Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 GEÓRGIA CANOBRE GARCIA INGRID RIBEIRO DE CASTRO LUANA DOS REIS OLIVEIRA MICHAEL HENRIQUE DE SOUZA TATIANA CARDOSO DA CRUZ IMPACTOS E LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS EM CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA INCONFIDENTES-MG 2018 2 GEÓRGIA CANOBRE GARCIA INGRID RIBEIRO DE CASTRO LUANA DOS REIS OLIVEIRA MICHAEL HENRIQUE DE SOUZA TATIANA CARDOSO DA CRUZ IMPACTOS E LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS EM CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA Monografia apresentada como pré-requisito avaliativo à disciplina de Gerenciamento Ambiental, do curso de Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Inconfidentes. Professora: Ângela Simone Freitas Lima INCONFIDENTES-MG 2018 3 SUMÁRIO LISTA DE ABREVEAÇÕES ________________________________________________ 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES _________________________________________________ 5 LISTA DE TABELAS ______________________________________________________ 6 1 INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 7 2 METODOLOGIA ______________________________________________________ 8 3 REFERENCIAL TEÓRICO _____________________________________________ 9 3.1 FATORES AMBIENTAIS E SOCIAIS _______________________________________ 9 3.2 IMPACTOS AMBIENTAIS DE CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA ____________ 10 3.2.1 Impactos sobre o meio biótico ____________________________________________________ 10 3.2.2 Impactos sobre o meio físico _____________________________________________________ 12 3.2.3 Impactos sobre o meio socioeconômico ____________________________________________ 13 3.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL ______________________________________________________________________ 18 3.3.1 Licenciamento ambiental e Licenças _______________________________________________ 18 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ____________________________________________ 22 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ____________________________________ 23 4 LISTA DE ABREVEAÇÕES ABNT Associacao Brasileira de Normas Técnicas ADEME Agência de o Ambiente e Gestão de Energia (Agence de l'Environnement et de la Maîtrise de l'Energie) CO2 Dióxido de carbono CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente dB Decibel EIA Estudo de Impacto Ambiental FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente GCE Gestão da Crise de Energia Elétrica Hz Hertz IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Km Quilômetros LI Licença de Instalação LO Licença de Operação LP Licencia Prévia M Metros MW Megawatt OEMA Órgão Estadual de Meio Ambiente PCA Programa de Controle Ambiental R$ Real – moeda brasileira RAS Relatório Ambiental Simplificado RBF Ruído de baixa frequência RDAE Relatório de Desempenho Ambiental do Empreendimento RDPA Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais RIMA Relatório de Impacto Ambiental SIN Sistema Interligado Nacional SMCQ Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental USA Estados Unidos da América (United States of America) 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Aerogerador Chinês _______________________________________________________ 11 Figura 2 - Convívio de animais com aerogeradores. ______________________________________ 12 Figura 3 - Degradação na área de uma central de energia eólica _____________________________ 12 Figura 4 - Aerogeradores na cidade de Caeté, Bahia ______________________________________ 14 Figura 5 - Impacto visual em Centro de Energia Eólica ___________________________________ 16 Figura 6 - Aerogeradores com Interferências ____________________________________________ 17 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Distância da Torre para as Residências/Política Adotada __________________________ 14 Tabela 2 - Custos estimados para elaboração de estudos ambientais __________________________ 20 7 1 INTRODUÇÃO Durante praticamente toda a existência do homo sapiens na Terra, os seres humanos têm presente a ideia de que a natureza está a sua disposição para satisfazer suas necessidades e vontades. No princípio, a relação do homem com a natureza era de subsistência. Mas, com o passar do tempo, à medida em que foram evoluindo, sua forma de relacionamento com a natureza foi, de forma crescente, deixando de ser apenas de subsistência, o que produziu muitos danos à natureza, à biodiversidade, entre outros. Por séculos, não se questionou o limite do uso da natureza pelo homem. Foi, principalmente, a partir dos anos 1970 que se passou a questionar que a capacidade de suporte do planeta é limitada, que a utilização desenfreada e desordenada dos recursos naturais, sejam eles