Buscar

DESENVOLVIMENTO COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

3 
 
Introdução 
 O Rio de Janeiro passou por vários processos de aterramento, dos quais 
originaram os atuais contornos da cidade. A Zona Sul carioca foi uma das paisagens 
mais modificadas pelo homem por essas atividades, que visava um maior lucro 
turístico a cidade. 
 Motivos que variam principalmente da estética ao planejamento urbano de 
atividades de lazer. Gerando impactos sociais, como por exemplo a "criação" e 
elitização da Zona Sul; e, ambientais, pois toda transformação causa efeito de menor 
a maior grau ao habitat, como por exemplo a extinção de algumas das praias que 
existiam no Rio. 
 Esses processos foram altamente apoiados pela sociedade que habitava tais 
espaços, houve portanto, campanhas, das mais variadas, que incentivavam o banho 
de mar. Pois, eram uma forma de valorizar e fazer com que tal área fosse 
turisticamente atrativa, tanto nacionalmente como internacionalmente. 
4 
 
O que são processos de aterramento? 
 Embora existam variados processos de aterramento, como: aterro sanitário; 
aterro controlado; aterramento elétrico; e aterramento de espaços úmidos. Todos 
baseiam-se na retirada de terra ou areia de um determinado local e a recolocação 
dele em outro. 
 No aterramento de espaços úmidos, o processo de colocação de terras ou 
areias onde antes havia mar ou água, obtendo novos solos a partir de canais dos rios 
ou do mar, utilizáveis fundamentalmente na criação de novos assentamentos 
urbanos. Grande parte da orla da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro foi 
construída usando este procedimento. 
Praias aterradas da Zona Sul carioca 
 Embora nem toda orla tenha sido construída através de aterramento, a parte 
que sofreu com a realização desta atividade, tiveram fatores diferentes para que 
houvesse a concretização de tais processos. 
 A intenção era que o Rio fosse transformado em cidade balneário e deixasse 
de ser vista como cidade portuária, uma vez que a sua proximidade com o mar fazia 
dela um grande atrativo para embarcações. Essa ideia surgiu após a propagação 
europeias de que banho de mar era algo dito como "chique". E fazia com que 
pessoas se movimentassem de suas localidades para esses espaços, gerando pólos 
de divertimento e socialização, movimentando assim a atividade turística local. 
Glória 
 
Marina da Glória 
 O bairro foi aterrado ao longo das décadas. Quando as avenidas começaram 
5 
 
a ser construídas, os edifícios eram claramente inspirados na cidade de Paris, na 
França. Devido a esses processos de aterramento, as águas foram ficando cada vez 
mais distantes da encosta. 
 A Enseada da Glória possui águas calmas devido ao quebra mar projetado 
para evitar as ressacas que avançavam sobre a cidade em tempos passados. Onde 
fica a Marina da Glória, que é um porto náutico do Rio de Janeiro, totalmente 
integrado à cidade e ao Parque do Flamengo, próximo do Centro e ao lado do 
Aeroporto Santos Dumont. 
Praia do Russel 
 
 Praia do Russel era uma praia onde hoje se encontra o Hotel Glória. 
Anteriormente, chamava-se Praia D. Pedro I. Mudou de nome em 1869 com o início 
das operações da Rio de Janeiro City Improvements Limited, a primeira empresa 
responsável pelo tratamento de esgotos na cidade. A "City", como era popularmente 
conhecida, pertencia a um banco Inglês, que adquiriu a concessão para explorar os 
serviços de tratamento de esgotos no Rio de Janeiro, do engenheiro, filho de 
ingleses João Frederico Russel, que originariamente havia ganho a concessão do 
Governo Imperial, mas em dez anos não foi capaz de formar o capital para montar a 
empresa. Russel, morava numa casa que foi demolida em 1920 para a construção 
do Hotel Glória. A Praia do Russel era uma continuação da Praia do Flamengo e 
desapareceu com a criação do Aterro do Flamengo na década de 1960 (aterro do 
bairro) assim como diversas outras praias da região e ficava onde hoje é o Hotel 
Glória. 
 
