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AULA 9 MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL

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Manuseio de Material Estéril 
Assepsia cirúrgica, assepsia médica, métodos de esterilização e classificações dos materiais hospitalares. 
O grande número de pacientes que contraem infecções durante sua permanência hospitalar é extremamente preocupante para os profissionais da saúde. Segundo o Ministério da Saúde, assepsia é o processo pelo qual se se consegue afastar os germes patogênicos de determinados locais ou objetos. Para diminuir o risco de uma infecção é fundamental a aplicação das técnicas de assepsia médica e cirúrgica por todos que atuam no ambiente hospitalar.
Conceitos
Veículos: água, medicamentos, soluções, sangue e alimentos 
	
Artigos Críticos
	São artigos que entram em contato direto com tecidos ou tratos estéreis, devendo portanto, ser submetidos ao processo de esterilização.
Artigos Semi-críticos
	São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e membranas mucosas. 
Artigos Não-críticos
	São os que entram em contato com a pele íntegra e que somente necessitam desinfecção de médio ou baixo nível, quando reutilizados entre pacientes. Esta medida tem por objetivo bloquear a transmissão de microrganismos.
ASSEPSIA:
	Processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos locais ou de objeto (MS); medidas realizadas para manter a área livre de MO.
ANTI-SEPSIA
	Conjunto de meios empregados para impedir / inibir a proliferação microbiana nas camadas superficiais ou profundas da pele ou mucosas, através do emprego de soluções químicas, ou seja, soluções germicidas hipoalergênicas na pele e mucosas (MS).
ANTI-SÉPTICOS:
	Formulações hipoalergênicas com função de matar ou inibir o crescimento de microorganismos quando aplicados a tecidos vivos, em geral pele e mucosas. (álcool 70%, iodóforos, clorhexidina)
	Degermação - redução / remoção do número de bactérias na pele por limpeza mecânica (escova + detergente + sabão) ou produto químico.
LIMPEZA:
	Consiste na lavagem com soluções detergentes ou desincrostantes, enxágüe e secagem do material.
DESINFECÇÃO:
	Medidas realizadas para inibir o crescimento ou destruir microrganismos patogênicos (não necessariamente matando esporos), que se encontram em materiais e superfícies. Pode ser realizado por calor ou soluções químicas (havendo descontaminação prévia)
	Desinfetantes hospitalares são agentes químicos capazes de destruir bactérias, fungos e vírus em um intervalo de tempo operacional ( 10 a 30 minutos).
	 São os fenóis sintéticos, os hipocloritos e os compostos tensoativos do iodo, em concentrações adequadas.
 
Concorrente: aquelas que mantêm limpo, a cada dia, o ambiente do paciente. Funcionários treinados. Áreas menos sujas são limpas antes daquelas demasiadamente sujas; elementos limpos jamais vão ao chão.
	Pano úmido - chão e móveis; soluções descartadas em vasos sanitários ou locais de rápida drenagem.
Terminal: limpeza mais completa dos quartos, escovação de pisos, interior de gavetas e cama: após a alta / saída do cliente. Áreas menos sujas são limpas antes daquelas demasiadamente sujas; elementos limpos jamais vão ao chão.
	Pano úmido - chão e móveis
	Soluções descartadas em vasos sanitários ou locais de rápida drenagem
ESTERILIZAÇÃO:
Destruição ou eliminação de todas as formas de bactérias, esporos, fungos e vírus através de métodos: químicos, físicos (radiação, calor), calor seco (estufas), vapor saturado sob pressão (autoclave), gás químico (óxido de etileno).
Água fervente - ferver equipamento contaminado a 100C. por 15’, pode haver necessidade de ser prolongado
Vapor livre - vapor quente que escapa da água fervente. Não é tão confiável quanto a água fervente, dificuldade de exposição por igual
Calor seco (estufa)- Bom para instrumentos cortantes e seringas de vidro. Evita formação de ferrugem - instrumental, pós, óleos, vidros, artigos afiados.
Vapor sob pressão - destruição de MO e esporos (autoclave) – temperaturas muito elevadas e boa distribuição interna. Usar para instrumental, tecido, borracha, vidros. Aguardar 15 a 30’de secagem
Química: soluções (equipamentos invasivos)
Gás de Oxido Etileno => a gás, inclusive esporos e vírus. 3 h / 30C. Arejados durante cinco dias / temperatura ambiente ou8 h a 120C. – resíduos provocam queimaduras
Ácido peracético => ácido acético e peróxido de hidrogênio. Tempo: 12’ a 50 / 55C – tempo final 30’ (endoscópios)
ASSEPSIA CIRÚRGICA 
Consiste no processo e no manuseio do material de modo a evitar o contato dos tecidos estéreis do paciente com qualquer germe patogênico.
Na assepsia cirúrgica o material utilizado nos procedimentos deverá ser esterilizado e manipulados sob técnica asséptica.
 
