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Fichamento O Príncipe

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS – CCHSA
FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO
LINGUAGEM JURÍDICA
PROFESSOR(A): JANAÍNA DANTAS GERMANO GOMES
ALUNO: ADRIANO FERREIRA DO MONTE
RA: 18104356
SALA 101 – PERÍODO NOTURNO
FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO
O PRÍNCIPE
MAQUIAVEL
CAMPINAS
MAIO 2018 
	Nome: Adriano Ferreira Do Monte
	RA: 18104356
	Disciplina: Linguagem Jurídica
	Professor (a): Janaína Dantas Germano Gomes 
	Título da Obra: O Príncipe 
	Autor: Nicolau Maquiavel
 REFERÊNCIA: 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Editora: Pensamento Cultrix, São Paulo, 2014. 
CONTEXTO: 
 Escrito em 1512 e publicado em 1532, “O Príncipe” escrito por Nicolau Maquiavel foi a obra conhecida como a mais famosa ou célebre de todas as já criadas por ele. Tratando-se de um manual de métodos de governo e de obtenção de poder, Maquiavel expõe decisões tomadas por líderes de todo o mundo que tinham o intuito de mostrar quem estava no comando, e quem tinha o real poder. Sua intenção em criar esta carta a Lorenzo di Médici, era a tentativa de concretizar um poder absoluto e inabalável com a união do governo de Médici com a Igreja que protegeria a Itália de ataques estrangeiros. 
 Para Maquiavel, o seu desejo era tornar um monarca forte e com pulso firme, para que diante de acontecimentos diversos, medidas deveriam ser tomadas sendo severas ou não. Daí surgiu a expressão que “ os fins justificam os meios”, um líder deveria tomar as decisões em benefício do seu povo, mesmo que parte deles sofresse alguma sanção mas algo que fosse realmente necessário para que não houvesse desordem.
< https://www.todamateria.com.br/o-principe-de-maquiavel/ >
< https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_principe > 
ANÁLISE CONCEITUAL:
 O livro deixa clara a importância de um governante saber manipular a população em seu favor para que possa ter um principado sem empecilhos ou imprevistos, e que tudo que aconteça já seja esperado e tenha uma solução baseada em acontecimentos históricos. Com foco em expandir o poder do Príncipe, o autor revela sua sede por uma Itália unificada forte e poderosa. 
 Para Maquiavel, o Estado deveria manter a ordem sempre e um convívio harmonioso e de modo que a população nunca se volte contra seu soberano. Escrito na forma de um manual, “O Príncipe” ensina as maneiras de se conduzir um bom governo, levantando grandes argumentos com exemplos históricos que possibilitam a escolha de como o príncipe poderia agir diante determinada situação e como não se prejudicar. 
 Por conta de seu realismo, Maquiavel se tornou famoso por ser cruel e realista daí a expressão “maquiavélico”. Na intenção de salvar a Itália dos bárbaros e unificá-la, ele utiliza da teoria do “bom senso realístico” que colocava as opções diante o príncipe para que ele pudesse escolher de forma livre depois de analisar decisões tomadas por outros soberanos em determinados conflitos anteriores (o que nos lembra da Jurisprudência e a Doutrina utilizada por nós, agentes do Direito). 
 A relação deste livro com o Direito nada mais é do que a forma em como os políticos tomam as decisões a princípio para benefício próprio, mas também à população para que possa ter a certeza de que ela irá continuar do seu lado e também como as pessoas podem ser manipuladas, tanto antigamente, quanto atualmente. 
O PRÍNCIPE
CAPÍTULOS I, II, III, IV
 Os Estados são divididos entre república e principado, sendo que o principado é hereditário ou novo que é conquistado por mérito ou virtude. Considera-se o principado a forma mais fácil de governo tanto que seu príncipe seja simpatizado por seu povo e que possíveis conquistadores do trono não durem por muito tempo em seu lugar. 
 Um principado novo que geralmente é fruto de um desmembramento de um Estado misto, enfrenta maiores dificuldades pois o povo sempre acredita que com a mudança do governante podem ser feitas melhorias porém ocorre o impasse quando o conquistador e o conquistado não falam a mesma língua ou tem costumes diferentes. A solução para isso seria que o governante morasse onde exerce seu governo, mandar colonos para simpatizar com o povo em nome do príncipe, manter soberania sobre Estados vizinhos mais fracos e opor-se firmemente aos vizinhos mais fortes. 
 Segundo o autor, existem dois tipos de forma de governo: uma em que o Príncipe é o soberano, e o outra na qual há uma quantidade de barões com direitos também hereditários, e que possuam seus próprios senhorios e súditos, limitando assim a soberania do príncipe. No primeiro tipo a pouca possibilidade de o trono ser tomado por algum estrangeiro, porém uma vez derrotado é facilitada a manutenção de poder devido a servilidade do povo. 
 Já na segunda forma de governo, a conquista do trono pode ser facilitada pelo possível apoio dos barões a derrubar o príncipe. Porém a permanência do novo soberano no poder é mais difícil pois sempre haverá necessidade de intervenção dos barões sobre seus súditos. 
CAPÍTULOS V, VI, VII, VIII
 O autor da exemplos de como deve-se governar um Estado que anteriormente vivia conforme suas próprias leis e as possibilidades de manter uma nova ordem, são elas: destruir completamente sua estrutura, manter morada do príncipe em seu território, ou estabelecer uma oligarquia que mantenha a ordem local. Dados os exemplos históricos, a melhor maneira de dominar este tipo de Estado seria destruí-lo completamente e reestruturá-los da forma de principado.