 
Antes 
 
6 
 
 
Depois 
 
 As imagens que se alternam os anos, mostram a Igreja e o bairro da Glória 
vistos em diferentes épocas. Na primeira foto, na pintura de 1790 ainda existia a 
Praia do Russel e o mar em frente ao outeiro ainda não havia sofrido aterros 
sucessivos. Na outra imagem de 2010, a Igreja da Glória é vista de uma foto tirada 
próximo ao Relógio da Glória, na Rua da Glória. 
 
 Esta foto de 2010 está um pouco à direita do ponto de vista de Leandro 
Joaquim que pintou o quadro em 1790. O ponto de vista imaginário de Leandro 
Joaquim passaria por sobre um local aproximado e próximo à atual Praça Paris como 
foi dito mais acima. Entretanto, para evidenciar as transformações ocorridas, esta 
comparação atende os objetivos de forma aproximada. 
 
Praia do Flamengo 
 
Praia do flamengo no ano de 1878 
 Localizada no Bairro do Flamengo, com 1.500 metros de extensão, desde o 
Morro da Viúva até o Largo da Glória, e faixa de areia variável de 50 a 90 m, a praia, 
7 
 
tombada pelo IPHAN, exigiu a retirada de 1.500.000 m³ de areia da Baía de 
Guanabara. Dívida em duas partes em seu projeto original, a Prainha, situada 
próxima à Marina da Glória, é separada por um quebra-mar de pedras de 120 m (o 
espigão de defesa da praia), usado como área de pescaria. Além das praias, a faixa 
de 100 m mar adentro, em todo o contorno do parque, está incluída no perímetro de 
tombamento. 
 A praia do Flamengo é a primeira das praias das encostas da Baía de 
Guanabara, sendo seguida pelas praias de Botafogo e da Urca. Em um bairro 
residencial de classe média alta, sendo a praia caracterizada principalmente pela sua 
orla, o Aterro do Flamengo, e pelos diversos prédios históricos e de luxo que podem 
ser encontrados na região. A praia é banhada com o mar da Baía da Guanabara (a 
qual está em processo de despoluição), e por isso nem sempre apropriada para 
banho. 
 Para a execução dos estudos necessários à construção da Praia do 
Flamengo, a SURSAN consultou quatro laboratórios especializados e escolheu o 
Laboratório Nacional de Engenharia de Lisboa – LNEC, por ter apresentado o menor 
preço, Cr$ 7 milhões de cruzeiros. Os estudos do Laboratório reproduziram todos os 
fenômenos influentes na estabilidade das praias a serem construídas, tais como 
ondas, marés, correntes de maré, ventos e outros estudos experimentais de detalhes 
que se fizeram necessários e indispensáveis à execução da obra. 
 A draga Ster I, construída nos Estados Unidos para trabalhar na abertura do 
Canal do Panamá, a mesma que participou da construção das praias de Botafogo e 
Ramos, foi usada no trabalho de retirada de areia do fundo da baía. Com 90 m de 
comprimento, 15 m de largura e 4 m de calado, a draga de 3.500 toneladas tinha 
uma bomba centrífuga de 2.500 cavalos-vapor, lança que alcançava até 25 metros 
de profundidade e capacidade de remover 15.000 m³ de areia do mar, por dia. Era 
iluminada por cerca de 1.500 lâmpadas e operada em três turnos, com 40 homens 
em cada um. 
 Segundo Marcos Tito Tamoyo, diretor do Departamento de Urbanização da 
SURSAN, em 1963, a obra de construção da Praia do Flamengo estava orçada em 
Cr$ 600 milhões de cruzeiros, sendo Cr$ 280 milhões a serem gastos no 
enrocamento e os outros Cr$ 320. 
 A qualidade da areia da Praia do Flamengo, segundo a classificação da 
Secretaria do Meio Ambiente, é uma das melhores de todas as praias da cidade. O 
8 
 
índice usado para a análise classifica a areia como não recomendada, regular, boa e 
ótima. A do Flamengo é classificada como boa. 
 
