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Índice Analítico 
 
Capítulo 1 - Introdução 
1.1 - CNC - Máquinas Ferramentas com Comando Numérico Computadorizado 
Capítulo 2- Coordenadas Cartesíanas 
Capítulo 3 - Sistema de Coordenadas 
3.1 - Coordenadas absolutas 
3.2 - Coordenadas incrementais 
Capítulo 4 - Introdução à Programação 
4.1 - Sistema ISO de programação, linguagem G 
4.2 - Estrutura de linguagem 
Capítulo 5- Funções Preparatórias 
5.1 - Comando MACH 
5.2 - Comando FANUC 
5.3 - Comando MITSUBISHI (TX - 8) 
5.4 - Comando SIEMENS 
5.5 - Comando MCS 
5.6 - Funções especiais 
5.7 - Estrutura do torno CNC 
Capítulo 6- Definição das Funções Preparatórias 
6.1 - G00 Avanço rápido 
6.1.1 - Comando MACH 
6.1.2 - Comando FANUC 
6.1.3 - Comando MITSUBISHI 
6.1.4 - Comando SIEMENS 
6.1.5 - Comando MCS 
6.2 – G0l interpolação linear 
6.2.1 - Comando MACH 
6.2.2 - Comando FANUC 
6.2.3 - Comando MITSUBISHI 
6.2.3.1 - Funções C ou D (chanfro) e R (arredondamento) 
6.2.4 - Comando SIEMENS 
6.2.5 - Comando MCS 
6.3 - G02 e G03 interpolação circular nos sentidos horário e anti-horário 
6.3.1 - Comando MACH 
6.3.2 - Comando FANUC 
6.3.3 - Comando MITSLJBISHI 
6.3.4 - Comando SIEMENS 
6.3.5 - Comando MCS 
6.4 - G04 tempo de permanência ou espera 
6.5 - G09/G73 interpolação linear ponto a ponto ou paradas precisas 
Capítulo 7-Introdução à Trigonometria 
7.1 - Teorema de Pitágoras 
7.2 - Fórmulas Básicas 
7.2.1 - Cateto oposto 
7.2.2 - Hipotenusa 
7.3 - Exemplos de aplicações 
Capítulo 8- Definição do Sistema de Medidas 
8.1 - Programação em diâmetro ou em raio 
8.2 - Programação em absoluto ou incremental 
8.3 - Programação em milímetros ou polegadas 
Capítulo 9- Compensação de Raio de Corte (CRC) 
9.1 - Comando MACH 
9.2 - Comando FANUC 
9.3 - Comando MITSUBISHI 
9.4 - Comando SIEMENS 
9.5 - Comando MCS 
Capítulo 10-Informações Tecnológicas para Programação 
10.1 - Parâmetros de corte 
10.1.1 - Fórmulas 
10.1.2 - G92 - Limite de rotação 
10.1.3- F-Avanço 
10.1.4 - G94 - Avanço em milímetros ou polegadas por minuto 
10.1.5 - G95 - Avanço em milímetros ou polegadas por rotação 
10.1.6 - G96 - Velocidade de corte constante (VCC) 
10.1.7 - Tabela com os valores da velocidade de corte e avanço 
10.1.8 - G97 - Rotação fixa 
10.1.9-FunçãoT 
Capítulo 11 - Estruturas de Programação 
11.1 - Itens e dicas necessárias para a execução de um programa 
11.2 - Tipos de função 
11.3 - Pontos de troca 
11.4 - Escalas de transmissão para engrenamento 
11.5 - Funções de ponto zero 
Capítulo 12- Cabeçalho 
12.1 - Comando MACH 
12.2 - Comando FANUC 
12.3 - Comando MITSUBISHI 
12.4 - Comando SIEMENS 
12.5 - Comando MCS 210 
12.5.1 - Comando MCS (série 500) 
12.6 - Ciclos fixos 
Capítulo 13- Comando MACH 
13.1 - G74 - Ciclo de torneamento e furação com descarga de cavacos 
13.1.1 - Furação com descarga de cavacos 
13.1.2 - Torneamento (desbaste de perfil simples) 
13.2 - G75 - Ciclo de faceamento e canais 
13.2.1- Faceamento 
13.2.2-Canais 
13.3 - G66 - Ciclo automático de desbaste longitudinal 
13.4 - G67 - Ciclo automático de desbaste transversal 
13.5 - Exemplo: programa completo com duas ferramentas 
13.6 - G83 - Ciclo automático de furação com quebra cavaco 
13.7 - Ciclos fixos de roscamento 
13.7.1 - Fórmulas e cálculos 
13.7.2 - G33 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
13.7.3 - G37 - Ciclo de roscamento automático 
13.7.4 - Roscas cônicas 
13.7.5 - G76 - Ciclo de roscamento automático 
Capítulo 14- Comando FANUC. 
14.1 - G74 - Ciclo de torneamento e furação com descarga de cavacos 
14.1.1 - Furação com descarga de cavacos 
14.1.2 - Torneamento (desbaste de perfis simples) 
14.2 - G75 - Ciclo de faceamento e canais 
14.2.1 - Faceamento 
14.2.2 - Canais 
14.3 - G71 - Ciclo automático de desbaste longitudinal 
14.4 - G72 - Ciclo automático de desbaste transversal 
14.5 - G83 - Ciclo fixo de furação 
14.6 - Ciclos fixos de roscamento 
14.6.1 - G33 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
14.6.2 - G76 - Ciclo de roscamento automático 
14.6.3 - Roscas cônicas 
14.6.4 - G78 - Ciclo de roscamento semi-automático 
14.6.5 - G84 - Ciclo de roscamento com macho 
Capítulo 15- Comando MITSUBISHI 
15.1 - G74 - Ciclo de torneamento e furação com descarga de cavacos 
15.1.1 - Furação com descarga de cavacos 
15.1.2 - Torneamento (desbaste de perfis simples) 
15.2 - G75 - Ciclo de faceamento e canais 
15.2.1 -Faceamento 
15.2.2 - Canais 
15.3 - G71 - Ciclo automático de desbaste longitudinal 
15.4 - G72 - Ciclo automático de desbaste transversal 
15.5 - G83 - Ciclo fixo de furação profunda 
15.6 - Ciclos fixos de roscamento 
15.6.1 - G33 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
15.6.2 - G76 ou G86 - Ciclos de roscamento automático 
15.6.3 - Roscas cônicas 
15.6.4 - G82 - Ciclo de roscamento com macho 
Capítulo 16- Comando SIEMENS 
16.1 - CYCLE 93 - Usinagem de canais 
16.2 - CYCLE 95 ciclo de desbaste 
16.2.1 - Desbaste longitudinal, exemplos de programação 
16.2.2 - Desbaste transversal 
16.3 - Exemplo completo de programação 
16.4 - CYCLE 83 ciclo de furação profunda 
16.5 - Ciclos fixos de roscamentos 
16.5.1 - G33 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
16.6 - CYCLE 97 ciclo de roscamento 
16.7 - Roscas cônicas 
16.8 - G63 - Ciclo de roscamento com macho 
Capítulo 17- Comando MCS (Linguagem Heidenhain) 
17.1 - Ciclo O reset interno 
17.2 - Ciclo 1 tempo de espera 
17.3 - Ciclo 3 funções auxiliares 
17.4 - Número Label 
17.5 - Ciclos fixos e sub-rotinas 
17.5.1 - Sub-rotina para desbaste 
17.6 - Ciclo 24 desbaste longitudinal 
17.7 - Ciclo 34 desbaste transversal 
17.8 - Ciclo 22 usinagem de canais 
17.9 - CYC CALL 23 ciclo de furação profunda 
17.10 - Ciclos fixos de roscamentos 
17.10.1 - CYC CALL 03 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
17. 10.2 - CYC CALL 33-Ciclo de roscamento automático 
17.10.3 - Roscas cônicas 
Capítulo 18- Exemplos Completos de Programação 
18.1 - Processo de programação número 1 
18.1.1 - Programação MACH 
18.1.2 - Programação FANUC 
18.1.3 - Programação MITSUBISHI 
18.1.4 - Programação SIEMENS 
18.1.5 - Programação MCS 
18.2 - Processo de programação número 2 
18.2.1 - Programação MACH 
18.2.2 - Programação FANUC 
18.2.3 - Programação MITSUBISHI 
18.2.4 - Programação SIEMENS 
18.2.5 - Programação MCS 
18.3 - Processo de programação número 3 
18.3.1 - Programação MACH 
18.3.2 - Programação FANUC 
18.3.3 - Programação MITSUBISHI 
18.3.4 - Programação SIEMENS 
18.3.5 - Programação MCS 
18.4 - Segunda operação 
18.4.1 - Programação MACH 
18.4.2 - Programação FANUC 
18.4.3 - Programação MITSUBISHJ 
18.4.4 - Programação SIEMENS 
18.4.5 - Programação MCS 
Capítulo 19 - Ferramentas Utilizadas em Tomo CNC 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
1.1 - CNC - Máquinas Ferramentas com Comando Numérico Computadorizado. 
 
A indústria tem procurado trabalhar de forma cada vez mais prática, buscando 
eficiência e economia no dia-a-dia, principalmente no que se refere à usinagem dos 
materiais. 
Nesta obra conheceremos a linguagem de programação CNC, abordando os 
comandos mais usados no mercado com exemplos aplicativos e definição dos códigos, 
de forma que quem já atua no segmento de metalmecânica com máquinas CNC se 
familiarize com outros comandos, podendo identificar as suasparticularidades, pois 
existem vários fabricantes no mercado. 
Este livro tem como objetivo oferecer uma formação à programação de 
máquinas CNC no campo de torneamento, atendendo, de um modo geral, a todo 
profissional que atua na área de metalmecânica, desenho e processos de usinagem. O 
conteúdo é apresentado de uma forma bem didática para uma eficiente assimilação por 
parte do usuário ou estudante. 
Vamos começar do zero, isto é, o princípio de um processo de programação, 
dando oportunidade para quem ainda não entrou neste campo de trabalho, mas tem 
como objetivo acompanhar todo esse processo de avanço tecnológico e se preparar para 
o futuro profissional e um mercado de trabalho que está crescendo muito nestes últimos 
anos. 
 
Coordenadas Cartesianas 
 
Todas as máquinas ferramentas CNC são comandadas por um sistema de 
coordenadas cartesianas na elaboração de qualquer perfil geométrico. 
São duas retas que se cruzam em um ponto qualquer do espaço, dando origem a 
um sistema de coordenadas, cujo ponto de cruzamento é o inicio de todo o processo. 
 
Exemplo: 
 
 
O plano formado pelo cruzamento de uma linha paralela ao movimento 
transversal (eixo X) com uma linha paralela ao movimento longitudinal (eixo Z) define 
um sistema de coordenadas. 
 
Exemplo: 
 
 
Sistema de Coordenadas 
 
Coordenadas são todos os pontos relacionados com a geometria do desenho que 
orientam o programador na elaboração dos programas CNC. 
Neste livro serão apresentadas diversas formas de sistemas de coordenadas que 
podem ser utilizados na programação de máquinas CNC, exclusivamente sobre 
torneamento. Então vamos conhecer o TORNO CNC. 
 