renováveis ou não renováveis, decorrente de um estilo de vida baseado no consumo e, a poluição, como consequência desse uso, podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente. Tem-se entendido que a energia elétrica é item essencial à vida e, portanto, deve enquadrar-se nas questões ambientais alvo da preservação para as gerações atuais e futuras. Entretanto, algumas, além do impacto esperado, geram também um dano, por vezes irreparável, irreversível e incomensurável. A energia elétrica produzida pela ação dos ventos, a partir da década de 70, voltou a ser avaliada e testada mais objetivamente, principalmente nos USA e na Alemanha com o desenvolvimento de novos projetos de turbinas especiais para captação da energia dos ventos e torná-la economicamente viável e, assim a utilização de recursos renováveis. Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade. Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca e atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo. No nordeste brasileiro, principalmente no Ceara, iniciaram os primeiros programas de levantamento e instalações de potencial eólico através de medidas de vento com modernos anemógrafos computadorizados. Porém, não somente a costa do Nordeste tem áreas de grande potencial eólico, em Minas Gerais, uma central eólica está em funcionamento, desde 1994, em uma região afastada mais de 1000 km da costa marítima com excelentes condições de vento. A capacidade instalada no Brasil é de aproximadamente 20,3 MW, com turbinas eólicas de médios e grandes portes conectadas à rede elétrica. O objetivo deste trabalho é ressaltar os impactos ambientais, bem como os licenciamentos necessários para a construção, implantação e funcionamento de centrais de energia eólica. 8 2 METODOLOGIA Este trabalho foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico dentro do que há disponível na literatura sobre o tema proposto. Desta forma, diversos artigos, livros e revistas foram consultados para tratar sobre os impactos e licenciamentos ambientais em centrais de energia eólica. 9 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 FATORESAMBIENTAIS E SOCIAIS A energia dos ventos é uma abundante fonte de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares. A utilização desta fonte energética para a geração de eletricidade, em escala comercial, teve início há pouco mais de 30 anos. No início da década de 70, com a crise mundial do petróleo, houve um grande interesse de países europeus e dos Estados Unidos em desenvolver equipamentos para produção de eletricidade que ajudassem a diminuir a dependência do petróleo e do carvão que não são renováveis e agridem o meio ambiente. Uma grande quantidade de novos empregos foi criada e uma sólida indústria desenvolvida. Atualmente, a indústria de turbinas eólicas vem acumulando crescimentos anuais acima de 30% e movimentando cerca de 2 bilhões de dólares em vendas por ano. A geração de energia elétrica através turbinas eólicas é uma alternativa para uma gama diversa de níveis de demanda. Pequenas centrais podem suprir pequenas localidades distantes das redes, contribuindo para o processo de melhoria da qualidade de vida. Quanto às centrais de grande porte, estas têm potencial para atender uma significativa parcela do Sistema Interligado Nacional (SIN) com importantes ganhos ambientais tais como: contribuindo para a redução da emissão de poluentes pelas usinas térmicas na atmosfera; diminuindo a necessidade da construção de grandes reservatórios; e reduzindo o risco gerado pela sazonalidade hidrológica. Os custos de um sistema eólico estão fortemente ligados às características do vento no local de sua instalação sendo diretamente proporcional à sua intensidade, quanto maior a velocidade e as quantidades anuais de vento menor o custo. Também irá influenciar no custo do sistema a irregularidade do terreno com suas dificuldades de instalação. O sistema eólico está se tornando vantajoso, quando há disponibilidade de ventos constantes, tanto no aspecto econômico como no ambiental. Com relação ao impacto ambiental, pode-se dizer que somente dois elementos são os que atuam com mais intensidade e que merecem maior cuidado, um é a emissão de ruídos dos aerogeradores devido ao funcionamento mecânico e ao efeito aerodinâmico. O ruído emitido pelos aerogeradores decresce de 50 dB junto aos aerogeradores para 35 dB a uma distância de 450 m das torres. Os efeitos fisiológicos sobre o sistema auditivo somente começam a agir a partir dos 65 dB. No entanto, valores mais altos que 40 dB podem provocar efeitos psíquicos sobre o homem sendo o nível de ruído recomendável inferior a 40 dB. O ruído de 40 dB corresponde a uma distância dos aerogeradores de 200 m. Um segundo elemento são as ondas eletromagnéticas refletidas pelos aerogeradores. Isso implica que podem interferir e perturbar sistemas de telecomunicações. Estas interferências não são significativas. No entanto, é necessário efetuar estudos mais detalhados quando o parque se situa junto de aeroportos ou de sistemas de retransmissões. 