 
Praia do flamengo em 2016 
Motivos de aterros na praia do flamengo 
 APraia do Flamengo sofreu aterros sucessivos. No início do século 19 existiu 
o primeiro aterro para a construção da Av. Beira Mar, terminada em 1907 que seguia 
do centro da cidade até Botafogo, mas não contornava Morro da Viúva e 
posteriormente o mar ficou mais afastado com a construção do aterro ou Parque do 
Flamengo. 
 O objetivo dos aterros sofridos pela praia do flamengo foi criar vias de tráfego 
mais amplas e de alta velocidade, e também afastar a invasão de águas do mar 
quando em dias de "ressaca" ou mar bravio. 
 É a partir do séc. XIX, que o bairro do Flamengo começa a ganhar mais 
importância, principalmente a partir de 1905, com a abertura da Av. Beira Mar, 
ligando os bairros do Centro e de Botafogo. A Praia do Flamengo era, até os anos 
1950, uma pequena faixa de areia, próxima à antiga foz do rio Carioca, situada entre 
as ruas Paissandu e Barão do Flamengo. Essa configuração começou a ser 
modificada em 15 de julho de 1964, quando a draga Ster I começou a lançar a areia 
da nova praia artificial no enrocamento de proteção construído para esse fim. 
9 
 
Aterro do Flamengo 
 
Vista aérea do Parque do Flamengo 
 
 O Aterro do Flamengo é um complexo de lazer da cidade do Rio de Janeiro, 
no Brasil. Foi construído sobre aterros sucessivos na Baía de Guanabara. O parque 
estende-se do Aeroporto Santos-Dumont, no bairro do centro, ao início da Praia de 
Botafogo, na Zona Sul, possuindo duas áreas distintas: a primeira, no bairro 
da Glória, sedia o Museu de Arte Moderna (MAM), o Monumento aos Mortos na 
Segunda Guerra Mundial, a Marina da Glória, o Memorial Getúlio Vargas, o Cine 
Glória, o Monumento a Estácio de Sá, a casa de shows Vivo Rio, a Avenida Infante 
D. Henrique, um restaurante e a pequena Praia da Glória, essa região é 
chamada Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, o qual é o nome oficial do complexo. A 
segunda, separada da primeira por um pequeno quebra-mar localiza-se no bairro do 
Flamengo, e possui quadras destinadas à prática de esportes, o Museu Carmen 
Miranda, a Avenida das Nações Unidas e a Praia do Flamengo, sendo chamada 
propriamente de Parque do Flamengo. Em sua configuração atual, o parque foi 
inaugurado em 1965, com 1 200 000 metros quadrados. Situa-se o Parque do 
Flamengo, é uma área aterrada, uma parte do Rio criada artificialmente. Para tal, foi 
usada a terra proveniente do desmonte e demolição parcial do morro de Santo 
Antonio, no centro de Rio de Janeiro. A área serviu para o despejo do entulho 
retirado no desmonte do Morro de Santo Antônio, derrubado para dar lugar à 
Avenida Chile, que abriga as sedes de Petrobras e BNDES 
 Embora uma das belezas criadas pela natureza tenha sido destruída para a 
construção desta área, o aterro do flamengo se integrou à paisagem do Rio, se 
tornando também uma de suas atrações. 
10 
 
 O descampado chamou a atenção de Lotta Macedo Soares, que convenceu o 
então governador Carlos Lacerda a abandonar a ideia de fazer uma via expressa à 
beira-mar, com quatro pistas e uma mureta, e construir ali uma versão carioca do 
Central Park. Foram dois anos para criar o conceito do parque e outros três na 
infraestrutura, que incluiu a construção de um emissário submarino e o aterramento 
com entulho da obra do Túnel Rebouças e areia do fundo da Baía de Guanabara 
(dragada com uma máquina semelhante à usada na abertura do Canal do Panamá). 
 No fim das contas, o Rio ganhou uma área de lazer de 1,2 milhão de metros 
quadrados com quadras polivalentes, campos de futebol, playground, anfiteatro, 
pistas de skate e de aeromodelismo, restaurante e marina. Sem falar nas 11.600 
árvores, de 190 espécies diferentes. Assinando isso tudo, uma espécie de who is 
who da arquitetura, urbanismo e paisagismo verde e amarelos: Afonso Reidy, Ethel 
Bauzer Medeiros, Jorge Moreira, Carlos Werneck de Carvalho, Sérgio Bernardes, 
Luiz Emygdio de Mello Filho e Hélio Mamede formaram o time inicial do Grupo de 
Trabalho para a Urbanização do Aterrado Glória-Flamengo. O ajardinamento foi 
encomendado a ninguém menos que Roberto Burle Marx. 
 Curiosamente, cerca de 40% do projeto tombado não estão prontos até hoje. 
A área do parque, que hoje se estende até o início da Praia de Botafogo, teria, por 
exemplo, duas bibliotecas, que nunca foram construídas. E a atual Marina da Glória 
seria apenas um atracadouro. A inauguração aconteceria em 1965. Um dos eventos 
comemorativos da abertura do parque foi no dia 17 de outubro daquele ano. 
Oficialmente, são dois parques: o Brigadeiro Eduardo Gomes (do Aeroporto Santos 
Dumont até o Monumento aos Pracinhas) e o Carlos Lacerda (do monumento ao 
Túnel do Pasmado). 
Motivos para a criação ou construção do Aterro do Flamengo 
 Tendo o nome oficial de Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, a obra do aterro 
do Flamengo teve também como objetivo criar vias de tráfego mais amplas e de alta 
velocidade, e também afastar a invasão de águas do mar quando em dias de 
"ressaca" ou mar bravio. 
 Além destes motivos, facilitou a viabilidade prática de sua construção o fato de 
dar vazão à terra retirada do desmonte parcial do Morro de Santo Antônio, assunto 
este que é abordado mais abaixo. 
 E da mesma forma que a faixa de areia da Praia do Flamengo foi jogada para 
11 
 