 
 
Nos tornos temos dois eixos de avanço X (eixo transversal) e Z (eixo 
longitudinal) que compõe um carro cruz no qual está montado o suporte de ferramentas. 
Com esses eixos é obtido cada contorno desejado de uma peça. Além dos eixos de 
avanço também temos o eixo árvore principal. 
X - eixo transversal é relacionado no torno CNC com as coordenadas de 
diâmetros e já tem um ponto de referência definido que coincide com a linha de centro 
do eixo árvore principal da máquina que se denominará XO. 
Z - eixo longitudinal é relacionado no torno CNC com as coordenadas de 
comprimento e terá um ponto de referência que poderá ser estabelecido em qualquer 
lugar de acordo com o programador dentro da área de trabalho da máquina. Deve-se 
procurar sempre um ponto de referência em que a programação seja fácil, rápida e 
objetiva, ao qual daremos o nome de ponto zero peça. 
Eixo árvore principal nele serão estabelecidas rotações e também a fixação das 
peças a serem usinadas por meio de placas com duas, três ou quatro castanhas, pinças 
ou dispositivos especiais. 
 
 
 
A princípio, trabalharemos com duas definições de ponto zero da peça, como no 
exemplo seguinte: 
 
 
 
No sistema de programação CNC é possível utilizar dois tipos diferentes de 
coordenadas sem alterar a geometria da peça. Temos então: 
 
• Coordenadas absolutas 
• Coordenadas incrementais 
 
3.1 - Coordenadas absolutas 
 
São as que se relacionam sempre com um ponto de referência (ponto zero peça) 
fixo no desenho, e podem ser chamadas também de medidas de referência ou medidas 
reais. 
 
Lembrando sempre que X corresponde ao diâmetro e Z corresponde ao 
comprimento. 
Nota-se nos exemplos anteriores que, independente de onde o ponto zero esteja 
sendo definido, os valores dos diâmetros não se alteram enquanto os deslocamentos em 
Z mudam completamente, ou seja, com o ponto zero na frente as coordenadas são todas 
negativas e a tendência é o afastamento dele. Já com o ponto zero atrás as coordenadas 
são positivas e se aproximam do ponto zero. 
 
3.2 - Coordenadas incrementais 
 
Com este sistema cada medida introduzida refere-se sempre a um 
posicionamento anterior, então teremos sempre medidas de distância entre dois pontos 
próximos. 
Neste processo deve-se levar em consideração somente o movimento a ser 
executado.O sistema incremental não é muito comum de ser usado, mas é possível 
aplicá-lo em pequenas operações dentro de um programa. 
 
Exemplo: 
 
Obs: 
As coordenadas em X são definidas em diâmetro, aplicando a diferença entre 
eles, ou seja, o próximo deslocamento menos o anterior, ou então em raio, isto é, a 
diferença dividida por dois. 
Introdução à Programação 
 
Neste capítulo apresentaremos todas as funções preparatórias e auxiliares dentro 
do sistema ISO (International Systen Organization) de programação CNC, e também 
falaremos sobre o sistema HEIDENHAIN utilizado pela MCS. Veremos ainda os tipos 
de comando mais utilizados no mercado com exemplos de programação, que com 
certeza serão úteis tanto para o aprendizado como para uma simples consulta. 
Os comandos sobre os quais falaremos dentro da linguagem ISO e usuários são 
os seguintes: 
* Comandos 
• FANUC 
• MITSUBISHI 
• MACH 
• SIEMENS 
• MCS 
 
Usuários: 
Ergomat, Index, Traub, Romi e vários outros fabricantes de máquinas CNC. 
 
4.1 - Sistema ISO de programação, linguagem G 
 
Quando falamos de ISO, lembramos de algo padronizado e dentro de normas 
específicas, e cada segmento tem as suas regras. A linguagem G foi adotada pelo 
sistema como um padrão a ser usado pelos fabricantes de comandos, com algumas 
normas rígidas, dando a eles liberdade para a criação de recursos próprios, mantendo as 
funções básicas e universais, funções que não podem ser definidas de maneiras 
diferentes e que tenham a mesma finalidade em todos os comandos. A possibilidade de 
serem diferentes dentro de um mesmo sistema aumentou a criatividade entre os 
fabricantes, dessa forma, alguns comandos oferecem mais recursos que outros. 
A seguir, falaremos sobre funções preparatórias de acordo com os comandos 
FANUC, MITSUBISHI, MACH, SIEMENS e MCS, podendo então analisar algumas 
diferenças entre eles, os recursos que podem ser usados por cada um e o processo de 
montagem dos programas para cada caso com dicas importantes na hora de programar. 
 
Nota: 
Lembre-se sempre que um bom programa depende de um bom processo, levando 
sempre em consideração a ordem de operações e de ferramental, e é claro a criatividade 
do programador. 
 
4.2 - Estrutura de linguagem 
 
Programas CN - é uma maneira que o homem criou para se comunicar com a 
máquina por meio de códigos, a transformação de um desenho ou peça em números e 
letras e que não são nada mais nada menos que pura matemática. 
O programa CN é caracterizado por uma seqüência de sentenças que são 
memorizadas pelo comando e executadas na usinagem uma após a outra. 
Vamos conhecer a estrutura do programa: 
• Bloco de dados ou sentenças: é constituído por caracteres, ou seja, letras de 
endereçamento e algarismos, palavras que juntas têm o objetivo de informar ao 
comando as operações que devem ser executadas. 
• Caracteres - é um número, letra, espaço, ponto ou qualquer outro símbolo que 
signifique algo para o comando. 
Exemplo: A, T, Z, -, etc. 
• Letras de endereçamentos - são instruções alfabéticas passadas para o comando que, 
por sua vez, podem executar um movimento ou simplesmente assumir uma nova 
função. 
Exemplo: G, X, O, B, 1, K, etc. 
• Palavras - é constituída por uma letra seguida por um valor numérico. Dependendo da 
letra, o valor numérico terá que ser específico. 
Exemplo: G00, G0l, G66, Z55, X20, K.5, etc. 
 
Funções Preparatórias 
 
A princípio, vamos listar as funções preparatórias e funções auxiliares de todos 
os comandos citados neste livro para então podermos defini-las uma a uma e verificar as 
diferenças com exemplos aplicativos. 
As funções auxiliares consideradas básicas têm a mesma definição para todos os 
comandos. São funções essenciais para o funcionamento do programa. 
Os fabricantes de máquinas CNC podem usar funções auxiliaresopcionais para 
ativar e desativar dispositivos ou acessórios implantados nas máquinas. 
Ao programarmos uma função auxiliar em um bloco junto com uma função 
preparatória que defina algum tipo de movimento, o comando CNC executa primeiro a 
função auxiliar. 
Em alguns comandos podemos programar até três funções auxiliares em uma 
única sentença. 
As listagens terão a seguinte ordem: 
 
5.1 - Comando MACH 
5.2 - Comando FANUC 
5.3 - Comando MITSUBISHI 
5.4 - Comando SIEMENS 
5.5 - Comando MCS 
 
5.1 - Comando MACH 
 
G00 - Avanço rápido 
G0l - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular no sentido horário 
G03 - Interpolação circular no sentido anti-horário 
G04 - Tempo de permanência 
G20 - Programação em diâmetro 
G21 - Programação em raio 
G33 - Ciclo de roscamento sentença por sentença 
G37 - Ciclo de roscamento automático 
G40 - Cancela compensação de raio 
G41 - Ativa compensação de raio à esquerda 
G42 - Ativa compensação de raio à direita 
G54 - Primeira referencia para coordenada de trabalho 
G55 - Segunda referencia para coordenada de trabalho 
G66 - Ciclo automático de desbaste longitudinal 
G67 - Ciclo automático de desbaste transversal 
G68 - Ciclo automático de desbaste paralelo ao perfil 
G70 - Programação em polegadas 
G71 - Programação em milímetros 
G73 - Interpolação linear ponto a ponto (cantos vivos) 
G74 - Ciclo de torneamento e furação 
G75 - Ciclo de faceamento 
G76 - Ciclo automático de roscamento 
G80 - Cancela ciclo automático de furação 
G83 - Ciclo automático de furação com quebra de cavacos 
G90 - Coordenadas absolutas 
G91 - Coordenadas incrementais 
G92 - Estabelecem do sistema de coordenadas e limite de rotação 
G94 - Avanço em polegadas/minuto ou milímetros/minuto 
G95 - Avanço em polegadas/rotação ou milímetros/rotação (mais usado) 
G96 - Velocidade de corte constante 
G97 - Rotação constante 
G99 - Reset da memória 
 
Funções auxiliares básicas 
 
M00 - Parada do programa 
M01 - Parada opcional do programa 
M02 - Fim de programa 
M03 - Rotação no sentido horário 
M04 - Rotação no sentido anti-horário 
M05 - Parada do fuso 
M08 - Liga refrigerante de corte 
M09 - Desliga refrigerante de corte 
M30 - Final de programa 
 
Funções auxiliares MACH 
 
M06 - Troca de ferramenta 
Ml 1 - Gama de rotação baixa 
M12 - Gama de rotação alta 
M24 - Abrir placa 
M25 - Fechar placa 
M26 - Recuar contra ponto 
M27 — Avançar contra ponto 
M36 - Abrir porta automática 
M37 - Fechar porta automática 
M50 - Ativar leitor de posição de ferramenta M5 1 - Desativar leitor (tool eye) 
 
5.2 - Comando FANUC GOO - Avanço rápido 
 
G0l - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular no sentido horário 
G03 - Interpolação circular no sentido anti-horário 
G04 - Tempo de permanência 
G20 - Programação em polegadas 
G21 - Programação em milímetro 
G28 - Deslocamento até o ponto de referência 
G33 - Ciclo de roscamento passo a passo 
G40 - Cancela compensação de raio de corte 
G41 - Ativa compensação de raio de corte à esquerda 
G42 - Ativa compensação de raio de corte à direita 
G53 à G59 - Seleção do sistema de coordenadas G63 - Zeramento de ferramentas com 
leitor de posição 
G70 - Ciclo de acabamento 
G7 1 - Ciclo de desbaste longitudinal 
G72 - Ciclo de desbaste transversal 
G73 - Ciclo de desbaste paralelo ao perfil 
G74 - Ciclo de torneamento e furação 
G75 - Ciclo de faceamento e canais 
G76 - Ciclo de roscamento automático 
G77 - Ciclo de torneamento paralelo e cônico 
G78 - Ciclo de roscamento semi-automático 
G79 - Ciclo de faceamento paralelo e cônico 
G80 - Cancela ciclo de furação 
G83 - Ciclo de furação 
G84 - Ciclo de roscamento com macho 
G90 - Coordenadas absolutas 
G91 - Coordenadas incrementais 
G92 - Limite de rotação 
G94 - Estabelece avanço em milímetros por minuto 
G95 - Estabelece avanço em milímetros por rotação 
G96 - Velocidade de corte constante 
G97 - Rotação 
 
