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RESUMO EMPRESARIAL

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TÍTULOS DE CRÉDITO
I - CONCEITO:
Documentos necessários para o exercício de um direito autônomo e literal nele contido, conforme dispõe o artigo 887, do Código Civil:
Art. 887. O título de crédito, DOCUMENTO necessário ao exercício do direito LITERAL e AUTÔNOMO nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
II - LEGISLAÇÃO EM MATÉRIA DE TÍTULOS DE CRÉDITO:
Artigos 887 a 926 do Código Civil, devendo ser observada a Legislação Especial para cada título de crédito.
a) Letra de câmbio e nota promissória:
Decreto nº 57.663/66 e Decreto nº 2.044/1908. Lei Saraiva: aplicação subsidiária.
b) Cheque: Lei nº 7.357/85.
c) Duplicata: Lei nº 5474/68.
III - PRINCÍPIOS:
a) CARTULARIDADE: necessidade de apresentar o documento; Os títulos de crédito materializam o próprio direito.
EXCEÇÃO: POSSÍVEL PROTESTAR UM TÍTULO DE CRÉDITO MESMO NÃO ESTANDO NA SUA POSSE, PELAS SIMPLES INDICAÇÕES. Ex: art. 13, Lei 5474:
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
b) LITERALIDADE: tudo o que estiver escrito no título de crédito representa o direito. Da mesma sorte, tudo que não estiver escrito, o não poderá ser cobrado/exigido.
c) AUTONOMIA: cada transferência simboliza um negócio jurídico autônomo, independente.
Subprincípios:
c.1) Abstração: quando posto em circulação, o título de crédito desvincula-se do negócio que lhe deu origem, abstraindo-se do mesmo.
c.2) Inoponibilidade: inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, ou seja, mesmo que o negócio jurídico inicial, aquele que resultou a emissão do título, esteja viciado, o terceiro de boa-fé que recebeu o título posteriormente tem direito ao crédito.
Atenção: Só serão oponíveis aos possuidores de Boa-fé as defesas fundadas em vícios formais do título de crédito ou do seu conteúdo literal. Exemplo: "alsidade da assinatura do emitente; a incapacidade do emitente; não vencimento do título".
IV - CARACTERÍSTICAS:
a) Força executiva: presunção de liquidez, certeza e exigibilidade; Satisfação de um direito inquestionável.
b) Formalismo: requisitos formais devem ser atendidos para gozar de eficácia.*
* Súmula 387, STF: A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
c) Circulabilidade: fazer circular riqueza.
V - ACEITE, AVAL e ENDESSO
a) Aceite: é a declaração produzida pela assinatura de quem o procede, se comprometendo ao pagamento do título ao seu beneficiário. O aceite pode ser parcial, podendo o tomador protestar o título pela fração que não foi aceita, consequentemente o vencimento antecipado e responsabilizando do sacador e dos coobrigados. O sacado não é obrigado aceitar".
b) Aval: é a garantia cambial, constituída pela simples assinatura de quem o procede, a fim de garantir o pagamento de título de crédito. Pode ser firmado por terceiro estranho ao título ou por alguém que já seja obrigado. No aval surgem duas posições jurídicas: Avalista x Avalizado.
Artigos 31 e 32 da LUG:
Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras" bom para aval "ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação, entender-se-á pelo sacador.
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
b.1) Aval em preto: indica o nome da pessoa que está garantido.
b.2) Aval em branco: não indica o nome da pessoa. Se o avalista não indica para quem deu aval, será para o sacador.
b.3) Aval parcial: a letra de câmbio e a nota promissória permitem ter aval parcial.
b.4) Aval simultâneo: vários avalistas garantindo simultaneamente o mesmo devedor.
Súmula nº 189/STF:"Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos".
b.5) Aval sucessivo: Um avalista garante outro avalista. Os avais são superpostos. O avalista só gerente quem avalizou, não sendo obrigado pelos demais avalistas.
c) Endesso: É o meio através do qual os títulos cumprem a sua função de circulação, não existindo uma limitação de quantidade de endossos.
Ainda, imperioso destacar que o endosso parcial é nulo.
Nesta modalidade foram duas posições jurídicas: Endossante (quem transfere) x Endossatário (quem recebe).
Efeitos: art. 12 ao 20 LUG
I) Circulação do título; e
II) Investe endossante como codevedor solidário. Podendo o último endossatário cobrar tanto do emitente, quanto dos avalistas e endossantes.
c.1) Endosso em preto: indica o nome da pessoa para a qual o título está sendo transferido.
c.2) Endosso em branco: não indica a pessoa que receberá o título. Equipara-se ao título ao portador. Assim, a circulação é feita mediante simples entrega, não sendo necessário novo endosso.
c.3) Endosso sem garantia: Só irá produzir o efeito de transferência.
c.4) Endosso tardio: É o endosso realizado APÓS O PROTESTO do título ou promovido APÓS O PRAZO LEGAL PARA O PROTESTO. Produz apenas os efeitos de uma Cessão civil de crédito, art. 20 da LUG.