dentro em direção ao mar, a praia de Botafogo também jogada para a frente, 
igualmente em direção ao mar. 
 A característica mais marcante do Parque Eduardo Gomes é a diversidade de 
sua flora, formada, principalmente, por espécies nativas selecionadas por Burle 
Marx. A riqueza vegetal atrai muitas aves. Para a travessia dos banhistas em direção 
à Praia do Flamengo, foram construídas passarelas com curvaturas suaves sobre as 
pistas expressas e passagens subterrâneas sob as mesmas. As pistas são fechadas 
ao tráfego nos domingos e feriados das sete às dezoito horas para permitir seu uso 
pelos frequentadores do parque. Ocasionalmente, as pistas são usadas para 
competições de atletismo e ciclismo. O local também é usado ocasionalmente 
para shows de grande público. Diante da oposição dos vizinhos, que temem a 
incapacidade dos transportes e a depredação do parque, esses eventos têm se 
tornado menos frequentes. 
 
Enseada de Botafogo 
 
Antes e depois da enseada de Botafogo 
 Foi aterrada em duas fases, em 1948, para a passagem da Avenida 
Beira-Mar. E em 1963, para a construção da via expressa quando tomou a forma de 
meia-lua, em termos básicos o seu contorno continua muito semelhante ao que era. 
 A enseada de Botafogo contou também com um trabalho de paisagismo e 
projeto urbano, quando no início do século 20, a praia foi aterrada para construção 
de jardins e vias de rodagem, ficando um pouco mais afastada do local onde 
situava-se originalmente. 
 
12 
 
Praia Vermelha (Urca) 
 Com pequenas dimensões e paisagem envolvente, é localizada ao lado da 
praça de onde parte o bondinho para o Pão de Açúcar, entre o Morro da Urca e o 
Morro da Babilônia, possuindo uma bela vista de um dos principais cartões postais 
da cidade. No pequeno calçadão (orla) encontram-se quiosques com mesinhas. 
A Praia Vermelha possui um pouco mais de 200 metros de extensão e uma área 
totalmente arborizada, possui uma área de preservação ambiental perto da orla. 
Sempre foi muito frequentada por moradores da Urca e agora recebe visitantes de 
outros bairros, municípios fluminenses, estados e países. Por ter sofrido aterro esta 
praia não tem areia muito extensa, seu arredor é composto por um calçadão que se 
estende por toda orla. 
 Em 2015, ela figurou como “ótima” na classificação do Instituto Estadual de 
Ambiente (Inea),só ficando atrás da Prainha e do Recreio. Apesar de ficar na 
entrada da poluída Baía de Guanabara, sua localização próxima ao oceano favorece 
a qualidade da água. O fato de a Praia Vermelha apresentar ótimas condições para o 
banho tem uma explicação, segundo o gerente de qualidade da água do Inea, 
Leonardo Daemon: “A praia não tem extravasamento ativo de esgoto em suas 
águas, nem desaguamento de rios e canais. Sua balneabilidade é afetada somente 
nos casos de chuvas intensas, quando ocorre escoamento de águas pluviais para o 
mar. Além disso, está localizada numa região de grande profundidade, o que 
favorece a renovação e a passagem de correntes.” 
 