Funções auxiliares FANUC 
 
M20 - Aciona alimentador de barras 
M21 - Parar aumentador de barras 
M24 - Placa travada 
M25 - Placa destravada 
M38 - Avança aparador de peças 
M39 - Retrai aparador de peças 
M40 - Ativa modo de fixação interna da placa 
M41 - Ativa modo de fixação externa da placa 
M49 - Troca de barras 
 
5.3 - Comando MITSUBISHI (TX -8) 
 
G00 - Avanço rápido 
G0l - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular no sentido horário 
G03 - Interpolação circular no sentido anti-horário 
G04 - Tempo de espera 
G09 - Interpolação linear ponto a ponto (cantos vivos) 
G20 - Programação em polegadas 
G21 - Programação em milímetros 
G22 - Chamada de subprograma 
G24 - Ponto de troca com deslocamento só em X 
G25 - Ponto de troca com deslocamento só em Z 
G26 - Ponto de troca com deslocamento X e Z 
G27 - Ponto de troca com deslocamento Z e X 
G28 - Deslocamento até ponto de referência 
G33 - Corte de rosca sentença por sentença 
G40 - Cancela compensação de raio 
G46 - Ativa compensação de raio completa 
G54 à G59 - Deslocamentos do ponto zero peça 
G71 - Ciclo de desbaste longitudinal 
G72 - Ciclo de desbaste transversal 
G73 - Ciclo de desbaste paralelo ao contorno 
G74 - Ciclo de desbaste com corte interrompido, longitudinal 
G75 - Ciclo de desbaste com corte interrompido, transversal 
G76 - Ciclo de pentear roscas longitudinal 
G82 - Ciclo para rosquear (macho, cossinete) 
G83 - Ciclo de furação profunda 
G88 - Ativar contorno em declive, descendentes ou ascendentes 
G89 - Desativa função G88 
G90 - Coordenadas absolutas 
G91 - Coordenadas incrementais 
G92 - Limite de rotação 
G94 - Avanço em milímetros por minuto 
G95 - Avanço em milímetros por rotação 
G96 - Velocidade de corte constante G97 - Rotação 
 
Funções awdliares MITSUBISHI 
 
M06 - Ferramenta adicional 
M10 - Fechar placa ou pinça 
M1l - Abrir placa ou pinça 
M19 - Posicionar árvore principal 
M20 - Ativar medição 
M40 - Engrenamento 1 
M41 - Engrenamento 2 
M42 - Engrenamento 3 
M43 - Engrenamento 4 
M92 Ligar transportador de cavacos 
M93 - Desligar transportador de cavacos 
 
5.4 - Comando SIEMENS 
 
G00 - Avanço rápido 
G0l - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular no sentido horário 
G03 - Interpolação circular no sentido anti-horário 
G04 - Tempo de demora 
G09 - Paradas precisas 
G22 - Coordenadas em raio 
G23 - Coordenadas em diâmetro 
G25 - Limite inferior de rotação 
G26 - Limite superior de rotação 
G33 - Interpolação de roscas com passo constante(passo a passo> 
G40 - Desliga correção do raio da ferramenta 
G41 - Correção do raio da ferramenta à esquerda do contorno 
G42 - Correção do raio da ferramenta à direita do contorno 
G54 a G57 - Deslocamentos ajustáveis de ponto zero 
G70 - Dimensões em polegada 
G71 - Dimensões em milímetro 
G90 - Coordenadas absolutas 
G91 - Coordenadas incrementais 
G94 - Avanço em milímetros por minuto ou graus por minuto 
G95 - Avanço em milímetros por rotação ou polegadas por rotação 
G96 - Velocidade de corte constante 
G97 - Rotação constante (cancela G96) 
 
 
 
Funções auxiliares SIEMENS 
 
M10 - Acionar freio 
M11 - Desacionar freio 
M12 - Desacionar pino de trava do fuso 
M22 - Avançar mangote 
M23 - Recuar mangote 
M64 - Fechar luneta 
M65 - Abrir luneta 
M68 - Fechar placa ou pinça 
M69 - Abrir placa ou pinça 
 
5.5 - Comando MCS 
 
Neste comando a linguagem de programação é bem diferente do que vimos até 
agora. Não será usado o código G, mas sim funções de posicionamentos as quais 
veremos em seguida, lembrando que o sistema de coordenadas cartesianas continua 
sendo o mesmo. 
 
POS - Posicionamento simples, quando o deslocamento é em apenas um eixo X ou Z. 
POS L - Posicionamento linear, quando o deslocamento é nos dois eixos X e Z. 
POL - Coordenadas do centro do arco em X e Z 
POS C H - Coordenadas finais do arco no sentido horário 
POS C AH - Coordenadas finais do arco no sentido anti-horárioRND - Comando para inserção de raio 
CHF - Comando para inserção de chanfro 
LABEL SET - Início de sub-rotina (LBS ST) 
LABEL CALL - Chamada de sub-rotina (LBC CL) 
LABEL SET O - Final de sub-rotina (LBS ST 0) 
CICLO 0 - Reset interno (CYC CL 0) 
CICLO 1 - Tempo de espera (CYC CL 1) 
CICLO 2 - Funções auxiliares (CYC CL 2) 
CICLO 3 - Roscamento passada por passada (CYC CL 3) 
CICLO 4 - Mudança do sistema de coordenadas (CYC CL 4) 
CICLO 6 - Salto incondicional (CYC CL 6) 
CICLO 33 - Roscamento automático (CYC CL 33) 
 
Funções auxiliares heídenhaín (MCS) 
 
M13 - Liga placa sentido horário e fluido de corte 
M14 - Liga placa sentido anti-horário e fluido de corte 
M37 - Gama de rotação baixa 
M38 - Gama de rotação média 
M39 - Gama de rotação alta 
M40 - Recua contra-ponto 
M41 - Avança contra-ponto 
M46 - Abre placa 
M47 - Fecha placa 
M58 - Velocidade de corte constante 
M59 - Rotação constante 
M90 - Desativa compensação de raio 
M91 - Ativa compensação de raio à direita 
M92 - Ativa compensação de raio à esquerda M97 - Parada precisa 
 
Obs: As funções que estão realçadas têm as mesmas finalidades de algumas funções G 
da linguagem ISO. São informações tecnolágicas importantes no conteúdo do programa, 
mesmo tendo um formato auxiliar. 
 
5.6 - Funções especiais 
 
Obs: Os números de sentenças podem ser colocados da seguinte forma: 
 
N05, N10, N15, N20, ... 
N10, N20, N30, N40, ... 
 
Os números seqüenciais devem ser colocados de forma que seja possível fazer 
inserções de sentenças sem repetições, como nos exemplos anteriores. Então deve-se 
evitar a seqüência sem intervalos, como Ni, N2, N3, N4.... 
A numeração é colocada a critério do programador, e em alguns comandos o 
processo é automático. A função N não tem nenhum efeito tecnológico, mas é 
importante em termos de organização do programa e possíveis chamadas repetitivas. 
 
Exemplos aplicativos: 
 
 
 
Em seguida, vamos definir todas as funções preparatórias, mas já deu para notar 
que algumas delas têm o mesmo significado, isto é, não podem ser mudadas porque são 
funções básicas do sistema ISO de programação. Conheceremos também a linguagem 
HEIDENHAIN. 
 
5.7 - Estrutura do torno CNC 
 
De concepção robusta e projetada para ambientes de alta produção, oferece 
rigidez e estabilidade para usinagem pesada. Os conjuntos são apoiados em uma base 
monobloco concebida para absorver vibrações. 
Mesa e carro transversal, inclinados em 35°, propiciam melhor escoamento de 
cavacos, evitando o seu acúmulo, garantindo estabilidade térmica ao longo de extensos 
períodos de usinagem, Conseqüentemente, peças de maior precisão geométrica são 
obtidas. 
 
Base do Galaxy 30 by Romi 
 
 
Definição das Funções Preparatórias 
 
6.1 – G00 Avanço rápido 
 
Usada normalmente para aproximações ou recuos das ferramentas, esta função 
tem avanço próprio, podendo atingir os limites dos eixos da máquina que podem ser 
também controlados pelo potenciômetro de avanço do comando. Pode-se dizer que esta 
função gera movimentos improdutivos dentro do processo de usinagem. Ela é básica, 
mas existem algumas particularidades. Observar a figura 6.1. 
 
 
6.1.1 - Comando MACH 
 
 
 
Obs: No comando MACH todas as coordenadas devem ser programadas com ponto 
decimal mesmo nas medidas inteiras. 
 
Exemplo: 
X35 - sem o ponto decimal o comando interpreta como diâmetro de 0,0035, podendo 
haver riscos de colisão. Isso vale para todos os tipos de coordenadas no comando 
MACH. 
X35. - com o ponto decimal o comando considera como diâmetro real de 35 mm. 
X350000 - sem o ponto, mas com quatro casas decimais à mais, o que aumentaria o 
número de caracteres por programa. 
 
6.1.2 - Comando FANUC 
 
G00 X35. Z2.; posicionamento rápido # 
As definições são iguais, exceto que não existe a obrigatoriedade do ponto decimal. 
 
6.1.3 - Comando MITSUBISHI 
 
 
As definições X e Z não mudam, mas também podemos trabalhar com 
coordenadas mistas, isto é, absolutas e incrementais usando os endereçamentos U e W, 
ou seja, U em relação a X e W em relação a Z, visto que um substitui o outro na 
digitação, não havendo necessidade de ativar a função G90 ou G9L 
 
6.1.4 - Comando SIEMENS 
 
G00 X35. Z2. M; 
Observamos então que a função G00 não muda, e mesmo os comandos sendo 
diferentes, o objetivo também é o mesmo; basta informar as coordenadas de 
posicionamento. 
 
6.1.5 - Comando MCS 
 
Neste comando, em especial a letra F define além dos avanços de usinagem 
também o avanço rápido, isto é, F0=avanço rápido. 
Obs: Nunca se deve programar G00 enquanto a ferramenta estiver em contato com o 
material, ou seja, em processo de usinagem. 
 
6.2 – G0l interpolação linear 
 
Esta função, ao contrário da que nós vimos anteriormente, é usada para execução 
de avanços lentos, isto é, avanços de usinagem programados de acordo com as 
necessidades pelo programador, levando-se em consideração vários outros fatores, 
como ferramentas e material a ser usinado. Esta função executa movimentos retilíneos, 
ou seja, linhas retas, ângulos e até com a inserção de raios e chanfros. 
 
 
Obs: Os exemplos de programação que veremos em seguida serão relacionados à figura 6.2. 
 
6.2.1 - Comando MACH 
 
G0l X Z F # 
Endereços: 
 
Exemplos de programação: com auxílio da função G00 
Deslocamento simples (figura 6.2a) 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; (aproximar em avanço rápido X35mm e Z2 e ligar fluido de 
corte)# 
N20 G0l Z-30. F.15; deslocar para o comprimento de 3Oinm com avanço de .l5mm / 
rotação# 
 
Incremental 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; aproximar em avanço rápido X35rnm e Z2 e ligar o fluido de 
corte. 
N20 G9l; ativar sistema de coordenadas incrementais# 
N30 Gl Z-32. F.15; deslocar 32xnm em Z a partir do posicionamento inicial (Z2.) # 
N40 G90; desativar sistema de coordenadas incrernentais # 
 
Deslocamentos possíveis com ângulo (figura 6. 2b) 
 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M08# 
N20 G0l Z-30. F.15# 
N30 G0l X52.32 Z-45.# 
 
Incremental 
 
N10 G00 X35. Z2. M08# 
N20 G91.# 
N30 G1 Z-32. F.15# 
N30 G0l Xl7.32 Z-l5.; aplicar a diferença entre os diâmetros (52.32 - 35 = 17.32) em X. 
N40 G90# 
 
Para ativar o sistema incrementa!, teremos que programar a função G91 antes dos 
movimentos e desativar após término do perfil. 
 
