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AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO 
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I 
Aula 13: doenças do intestino delgado 
AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO 
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
O intestino como barreira imune 
(FONSECA & COSTA, 2010) 
O trato gastrointestinal é o maior órgão imunológico 
 
Função imune do intestino depende de três componentes: 
• Barreira intestinal; 
• Sistema imune (tecido linfoide associado ao intestino (GALT), 
plasmócitos, linfócitos, imunoglobulina); 
• Microflora intestinal - importante estimulador do sistema imune 
GALT - Gut Associated Lymphoid Tissues 
Fonte: Nature Reviews, 2014 
AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO 
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Efeitos da nutrição sobre o sistema imune 
(FONSECA & COSTA, 2010) 
Jejum: Mudança significativa na massa da mucosa intestinal após 24 horas. 
 
Nutrição Parenteral: Atrofia das vilosidades, apoptose de células epiteliais e alteração da permeabilidade da 
mucosa, além de propiciar translocação bacteriana e perda da barreira. 
 
Nutrição Enteral: Renovação das células do GALT. 
GALT- Gut Associated Lymphoid Tissues 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Ação de nutrientes específicos sobre o sistema imune intestinal 
SAAD, 2006 
Prebióticos: ingredientes seletivamente fermentados, que resultam em alterações específicas na composição e/ou atividade da 
microbiota gastrointestinal, assim proporcionando benefícios para a saúde do hospedeiro (GIBSON et al., 2011); 
Probióticos: micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do 
hospedeiro (FAO/OMS, 2011). 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Ação de nutrientes específicos sobre o sistema imune intestinal 
Foods Ingredients Brasil, 2008; Calder & Yaqoob, 1999 
Fibras Solúveis 
• Aumentam a viscosidade do conteúdo entérico - estímulo para divisão celular; 
• Sofrem fermentação pela microbiota colônica, formando os AGCC (acético, propiônico, butírico); 
• Os AGCC estão envolvidos na regulação da divisão e morte celular, sustentando o ritmo normal de renovação, 
essencial para garantir as trocas constantes do epitélio digestivo. 
Glutamina 
• A mais abundante no organismo e fonte energética para as células do sistema imune e do trato digestório. 
AGCC - ácidos graxos de cadeia curta; Aa - aminoácido 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Anatomia do intestino 
(MARTINI et al., 2014) 
O intestino é o maior órgão do corpo e é composto por duas partes: 
• Intestino Delgado; 
• Intestino Grosso. 
Fonte: Wikipédia 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Anatomia do intestino delgado 
(CARLOS et al., 2016) 
• Localização: estende-se do piloro (saída do estômago, marcada pela constrição pilórica, que contém um 
anel espesso de musculatura circular, o esfíncter pilórico) até a válvula ileocecal (local em que o íleo 
continua como ceco, a primeira parte do intestino grosso); 
 
• Divisão: duodeno, jejuno e íleo; 
 
• Comprimento: 6 metros; 
 
• Diâmetro: 4 centímetros. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Anatomia do intestino delgado 
(CARLOS et al., 2016) 
Duodeno 
• Porção proximal e fixa do ID, em forma de ferradura, que se estende do piloro até o ligamento de Treitz. Possui trajeto 
predominantemente retroperitoneal; 
• Parte Superior ou 1ª porção - do piloro até o colo da vesícula biliar; 
• Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada; 
• Ducto Colédoco - provêm da vesícula biliar e do fígado (bile); 
• Ducto Pancreático - provêm do pâncreas (enzimas digestórias); 
• Parte Horizontal ou 3ª porção; 
• Parte Ascendente ou 4ª porção. 
ID- intestino delgado 
Fonte: Anatomia Humana, 2014 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Anatomia do intestino delgado 
(CARLOS et al., 2016) 
Jejuno e Íleo 
• Constituem a porção mesentérica e móvel do ID. Inicia-se no ligamento de Treitz e termina na válvula íleo cecal; 
• Jejuno - porção proximal que perfaz 40% do ID; 
• Íleo - ocupa os 60% distais; 
• Não existe demarcação anatômica entre jejuno e íleo. 
ID- intestino delgado 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Anatomia do intestino delgado 
(MARTINI et al., 2014 ) 
Revestimento Intestinal 
O intestino é principal sítio de digestão dos alimentos e 
de absorção de nutrientes O epitélio do intestino delgado é totalmente substituído a cada seis dias 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Histologia do intestino delgado 
(MARIEB et al., 2014) 
Túnica Mucosa 
• Células Absortivas ou Enterócitos - absorção e transporte dos componentes absorvidos para a lâmina própria, através de 
quilomicrons; 
 