Surgimento da Praia Vermelha 
 
Antes 
13 
 
 A praia vermelha só passou a existir depois do aterro que conectou o Pão de 
Açúcar / Urca ao continente, e posteriormente foi feito o mencionado porto com o 
nome homenageando Martin Afonso. O morro cara de cão e o pão de açúcar com a 
praia de fora eram uma ilha, cujo nome era ILHA DA TRINDADE. Somente no século 
XVII (em 1697) é que se fez o aterro que ligou a ilha ao continente. 
 Existem duas fortalezas - a antiga fortaleza dos franceses (expulsos) na Ilha 
de Villegaignon, onde fica atualmente a Escola Naval e a fortaleza portuguesa onde 
começou a cidade do Rio de Janeiro (Cidade velha) transferida para o Morro do 
Castelo por falta de espaço onde era a ilha do Pão de açúcar (na época ilha da 
Trindade). 
 A área em torno do Pão de Açúcar: não existiam a Praia Vermelha nem o 
terreno da Praça General Tibúrcio, que estavam cobertos pelo mar. O Oceano 
Atlântico comunicava-se diretamente com as praias da Saudade e de Botafogo. O 
Morro da Urca, o Pão de Açúcar e o Cara-de-Cão formavam um conjunto rochoso 
separado do continente - a Ilha da Trindade. Somente em 1697 é que se fez o aterro 
que ligou a ilha ao continente. 
 A descoberta deste fato sanou a dúvida de o porquê Estácio de Sá teria 
escolhido um local tão vulnerável para se fixar e fundar a cidade. Pois separado do 
continente, o conjunto do Morro Cara-de-Cão dificultava o ataque dos tamoios e dos 
franceses por terra. 
 
Depois 
 
 
14 
 
Praia de Copacabana / Leme 
 
Antes do alargamento e habitação de Copacabana 
 Copacabana foi integrada ao sistema defensivo da cidade, para evitar a 
entrada de embarcações ''inimigas", devido as dificuldades de se chegar a essa 
localidade, por muito tempo só foi vista assim. Com fortes localizados nas suas duas 
extremidades, um na ponta correspondente a Copacabana e outro na ponta 
correspondente ao Leme. Após um interesse da elite carioca, abriu-se um túnel que 
faria o acesso à Copacabana mais fácil 
 Na década de 1970 iniciam-se importantes obras em Copacabana/Leme para 
a construção do interceptor oceânico, obra de saneamento de grande porte para 
atender a toda a Zona Sul, o alargamento da Avenida Atlântica para deter as 
constantes ressacas, tornando a faixa de areia maior e com novas pistas para 
movimentação urbana. Transformação da praia natural de Copacabana em praia 
aterrada e artificial. 
 Projetada para ser apenas uma rua de serviço, num bairro de meia dúzia de 
casas, a Avenida Atlântica foi inaugurada, no início do século XX, com apenas quatro 
metros de largura. Servia ao trânsito de pedestres - em toda a cidade, circulavam 
pouco mais de 150 carros. 
 No início da década de 10, com a popularização do automóvel e o modismo 
do banho de mar, a avenida passou por sua primeira ampliação, para 19 metros de 
largura. Em 1924, destruída por uma ressaca, foi alvo de nova reforma, desta vez 
com a construção dos primeiros postos de salvamento. 
 Depois da grande duplicação, a Av. Atlântica ainda passaria por outras 
reformas. Em 1975, foram erguidos novos postos de salvamento. Anos depois, o 
15 
 