Obs: Lembrar sempre do ponto decimal no comando MACH. 
 
6.2.2 - Comando FANUC 
 
G01XZCRF; 
 
Endereços: 
 
Exemplo de programação: com auxílio da função G00 
 
Deslocamento simples 
 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M8; 
N20 G0l Z-30. F.15; 
 
 
Incremental 
 
Nl0 G00 X35.; 
N20 G91; 
N30 Gl Z-32. F.15ç 
N40 G90; 
 
 
 
Deslocamentos possíveis com ângulos 
 
Absoluto 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G0l Z-30. F.l5; 
N30 G0l X52.32 Z-45. 
 
 
 
Incremental 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G91; 
N30 G0l Z-32. F.15; 
N40 G0l Xl7.32 Z-15.; 
N50 G90; 
 
Funções C+ ou C- (chanfro) e R+ ou R- (arredondamento) 
 
Para executar este tipo de comando, será preciso um movimento posterior, uma 
seqüência do movimento para que se saiba a direção do chanfro ou o arredondamento. 
 
Exemplo de programação: 
 
Programa: 
 
N l0 G00 X0 Z2. M8;aproximação rápida 
N20 G0l Z0 F.l5;encostar na face com avanço de .l5inm / rotação 
N30 G0l X20. C-2.; facear com inserção de chanfro até diâmetro de 20 mm 
N40 G0l Z-l5. R2.; deslocamento longitudinal com raio 
N50 G0l X30. C-2; facear com inserção de chanfro até diâmetro de 30 mm 
N60 G0l Z-28. C2.; deslocamento longitudinal com chanfro 
N70 G0l X40. R-2.; facear com inserção de raio até diâmetro de 20 mm 
N80 G0l Z-40.; (pós-movimento obrigatório) 
 
Obs: Sem um pós-movimento, ou seja, um deslocamento loqo após a inserção, o 
comando não executa a sentença anterior. O deslocamento pode ser no mínimo duas 
vezes o raio da ponta do inserto, e isso valepara todos os comandos que usam este 
sistema. 
 
 
 
6.2.3 - Comando MITSUBISHI 
 
G0l X/U Z/W A C R F S M; 
Endereços: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As definições também não se alteram, além de ser possível programar medidas 
mistas (absolutas e incrementais). 
 
Exemplos de programação: com auxílio da função G00 
 
Deslocamento simples (figura 6.2a) 
 
Absoluto 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; (aproximar e ligar líquido refrigerante) 
N20 G0l Z-30. F.15 ;(deslocamento longitudinal até 30mm) 
 
Incremental 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G0l W-32. F.15; 
 
Deslocamentos possíveis com ângulo (figura 6.2b) 
 
 
Para este tipo de programação teremos um sistema de coordenada angular que 
vai de 0º a 360° em uma circunferência completa. Como notamos, este sistema é 
semelhante às coordenadas cartesianas; só os valores que passam a ser em graus, como 
no desenho em que temos um ângulo de 30°. Sendo assim, para atingir o objetivo, 
temos que colocar o sistema de coordenadas no início do deslocamento angular, como 
mostra a figura, e verificar o valor do ângulo, levando se em consideração que a nossa 
referência no exemplo é 180°, então (180 - 30 = 150). 
 
X e Z e A 
 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; (aproximação sempre fora da área de usinagem) 
N20 G0l Z-30. F.15; (deslocnento longitudinal) 
N30 G0l X52.32 Z-45.;(deslocarnento simples por meio de coordenadas nos dois eixos) 
ou 
N30 G0l X52.32 A150.; (deslocar com coordenada angular e diâmetro X conforme 
desenho) 
ou 
N30 G0l Z-45. A150.; (deslocar com coordenada angular e comprimento Z conforme 
desenho) 
 
Incremental 
 
Nl0 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G0l W-32. F.l5 
N30 G0l U8.66 W-l5. 
ou 
N40 G0l U8.66 Al50.; 
ou 
N50 G0l W—l5. A150. 
 
É possível também programar coordenadas mistas, isto é, absolutas e 
incrementais em uma mesma sentença. 
 
Exemplo: 
 
N30 Gl X52.32 W-15.;(deslocamento com X absoluto e W incrementa!) 
 
Obs: Os endereços U e W são válidos para o comando MITSUBISHI. 
 
6.2.3.1 - Funções C ou D (chanfro) e R (arredondamento) 
 
Requer os mesmos procedimentos do outro comando e as mesmas regras, lembrando 
também que existe a possibilidade de o eixo árvore da máquina ser denominado eixo C. 
Sendo assim, a função C pode ser alterada de acordo com o fabricante. No comando 
Fanuc substituir pela letra K e no comando Mitsubishi pela letra D, com as mesmas 
definições. 
 
 
 
 
Exemplo de programação: 
 
 
N10 G00 X0 Z2. M08; 
N20 G0l Z0 F.15; 
N30 G0l X15. R2.; 
N40 G0l Z-20. Rl.5 
N50 G0l X25. Cl.5.; ou D1.5. 
N60 G0l Z-35. R2. 
N70 G0l X36. C1.5; ou D1.5 
N8O G0l Z-50.; (pós movimento) 
 
Obs: Para os comandos que não possuem os recursos de inserção, deve-se programar 
ponto a ponto. 
 
6.2.4 - Comando SIEMENS 
 
G01 X Z RND CHF F; 
 
Endereços: 
 
Exemplos de programação 
 
Deslocamentos simples (figura 6.2a) 
 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G0l Z-30. F.15; 
 
 
Incremental 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G91; 
N30 G0l Z—32. F .15; 
N40 G90; 
 
 
Deslocamentos possíveis com ângulo (figura 6.2b) 
Absoluto 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G0l Z-30. F.15; 
N30 G0l X52.32 Z-45.; 
 
 
Incremental 
 
N10 G00 X35. Z2. M08; 
N20 G91; 
N30 Gl Z-32. F.15; 
N40 G0l X17.32 Z—15. 
N50 G90; 
 
Funções CHF (chanfro) e RND (arredondamento) 
 
Estas funções, mesmo sendo descritas de formas diferentes, definições das 
anteriores com o objetivo de inserir chanfros movimentos, o que é bastante comum em 
comandos CNC. 
 
Exemplos de programação 
 
6.2.5 - Comando MCS POS L X Z F; 
 
Endereços: 
 
 
Deslocamentos simples (figura 6.2a) 
 
Absoluto 
N010 POS L XA35.000 ZA2.000 F0 
M08; 
N020 POS Z-30.000 F.15; 
 
Incremental 
 
N010 POS L XA35.000 ZA2.000 F0 
M08; 
N020 POS ZI-32.000 F.15; 
Deslocamentos possíveis com ângulo 
 
Absoluto 
 
N010 POS L XA35.000 ZA2.000 F0 
N08; 
N020 POS ZA-30.000 F.15; 
N030 POS L XA52.320 Z-45. 
 
Incremental 
 
N010 POS L XA3S.000 ZA2.000 F0 
M08; 
N020 POS ZI-32.000 F.15; 
N030 POS L X117.320 ZI-15.000; 
Funções CHF (chanfro) e RND (arredondamento) 
 
Têm as mesmas definições e finalidades do comando Siemens, mudando apenas 
a linguagem de programação. Usaremos a mesma figura geométrica para exemplificar a 
programação e até poder fazer algumas comparações. 
 
Exemplo de programação: 
 
As funções CHF e RND são informadas em sentenças separadas entre os 
movimentos (figura 6.7). 
 
Obs: Caso não seja programado avanço, o comando assumirá o último valor colocado, 
lembrando que FO é avanço rápido. 
 
As sentenças de deslocamentos colocadas após as funções de inserção de 
chanfro ou arredondamento indicam em que direção eles devem ser feitos, ou seja, o 
sentido de usinagem. 
6.3 - G02 e G03 interpolação circular nos sentidos horário e 
anti-horário 
 
Estas funções são usadas para gerar arcos, ou seja, perfis circulares que vão até 
180 graus no torneamento, podendo formar uma esfera completa, sendo que sempre que 
formos executar um processo de interpolação circular, estaremos posicionados no início 
do arco. Então, basta informar para o comando as coordenadas finais e o raio. 
A instrução G02 atua no sentido dos ponteiros do relógio, isto é, sentido horário. 
A instrução G03 atua no sentido contrário aos ponteiros, isto é, sentido anti- 
horário. 
Vamos notar que há algumas particularidades entre os comandos, principalmente 
quando usamos as coordenadas do centro do arco em vez do raio. Veremos alguns 
exemplos. 
A figura geométrica apresentada em seguida será usada em todos os comandos 
como exemplo de programação, assim poderemos fazer as comparações necessárias e 
entender algumas particularidades entre eles, usando o raio propriamente dito ou as 
coordenadas do centro do arco. Aplicaremos as funções de avanço rápido e interpolação 
linear para melhor desenvolvimento do processo. 
Coordenadas do centro do arco, válido para os comandos ISO: 
 
 
Nota: Nunca se deve fazer um programa em função da máquina, mas sim em função do 
desenho, pois se programarmos uma peça pensando na máquina, teremos problemas nas 
interpolações circulares G02 e G03, devido ao fato de as posições das ferramentas não 
serem iguais. Existem máquinas que têm a torre de ferramentas atrás do eixo árvore, 
outras na frente e algumas têm inclinação no eixo transversal, gerando dúvidas em 
muitos usuários na hora de programar. 
 
Para facilitar o processo e evitar erros, vamos programar sempre analisando o 
desenho pelo lado de cima da linha de centro, só assim teremos um programa 
padronizado, que pode ser usado em qualquer máquina sem alteração de dados, 
independente da posição das ferramentas, lembrando que no caso do programador só é 
preciso saber qual o comando a ser utilizado. 
 
6.3.1 - Comando MACH 
 
G02 / G03 X Z R / I K F 
 
Endereços: 
 
 
Centro do arco 1 e K em relação ao zero peça. 
 
 
 
Temos a opção de programar utilizando R ou 1 e K, sendo que não é possivel 
usar as duas situações juntas na mesma sentença. Nos exemplos que veremos em 
seguida vamos trabalhar usando as duas opções em todos os comandos. 
 