Art. 20. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
Cláusula NÃO À ORDEM: Cláusula lançada para evitar o ENDOSSO. Essa cláusula não impede a circulação do título, mas uma vez lançada, o título só pode ser transferido mediante CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO, artigo 11 da LUG. Lembrando que o cedente não é coobrigado.
VI - TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE:
a) LETRA DE CÂMBIO: É um título à ordem, ou seja, é emitido em favor de uma pessoa determinada, mas que é transferível através de endosso. Trata-se de uma ORDEM de pagamento.
Partes: sacador:
I) Sacador: emitente da letra
II) Sacado: pessoa contra qual a letra foi emitida, ou seja, que realizará o pagamento.
III) beneficiário/tomador: que receberá o crédito.
Atenção: uma mesma pessoa pode ocupar duas posições: o sacador e sacado podem ser a mesma pessoa.
Após a emissão da Letra de câmbio existem duas possibilidades:
I) Se o sacado aceita: este se torna devedor principal.
II) Se não houver o aceite do sacado: o tomador deve protestar o título, ocasionando o vencimento antecipado do mesmo. Assim, o tomador pode cobrar diretamente do sacador e dos coobrigados (avalistas e endossantes) se houver.
Requisitos formais (Art. 1º LUG):
1 - A palavra" letra "inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
Atenção: se faltar algum dos requisitos não produzirá efeito como letra, salvo se:
a) não indicar a época do pagamento = pagamento será a vista;
b) não houver indicação especial do lugar para pagamento = o pagamento será no domicílio do sacado;
c) se não houver lugar onde foi passada = será considerado como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
Prazo prescricional:
Cabe para Letra de câmbio e para Nota promissória - Art. 70 e 71 c/c 77 LUG.
I) Contra o aceitante: 3 anos a partir do vencimento.
II) Contra endossantes e contra o sacador: 1 ano a partir do protesto feito em tempo útil ou da data do vencimento.
b) NOTA PROMISSÓRIA: Trata-se de uma promessa de pagamento, que podeser transferida por endosso e garantida por aval, porém não comporta aceite.
Atenção para o artigo 77 da LUG:
Art. 77. São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias à natureza deste título, as disposições relativas às letras e concernentes: endosso (artigos 11 a 20); vencimento (artigos 33 a 37); pagamento (artigos 38 a 42); direito de ação por falta de pagamento (artigos 43 a 50 e 52 a 54); pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); cópias (artigos 67 e 68); alterações (artigo 69); prescrição (artigos 70 e 71); dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74).
c) CHEQUE: (Lei nº 7.357/85) Trata-se de uma ordem de pagamento em dinheiro e a vista. Transfere-se por endosso e pode ser garantido por aval, porém não comporta aceite.
Data que começa a contar o prazo de apresentação: a partir da emissão do cheque.
Três posições jurídicas:
I) Sacador (Emitente);
II) Sacado (Banco); e
III) Tomador/Beneficiário.
O cheque admite o aval parcial, conforme estabelece o artigo. 29 da Lei do cheque.
Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
Prazos:
a) Apresentação:
a.1) 30 dias: cheque apresentado na mesma praça da agência em que o cheque foi emitido;
a.2) 60 dias: cheque apresentado em praça DIFERENTE da agência em que o cheque foi emitido
b) prescricional: 06 meses a partir da expiração do prazo de apresentação.
c) Ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 06 meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado
d) Ação de enriquecimento ilícito contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 02 anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59, da Lei do Cheque.
d) DUPLICATA: (Lei nº 5474/68). Trata-se de uma ORDEM DE PAGAMENTO. Transfere-se por endosso; Garante-se por aval; O aceite na duplicata é OBRIGATÓRIO, pois é requisito formal, porém, nas situações expressas nos Art. 8º e 21, não será necessário o aceite.
Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; I
II - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de:
I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Forma duas posições jurídicas:
I) Sacador (Credor/emitente): é aquele que vendeu um determinado produto ou prestou um serviço.
II) Sacado (Devedor): é aquele que comprou um determinado produto ou tomou um serviço.
Título causal: só pode ser estabelecida nas duas causas permitidas na lei: compra e venda mercantil ou serviço. Não se tratando de um título abstrato quanto a sua emissão.
DUPLICATA MERCANTIL: Em todo contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no Brasil, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data de entrega ou despacho das mercadorias, emitirá o vendedor a respectiva fatura para apresentação ao comprador. No ato da emissão desta fatura poderá ser extraída a duplicata para circulação.
Atenção: uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
Prescrição: Artigo 18 da Lei nº 5474/68.
Art. 18 A ação de execução prescreve:
I- contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 (três) anos, contados da data do vencimento do título;
II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto;
III- de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título.

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