10 Entre os principais impactos socioambientais negativos das usinas eólicas destacam-se os sonoros e os visuais. Os impactos sonoros são devidos ao ruído dos rotores e variam de acordo com as especificações dos equipamentos (ARAUJO, 1996). Os impactos visuais são decorrentes do agrupamento de torres e aerogeradores, principalmente no caso de centrais eólicas com um número considerável de turbinas. Os impactos variam muito de acordo com o local das instalações, o arranjo das torres e as especificações das turbinas. Apesar de efeitos negativos, como alterações na paisagem natural, esses impactos tendem a atrair turistas, gerando renda, emprego, arrecadações e promovendo o desenvolvimento regional. Outro impacto negativo das centrais eólicas é a possível interferência nas rotas de aves, que deve ser devidamente considerada nos estudos e relatórios de impactos ambientais. 3.2 IMPACTOS AMBIENTAIS DE CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota. Além disso, não polui durante sua operação, portanto é vista como uma contribuição para a redução de emissão de gases de efeito estufa e na redução da concentração de CO2. Estas inquestionáveis vantagens não impedem que se tenham feito estudos sobre todo o tipo de impactos que ela possa constituir. Sendo os mais importantes referidos e analisados em seguida. 3.2.1 Impactos sobre o meio biótico 3.2.1.1 Supressão da vegetação As usinas eólicas podem provocar impactos na fauna e na flora local durante a fase de construção e durante a permanência do empreendimento ou sua exploração, os impactos recorrentes são supressão da vegetação, remoção de terra e compactação do terreno por maquinas. O desmatamento promove a supressão de ambiente com fauna e flora e a fragmentação local dos ecossistemas relacionados. Estudos demonstram que essas atividades geralmente são realizadas em um sistema ambiental de preservação permanente podendo gerar a extinção de setores fixados pela vegetação, bem como a supressão de ecossistemas antes ocupados por fauna e flora específicas (MEIRELES, 2009). 3.2.1.2 Fauna Entre os impactos na fauna, a implantação de uma usina eólica pode gerar de forma direta e indireta danos sobre as aves como risco de colisão com os aerogeradores; colisão com as linhas de 11 transporte de energia; alteração do sucesso reprodutor; perturbação na migração; perda de habitat de reprodução e alimentação; alteração dos padrões de movimentação e utilização do habitat devido à perturbação associada à presença das turbinas. De acordo com Tolmasquim (2004), empreendimentos eólicos fora de rotas de imigração não perturbam os pássaros, e que eles tendem a mudar sua rota de voo entre 100 a 200 metros, passando acima ou ao redor da turbina. As turbinas de vento para geração de energia eólica representam uma grande ameaça para as populações de morcegos. A rotação das turbinas causa uma queda da pressão atmosférica na região próxima à extremidade das lâminas, e quando um morcego passa por essa zona de baixa pressão seus pulmões sofrem uma expansão repentina, o que resulta no rompimento dos vasos capilares do órgão causando hemorragia interna. As aves, por sua vez, são menos impactadas que os morcegos, pois, graças ao seu sistema respiratório mais robusto, não sofrem com o problema de despressurização. (MIGRANE, 2004). Pintar as pás em cores mais visíveis pode aumentar a sua visibilidade, reduzindo o número de colisões. Mas em termos de mortalidade de aves, a localização da usina eólica, é sem dúvida o mais importante. Figura 1 - Aerogerador Chinês A correta localização de empreendimentos eólicos pode reduzir os efeitos negativos no meio ambiente em alguns grupos faunísticos. Entretanto, os estudos com foco nesses impactos ainda são recentes. A implantação da usina eólica pode implicar na interferência da fauna terrestre, primeiro por atingir seus habitats, e, segundo, pelo aumento da movimentação e ruído na fase de implantação, que tende a afugentar a fauna para outras localidades, podendo esta, sofrer atropelamentos nas rodovias. Porém nota-se o retorno da fauna terrestre quando do término das obras. Visitas técnicas realizadas em áreas fundiárias que receberam a construção de usinas eólicas evidenciam o bom convívio de animais com as torres. 12 Figura 2 - Convívio de animais com aerogeradores. 