Exemplos de programação com awíílio das funções G00 e G0l 
 
Absoluto 
 
N10 G00 X0 Z2. M08# 
N20 G01 Z0 F.15# 
N30 G01 X30. Z-15. R15.# ou N30 G03 X30. Z-15. I0 K-15.# 
N40 G01 Z-35. 
N50 G02 X40. Z-40. R5.# 
N60 G01 X44. # 
N70 G01 X48. Z-42.# 
N80 G01 Z-53. 
N90 G02 X62. Z-60. R7.# 
N100 G01 X68.# 
N110 G03 X80. Z-66. R6.# 
N120 G01 Z-80.# 
Incremental 
 
N10 G00 X0 Z2. M08# 
N20 G91;ativa sistema incremental# 
N30 G0l Z-2. F.15# 
N40 G03 X30. Z-15. R15.# ou N040 G03 X30. Z-15. I0 K-15.# 
N50 G0l Z-20.# 
N60 G02 X10. Z-5. R5.# ou N060 G02 X10. Z-5. I10. K0# 
N70 G0l X4.# 
N80 G0l X4. Z-2.# 
N90 G0l Z-1l.# 
N100 G02 X14. Z-7. R7.# ou N100 G02 X14. Z-7.I14. K-7.# 
N110 G0l X6.# 
N120 G03 X12. Z-6. R6.# ou N120 G03 X12. Z-6. I12. K0# 
N130 G0l Z-14. 
N140 G90;desativa sistema incremental# 
 
6.3.2 - Comando FANUC G02/ G03XZR / IKF 
 
Endereços: 
 
 
Neste comando já começaremos a notar algumas diferenças. A função R 
permanece igual, mas se optarmos por 1 e K, teremos mudanças em relação às 
referências, isto é, a distância do início do arco até o centro do arco e o valor de 1 será 
programado em raio. 
 
Exemplo de programação: 
 
Absoluto 
 
N010 G00 X0 Z2. M08; 
N020 G0l Z0 F.15; 
N030 G03 X30. Z-15. R15.; ou N030 G03 X30. Z-l5. 10 K-15.; 
N040 G0l Z-35.; 
N050 G02 X40 Z-40. R5. ou N050 G02 X40. Z-40. 15. IK0; 
N060 G0l X44.; 
N070 G0l X48. Z-42.; 
N080 G0l Z-53.; 
N090 G02 X62. Z-60. R7. ou N090 G02 X62. Z-60. I7. K0; 
N100 G0l X68.; 
N110 G03 X80. Z-66. R6.; ou N110 G02 X80. Z-66. I0 K-6.; 
N120 G0l Z-80.; 
 
Incremental: as funções 1 e K não se alteram, pois já são incrementais neste comando. 
 
N010 G00 X0 Z2. M08; 
N020 G91; 
N030 G0l Z-2. F.15; 
N040 G03 X30. Z-l5. R15. ; ou N040 G03 X30. Z-15. I0 K-15.; 
N050 G0l Z-20.; 
N060 G02 Xl0. Z-5. R5. ; ou N060 G02 X10. Z-5. I5. K0; 
N070 G0l X4. 
N080 G0l X4. Z-2.; 
N090 G0l Z-ll.; 
Nl00 G02 X14. Z-7. R7. ; ou N100 G02 X14. Z-7. I7. K0; 
N110 G0l X6.; 
N120 G03 X12. Z-6. R6. ; ou N120 G03 X12. Z-6. I0 K-6.; 
N130 G0l Z-l4.; 
N140 G90; 
 
6.3.3 - Comando MITSUBISHI G02 / GO3 X / U Z / W R I K F 
 
Endereços: 
 
 
Normalmente, é preferível programar somente com a informação do raio, pois é 
muito mais simples e fácil, e mesmo que a opção seja 1 e K, os objetivos são os 
mesmos. 
Vale lembrar que não podemos trabalhar com as duas situações na mesma 
sentença. 
 
 
Exemplo de programação: 
 
 
Absoluto 
 
 
N10 G1 X0 Z2. M08; 
N20 G1 Z0 F.15; 
N30 G3 X30. Z-15. R15.; ou N030 G03 X30. Z-15. I0 K-15.; 
N40 G1 Z-35.; 
N50 G2 X40. Z-40. R5. ; ou N050 G02 X40. Z-40. 15. K0; 
N60 G1 X44.; 
N70 G1 X48. Z-42.; 
N80 G1 Z-53.; 
N90 G2 X62. Z-60. R7. ou N090 002 X62. Z-60. I7. K0; 
N100 G1 X68.; 
N110 G3 X80. Z-66. R6.; ou N110 G03 X80. Z-66. I0 K-6.; 
N120 G1 Z-80.; 
 
 
Incremental 
 
 
N010 G00 X0 Z2. M08; 
N020 G0l W-2. F.15; 
N030 G03 Ul5. W-15. R15.; ou N030 G03 U15. W-.25. I0 K-15.; 
N040 G0l W-20.; 
N050 G02 U5. W-5. R5.; ou N050 G02 U5. W-5. 15. K0; 
N060 G0l U2.; 
N070 G0l U2. W-2.; 
N080 G0l W-11. 
N090 G02 U7. W-7. R7. ou N090 G02 U7. W-7. 17. K0; 
N100 G0l U3.; 
N110 G03 U6. W-6. R6.; ou N110 G03 U6. W-6. 10 K-6.; 
N120 G0l W-l4.; 
 
 
6.3.4 - Comando SIEMENS 
 
 
G02 / G03 X Z CR / I K F 
 
 
Endereços: 
 
 
Este comando é semelhante aos anteriores. Só vamos trocar a função R por CR 
que também indica a distância do início do círculo e o centro dele. 
 
Exemplo de programação: 
 
 
 
 
6.3.5 - Comando MCS 
 
Neste comando o processo de programação é bem diferente dos demais, pois 
temos que informar primeiramente as coordenadas do centro do arco por meio da 
função POL que indica um perfil polar. Então há necessidade de programar duas 
sentenças, sendo que uma vai depender da outra. Se não forem programadas 
corretamente, o comando não será executado. 
 
 
A função POL não executa nenhum movimento. 
 
POS C H X Z F ou POS C AH X Z F em que: H - horário e AH - anti-horário 
 
 
Exemplo de programação: com avanço rápido e interpolação linear 
 
Absoluto 
 
 
6.4 - G04 tempo de permanência ou espera 
 
Esta função tem o mesmo significado para todos os comandos, podendo mudar 
apenas os endereços conforme os exemplos seguintes. 
O valor é determinado em segundos e a faixa de tempo pode ser de 0.001 a 
99.999 segundos. 
• Comando MACH 
 
G04 D.; o endereçamento D indica o tempo de espera em segundos# 
 
Exemplo: com temporização de 4.5 segundos 
 
G04 D4.5# 
 
• Comando FANUC 
 
G04 X/ U/ P (os três endereçamentos têm o mesmo significado) 
 
Exemplo: com 5 segundos 
 
G04 X5.; 
G04 U5.; 
G04 P5000; 
 
• Comando MITSUBISHI 
 
G04X/U 
 
Exemplo: com 4 segundos 
 
G04 X4.; 
G04 U4.; 
 
• Comando SIEMENS 
 
G04 F ;o endereçamento F indica o tempo de espera em segundos 
 
Exemplo: com 10 segundos 
 
G04 FiO.; 
 
• Comando MCS 
 
Neste comando o tempo de espera é dado pela chamada de um ciclo especial 
específico dos comandos MCS. 
 
CICLO 1 - define tempo de espera. 
 
A chamada do ciclo se faz pela função “CYCLE CALL”, abreviado para CYC CL. 
 
CYC CL 1 T; o endereçamento T indica o tempo de espera também em segundos. 
Exemplo: com 12 segundos 
CYC CL1 T12.; 
 
Obs: Normalmente se dá o tempo de espera ou permanência no final de urna furação ou 
em canais para melhor acabamento e para que as ferramentas façam todo o percurso do 
diâmetro a ser usinado, ou seja, dar pelo menos uma volta completa. 
 
6.5 - G09/G73 interpolação linear ponto a ponto ou paradas precisas 
 
Esta função não está regulamentada para todos os comandos e pode mudar de 
acordo com o fabricante. 
A função G09 é válida para os comandos Mitsubishi e Siemens. Já para o 
comando Mach foi adotada a função G73 com o mesmo objetivo. 
Quando usamos a função GOl-interpolação linear, mesmo não programando as 
quebras de cantos, será feito um arredondamento de 0. 2mm em cada mudança de 
percurso automaticamente, isto é, haverá um processo de inserção. Já a função G09 
(Mitsubishi, Siemens) ou G73 (Mach) executa esses movimentos sem essa inserção, 
deixando os cantos vivos como nas figuras seguintes. 
 
Exemplo: requer os mesmos endereços da função Gol 
 
Exemplo de programação: funções GOO, GOl, G09/G73. 
 
 
Obs: Estas funções (G09/G73) podem ter outras definições em outros comandos, 
mesmo dentro do sistema ISO. 
 
Introdução à Trigonometria 
 
O termo trigonometria deriva das palavras gregas que significam “triângulo e 
medir”. 
Sabemos que o CNC se movimenta por meio de coordenadas programadas em 
eixos distintos e como estamos falando de torneamento, temos dois X e Z que são 
acompanhados de um valor numérico, como já vimos em alguns exemplos, mas pode 
acontecer de não termos algumas dessas coordenadas no desenho, sendo assim o cálculo 
é inevitável e em muitos casos temos que aplicar a trigonometria. 
As fórmulas que veremos em seguida servirão como resolução de vários 
problemas que aparecem no dia-a-dia de quem trabalha na indústria, lembrando também 
que em um teste teórico, quando se concorre a vagas dentro de uma empresa, são 
aplicados cálculos trigonométricos. Então temos outros motivos para estar por dentro do 
assunto. 
Para podermos aplicar a trigonometria, precisamos de uma figura geométrica 
muito conhecida, o triângulo retângulo. Então temos: 
 
Para efetuar qualquer tipo de cálculo em um triângulo, precisamos de pelo 
menos duas dimensões para que se calcule uma terceira. 
 
7.1 - Teorema de Pitágoras 
 
No triângulo apresentado podemos calcular, caso haja necessidade, um lado 
oculto desde que tenhamos as dimensões dos outros dois por meio do teorema de 
Pitágoras com o qual provou-se que a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado 
da hipotenusa. Então temos a equação: 
 
Podemos também utilizar os valores dos ângulos e até calculá-los utilizando 
fórmulas trigonométricas que veremos em seguida: 
 
 
 
 
7.2 - Fórmulas Básicas 
 
 
Exemplos de cálculos: 
 
 
Para calcular os valores ocultos, temos duas opções de fórmulas: 
• Com a aplicação da tangente teremos o valor oculto em x (cateto oposto). 
• Com a aplicação do coseno teremos o valor oculto em y (hipotenusa), então as 
fórmulas de seno e Pitágoras ficam fora do primeiro cálculo por não terem 
dados suficientes. 
A princípio podemos aplicar duas fórmulas. Vamos calcular primeiramente o 
cateto oposto, lembrando que é possível calcular também a hipotenusa. 
 
7.2.1 - Cateto opostoAgora que já sabemos o valor X (cateto oposto), vamos notar que para calcular 
Y teremos mais opções em fórmulas. 
Como já sabemos mais uma dimensão do triângulo proposto, ou seja, o cateto 
oposto, aumentam as possibilidades de cálculos para a hipotenusa. Por isso teremos três 
opções e se a tivéssemos calculado em primeiro lugar, as opções para o cateto oposto 
seriam as mesmas. 
Vamos calcular a hipotenusa usando as três opções que temos, deste modo 
provaremos também que o processo trigonométrico é perfeito e independente de que 
fórmula venha a ser utilizada, os resultados devem ser iguais. 
 