estacionamento foi proibido e a prefeitura construiu a ciclovia. 
 É importante ressaltar que independentemente da duplicação da Avenida 
Atlântica, o aterramento de espelhos d'água aconteceria, pois a construção do 
interceptor oceânico demandava tal procedimento. 
 Foi um dos primeiros alargamentos feitos do mundo, e por isso talvez tenha 
tantos defeitos, como a vala criada que acabou com a alegria dos surfistas e, a cor 
da areia colocada, que foi a areia da enseada de Botafogo, que pode ter granulação 
semelhante da areia original, mas é muito mais escura e cheia de sedimentos, 
somando-se ainda a virulência do aterro, em muitos lugares, afastando o mar 80 
metros de sua zona de arrebentação original, ou seja, a areia nunca é lavada pelo 
mar em determinadas áreas. 
 O aterro foi feito com várias dragas equipadas com potentes motores que 
sugavam a areia do fundo da enseada, uma parte era depositada em dragas com 
fundo basculante, que iriam despejar o conteúdo perto da arrebentação, no mar. A 
outra parte da areia era bombeada, junto com a água através de tubulações que se 
dirigiam rumo à Copacabana, lá elas eram direcionadas para onde era necessário o 
carreamento da areia, saindo com pressão e na forma de uma lama, com fortes 
agravantes, pois como era puxada do fundo de uma enseada que se caracteriza pela 
ausência de correntes marítimas e estagnação de suas águas, se dirigiam rumo a 
Copacabana além da areia vários sedimentos como cascalho e conchas, o que 
ajudou a areia ficar ainda mais escura e nisso a praia ia sendo aterrada, ou dessa 
maneira direta, ou pela areia jogada pero da zona de arrebentação, onde as 
correntes faziam o resto. 
 
 
Depois do alargamento da faixa de areia 
 
16 
 
Impactos ambientais sob um aspecto geral 
 O aterro de espelhos d'água causa danos significativos ao meio ambiente, 
agravado pelo fator de interligação sinergética global. Ou seja, o mínimo de impacto 
gerado em determinado local, gera uma reação em cadeia de danos ao ecossistema. 
 Um exemplo disso é a extinção por aterramento da praia do Russel, onde 
houve uma mudança severa de um espaço que era constante e altamente úmido 
para seco. Esgotando-se assim, com vários biomas que ali existiam. 
 Em Copacabana, não há a renovação das areias da praia, decorrente do largo 
afastamento que existe entre os grãos totais e a zona de arrebentação, agravados 
pela notável diferença entre a areia original e a de aterramento, oriunda do fundo da 
enseada de Botafogo. Onde, por mais que possuam semelhantes granulometrias, há 
a presença de diferentes materiais de composição. Gera-se assim uma quebra do 
equilíbrio natural, por um artificial. 
 No Flamengo, com o sucessivo aterro, houve deterioração do espaço e da 
biodiversidade local, suas águas são impróprias para banho, pois são oriundas da 
Baía de Guanabara, extremamente poluída. Suas areias de aterramento são de 
fundo de Baía, ou seja, uma areia que não condiz com o espaço original, 
desequilibrando o espaço. Houveram tentativas de recuperação do espaço, com a 
criação de parques arborizados, mas os danos ambientais são irreparáveis. 
17 
 
Anexos 
 
Hotel Glória 
 
 
O banho na praia do flamengo em 1918. 
 
18 
 
 
Vista noturna da praia do Flamengo 
 
 
Na foto, vemos o Largo da Glória e Praia do Russel 
 
 
Arredores da Praia Vermelha 
19 
 
Conclusão 
 A percepção adquirida ao realizar-se esta pesquisa, é obtida ao fato de que o 
Rio de Janeiro conhecido mundialmente como desenhado com traços naturalmente 
belos, possui o homem como co-autor dessa obra. A partir de constantes processos 
de aterramento modificaram a paisagem carioca, criando praias, extinguindo outras. 
 A Zona Sul do Rio foi diretamentee indiretamente influenciada por esses 
procedimentos aliados ainda aos ideais europeus em alta na época. Como vias 
amplas; estruturas fomentadas pela Belle Èpoque; elitização do espaço devido às 
dificuldades de acesso (melhorado posteriormente); utilização da área como lazer. 
 Indo de encontro ao desenvolvimento carioca, existem os impactos ambientais 
que essas transformações causaram, como por exemplo, destruição de biomas por 
modificações em larga escala, devido aos aterros de espelhos d'água. 
Consequentemente, causando diminuição do mesmo, ou até a redução significativa, 
considerado extinção, de tal espaço. 
 Há a necessidade de observação da correlação entre desenvolvimento social 
e modificações ambientais irreversíveis. Ou seja, adquirir a percepção de que a 
sociedade deve evoluir, mas aliando-se aos processos naturais vigentes, sem 
danificar a sinergia ambiental, a fim de que preserve-se a natureza como um todo, e 
não apenas como uma parcela dos interesses públicos de exploração. 
 