3.2.2 Impactos sobre o meio físico 3.2.2.1 Degradação da área afetada As usinas eólicas quando em operação ou em processo de instalação podem degradar consideravelmente a área ocupada, devido ao processo de desmatamento, detopografia, e de terraplenagem, pois é necessária a criação e manutenção de uma rede de vias de acesso para os aerogeradores. Os impactos gerados pela terraplanagem estão relacionados com atividades de retirada e soterramento da cobertura vegetal, abertura de cortes transversais e longitudinais e aterros, para a abertura de vias de acesso, área de manobra para caminhões, e a preparação do terreno para a instalação do canteiro de obras. Outro impacto é o da introdução de material sedimentar para impermeabilização e compactação do solo, quando da etapa do processo de implantação. Figura 3 - Degradação na área de uma central de energia eólica 13 3.2.2.2 Alteração do nível hidrostático do lençol freático As atividades de terraplanagem podem alterar o nível hidrostático do lençol freático, influenciando no fluxo de água subterrânea, visto que os cortes e aterros possivelmente serão submetidos a obras de engenharia para a estabilidade dos taludes e as vias compactadas para possibilitar o tráfego de caminhões. O conjunto de impactos ambientais poderá interferir no controle da erosão, dinâmica hidrostática e disponibilidade de água doce, supressão de habitats e alterações da paisagem vinculadas aos aspectos cênicos e de lazer. 3.2.3 Impactos sobre o meio socioeconômico 3.2.3.1 Emissão de ruído As turbinas eólicas produzem dois tipos de ruído: o ruído mecânico de engrenagens e geradores, e ruído aerodinâmico das pás. Os ruídos mecânicos têm sido praticamente eliminados através de materiais de isolamento. O ruído aerodinâmico é produzido pela rotação das pás gerando um som sibilante que é uma função da velocidade de ponta. Os projetos modernos de usinas eólicas estão sendo otimizados com escopo de reduzir o ruído aerodinâmico. O aumento das emissões de som das turbinas eólicas está relacionado com aumento da velocidade do vento. No entanto, o ruído de fundo que normalmente aumenta mais rápido que o som da turbina, tende a mascarar o ruído das mesmas com o crescimento da velocidade do vento (NOISE ASSOCIATION, 2002). Níveis de ruído diminuem à medida que aumenta a distância entre turbinas eólicas e são mais comumente expressos em dB (A), decibéis medidos na escala A, por ser esta a escala que mais se aproxima da percepção humana do ruído. Quando há pessoas que vivem perto de uma usina eólica, os cuidados devem ser tomados para garantir que o som das turbinas de vento seja em um nível razoável em relação ao nível de som ambiente na área. Devido à grande variação dos níveis de tolerância individual ao ruído, não há nenhuma maneira completamente satisfatória para se medir os seus efeitos subjetivos, ou as reações correspondentes de aborrecimento e insatisfação (NOISE ASSOCIATION, 2002). O aborrecimento individual para o ruído é um tema muito complexo, mas estudos demonstraram uma correlação entre o ruído incômodo com a interferência visual e a presença de características de som intrusivo. (WINDS ENERGY, 2012). As emissões de ruídos são reguladas por normas técnicas da ABNT nº 10.151 e 10.152. Vários estudos têm demonstrado os perigos deste tipo de decibéis à saúde humana. Decibéis do tipo B e C, chamados de infrassom, embora inaudíveis são sentidos como uma vibração no corpo, mesmo dentro das casas, sendo prejudiciais à saúde tanto quanto ou mais do que o tipo A que podem causar falta de sono, náuseas, tonturas, dores de cabeça, aumento de pressão arterial, agressividade e outros. Os 14 impactos do ruído dependem de vários fatores: direção e força do vento, altura e tipo de vento, topografia, pressão do ar, obstáculos e fenômenos físicos específicos (NOISE ASSOCIATION, 2002). Figura 4 - Aerogeradores na cidade de Caeté, Bahia Vários estudos registraram um conjunto comum de efeitos adversos à saúde de pessoas que vivem próximas aos aerogeradores. Esses sintomas começaram após o funcionamento das usinas eólicas, e incluem: • dor de cabeça; • distúrbios do sono; • zumbido e/ou pressão nos ouvidos; • náuseas; • tonturas; • taquicardia; • problemas de concentração e memória; • episódios de pânico com sensação de pulsação interna ou trêmula. Esses distúrbios têm sua principal causa o efeito da baixa frequência do ruído de turbinas eólicas nos órgãos do ouvido interno. Na Tabela 1, consta um resumo das pesquisas realizadas sobre a distância a ser definida entre a torre de eólica e residências próximas. Tabela 1 - Distância da Torre para as Residências/Política Adotada PAÍS DISTÂNCIA DA TORRE PARA AS RESIDÊNCIAS Bélgica 150 a 500 m República Checa 400 a 800 m Dinamarca 4 vezes a altura da torre França 250 a 500 m, conforme ADEME 15 Romênia 3 vezes a altura da torre, podendo ser menor conforme decisão em audiência publica Itália Calabria e Molise: 5 vezes a altura da torre Basilicata: 2.000 m Campania: 10 vezes a altura da torre Irlanda do Norte Mínimo de 500 m Fonte: Adaptado de FEAM, 2013 Apesar da ausência de estudos conclusivos, o princípio da precaução justifica a cessação do funcionamento de qualquer usina eólica em zonas habitadas, mesmo que a comunidade local o tenha aceito. 