7.2.2 – Hipotenusa 
 
 
 
Nota: 
Por meio das três opções de cálculos, não só descobrimos as dimensões 
desconhecidas do triângulo proposto, como provamos que os processos trigonométricos 
são perfeitos. 
Em seguida veremos alguns exemplos que são comuns no dia-a-dia de quem 
atua no segmento não só de CNC, mas na metalmecânica em geral. 
7.3 - Exemplos de aplicações 
 
1. Calcular o diâmetro desconhecido. 
 
 
Normalmente neste tipo de cálculo não usamos a hipotenusa, portanto as 
fórmulas do seno e coseno não serão aplicadas juntamente com o teorema de Pitágoras 
pelo fato de só termos um lado do triângulo (cateto adjacente). Então, aplicaremos a 
tangente. 
 
Nota: Lembrar que a peça é cilíndrica, então temos que considerar o cálculo para os 
dois lados e multiplicar o resultado do triângulo que será parcial (W) por dois e somar 
com o diâmetro de 20 para obtermos o valor de X. 
 
2. Calcular o comprimento desconhecido Z. 
 
Para a programação do desenho vamos precisar da coordenada Z. Então temos 
que calcular primeiramente o valor de W no triângulo (cateto adjacente). O cateto 
oposto será a diferença entre os diâmetros maior e menor que estão definida no desenho, 
dividida por dois, ou seja, (40 - 25) / 2 = 7.5 (valor em raio para efeito de cálculo). 
 
Nos exemplos que veremos em seguida aplicaremos a trigonometria em arcos ou 
círculos também para calcular pontos desconhecidos. O processo se torna um pouco 
mais complicado, pois temos de localizar o triângulo e isso nem sempre é uma tarefa 
fácil. 
Veremos algumas dicas que são importantissimas neste processo: 
 
• Estudar e entender o desenho em questão; 
• Saber o que calcular; 
• Marcar o ponto de concordância; 
• Marcar o centro do arco ou círculo; 
• Traçar uma linha reta do ponto de concordância ao centro do arco. 
 
Estas dicas com certeza vão facilitar a localização de um triângulo, mas a última 
delas é fundamental no processo, pois ao traçarmos uma linha reta do ponto de 
concordância ao centro do arco, já teremos um dos lados do triângulo que será a 
hipotenusa. A partir daí os catetos serão localizados de acordo com as necessidades para 
efeito de cálculos. 
 
3. Calcular o comprimento Z. 
 
Para efetuar o cicui’o desta ffgura, apfícaremos o Teorema de Pitágoras que é 
bastante comum em processos que envolvem arcos ou círculos e vai nos dar que nos 
dará o resultado final direto, mas isso nem sempre acontece. Então: 
 
 
 
Neste exemplo o cálculo do triângulo não nos dará o valor de Z diretamente. 
Como no exemplo anterior, teremos que primeiramente calcular o valor de K, o que 
podemos chamar de processo intermediário. Veja: 
 
 
 
6. Calcular o comprimento até o centro da esfera e o diâmetro desconhecido 
 
Para este tipo de situação teremos uma seqüência de cálculos que terá que ser 
seguida, por isso definiremos dois triângulos A e B, calculados nesta mesma ordem, 
pois os valores que serão utilizados em B dependem dos cálculos de A. Observe: 
 
 
Os exemplos de cálculos apresentados são situações que podem aparecer no dia-
a-dia não só de quem trabalha com máquinas CNC, mas em todos os segmentos da 
metalmecânica. 
 
Definição dos Sistemas de Medidas 
 
Esta definição será de acordo com os comandos, sendo que na programação é 
preciso definir em qual sistema de medidas vamos trabalhar. Por isso teremos: 
• Diâmetro ou raio 
• Absoluto ou incremental 
• Métrico ou polegadas 
Normalmente se programa no sistema métrico (milímetros) com coordenadas 
absolutas e em diâmetro é o processo mais comum e mais fácil de ser aplicado. No 
Brasil os comandos já estão preparados para este tipo de sistema. Programar em 
polegadas, em modo incrementa! ou com dimensões em raio é uma opção do usuário. 
 
8.1 - Programação em diâmetro ou em raio 
 
As funções preparatórias mudam em relação ao comando, por não serem 
padronizadas como veremos em seguida: 
 
• Comando MACH 
 
G20 - Ativa programação em diâmetro 
G21 - Ativa programação em raio 
 
• Comando MITSUBISHI 
 
Para este comando basta programar os endereços ti após a função preparatória 
mais o valor do raio, podendo-se trabalhar também com dimensões mistas. 
 
• Comando SIEMENS 
 
G22 - Ativa programação em raio 
G23 - Ativa programação em diâmetro 
 
Obs: Nos casos dos comandos MACH e SIEMENS, ao ativar o sistema em raio, 
automaticamente a função de diâmetro será desativada. 
 
8.2 - Programação em absoluto ou incremental 
 
Vimos anteriormente nos exemplos como funciona este processo de 
programação e como aplicá-la, quando o sistema está em absoluto. O mais comum é 
usar medidas reais do desenho, partindo de um único ponto zero. No sistema 
incrementa!, o ponto zero se desloca junto com cada movimento da ferramenta. Neste 
caso temos: 
 
• G90 - programação em coordenadas absolutas 
• G91 - programação em coordenadas incrementais 
Obs: Ao ligar um comando CNC, a função G90 estará automaticamente ativada, 
podendo ser desativada via programa com G91 se a opção for o sistema incremental. 
 
Nota: As funções G90 e G91 tm as mesmas definições dentro da linguagem ISO. No 
comando MCS acrescenta-se o endereço i, como, por exemplo, Xi ou Zi. 
 
8.3 - Programação em milímetros ou polegadas 
 
Este modo de programação pode mudar em relação à linguagem de comando 
para comando, mas com as mesmas definições, lembrando que independente da opção 
no Brasil o sistema mais usado é em milímetros, tornando o sistema em polegadas a 
segunda opção. 
 
• Comandos MACH e SIEMENS 
 
G70 - Ativa programação em polegadas 
G71 - Ativa programação em milímetros 
 
• Comandos FANUC e MITSUBJSHI 
 
G20 - Ativa programação em polegadas 
G21 - Ativa programação em milímetros 
 
Nota: Ainda veremos as funções G70 e G71 com outras definições nos comandos 
FANUC e MITSUBISHI. 
 
Independente do comando ou do modo de programação a ser utilizado, para as 
coordenadas, ou seja, o sistema de medidas deve ser colocado de acordo com ele, como 
no exemplo seguinte. 
 
 
 
 
 
Exemplos de programação 
 
 
 
 
Obs: Para desativar, basta programar G2 1, lembrando que esta função pode ter 
definições diferentes em outros comandos, como vimos anteriormente. O mesmo 
acontece com o modo incrementa! que é desativado com G90. 
 
 
 
 
 
 
 
Compensação de Raio de Corte (CRC) 
 
Este sistema de compensação faz com que a ferramenta considere o contorno 
exato da peça, isto é, possibilita programar diretamente o perfil de acabamento sem a 
necessidade de cálculos auxiliares. 
Os deslocamentos levam em consideração a ponta teórica da ferramenta (canto 
vivo) com a qual será executado o perfil. A compensação do raio de corte calcula uma 
trajetória corrigido da ferramenta, levando em consideração a dimensão do raio e outros 
fatores, como sentido e o lado de corte, perfil interno ou externo. Veremos as reqras 
necessárias para cada comando, sendo que algumas dessas informações serão 
determinadas no processo de preparação da máquina. 
 
Sem compensação de raio 
 
A ponta teórica encontra-se sobre o contorno, deixando a peça fora das 
dimensões reais do programa (figura 9.2). 
 
Com compensaçãode raio 
 
A ponta real da ferramenta encontra-se sobre o contorno (figura 9.3). 
 
 
 
 
 
Obs: Em um perfil de acabamento onde é necessário compensar o raio da ponta da 
ferramenta caso não haja a CRC as maiores divergências de medidas ocorrem quando os 
deslocamentos forem nos dois eixos X e Z, como interpolação circular ou movimentos 
angulares. 
 
As figuras seguintes servirão como exemplo nos comandos citados, e com suas 
regras para compensação. 
 
 
9.1 - Comando MACH 
 
Para facilitar o aprendizado, vamos analisar da seguinte forma: 
• Quando a CRC for em um perfil externo e o deslocamento em direção ao eixo árvore 
da máquina, a função de compensação será G42. Se o deslocamento for ao contrário, 
será G41. 
• Quando a CRC for em um perfil interno e o deslocamento em direção ao eixo árvore, a 
função de compensação será G41. Se o deslocamento for ao contrário, será G42. 
 
Obs: As setas indicam o sentido de usinagem. 
 
Regras 
• As funções devem ser programadas em blocos distintos. 
• Assim que a CRC estiver ativada, deve haver um movimento de compensação 
fora do corte de material. 
• Não deve ser programada nenhuma função G00 (avanço rápido) quando a CRC 
estiver ativada. 
 
Exemplo de programação 
 
 
 
 
 
 
9.2 - Comando FANUC 
As características são praticamente as mesmas do comando anterior, com uma 
mudança apenas no que se diz respeito ao avanço rápido, isto é, podemos usar G00 para 
aproximar e recuar as ferramentas com a CRC ativa. 
 
Vejamos a aplicação no mesmo exemplo: 
 
 
 
Obs: Nas operações internas, é importante afastar a ferramenta de dentro do furo antes 
de qualquer outro tipo de movimento, por questão de segurança. 
 
9.3 - Comando MITSUBISHI 
 
 
Neste comando o processo de compensação de raio de corte é mais simplificado, 
pois com apenas com a função G46 podemos compensar qualquer sentido de usinagem, 
isto é, direita ou esquerda, interna ou externa. Basta informar corretamente os dados da 
ferramenta para o comando. 
 
Regras 
 
 
• Após a sentença G46 deve-se programar a função G00. 
• A função C00 não tem CRC, sendo só para aproximação e recuo. 
• Antes da sentença G40 deve-se programar a função C00. 
 
 
Vejamos como fica nos exemplo: 
 
 
 
Obs: As características do programa, ao ativar a compensação de raio de corte, não 
mudam de comando para comando, mesmo que algumas regras sejam diferentes. 
 
 
9.4 - Comando SIEMENS 
 
Neste comando podemos ativar e desativar a CRC juntamente com funções de 
movimentos, como G00 ou Gol, desde que o primeiro movimento seja antes do início 
do perfil, isto é uma aproximação, como também em blocos distintos, como já vimos. 
 
Exemplos de programação: 
 
 
 
9.5 - Comando MCS 
 
Este comando adotou funções auxiliares para ativar e desativar a CRC, porém com os 
mesmos objetivo, isto é, evitar falhas de contorno. 
 
Regras: 
 
• A CRC deve ser ativada antes do início do perfil. 
• O primeiro deslocamento deve ser no sentido da usinagem. 
• A CRC não pode ser ativada com FO. 
 