Lavar as mãos antes de pegá-lo.
Não falar, tossir ou espirrar próximo a ele.
Examinar com cuidado se o pacote apresenta buracos, manchas ou umidade: Se houver qualquer dúvida quanto a integridade do material, despreze-o
Verificar a data da esterilização e a data da validade.
Guardar os pacotes em armários próprios, limpos longe de poeira e insetos.
Abrir os pacotes usando a técnica correta.
Trabalhar sempre de frente para o campo esterilizado.
Manter o material sempre acima do nível da cintura ou nível da mesa.
Não atravessar nada por cima do campo esterilizado, nem fazer movimentos bruscos ao redor dele.
 Nunca tocar em um material ou campo esterilizado com objetos não estéreis.
ASSEPSIA MÉDICA
Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de microorganismos patogênicos e à diminuição do risco de transmissão de pessoa a pessoa. É utilizada em qualquer atividade que envolva o paciente e o meio ambiente, por meio de procedimentos como:
- Lavar as mãos freqüentemente.
 - Limpar as superfícies com desinfetantes, para reduzir o número de microorganismos.
TÉCNICA PARA ABRIR UM PACOTE ESTÉRIL
1- Lavar as mãos.
2- Colocar o pacote sobre a superfície limpa e seca.
3- Posicionar o pacote de modo que a dobra de cima do invólucro fique de frente para você. Retire a fita adesiva para autoclave termos sensível.
4 - Puxar a dobra de cima do pacote, abrindo de modo que a ponta se abra. Mantenha seu braço fora das bordas externas do pacote aberto.
5- Abrir as dobras laterais uma de cada vez.
6- Abrir a dobra mais próxima de você por último.
7- O interior do invólucro é considerado estéril, podendo ser usado como base de campo esterilizado.
Técnica para abertura de material 
Lavar as mãos;
Segurar o pacote afastado do campo, solte as pontas fixadas com adesivo;
Afastar as pontas do invólucro, próximo ao conteúdo do pacote;
Abrir as duas faces das pontas com as duas mãos, tendo o cuidado de não contaminar a face interna do invólucro.
Colocando o capote estéril
Não esqueça de colocar a touca, máscara, sapatilhas e óculos!!!!
 Realizar a degermação cirúrgica das mãos completamente;
Estender a mão para baixo até o pacote estéril; levantar o capote para cima dando um passo para trás, para se distanciar da mesa;
Deixar o capote desdobrar-se, mantendo a parte interna dele de frente para o corpo. Nunca tocar na parte externa do capote com as mãos desenluvadas.
Com as mãos elevadas ao nível do ombro, deslizar ambos os braços para dentro das cavas simultaneamente.
Pedir para o circulante que amarre firmemente a tira posterior do capote ao nível do pescoço e da cintura.
Por que embalar artigos esterilizados?
Ao término de um procedimento correto de esterilização, os produtos no interior da câmara do esterilizador estarão esterilizados. O ar da sala onde o esterilizador estiver instalado contém partículas de poeira que podem conter microorganismos. Logo, ao remover a carga do esterilizador, esta será novamente contaminada. Além do mais, normalmente os artigos esterilizados são armazenados por algum tempo antes de serem utilizados e ainda são transportados dentro do ambiente hospitalar até o local onde serão utilizados. Fica claro que qualquer artigo, quando não protegido, será recontaminado até o momento de ser usado.
Os artigos devem ser acondicionados em embalagens para evitar a recontaminaçãoapós a esterilização. Ao mesmo tempo, o material da embalagem deve ser adequado para permitir a esterilização dos artigos contidos dentro dela!
A embalagem deve proteger seu conteúdo durante o manuseio e transporte.
Conceitos de embalagem para artigos esterilizados
Dependendo do tipo de uso, armazenagem e transporte, um artigo esterilizado deve ser embalado em uma ou mais camadas de embalagem.
Embalagem primária para acondicionar produtos 
A embalagem primária evita a recontaminação do produto após a esterilização. Ela deve oferecer uma barreira microbiana e permitir a passagem de ar e do agente esterilizador, ex.: vapor. Uma embalagem primária é suficiente quando não há possibilidade de que poeira se deposite na embalagem, como em um depósito livre de poeira ou nos casos de reutilização imediata do material. A embalagem primária mantém a esterilização durante o armazenamento e transporte. Exemplos de embalagem primária são: 2 camadas de papel, 2 camadas de folhas de TNT (tecido não-tecido), pouches de filme laminado ou duplamente laminado, saco de papel ou invólucros contendo filtro(s)adequados.  
Embalagem secundária
Esta segunda camada serve para ajudar no armazenamento adequado e no transporte até o usuário. Essa embalagem pode conter uma ou mais embalagens primárias. Ex.: uma embalagem extra de plástico, saco, caixa de papelão ou invólucro. Essa embalagem pode garantir proteção adicional contra poeira e maior resistência mecânica, tornando o manuseio mais fácil. Essa embalagem é comumente usada para artigos esterilizados descartáveis 
 
