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Exame físico de tórax - pulmões (resumão)

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Ádila Cristie Matos Martins	UC5	REVISÃO HABILIDADES CLÍNICAS
EXAME CLÍNICO DE TÓRAX
PULMÃO
INSPEÇÃO 
Estática:
• Avaliar a pele: Observa-se a presença de lesões elementares; se sim, dizer onde se encontra (linha ou região).
• Forma do tórax: pode ser:
 - Normal: diâmetro latero-lateral maior que antero-posterior; 
 - Chato: redução do diâmetro antero-posterior;
 - Tonel/barril: aumento do diâmetro antero-posterior; 
 - Infundibuliforme/Sapateiro/Escavado: depressão do esterno inferior
 - Cariniforme: saliência do esterno;
 - Sino/Piriforme: mais afilado na região superior e engrossa a medida que vai para baixo;
 - Cifótico: corcunda;
 - Escoliótico: coluna troncha para o lado;
 - Cifoescoliótico: junção do cifótico com escoliótico.
• Abaulamentos e retrações: Observa se há ou não; se sim, dizer onde se encontra (linha ou região).
Dinâmica:
• Tipo respiratório: Observa-se onde há o movimento mais amplo:
 - Costalsuperior (torácica ou costal): move mais o tórax – mais comum em mulheres;
 - Torocoabdominal (diafragmática): move mais o abdome – mais comum em homens, crianças e pessoas em decúbito dorsal.
• Ritmo respiratório: podem ser classificados como:
 - Normal: quando o ritmo está adequado.
 - Dispneia: movimentos respiratórios amplos e rápidos;
 - Platipineia: dificuldade para respirar em posição ereta;
 - Ortopneia: dificuldade para respirar em decúbito;
 - Trepopeia: dificuldade para respirar em decúbito lateral;
 - Cheyne-Stokes: respirações rápidas e profundas que vão diminuindo até uma apneia, depois voltam a acelerar, diminuem novamente até ter outra apneia (...); 
 - Biot: respiração de amplitudes variáveis com períodos de apneia;
 - Kussmaul: amplas e rápidas inspirações, seguidas de apneia, curtas e ruidosas expirações, seguidas de apneia;
 - Suspirosa: movimentos respiratórios interrompidos por suspiros. 
• Frequência respiratória: 
 - Eupneia: frequência normal – possui variações: RN (45 – 60 ipm); lactente (25 – 35 ipm); pre-escolar (20 – 30 ipm); escolar (18 – 35 ipm); adulto (16 – 20 ipm);
 - Taquipneia: frequência aumentada;
 - Bradipneia: frequência diminuída. 
• Tiragem: é a retração inspiratória dos espaços intercostais, pode ser difusa ou localizada; o normal é estar ausente – apresenta esforço na respiração.
PALPAÇÃO
• Sensibilidade superficial e profunda: procura-se saber se há dor em algum local que está sendo palpado;
• Abaulamentos e retrações: se houver, palpa para saber as características;
• Expansibilidade: pregando a pele entre os polegares, o examinador – por trás do paciente – verifica nos ápices e bases pulmonares;
• Frêmito toracovocal (FTV): são as vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. É feito com a mão direita espalmada (porém apenas os dedos tocam); nos homens é mais perceptível pois a voz é mais grave; é preciso comparar regiões homologas.
PERCUSSÃO
 Com o paciente preferencialmente sentado ou deitado; é iniciado posteriormente, depois lateral e, por último, posterior. Sempre de cima para baixo e comparando bilateralmente.
• Tipos de sons: 
 - Claro pulmonar: percutido nos espaços intercostais; possui baixo tom e tem maior duração;
 - Submaciço: encontrado na transição claro pulmonar para o maciço; próximo do fígado e baço;
 - Maciço: percutido no fígado e baço; é suave e agudo; possui menor duração; 
 - Som timpânico: encontrado no espaço de Traube.
*Alteração no som:
 - Hipersonoridade/Timpanismo: som mais intenso, grave e longo; excesso de ar; encontrado no enfisema e pneumotórax; 
 - Macicez ou submacicez: alta frequência e alto tom; curtos e secos; diminuição da relação ar/tecido; encontrado no derrame pleural, pneumonia e atelectasia. 