• Células Caliciformes - produzem muco; 
 
• Células de Paneth - encontradas na parte inferior das criptas de Lieberkühn. Participam na regulação da microbiota 
intestinal; 
 
• Células Enteroendócrinas - produzem hormônios peptídicos (CCK, secretina, GIP, motilina) importantes na regulação 
fisiológica do TD; 
 
• Células M - estimulam a resposta imune. 
CCK- colecistoquinina, GIP- Peptídeo inibidor gástrico, TD- trato digestório 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Histologia do intestino delgado 
(MARIEB et al., 2014) 
Túnica Submucosa 
• Tecido conjuntivo frouxo e plexo submucoso (Meissner); 
• Glândulas duodenais ou de Brünner - produzem uma secreção 
alcalina rica em bicarbonato. Encontradas apenas no duodeno; 
• Nódulos linfáticos (Placas de Peyer) - presentes apenas no íleo. 
 
Túnica Muscular 
• Circular interna; 
• Plexo mioentérico (Auerbach); 
• Longitudinal externa. 
 
Túnica Serosa (Jejuno e íleo). 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Regulação hormonal do intestino delgado 
(MARTINI et al., 2014) 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Inervação do intestino delgado 
(CARLOS et al., 2016) 
Inervação Intrínseca 
 
Sistema Nervoso Entérico 
• Plexo de Auerbach (plexo mioentérico)- controla os movimentos 
gastrointestinais; 
• Plexo de Meissner (plexo submucoso) - controla as secreções e o 
fluxo de sangue na região. 
 
Inervação Extrínseca 
• Sistema nervoso simpático e parassimpático. 
Irrigação Arterial do ID 
Jejuno e Íleo 
Duodeno 
Fonte: Clínica Médica, 2016 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Motilidade do intestino delgado 
(FOX, 2007) 
Segmentação ou Contrações de Mistura 
 
• Principal atividade contrátil do intestino; 
• Constrições musculares do lúmen; 
• Ocorrem simultaneamente no duodeno, jejuno e íleo; 
• Serve para misturar o quimo mais completamente. 
Fonte: Fisiologia Humana, 2007 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Motilidade do intestino delgado 
(FOX, 2007) 
Peristaltismo 
• O quimo é propelido por todo o intestino delgado através das ondas peristálticas. Essas ondas ocorrem em 
qualquer parte do intestino delgado com função de propelir o quimo no sentido anal; 
• Aumenta acentuadamente após as refeições; 
• Ocorre pela chegada do quimo ao duodeno; 
• Reflexo gastroentérico desencadeadopela distensão. 
Fonte: Fisiologia Humana, 2013 
O trajeto do alimento do intestino delgado até a válvula ileocecal dura 
cerca de 3 a 8 horas. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Processo digestório - Intestino delgado 
(WARD & LINDEN, 2014) 
Recebe Secreções 
 
• Fígado: Bile (não digere os lipídios, porém emulsiona-os (transforma-os em partículas menores) 
facilitando a ação das lipases e consequentemente a sua digestão; 
 
• Pâncreas: Suco pancreático. Possui várias enzimas que atuam na digestão das proteínas, dos 
carboidratos e dos lipídios; 
 
