desde que dentro de um prazo razoável. Ex.: “gato” feito por feirante para a utilização de energia elétrica pública ou alheia. Crime de Dano e de Perigo Dano – ao patrimônio, lesão ou ameaça de lesão; Perigo Concreto – coloca em risco bem jurídico; Perigo Abstrato – não coloca em risco o bem jurídico diretamente. Ex.: porte ilegal de armas; expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria (Art. 134/CP); associação criminosa (art. 288/CP). Crime Material, Formal, e de Mera Conduta Material – definem o resultado, a conduta e precisa que o resultado ocorra para haver consumação; Formal – descreve o resultado; Mera Conduta – descreve a conduta. Ex.: porte ilegal de armas. O núcleo da conduta é a própria conduta. Crime Uni subjetivo e Pluri subjetivo Uni subjetivo – pode ser praticado por uma só pessoa, entretanto, admita-se a co-autoria e a participação. Ex.: Homicídio Pluri subjetivo – exige mais de uma para ser praticado em virtude de sua conceituação típica. Ex.: Aborto Crime Uni subsistente e Pluri subsistente Uni subsistente – praticado em um ato. A realização da conduta esgota a concretização do delito. Impossível, por isso mesmo, a tentativa. Ex.: Injuria Verbal. Pluri subsistente – pratica e vários atos, que fazem parte de uma única conduta. Ex.: Homicídio Crime Comum, Próprio e de Mão – Própria Comum – é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo do crime. Não estabelece punição, exigência, podendo ser praticado por qualquer pessoa; Próprio – estabelece uma condição para a ação. É o crime que exige uma qualidade especial do sujeito; qualidade esta exigida no próprio tipo penal. O crime de estupro, antes da reforma introduzida no Código Penal pela Lei nº 12.015/09 era um crime próprio, pois exigia a qualidade “mulher” do sujeito passivo. Mão-Própria – determina a pessoa que vai praticar o crime, só pode ser autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível. Ex.: Auto Aborto, Falso Testemunho (podendo haver participação do advogado).
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