AUSCULTA
 Iniciada na face posterior, seguida pela lateral e por último a anterior, simetricamente. Deve ser feita com o paciente sentado, ligeiramente inclinado para frente, respirações profundas e boca entreaberta. 
• Tipos de sons:
 - Traqueal: é audível na traqueia, pescoço e região esternal; inspiração é um ruído soproso, seguido por um curto intervalo silencioso e expiração forte e prolongada;
 - Brônquico: é audível na região dos brônquios maiores, nas proximidades do esterno; é como o som traqueal, porém com a expiração menos intensa, ou seja, inspiração é mais audível;
 - Murmúrio vesicular: ouvido na maior parte do tórax, nas regiões periféricas dos pulmões; a intensidade varia dependendo da região do tórax; inspiração intensa, duradoura e tom alto som, sem intervalo silencioso, expiração fraca e tom baixo;
 - Broncovesicular: é auscultada na região esternal superior, na interescapulovertebral direita e ao nível da terceira e quarta vértebra dorsal; inspiração e expiração com mesma duração e intensidade e sem pausa entre elas. 
*Sons pulmonares anormais:
Contínuos: quando há obstrução na via aérea:
 - Estridores/Cornagem: na região superior das vias aéreas; som intenso e agudo, principalmente na região obstruída; audível em qualquer fase da respiração (porém é mais comum na inspiração); pode ser por obstrução, laringite, edema de glote, etc;
 - Roncos: região inferior das vias aéreas; som mais grave e rude; ocorre mais na expiração;
 - Sibilos: região inferior das vias aéreas; som mais agudo e musical (difuso ou localizado); aparece na inspiração e/ou expiração; comum nas crises asmáticas; 
Descontínuos:
 - Estertores finos: abertura súbita de vias aéreas de menor calibre; ocorre no meio para o final da inspiração; melhor auscultado nas periferias; visto em edema pulmonar, pneumonia, fibrose pumonar, etc.
 - Estertores grossos/bolhosos/subcreptantes: abertura súbita de vias aéreas de maior calibre; auscultado na inspiração e/ou expiração; visto em bronquite crônica, bronquiectasia; edema pulmonar, etc
 - Atrito pleural: ocorre na inspiração e/ou expiração; ouve-se melhor na região inferior e posterior do tórax; observa-se na inflamação, neoplasia ou derrame pleural extenso.
	Principais características dos estertores (modificado de Bohadana).
	Tipos	
	Fases do ciclo respiratório
	Efeito da tosse
	Efeito da posição do paciente
	Áreas em que predominam
	Estertores finos
	Final da inspiração
	Não se alteram
	Modificam-se ou são abolidos
	Bases pulmonares
	Estertores grossos
	Início da inspiração e toda a expiração
	Alteram-se
	Não se modificam
	Todas as áreas do tórax
• Som vocal: ausculta da transmissão da voz no tórax; paciente fala “trinta e três” normalmente e cochichando; o som produzido é chamado de ressonância vocal
 - Normal: é não distinguir sílabas, som fica abafado
 - Anormal: se for redução, indica aumento da aeração; indicativo de enfisema pulmonar e pneumotórax; o aumento (broncofonia) da nitidez pode ser da falada (fônica) e da cochichada (afônica); na egofonia ocorre uma mudança na qualidade da voz, fica anasalada; pede-se ao paciente falar a silaba “i” repetidamente e ausculta-se a vogal “e”; presente na região superior dos derrames pleurais.
SÍNTROMES BRONCOPULMONARES E PLEURAIS
ASMA: taquipneia; tiragem; diminuição do frêmito toracovocal, murmúrio vesicular e expansibilidade; presença de sibilos e roncos, além de hiperressonância;
DPOC: tórax em tonel; taquipneia; diminuição do frêmito toracovocal, murmúrio vesicular, ressonância vocal e expansibilidade; presença de roncos, sibilos e estertores; além de hiperressonância;
PNEUMOTÓRAX: tiragem; dispneia; diminuição do frêmito toracovocal, murmúrio vesicular, ressonância vocal e expansibilidade; além de hiperressonância;
PNEUMONIA: aumento do frêmito toracovocal e da ressonância vocal; diminuição do murmúrio vesicular e expansibilidade; presença de macicez ao invés do claro pulmonar, sopros brônquicos e estertores finos.

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