 Para que haja conquista de um novo principado o Príncipe e o Estado devem administrar suas condições materiais e suas virtudes para que quanto mais virtuoso ele for menos ele necessitará de usufruir de sua fortuna para manter sua soberania. Quando um homem é elevado ao trono, seja por um líder morto ou deposto, pode-se prever obstáculos em sua manutenção pois seu governo não terá raízes sólidas. 
 Relatados acontecimentos de tomadas de principados por via criminosa, o autor considera possível o ato de tomar o poder com atrocidades como uma emboscada com todos os governantes e assassina-los, porém uma atrocidade como esta deveria ser feita apenas uma vez se fosse a única opção com tanto que apesar disso seja garantido um bom governo.
CAPÍTULOS IX, X, XI, XII
 Quando um príncipe é eleito pelos cidadãos, o mais importante é que ele tenha a simpatia do povo e que aja de acordo com sua personalidade pois eventualmente os poderosos podem contrariar o próprio príncipe e tomar-lhe o posto. Os principados autônomos, que tem homens e condições de uma batalha são superiores segundo o autor à aqueles que são dependentes e ficam escondidos atrás de seus grandes muros e fossos. 
 Os principados eclesiásticos são descritos como os mais seguros e felizes de todos, que governados por Deus, não há o que a razão humana possa julgar a respeito. Um bom principado deve-se ter forças de exército confiáveis, pois dado o exemplo da Itália com seu exército mercenário que abandonam seu príncipe em primeiro sinal de conflito e greve.
CAPÍTULOS XIII, XIV, XV, XVI
 Uma ideia ruim seria de “emprestar” tropas vizinhas pois após uma possível vitória o príncipe se tornar refém deste exército. Para se ter um exército confiável seria de formá-los por súditos e cidadãos com os comandos dados direto do príncipe. Os soldados devem ser treinados pelo príncipe com foco na geografia dos territórios dos possíveis ataques e o entendimento de táticas de guerra estudadas através de guerras históricas.
 As ações tomadas pelo príncipe são observadas pelos seus súditos, e para se manter com imagem de soberano ele não precisa se ter todas as virtudes positivas de um ser humano mas é necessário ser prudente quanto a sua postura diante cada situação. Ainda que seja liberal quanto às demandas trazidas, o príncipe deve ter total controle da fortuna do Estado, pois em casos de extrema utilização deste patrimônio estedeverá aumentar a tributação levando a impopularidade de sua administração. 
CAPÍTULOS XVII, XVIII, XIX, XX
 O autor considera que ser temido seria a melhor opção para um príncipe, pois ser amado seria menos seguro quando fosse necessário escolher um dos lados, porém este temor não pode se tornar ódio e para isso basta que o príncipe saiba usar de seu poder sem prejudicar o povo. Segundo Maquiavel o príncipe não precisa honrar sua palavra nem suas promessas, pois aqueles que sabem ludibriar o povo que conseguem maior destaque, restando a ele tomar a decisão que seja benéfica ao povo para que eles possam enxergar o príncipe como bom e misericordioso. 
 Para se precaver do ódio de seu povo, o príncipe deve sempre se manter firme garantindo sua posição e prováveis ameaças internas tendem a não surgir quando há uma boa defesa externa, como treinar os súditos para possíveis ataques estrangeiros, mas outra forma de controlar o povo seria de incentivar alguma disputa interna no país como: negros contra brancos, homens contra mulheres ou ricos contra pobres para que todo o povo não se uma contra o seu príncipe. Quanto a construção de fortalezas o autor julga necessário para que a população admire seu governante como importante e valioso. 
	CAPÍTULOS XXI, XXII, XXIII, XXIV
 A apreciação de um príncipe é levada em consideração todas as suas ações, para elevar sua popularidade deve-se reconhecer atitudes positivas e punir atitudes negativas dos súditos e em relação a possíveis guerras vizinhas o soberano deve sempre manter clara sua posição de aliado ou inimigo para não ser desprezado pelos combatentes.
 Um príncipe também pode ser avaliado pela qualidade de seus ministros, então o governante deve ser muito sábio para escolher a dedo cada um e que tenham inteligência suficiente para manterem-se fiéis. Para isso é importante conhecê-lo bem e perceber se ele se preocupa mais com sua majestade ou consigo mesmo e fugir de todos aqueles que tentam agradar o príncipe com mentiras. Deve escolher seus próprios conselheiros e saber a quem ouvir e quando ouvir nos momentos de necessidade. Maquiavel afirma que o príncipe que seguir as instruções de seus livro terá sucesso e também da exemplo de soberanos mal sucedidos devido seu despreparo. 
CAPÍTULOS XXV E XXVI
 Concluindo, Maquiavel comenta sobre a importância da administração das fortunas, pois o príncipe deve saber administrá-las conforme a precisão do momento e que erros podem arruinar todo um governo. A situação da Itália era propícia a uma unificação, o que não ocorreu devido às circunstâncias da fortuna, e segundo ele a principal razão disso era a falta de liderança militar em que os exércitos não agiam bem em grupo. Assim sendo a medida proposta era a de criar um exército próprio, expulsar os bárbaros e reunificar a Itália em uma só pátria.

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