3.2.3.2 Impacto visual Os modernos aerogeradores, com alturas das torres superiores a 100 m e comprimento das pás de acima de 30 m, constituem obviamente uma alteração visual da paisagem. Os estudos de impacto ambientais devem identificar, descrever e avaliar os efeitos diretos e indiretos do projeto sobre a paisagem. Nota-se que o impacto visual diminui com a distância. As zonas de visibilidade teórica podem ser definidas como (UNIVERSITY OF NEWCASTLE, 2002, apud WINDS ENERGY, 2012): • Zona I - Visualmente dominante: as turbinas são percebidas como de grande porte e o movimento das lâminas é óbvio. A paisagem imediata é alterada. Distância de até 2 km. • Zona II - visualmente intrusivas: as turbinas são elementos importantes na paisagem e são claramente percebidas. O movimento das lâminas é claramente visível e pode atrair os olhos. As turbinas não são necessariamente os pontos dominantes na visão. Distância entre 1 e 4,5 km, em condições de boa visibilidade. • Zona III - Notável: as turbinas são claramente visíveis, mas não intrusivas. A usina eólica é perceptível como um elemento na paisagem. O movimento das lâminas é visível em boas condições de visibilidade, mas as turbinas parecem pequenas no panorama global. Distância entre 2 e 8 km, dependendo das condições meteorológicas. • Zona IV - Elemento na paisagem distante: o tamanho aparente das turbinas é muito pequeno. As turbinas são como qualquer outro elemento na paisagem. O movimento de lâminas geralmente é imperceptível. Distância de mais de 7 km. 16 Figura 5 - Impacto visual em Centro de Energia Eólica Embora o impacto visual seja muito específico para o local, em uma usina eólica em particular, algumas características no design e implantação podem ser identificadas para minimizar o seu impacto potencial visual: • O tamanho e tipo similares de turbinas em uma usina eólica ou de várias adjacentes. • A seleção de design de turbinas eólicas (torre, cor) de acordo com as características da paisagem. • Seleção de cor neutra e pintura antirreflexo para torres e pás. • Pintura de camuflagem próxima a instalações militares, para evitar que os aerogeradores constituam pontos de referência. • O panorama visual melhora com a distribuição de turbinas em linha. 3.2.3.3 Interferências eletromagnéticas Os aerogeradores podem refletir as ondas eletromagnéticas. Isso implica que podem interferir e perturbar sistemas de telecomunicações, podendoafetar a qualidade de rádio e telecomunicações, bem como comunicações de micro-ondas, celular, internet e transmissão via satélite. A avaliação de impacto deve abordar o problema, mas nem sempre pode garantir a segurança da distribuição ótima do campo magnético. A interferência eletromagnética com a comunicação aeronáutica não será um problema criado pela usina eólica, desde que o projeto contemple uma distância mínima do aeroporto e, ainda, uma área de servidão radioelétrica de ação da torre de eólica em relação à rota de navegação da aeronave. 17 Figura 6 - Aerogeradores com Interferências 3.2.3.4 Efeito estroboscópio dos aerogeradores O efeito estroboscópico é devido à passagem das lâminas antes do sol que ocorre no início ou no final do dia quando o sol está mais baixo no céu. O grau de sombreamento intermitente depende da distância da torre, da latitude do local, do período do dia e do ano. Torna-se mais relevante quanto menor for a distância das pás e o receptor, bem como o fato de estar em uma mesma altitude. Segundo pesquisas, o sombreamento intermitente pode causar incômodo e prejudicar pessoas que sofrem de epilepsia, além de náuseas e dores de cabeça nos moradores afetados. É o chamado efeito estrosbocópico (PIRES, 2010). O efeito é sentido em uma distância até dez vezes o diâmetro das pás e depende da direção das turbinas eólicas de residências. O efeito é bem documentado em diversos países do mundo, porém mal regulado. 