Sentido de compensação: As CRCs deste comando podem se inverter de acordo com o 
lado em que a torre de porta-ferramentas se encontra. 
 
Obs: No caso de a torre de ferramenta estar atrás do eixo árvore ou placa, é só inverter a 
compensação para M91. 
 
Exemplo de programação com torre dianteira 
 
 
No caso de a torre de ferramenta estar atrás do eixo árvore ou placa, é só inverter a 
compensação para M91. 
 
 
 
Como vimos nos exemplos, a Compensação de Raio de Corte tem a mesma 
finalidade em todos os comandos, com algumas particularidades que foram citadas nos 
exemplos de programas. 
Os deslocamentos com a CRC ativada devem ser de no mínimo duas vezes o 
raio da ferramenta, quando este for em apenas um eixo. Isto vale para todos os 
comandos. 
 
Informações Tecnológicas para Programação 
 
Em um programa CNC, além de coordenadas geométricas, é necessário outras 
informações complementares de usinagem com instruções e condições adicionais, como 
rotação, velocidade de corte, avanço, dados de ferramentas, limites, etc. 
 
10.1 - Parâmetros de corte 
 
10.1.1 – Fórmula 
 
10.1.2 - G92 - Limite de rotação 
 
Estabelecer um limite de rotação em máquinas CNC é uma questão de 
segurança, principalmente quando a opção é velocidade de corte constante. O objetivo 
maior é limitar rotações em peças de grande porte e peso excessivo ou em dispositivos 
de fixação, para que se trabalhe com rotações adequadas e seguras. 
Quando este limite não é ativado, a máquina pode atingir a sua rotação máxima. 
Em seguida aplicaremos alguns exemplos. 
 
10.1.3 - F - Avanço 
 
O avanço é dado normalmente em milímetros por rotação (mm/rot.), e é definido 
pela letra F em todos os comandos 
 
Exemplos 
• P030 - a cada volta do eixo árvore haverá um deslocamento de 0.30mm. 
• F0.25 - a cada volta do eixo árvore haverá um deslocamento de 0.25mm. 
10.1.4 - G94 - Avanço em milímetros ou polegadas por minuto 
 
É uma opção de trabalho válida para todos os comandos, mas não comum, 
devendo ser ativada no programa. 
 
10.1.5 - G95 - Avanço em milímetros ou polegadas por rotação 
 
É a opção preferida nos processos de torneamento e normalmente já está ativada 
no comando. 
 
10.1.6 - G96 - Velocidade de corte constante (VCC) 
 
Esta função é a preferencial em um programa CNC. Ao ser selecionada, o 
comando calcula em cada fase da usinagem a rotação em função do diâmetro, isto é, à 
medida que o diâmetro diminui, a rotação aumenta e quando o diâmetro aumenta, a 
rotação diminui proporcionalmente. Sendo assim, sempre teremos a rotação ideal. 
Normalmente é aplicada em desbastes e acabamentos. 
Endereços e formas de programação nos comandos: 
• Comando MACH 
 
N050 G96; ativa velocidade de corte constante# 
N060 S200.; valor da VCC em m/min, é necessário o ponto decimal# 
N060 G92 S2500 M03; limite de rotação e sentido de giro horário# A programação é 
feita em blocos separados, como no exemplo anterior. 
• Comando FANUC N050 G96 S200; 
N060 G92 S2500 M03; 
 
A programação é feita em um único bloco e não há necessidade do ponto decimal. 
 
• Comando MITSUBISHI 
N050 G96 V200; 
N060 G92 S2500 Q200; 
S - rotação máxima 
Q - rotação mínima 
A programação é feita em um único bloco, notando que o endereço é definido pela letra 
V. 
 
• Comando SIEMENS 
 
N050 G96 S200 LIMS=2500; 
LIMS-limite de rotação de 2500rpm 
A programação é feita em um único bloco, e ainda podemos aplicar um limite de 
rotação que é comum quando se usa G96. 
 
• Comando HEIDENI-IAIN N050 M58 S200; 
 
Para este comando em especial, a VCC é ativada com uma função auxiliar (M), mas 
com as mesmas características. 
 
Obs: Nunca usar G96 em roscas e furações. 
10.1.7 - Tabela com os valores da velocidade de corte e avanço 
 
 
A velocidade de corte constante é uma grandeza diretamente proporcional ao 
diâmetro e à rotação do eixo árvore da máquina. 
 
10.1.8 - G97 - Rotação fixa 
 
Esta função determina uma rotação constante que se mantém inalterada até o 
final do processo, normalmente aplicada em roscamentos e furações e em máquinas que 
não tenham a opção G96. Para trabalhar com rotação fixa, nem seria necessário 
programar a função G97. Basta S e o sentido de giro (exemplo S1500 M3), mas em 
alguns a função cancela G96. 
 
Endereços e formas de programação nos comandos: 
 
• Comando MACH 
N050 G97; ativa rotação constante# 
N060 S2000 M03; valor de rotação e sentido de giro horário# 
A programação é feita em blocos separados, como no exemplo anterior. 
 
• Comando FANUC 
N050 G97 S2000 M03; 
A programação é feita em um único bloco com sentido de giro. 
 
• Comando MITSUBISHI 
N050 G97 S2000 M03; 
A programação é feita em um único bloco. 
 
• Comando SIEMENSN040 G95; ativa avanço em mm/rot. 
N050 G97 S2000 M03; 
A programação é feita em um único bloco. Deve-se sempre ativar mm/rot 
(G95). 
 
• Comando HEIDENHAIN N050 M59 S2000 M03; 
10.1.9 - Função T 
Com esta função define-se o número da ferramenta com suas respectivas 
dimensões em relação a X e Z e também o corretor dela. 
Exemplo 
T0l0l, T0l D0l, em que: 
 
Os corretores podem ser chamados de forma diferente para casos em que se usa 
uma ferramenta mais de uma vez dentro de um programa. Para esse tipo de operação é 
comum usar valores múltiplos em relação ao número de ferramentas que a máquina 
possui. 
 
Exemplos 
 
• 8 ferramentas - corretores múltiplos de 8 (primeiro corretor mais 8) 
-T0l0l -T0109 - T0117 - T0125 
• 12 ferramentas 
-T0l0l - T0113 - T0125 - T0137 
Deve-se ficar atento para não executar correções em ferramentas erradas, quando 
o corretor for diferente. 
 
Estruturas de Programação 
 
O programa CNC é constituído por uma seqüência de informações para o 
processo de usinagem de uma peça. Definimos o início do programa como cabeçalho 
que pode variar de acordo com o comando. 
Há uma ordem lógica nesse processo estrutural com as funções apropriadas, de 
modo que o comando interprete os parâmetros e envie os dados necessários para que a 
máquina execute as operações que foram programadas. 
O conhecimento dos recursos que os comandos oferecem, além das técnicas de 
programação citadas nesta obra, são fundamentais no processo de programação. 
Um bom programa depende de um bom processo, por isso a criatividade do 
programador e os conhecimentos técnicos são fatores muito importantes. 
 
11.1 - Itens e dicas necessárias para a execução de um programa 
 
• Estudar o desenho da peça proposta pronta e verificar as dimensões do material bruto. 
• Antes de começar o programa, deve-se montar um processo de usinagem com 
definição de operações, isto é, qual será a primeira, a segunda ou quantas mais 
operações forem necessárias em uma ordem lógica. 
• Este processo deve conter as seguintes informações: 
— Desenho de fixação e que tipo de castanhas será usado; 
— Desenho das ferramentas com seus números correspondentes; 
— Definição dos insertos intercambiáveis (pastilhas); 
— Informações sobre o processo de usinagem escrito. 
• Conhecimento dos recursos que o equipamento oferece e do sistema de programação 
que corresponda ao comando e programar. 
• Montar uma pasta contendo a folha de fixação de ferramentas, processo de usinagem 
escrito e o programa CNC e manter em arquivo. 
• No caso de modificações ou alterações durante o processo preparatório, deve-se anotar 
e colocar as observações necessárias, pois sempre haverá melhorias a cada vez que o 
processo for executado até a sua otimização final. 
• Vale lembrar que, além dos conhecimentos técnicos de programação, o programador 
deve ser criativo, procurando sempre o processo mais viável e de fácil interpretação 
para que outros colegas também se identifiquem com ele. 
 
11.2 - Tipos de função 
 
As funções estão divididas em dois tipos: MODAIS e NÃO MODAIS. 
 
• Funções MODAIS - são as que uma vez programadas, permanecem na memória do 
comando, valendo para todos os blocos posteriores até que se programe outra função. 
 
Exemplo 
G00,G01 ,G40,G41 ,G42, com comando SIEMENS. 
N010 G00 X16. Z2. M08; aproximaçao em avanço rapido 
N020 G0l G42 X15. Z1. F.5; movimento para ativar compensação de raio de corte 
N030 X20. Z-1. F.15; deslocamento para usinar o chanfro 
N040 Z-15.; deslocamento longitudinal até l5mm 
N050 X50. CHF=1.; deslocamento transversal com inserção de chanfro 
N060 Z-32.; deslocamento longitudinal até 32mm 
N070 X58.; deslocamento transversal para diâmetro de 58mm 
N080 X62. Z-34.; deslocamento simultâneo dos dois eixos 
N090 G00 G40 X65.; movimento para desativar compensação de raio de corte. 
 
Notamos que a funçao G0l so foi programada no bloco N020 e do bloco N030 
até N080 so as coordenadas em X e Z, pois a funçao ficou memorizada no comando ate 
ser cancelada no bloco N090 com G00. 
Este processo pode ser adotado em todos os comandos: 
 
• Funções NÃO MODAIS - devem ser programadas todas as vezes que forem 
requeridas, isto é, só válidas no bloco que as contém. Como exemplo podemos levar em 
consideração os ciclos fixos de usinagem, desbaste, roscas, furaçoes que veremos nos 
proximos topicos. 
 
1 1.3 - Pontos de troca 
 
São coordenadas que definem trocas manuais ou automáticas de ferramentas. Os 
procedimentos de programação são simples. O importante é que o processo seja 
executado em um ponto seguro e sem perigo de colisões. Essas coordenadas de troca 
devem ser programadas sempre que houver mudança de ferramenta. 
No comando MITSUBISHI podemos informar os pontos trocas por meio de 
funções preparatórias com coordenadas predefinidas no comando pelo programador. 
 
Funções de ponto de troca (MITSUBISHI) 
 
G24 - Afastamento só em X 
G25 - Afastamento só em Z 
G26 - Afastamento primeiro em X e depois em Z (operações externas) 
G27 - Afastamento primeiro em Z e depois em X (operações internas) 
 
11.4 - Escalas de transmissão para engrenamento 
 
A maioria das máquinas operatrizes é equipada com câmbios de engrenamento 
para podermos, por meio do programa ou em um processo manual de alavanca 
selecionar faixas de rotação e de engrenamentos mais ou menos potentes de acordo com 
a necessidade do processo de usinagem. 
Esse processo de programação é feito por meio de funções auxiliares que podem 
mudar de acordo com o fabricante do comando. 
 