Embalagem para transporte
Essa embalagem é utilizada para transporte externo de artigos esterilizados dentro de suas embalagens primárias e secundárias. Normalmente é uma caixa de papelão resistente, engradado ou uma vagoneta fechada ou outro tipo de "container".Quando os artigos entram em um ambiente limpo, ex.: sala de cirurgia,a embalagem para transporte deve ser removida
Tecidos: algodão ou linho
Tecidos de algodão há muito vêm sendo o material de embalagem padrão para artigos esterilizados. Esse material possui algumas grandes vantagens:
Tecidos são produtos comuns e bem conhecidos nas dependências hospitalares.
Possuem boa resistência
Facilmente dobráveis e conveniente de serem utilizados.
Podem ser re-utilizados.
Contudo, as aberturas entre as tramas são maiores que a maioria dos microorganismos impedindo assim que o tecido seja utilizado como barreira microbiana. Logo esse material já não atende às exigências de material para embalagem primária para artigos esterilizados. Contudo, esse material é freqüentemente utilizado como embalagem interna ou como proteção contra poeira.
Sempre que um tecido for utilizado este deverá reter sua umidade natural. (Deve ser condicionado). Os tecidos quando muito secos podem causar superaquecimento do vapor levando a uma falha na esterilização. 
 
Folhas de papel
Uso: Embalagem primária para embrulhos com tecidos e conjuntos de instrumentos em bandejas. Também são utilizados como embalagem interna em container.
O papel foi a primeira alternativa ao uso de tecidos. Papel possui tamanhos de poros inferiores àqueles dos tecidos, podendo assim ser usado como embalagem primária. Papeis macios são utilizados para embrulhos internos, enquanto que papel crepado é mais resistente e áspero.
Durante a esterilização, o vapor penetra através da embalagem. Quando o papel é molhado ele perde boa parte de sua resistência mecânica original, logo deve ser evitado qualquer tipo de stress na embalagem. A embalagem não deve ser feita muito apertada, mas também não pode ser muito frouxa. A secagem deve ser feita de maneira adequada.
As folhas de papel são de uso único, não podendo ser re-aproveitadas. 
 
Sacos de Papel para esterilização
Uso: Para embalar instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de instrumentos utilizados em enfermarias.
O fechamento é normalmente feito com aparelhos de selagem.
Desvantagem: Não são muito resistentes
A abertura não é prática: rasgar ou cortar.
Não propiciam uma abertura asséptica.
Não possibilitam a visualização do conteúdo
A apresentação asséptica pode ser melhorada com a colocação do instrumento com o cabo voltado para a abertura. Não é conveniente remover o instrumento do saco. Sua utilização tem sido reduzida com o aparecimento do pouches de filme laminado.
Sacos de papel para esterilização devem ser utilizados uma única vez. 
 
Folhas de tecido não-tecido (TNT)
Uso: Embalagem primária para envolver embrulhos de material têxtil e conjuntos de instrumentos em bandejas. Também são utilizadas para embalagem interna em container.
O material TNT possui certa quantidade de fibras sintéticas. Outros tipos de fibras podem ser adicionadas a ele, tais como fibras inorgânicas, têxteis, de celulose ou outras fibras sintéticas. Essas fibras diferentes podem ser unidas por prensagem e calor. Isso significa que as fibras não são tecidas e sim seladas. Alguns materiais TNT foram desenvolvidos para atender as exigências para sua utilização como material para embalagem primária de produtos esterilizados. Esses materiais combinam várias características desejáveis de outros materiais de embalagem:
São muito resistentes
São facilmente dobráveis
Permitem a retirada do ar e a penetração do agente esterilizador
Possuem poros muito pequenos, resultando em uma barreira microbiana eficaz
Não soltam pelos e estão livres de partículas e fibras soltas
Repelem líquidos (hidrofóbicos) e os fluidos não são absorvidos pelo tecido.
Existem vários materiais não-tecidos disponíveis para uma ampla variedade de aplicações na área de esterilização: extra macio, extra forte, etc.
Folhas de material não-tecido devem ser utilizados uma única vez. 
 
Pouches de filme laminado
Uso: Embalagem primária para instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de peças.
Esse material sucedeu os sacos de papel para esterilização. Os pouches consistem em uma folha de papel ou material TNT e uma película de filme plástico transparente que são selados juntos. A película não pode ser penetrada por ar ou vapor. A remoção do ar e a penetração do vapor se dão através do papel/TNT. O pouch pode ser aberto pela remoção do verso de papel, de forma semelhante ao descascar de uma banana.
Os pouches são disponíveis em diversos tamanhos. O lado da abertura do pouch é selado através de equipamento específico. É importante que a temperatura e a pressão de selagem sejam bem ajustados, de forma a que se obtenha uma perfeita selagem.
O filme laminado está disponível em rolos. O usuário pode cortar os pouches de qualquer tamanho desejado. Neste caso, ambos os lados devem ser selados pelo usuário.
Bibliografia
Manual de Limpeza e Desinfeccção de artigos Médico-hospitalares – SOBECC - 2011
Manual: Cirurgia Segura Salva Vidas – ANVISA - 2012

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