3.2.3.5 Interferências locais Para a população situada no entorno da área de influência direta, os impactos mais significativos gerados pela execução das obras de construção da usina eólica se relacionam com as interferências locais e as expectativas geradas em razão da efetivação do empreendimento. A implantação causa alguns desconfortos temporários à população residente próxima as obras, bem como pode interferir no cotidiano da comunidade local: aumento de fluxo de veículos, poluição sonora, insegurança no trânsito, aumento temporário da densidade demográfica local, geração de emprego, dinamização das atividades econômicas e aumento da especulação imobiliária. Para diminuir os transtornos, a empresa responsável pela execução da obra deve elaborar um plano detalhado dos procedimentos relacionados à movimentação de veículos, estabelecendo um cronograma que oriente o fluxo destes de forma racional, como a sinalização das obras, o isolamento necessário, instalações de dispositivos de segurança e ainda a divulgação junto às comunidades das atividades que eventualmente interfiram no tráfego. Para utilização parcial ou total das estradas e acessos existentes, além de um plano de logística de transporte e suporte de pavimento, devem ser avaliadas as melhorias para que as estradas e acessos possam garantir o caráter permanente de tráfego, incluindo alterações e novas construções na estrutura 18 viária. Essas melhorias podem ser um legado do empreendimento à população local, visto que podem facilitar o escoamento de mercadorias e o acesso às propriedades. Para tanto, é necessário a execução de um plano de medidas a ser implementado pela empresa responsável pelas obras e a prefeitura local, visando amenizar esses problemas, conscientizar a população e os empregados e garantir prioridade de emprego para a população local. Outro impacto a ser gerenciado pela empresa responsável pela execução das obras é referente aos resíduos provenientes de suas atividades. Os resíduos sólidos devem ser manejados adequadamente de acordo com as suas características, ou seja, diferenciando-se os resíduos perigosos, os resíduos não inertes e os resíduos inertes. Para mitigar este impacto deverá ser implantado o Programa de Gestão Ambiental dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, o qual abrangerá o projeto e construção de sistemas de tratamentos de efluentes líquidos e a realização de contrato de prestação de serviço com empresa licenciada para o recolhimento dos resíduos gerados na implantação da usina eólica. Com relação aos resíduos provenientes da construção civil deverá ser seguido às instruções normativas referentes ao acondicionamento, transporte e destinação final dos diferentes tipos de resíduos gerados durante as obras, em especial a Resolução CONAMA nº 307/2002. 3.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE CENTRAIS DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL 3.3.1 Licenciamento ambiental e Licenças O Licenciamento Ambiental é o instrumento pelo o qual o Governo, em suas instâncias, promove o controle das atividades econômicas potencial ou efetivamente degradadoras do meio ambiente. O conceito legal de Licenciamento Ambiental foi cunhado no inciso I do art. 1° da Resolução CONAMA nº 237/97: “Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicadas ao caso”. Assim o Licenciamento Ambiental constitui-se como o mais importante mecanismo de defesa e preservação do meio ambiente. É através deste mecanismo que o Poder Público impõe suas condições e seus limites para regular as ações de setores econômicos na natureza valendo-se, assim, da boa prática da gestão ambiental. 19 A Licença ambiental formaliza o ato final de uma etapa do processo de Licenciamento Ambiental, ou seja, se o proponente da atividade cumpriu integralmente todos os requisitos determinados pela Legislação Ambiental e pela Administração Pública. Como visto, o processo de licenciamento ambiental é finalizado pela concessão, ou não, com a devida licença ambiental, de acordo com a fase específica em que encontra o empreendimento ou atividade, tal como regulamentado no art. 19 do Decreto n° 99.274/90. Este Decreto dispõe o processo de licenciamento em três etapas: 1. Fase inicial ou de planejamento e concepção do empreendimento, que procede com obtenção da Licença Prévia (LP); 2. Execuções do projeto do empreendimento, que procede com a obtenção da Licença de Instalação (LI) e 3. Operações ou funcionamento do empreendimento, que procede com a obtenção da Licença de Operação (LO). 3.3.1.1 Custos O requerimento de abertura de processo de licenciamento ambiental federal gera custos econômicos aos empreendedores e ao setor público (REGANHAN, 2011). Reganham (2011) divide os custos econômicos do empreendedor, no licenciamento, em dois tipos: custos econômicos diretos e custos econômicos indiretos. Os custos econômicos diretos referem- se às despesas com os estudos ambientais exigidos no decorrer do processo de licenciamento, como o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) e demais estudos ambientais oriundos da necessidade de implantação de programas sociais e ambientais. Os estudos ambientais exigidos nesta categoria são: • Relatório Ambiental Simplificado – RAS • Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais - RDPA • Relatório de Implantação dos Programas Ambientais – RIPA • Programa de Controle Ambiental – PCA • Relatório de Desempenho Ambiental do