• Comando MACH - Mil e Ml 2 
• Cômando FANUC - Mli, Ml 2, Ml 3 e Ml 4 • Comando MITSUBISHI - M40, M41, 
M42, M43 
• Comando SIEMENS - M38, M39, M40, M41, M42 
• Comando MCS - M37, M38 e M39 
 
O processo de funcionamento é semelhante ao do câmbio de um automóvel. Se o 
trabalho de usinagem for executado com uma faixa alta teremos menos força e mais 
rotação do eixo árvore e em uma faixa baixa, mais força e menos rotação. E lógico que 
existem casos específicos, como torneamentos pesados que se exigem mais força, como 
desbastes, e torneamentos leves como acabamento onde rotações altas possibilitam 
melhor qualidade. 
 
11.5 - Funções de ponto zero 
 
Buscam no comando um ponto de referencia inicial o qual ja conhecemos como 
ponto zero peça. Sao coordenadas preestabelecidas na fase de preparaçao da máquina e 
podem ser definidas na frente ou atrás da peça, conforme determinação do programador. 
Nesta obra a opção de ponto zero está sendo definida na frente da peça, tendo 
em vista que se entende mais facilmente todo o processo de geometria. 
No programa as coordenadas são chamadas por funções preparatórias como: 
 
• G54, G55, G56, G57, G58, G59 - Comandos FANUC, MITSUBISHI, SIEMENS E 
MACH. 
• TRANS Comando SIEMENS. 
• Ou diretamente no zeramento das ferramentas - Comando MCS. 
 
Cabeçalho 
 
Pode-se chamar de cabeçalho a iniciação de um programa, como o número, 
comentários sobre a peça a ser executada, ponto de troca da ferramenta, identificação do 
ponto zero peça, zeramento de corretores, como também as chamadas de ferramentas 
em que cada uma tem suas definições no programa, isto é, podemos ter um cabeçalho 
do programa e um cabeçalho para cada ferramenta. 
Vamos conhecer as estruturas do programa de acordo com os comandos citados 
e definir cada bloco. 
 
12.1 - Comando MACH 
 
001 - número do programa que é inserido fora do processo de 
edição (editor) 
N010; comentários sobre a peça, como núznero,nome,operação# 
N020 G99; reset da memária# 
N030 T00; zeramento de corretores anteriores# 
N040 G54 ou G55; busca o ponto zero peça predefinido no comando# 
N050 G00 X... Z. ponto de troca definido na preparação# 
N060 T_?_ _?_; chamada da ferramenta com dimensões e corretores# 
N070 M06;libera torre elétrica para efetuar a troca# 
A seguinte opção com G96 velocidadede corte constante é conveniente limitar a 
rotação. 
N080 G96; ativa velocidade de corte constante em metros por minuto# 
N090 S____.; valor da velocidade de corte com ponto decimal# 
N100 G92 8 M03 ou M04;limite de rotação e sentido de giro# 
ou a opção com rotação fixa, não precisa limitar. 
N080 G97; rotação constante# 
N090 S_____ M03 ou M04;rotação e sentido de giro sem ponto decimal 
N100 G00 X_ Z_ M08;aprOximação inicial ligando refrigeração# 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
N200 G00 X_ Z_ M09; afastamento desligando a refrigeração# 
N210 T00; zeramento de corretores# 
N220 G54 busca do ponto zero peça# 
N230 G00 X_ Z_; afastamento para o ponto de troca# 
N240 M02 ou M30; final de programa com retorno ao início# 
 
Lembrar que no comando MACH todas as coordenadas necessitam de pontos decimais. 
Neste comando não é possível programar mais de uma função G no bloco. 
 
12.2 - Comando FANUC 
 
0001 - Número do programa sem numeração do bloco precedido pela letra O. 
Neste comando pode-se fazer o comentário no mesmo bloco que contém o 
número do programa, entre parênteses. Exemplo: 0001 (comentários). 
 
N010 G21 G40 G90 G95 (bloco de segurança só no início do programa); 
N020 G00 X........ Z T00 (ponto de troca definido na preparação e zeramento de 
corretores); 
N030 T_?_ _?_ (chamada da ferramenta, com dimensões e corretores); 
N040 M11 ou M12 (faixa de rotação de acordo com o esforço de usinagem) 
 
Opções com G96 velocidade de corte constante é conveniente limitar a rotação. 
 
N050 096 S (velocidade de corte constante em metros por minuto e valor no mesmo 
bloco); 
N060 092 S____ M03 ou M04 (limite de rotação e sentido de giro); 
 
ou a opção com rotação fixa, não precisa limitar. 
 
N050 097 S_____ M03ou M04 (rotação constante e sentido de giro no mesmo bloco); 
N060 G00 X Z_ M08 (aproximação inicial ligando refrigeração); 
 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
 
N200 G00 X_ Z_ M09 (afastamento desligando a refrigeração); 
N210 G00 X Z T00 (afastamento para o ponto de troca); 
N220 M02 ou M30 (final de programa com retorno ao início); 
 
Neste comando é possível programar mais de uma função G no bloco. 
 
12.3 - Comando MITSUBISHI 
 
% (INÍCIO DE PROGRAMA) 
0001 - (Número do programa sem numeração do bloco precedido pela letra O). 
N010 (comentários feitos entre parênteses); 
N020 G59 X___ Z___ (busca do ponto zero peça só no início do programa); 
Ponto de troca preestabelecido: 
N020 G24 (afastamento só em X) 
G25 (afastamento só em Z) 
G26 (afastamento em X e depois em Z) 
G27 (afastamento em Z e depois em X) 
 
As definições do ponto de troca são feitas de acordo com a ferramenta em uso, 
com muito cuidado para evitar colisões. 
 
N030 T 7 (comentários sobre a operação da ferramenta); 
N040 M40, M41 ou M42 (faixa de rotação de acordo com o esforço de 
usinagem); 
Opção com G96 velocidade de corte constante é conveniente limitar a rotação. 
N050 G96 V 7 M03 ou M04 (ativar VCC com o valor e sentido de giro do eixo árvore); 
N060 G92 S 7 Q 7 (limite de rotações mínima e máxima); 
ou 
N050 G97 Sl=_____ M03 ou M04 (rotação constante e sentido de giro 
Si = eixo árvore principal no mesmo bloco); 
N060 G00 X Z_ MOS (aproximação inicial ligando refrigeração); 
ou a opção com rotação fixa, não precisa limitar. 
 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
 
N200 G00 X Z M09 (afastamento desligando a refrigeração); 
N210 G26 (afastamento para o ponto de troca lembrando as opções 
G24,G25,G27) 
N220 M02 ou M30 (final de programa com retorno ao início); 
 
Obs:Neste comando é possível programar mais de uma função G no bloco. 
 
12.4 - Comando SIEMENS 
 
Características iniciais do comando com informações de diretório e número de 
programa: 
 
;NÚNERO DO PROGRAMA 
N010 G00 G53 X? Z ? D00 (ponto de partida e troca); 
N020 TRANS Z_? (deslocamento do ponto zero mais G53); 
N030 T0l D0l G95 S M03 ou M04 (T0l chamada de ferramenta,D0l corretores G95 
avanço em mrn/rot.,rotação e sentido de giro.); 
 
Opção com G96 é conveniente limitar a rotação. 
 
N040 G96 S_ 7 LIMS= limite de rotação); (VCC em metros por minuto, valor e Neste 
comando não há necessidade de programar G97. Caso a opção desejada seja rotação 
fixa, considerar no bloco N030 TOl DOl G95 S_?_ M03 ou M04 e não programar o 
bloco N040. 
N060 GOO X Z M08 (aproximação inicial ligando refrigeração); 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
N200 GOO X Z... M09 (afastamento desligando a refrigeração); 
N210 GOO G53 X Z.. DOO (afastamento para o ponto de troca); 
N220 M02 ou M3O (final de programa com retorno ao início); 
 
Obs:Neste comando é possível programar mais de uma função G no bloco. 
 
12.5 - Comando MCS 210 
 
LBS ST 1 - Número do programa inserido de maneira seqüencial, isto é, se houver mais 
programas, eles serão digitados um após o outro, divididos apenas pelos números label 
(LBS ST 1, LBS ST 2), e assim sucessivamente já que não temos diretório para este 
comando; 
TDF LX__LZ R.._... LC...._; definição de ferramentas dentro do próprio programa 
Em que: 
TDF - tool definition (definição de ferramentas) 
LX - comprimento da ferramenta em X 
LZ - comprimento da ferramenta em Z 
R - raio da ponta da ferramenta 
LC - lado de corte da ferramenta (sentido de usinagem) 
TCLS RO / RR / RL C off/on; chamada de ferramenta 
Em que: 
TCL - tool cali (chamada de ferramenta). 
S - define a rotação do eixo árvore. 
RO / RR / RL - define trajetória de corte da ferramenta que normalmente é usado RO. 
C off / on - ativar ou desativar compensação de raio da ferramenta. 
POS L XA_ ZA... FO 11; ponto de troca da ferramenta em avanço rápido (FO),corn 
função auxiliar que pode definir sentido de giro. 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
LBS ST; início de sub-rotina 
Descrição da sub-rotina 
LBS ST 0; final de sub-rotina 
LBC CAAL REP ; chamada da sub-rotina e número de repetições 
POS L XA ZAFO; ponto de troca 
M02 ou M30; final de programa. 
 
No comando MCS 210 teremos que dar o máximo de informações possíveil, não 
só em relação à programação más também na parte que envolve as ferramentas, já que 
não temos um vídeo de acompanhamento. 
 
12.5.1 - Comando MCS 
 
001 - Número do programa inserido no diretório do comando; 
CYC CL 0; Reset da memória 
CYC CL 2 M M M T D S; define funções auxiliares (M), ferramenta (T), corretor (D), 
rotação (S) em um mesmo bloco. 
CYC CL 2 M S; definição de velocidade de corte, com chamada de outro ciclo 2, caso 
as informações não sejam suficientes somente em um bloco. 
S pode ter definição de rotação ou velocidade de corte, dependendo da função 
preparatória. 
POS L XA_ ZA_ FO M; ponto de troca da ferramenta em avanço rápido (F0), com 
função auxiliar que pode definir sentido de giro e ligar fluido de corte ao mesmo tempo. 
Programar de acordo com o processo da ferramenta selecionada. 
LBS ST..._; início de sub-rotina 
Descrição da sub-rotina 
LBS ST 0; final de sub-rotina 
LBC CL REP _; chamada da sub-rotina e número de repetições 
POS L XA ZAF0; ponto de troca 
M02 ou M30; final de programa. 
As sub-rotinas normalmente são programadas em modo incremental e são 
executadas em um processo repetitivo que se fará quantas vezes forem necessárias. Elas 
têm como objetivo simplificar a programação em que a criatividade do programador 
tem grande importãncia no processo. 
O ponto zero peça é definido no dimensionamento das ferramentas de acordo 
com as peças. 
LABEL OU LBS - definição de números de programa logo no início (MCS 210) 
ou sub-rotinas que possam ser chamadas no meio de um programa, como desbastes, 
um modo de marcar pontos importantes no programa. 
Diretório - listagem de programas existentes no comando. 
 
12.6 - Ciclos fixos 
 
São funções especiais desenvolvidas para

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