• Mucosa intestinal: Suco entérico (substância produzida pelo intestino delgado) e lançado pelas 
células do duodeno que contêm várias enzimas que completam a digestão dos carboidratos, das 
proteínas e dos lipídios 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Enzimas da borda em escova ligadas à membrana celular das microvilosidades 
do intestino delgado 
Fox SI, 2007 
AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO 
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Fluxograma da digestão química e da absorção dos nutrientes 
(WARD & LINDEN, 2014; CARLOS et al., 2016) 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Fluxograma da digestão química e da absorção dos nutrientes 
(WARD & LINDEN, 2014; CARLOS et al., 2016) 
 Leitura de Apoio: Clínica 
Médica, 2016. Cap.: 1 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Fluidos diários aproximados de líquidos no sistema gastrointestinal 
(BEYER, 2010; STANFIELD, 2013) 
Absorção Média Diária 
• 150 a 300g monossacarídeos; 
• 60 a 100g ácidos graxos; 
• 60 a 120g aminoácidos e peptídeos; 
• 50 a 100g íons. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Padrão de liberação hormonal e os efeitos dentro do sistema digestório 
(MARTINI et al., 2014) 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Fatores reguladores da função motora do intestino delgado 
(CHEMIM, 2007) 
• Volume do conteúdo intestinal; 
• Temperatura dos alimentos; 
• Composição química dos alimentos; 
• Celulose (estímulo mecânico, aumentando a secreção intestinal e o volume intestinal, absorvendo líquidos 
e aumentando o conteúdo intestinal; ou o estímulo químico com resposta neuromuscular); 
• Outras substâncias estimulantes: ácidos orgânicos (frutas cruas), caldos concentrados em purinas, lactose, 
infusos concentrados, condimentos picantes, creme de leite, azeite. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Sintomas comuns de disfunção intestinal 
(BEYER, 2010) 
• Gases intestinais e flatulência; 
• Constipação; 
• Diarreia; 
• Esteatorreia; 
• Estreitamentos e Obstruções Intestinais. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Sintomas comuns de disfunção intestinal 
(CHEMIM, 2007) 
Diarreia 
• Evacuação frequente de fezes líquidas (geralmente acima de 3 
evacuações/dia, excedendo 300mL), acompanhada de perda 
excessiva de líquidos e eletrólitos (sódio e potássio). 
 
Etiologia 
• Doenças inflamatórias; infecções por fungos, bactérias ou 
agentes virais; medicamentos; consumo excessivo de açúcares; 
superfície absortiva de mucosa lesada; ressecção 
gastrointestinal; desnutrição. 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Sintomas comuns de disfunção intestinal 
(BEYER, 2010) 
Classificação da Diarreia segundo o Mecanismo Fisiopatológico 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
Conduta nutricional na diarreia 
(Adaptado da CHEMIM, 2007) 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
• O intestino não é apenas um órgão de digestão e absorção, mas também assume importante função no 
sistema imunológico; 
 
• O manejo nutricional do paciente com diarreia crônica deve ser racionalizado e direcionado de acordo com a 
história clínica. 
Considerações finais 
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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 
CHEMIN, S. M. & MURA, J. D. P. Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2010. Cap.: 46, págs.: 802-805. 
FOX, Stuart Ira. Fisiologia Humana. São Paulo: Manole, 2007. Cap.: 18, págs.: 571-574. 
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
Cap.: 26, págs.: 665-669. 
MARTINI, F.H.; OBER, W. C.; BARTHOLOMEW, E. F.; NATH, J. L. Anatomia e Fisiologia Humana: uma abordagem visual. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2014. Cap.: 15, págs.: 538-541. 
MARTINS, M. A.; CARRILHO, F. J.; ALVES, V. A. F. et al. Clínica Médica, volume 4: doenças do aparelho digestivo, nutrição e doenças 
nutricionais. São Paulo: Manole, 2016. Cap.: 1, págs.: 08-09. 
WAITZBERG, D L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Rio de Janeiro: Editora Atheneu, 2009. 
Bibliografia complementar 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
Assuntos da PRÓXIMA AULA 
 
Alergia Alimentar; 
 
 
Doença Celíaca; 
 
 
Síndrome do Intestino Curto; 
 
 
Fístulas Digestivas.