Empreendimento – RDAE Os custos econômicos indiretos referem-se às despesas decorrentes da tramitação da requisição das licenças ambientais, pois, ocorrem quando a cobrança é efetuada pelo Órgão licenciador pelos serviços de análise conjuntamente ao valor de cada licença em cada fase do processo de licenciamento ambiental (REGANHAN, 2011). Destaca-se que estes custos somente serão cobrados caso o empreendimentoseja licenciado, pois, caso contrário, os custos iniciais até a LP são absorvidos pelo IBAMA (REGANHAN, 2011). Os boletos bancários, dos custos das licenças são emitidos juntamente com sua respectiva licença: LP, LI e LO. 20 Os custos econômicos diretos ligados ao processo de licenciamento ambiental federal junto ao IBAMA referem-se aos gastos com os estudos ambientais exigidos. Nestes gastos contempla-se a contratação de profissionais especializados, viagens, hospedagens, trabalhos de campo, equipamentos e gastos diversos. Bezerra et. al. (2013) em seu estudo sobre o licenciamento de parques eólicos no Rio Grande do Norte demonstrou, através da aplicação de questionário com gestores de empresas de consultoria ambiental, os custos econômicos diretos estimados para realização dos estudos ambientais, apresentado na tabela 2 abaixo: Tabela 2 - Custos estimados para elaboração de estudos ambientais LICENÇAS ESTUDOS AMBIENTAIS CUSTOS ESTIMADOS LP RAS R$ 100.000,00 LI RDPA/PCA R$ 200.000,00 LO RIPA R$ 300.000,00 Fonte: Bezerra et. al. (2013) Os valores apresentados foram extraídos por uma média dos valores apresentados por Bezerra et. al. (2013) com o intuito de poder quantificar os custos diretos ao longo do processo de licenciamento ambiental federal. É importante ressaltar que tais valores não são exatos, apenas representativos. Um parque eólico, para ser construído, pode ter um custo total na ordem de milhões de R$, sendo assim, um gasto de 600.000 R$ pode representar pouco percentualmente em relação ao gasto total. A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) determinou que empreendimentos prioritários considerados como de pequeno potencial de impacto ambiental, sendo os empreendimentos eólicos pertencentes a esta determinação, enquadram-se aos procedimentos da Resolução CONAMA nº 279/2001, que considera a necessidade de estabelecer processo simplificado para o licenciamento ambiental de empreendimentos de baixo impacto ambiental. 3.3.1.2 Tempo A Resolução n. º 279/2001 especifica quais são os empreendimentos necessários ao aumento da oferta de energia elétrica determinados pela GCE que possuem baixo potencial de impacto ambiental e que pela importância estratégica no atendimento da demanda crescente de energia elétrica no país estabeleceu prazos específicos para os trâmites burocráticos do licenciamento ambiental simplificado federal. Os empreendimentos eólicos enquadram-se nesta resolução que estabelece os seguintes prazos para a obtenção de licenças: • LP: cumprida todas as exigências de documentação e relatórios – 60 dias contados a partir da data do protocolo do requerimento da licença; 21 • LI: cumprida todas as exigências de documentação e relatórios e condicionantes da LP – 60 dias contados a partir da data do protocolo do requerimento da licença; • LO: cumprida todas as exigências de documentação e relatórios e condicionantes da LI – 60 dias contados a partir da data do protocolo do requerimento da licença. A que se atentar para o tempo de vigência de cada uma das licenças segundo a Resolução CONAMA nº 279/2001, a saber: • LP - Deverá ser no mínimo o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos programas e planos relativos ao empreendimento não podendo ultrapassar a marca de 5 anos; • LI - Deverá ser no mínimo o do cronograma de instalação do empreendimento não sendo superior a 6 anos; • LO - Deverá considerar os PCA sendo de no mínimo 4 anos e no máximo de 10 anos. 3.3.1.3 Complexibilidade A avaliação da complexidade do licenciamento ambiental federal, neste caso considera-se o licenciamento simplificado pela Resolução CONAMA nº 279/2001, pondera duas categorias: custo e tempo. Também é possível perceber que para cada fase do licenciamento há custos diferenciados para cada estudo ambiental exigido, via de regra, os valores aumentam a cada fase. Com isso afirma-se que os custos econômicos diretos podem variar significativamente, pois, há elementos que influenciam diretamente esta condição, como: • Tipo de estudo ambiental exigido pelo órgão licenciador; • O porte do empreendimento eólico; • Distância do empreendimento à sede municipal mais próxima; • Dificuldades com a comunidade local; • Negociação acerca do impacto ambiental, social e econômico na região. Tais dificuldades com a população local, além da negociação acerca dos impactos possíveis, podem incrementar a categoria