20 
 
Webgrafia 
 
<https://www.google.com.br/search?q=pista+de+Cooper+Cl%C3%A1udio+Coutinho&
rlz=1C1AWUA_enBR779BR783&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi7vN
n5-dDaAhUBQZAKHeqUDi4Q_AUICygC&biw=1600&bih=794#imgrc=LdpbiJ7lpdRM
YM:> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 23h57) 
<https://www.google.com.br/search?rlz=1C1AWUA_enBR779BR783&biw=1600&bih
=794&tbm=isch&sa=1&ei=8B3eWsafDYyKwgS81J8I&q=pista+de+Cooper+Cláudio+
Coutinho+natureza&oq=pista+de+Cooper+Cláudio+Coutinho+natureza&gs_l=psy-ab.
3...924498.926492.0.926922.9.9.0.0.0.0.311.1074.2-3j1.4.0....0...1c.1.64.psy-ab..5.0.
0....0.rU3ZPxrjQcE#imgrc=gchFgSzm0I85IM:> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 00h10) 
<https://www.google.com.br/search?biw=1600&bih=745&tbm=isch&sa=1&ei=8ifeWq
KfOYiiwgT08J-oBQ&q=praia+de+russsel&oq=praia+de+russsel&gs_l=psy-ab.3...137
9157.1385708.0.1385941.19.18.0.0.0.0.330.1711.2-4j2.7.0....0...1c.1.64.psy-ab..12.5.
1378.0..0j0i67k1.285.lxNv2hmA204#imgdii=aFUNk8uD4KBP5M:&imgrc=mPkYO2cmj
r5oWM:> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 00h28) 
<https://www.google.com.br/search?biw=1600&bih=745&tbm=isch&sa=1&ei=8ifeWq
KfOYiiwgT08J-oBQ&q=praia+de+russsel&oq=praia+de+russsel&gs_l=psy-ab.3...137
9157.1385708.0.1385941.19.18.0.0.0.0.330.1711.2-4j2.7.0....0...1c.1.64.psy-ab..12.5.
1378.0..0j0i67k1.285.lxNv2hmA204#imgdii=3ZjRJ4LafuHxhM:&imgrc=89TRSwwGrra
BLM:> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 00h36) 
<https://www.google.com.br/search?biw=1600&bih=794&tbm=isch&sa=1&ei=SCXeW
rXZM8T7wQTOp7jABQ&q=praia+do+flamengo+atualmente+rj&oq=praia+do+flamen
go+atualmente+rj&gs_l=psy-ab.3...35230.36158.0.36741.3.3.0.0.0.0.258.738.2-3.3.0.
...0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.tnxLl9s54Cc#imgdii=t1jq1Y-pE5nAvM:&imgrc=KjCm2f
W5-O6AvM:> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 00h47) 
<https://www.google.com.br/search?q=fotos+antigas+da+praia+do+flamengo&source
=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwja6sCV84LYAhVEON8KHSTsB3gQ_AUICigB
&biw=1600&bih=783#imgdii=uh4vsTaMSwnpKM:&imgrc=gxj32xMYdkcQnM:> (- 
Acesso dia 19/04/2018 ás 00h55) 
 
<https://ama2345decopacabana.wordpress.com/planejamento-urbano/a-historia-do-e
sgotamento-de-esgoto-no-rio-de-janeiro/> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 22h40) 
21 
 