custo, pois estes problemas representam a exigência, por parte do órgão licenciador, de novos estudos como o de viabilidade do empreendimento e a realização de audiências públicas, além daquelas já previstas nas resoluções do CONAMA. Para a categoria tempo destacou-se um trâmite processual mínimo de 6 meses entre a abertura de processo na requisição da LP até a concessão da LO. Porém é importante frisar que mesmo com a determinação da GCE e da Resolução CONAMA nº 279/2001 fixando os prazos mínimos, tal situação só acontecerá caso o empreendedor/investidor atenda, em cada uma das fases de licenciamento, com todas as exigências legais, assim como o órgão licenciador consiga analisar em tempo hábil todas as documentações recebidas. 22 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A geração de eletricidade a partir da energia eólica tem se mostrado crescentemente atrativa, seja por constituir o aproveitamento de uma fonte renovável, por não apresentar a magnitude dos impactos ambientais geralmente associados as demais formas de aproveitamento energético. Entretanto, os impactos ambientais decorrentes da implantação e da operação de uma usina eólica não podem ser negligenciados, ficando explicita a necessidade da localização da usina e a distribuição dos aerogeradores, que a compõem serem definidas com base em um complexo estudo ambiental. Após a etapa de construção há uma tendência natural de recuperação de vegetação, onde favorece o retorno da fauna em seu habitat. Outro ponto a ser observado são os projetos de educação ambiental e de monitoramento da área da usina. Há que se salientar, que o retorno econômico gerado pela locação e o uso de áreas dentro de fazendas é altamente atrativo e não necessariamente impede que cesse a exploração de agricultura, de pecuária, ou outras já existentes. Várias fazendas têm buscado incorporar-se as usinas eólicas, no intuito de aumentar a segurança em seu entorno. 23 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. _______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, Brasília. 2. _______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 279, de 27 de junho de 2001, Brasília. 3. _______. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 307, de 17 de julho de 2002, Brasília. 4. ARAÚJO, M. S. M. Relatório de análise do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: MDL: estudos de caso. Rio de Janeiro: COPPE, UFRJ, 2000. 122 p. 5. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Acústica: Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento: NBR 10.151, ABNT, 2000, 4 p. 6. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Níveis de ruído para conforto acústico: NBR 10.152, ABNT, 1989, 4 p. 7. BEZERRA, M.; MELO, C.; NUNES, M.; MESQUITA, T. Estudo analítico do processo licitatório ambiental para empreendimentos eólicos no Estado do Rio Grande do Norte. Revista Holos, Natal, 2013. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1253/659>. Acesso em: 17 mai. 2018. 8. BITAR, O.Y. ORTEGA, R. D. Gestão Ambiental. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia.São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 32, p.499-508. 9. DESTEFENNI, M. Direito Penal e Licenciamento Ambiental. São Paulo: Memória Jurídica, 2004. 10. MEIRELES, A. J. A. Impactos ambientais promovidos pela implantação e operação de usinas eólicas em áreas de preservação permanente (APP’s) – Os campos de dunas fixas e móveis da planície costeira do Cumbe, município de Aracati, 2008. Disponível em: < http://wp2.oktiva.com.br/portaldomar- bd/files/2010/08/usinasEolicas_impactos__CUMBE2.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2018. 11. MIGRAINE, M. V. Eoliennes, sons et infrasons: effets de l'eolien industriel sur la sante des hommes, 2004. Disponível em: <http://docs.wind-watch.org/villey- migraine_eoliennesinfrasons.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2018. 24 12. PIRES, L. F. A. Parque Eólico Alegria. In: Seminário Brazil Windpower 2011, 1 e 2 setembro de 2011, Rio de Janeiro. 13. REGANHAN, J. M. Os custos econômicos e ambientais do licenciamento ambiental federal de usinas hidrelétricas no Brasil: uma proposta metodológica. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília (UNB), Brasília, 2011. 14. THE NOISE ASSOCIATION. Location, Location, Location. An investigation into wind farms and noise by The Noise Association, 2006. Disponível em: <http://www.countryguardian.net/Location.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2012. 15. TOLMASQUIM, M. T. (Org.). Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004. 16. WIND ENERGY. Wind Energy The Facts. Disponível em: <http://www.wind-energy-the- facts.org/en/environment/chapter-2-environmental-impacts/onshore-impacts.html>. Acesso em: 17 mai. 2018.
Compartilhar