<https://seaerj.org.br/2016/08/25/interceptor-de-esgotos-nao-existiria-sem-o-alargam
ento-da-praia-de-copacabana/> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 23h30) 
<https://revista.zapimoveis.com.br/conheca-a-historia-de-copacabana/> (- Acesso dia 
18/04/2018 ás 23h48) 
<http://acervo.oglobo.globo.com/rio-de-historias/nos-anos-70-avenida-atlantica-duplic
ada-ganha-novo-visual-8901666 > (- Acesso dia 20/04/2018 ás 00h13) 
<https://www.google.com.br/search?q=projeto+rio+orla+1990&sa=X&biw=1366&bih=
662&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ved=0ahUKEwiv36Skl8raAhUCiJAKHf1ABz8Qs
AQIMQ#imgrc=_> (- Acesso dia 20/04/2018 ás 20h35) 
<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1501951> (- Acesso dia 
21/04/2018 ás 21h20) 
<https://revista.zapimoveis.com.br/gloria-bairro-e-uma-volta-ao-passado/> (- Acesso 
dia 22/04/2018 ás 23h57) 
<http://acervo.oglobo.globo.com/rio-de-historias/entre-centro-a-zona-sul-comeca-surg
ir-aterro-do-flamengo-8891834> (- Acesso dia 22/04/2018 ás 22h33) 
<http://www.rio.rj.gov.br/web/secpar/marina-da-gloria> (- Acesso dia 22/04/2018 ás 
21h) 
<http://www.parquedoflamengo.com.br/equipamentos/a-nova-marina-da-gloria/> (- 
Acesso dia 19/04/2018 ás 18h40) 
<http://www.riodejaneiroaqui.com/pt/enseadas.html> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 
19h30) 
<http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download/2418_O%20Rio%20de%20J
aneiro%20e%20sua%20orla.pdf> (- Acesso dia 19/04/2018 ás 22h47) 
<http://blog.leetelemensagem.com.br/2010/03/23/as-7-maravilhas-do-rio-de-janeiro/> 
(- Acesso dia 19/04/2018 ás 23h) 
<http://www.casaruibarbosa.gov.br/escritos/numero07/escritos%207_09_as%20praia
s%20cariocas.pdf> (- Acesso dia 20/04/2018 ás 22h50) 
<https://ama2345decopacabana.wordpress.com/planejamento-urbano/processo-de-u
rbanizacao-em-copacabana/> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 19h30) 
<http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/gloria-1790.html#> (- Acesso dia 
18/04/2018 ás 20h16) 
<https://m.oglobo.globo.com/rio/bairros/dez-lugares-do-rio-que-nao-existem-mais-141
04346> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 21h16) 
<http://www.urca.net/historia.htm> (- Acesso dia 17/04/2018 ás 20h10) 
<http://www.praias-360.com.br/rio-de-janeiro/rio-de-janeiro/praia-vermelha> (- Acesso 
dia 17/04/2018 ás 20h40) 
22 
 
<http://visit.rio/que_fazer/praia-vermelha/#topbar> (- Acesso dia 17/04/2018 ás 
21h22) 
<http://www.praias-360.com.br/rio-de-janeiro/niteroi/praia-vermelha> (- Acesso dia 
17/04/2018 ás 21h50) 
<http://www.praias.com.br/estado-rio-de-janeiro/praias-do-rio-de-janeiro/31-praia-do-fl
amengo.html> (- Acesso dia 17/04/2018 ás 23h30) 
<http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_07&pagfis
=27653&url=http://memoria.bn.br/docreader#> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 02h05) 
<http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_07&pagfis
=43855&url=http://memoria.bn.br/docreader#> (- Acesso dia 18/04/2018 ás 01h10) 
<http://www.tz.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.136/4048> (- Acesso dia 
18/04/2018 ás 00h25) 
<http://www.praias-360.com.br/rio-de-janeiro/rio-de-janeiro/praia-do-flamengo> (- 
Acesso dia 18/04/2018 ás 00h45) 
<http://loucosporpraia.com.br/flamengo-rio-de-janeiro-rj/> (- Acesso dia 18/04/2018 
ás 00h15) 
<http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/fl-historia.html> (- Acesso dia 
18/04/2018 ás 01h10) 
<https://www.slideshare.net/daniel_accioly/o-rio-antigo-de-guta-carlos-gustavo-82623
11/20?smtNoRedir=1> (- Acesso dia 20/04/2018 ás 02h24) 
<https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT4jfw2YHAE_SxQKtbOXr
LY7nYXZ_GoJ3abSHuQ6laR9N8r4ZkCdQ> (foto) (- Acesso dia 20/04/2018 ás 
22h31) 
<http://www.rioquepassou.com.br/2004/06/05/2017/> (- Acesso dia 20/04/2018 ás 
00h27) 
<https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS9LH6enfP5GdwMH93_5
P-FkwRZn6TVss-KuTr_vUfWQiuJ4RVA8A> (foto) (- Acesso dia 17/04/2018 ás 
23h27) 
<http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-450-anos/noticia/2015/02/rio-ha-450-anos-ima
gens-comparam-paisagens-antes-e-apos-civilizacao.html> (- Acesso dia 18/04/2018 
ás 01h26)

Outros materiais