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APS 9 score de crédito.

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Por que esse assunto gerou uma súmula do STJ?
Surgiram muitas controvérsias referente as propriedades dos sistemas de score de crédito, onde se discutia a possibilidade de descumprimento aos princípios e regras do CDC, capaz de gerar reparação por dano moral
O STJ, solicitado a se manifestar, susteve o parecer de que o score de crédito não consiste em criar cadastro ou banco de dados de consumidores. Diz respeito, exclusivamente, de um recurso de cálculo do risco de crédito, recorrendo-se aos dados estatísticos e existentes acessíveis por meio da internet. 
Para que possam aplicar o método do score de crédito, as empresas ou instituições não precisam de autorização do consumidor. Porém, de acordo com a previsão legal do CDC e da lei 12.414/2011, devem ser respeitadas a privacidade e a transparência na avaliação do risco de crédito nas relações de negócio. Dessa forma, caso seja solicitado ao consumidor, deverá ser informado acerca das fontes dos dados pertinentes ao histórico de crédito, assim como as informações pessoais citadas.
Ademais, o período, para que as informações permanecem no sistema de score de credito, é de 5 anos para os registros negativos (é o que prevê o § 1º do art. 43 do CDC), e de 15 anos para o histórico de crédito (Lei 12.414⁄2011, art.14). Ou seja, as informações inclusas no sistema de score de crédito devem respeitar limites temporais.
Vale observar que, as empresas que fornecem o serviço de score, não têm a obrigação de informar a fórmula do cálculo ou estratégia matemática utilizada. Porém, devem comunicar ao dono da pontuação, os dados usados para o alcance desse valor, na análise de risco de crédito.
De acordo com o Ministro Paulo de Tarso Sanseverino:
 “a metodologia em si constitui segredo de atividade empresarial, naturalmente não precisa ser revelada. Mas a proteção não se aplica aos dados quando exigidos por consulta pelo consumidor”.
A compreensão desses fatos pelo STJ, resultou na criação da súmula 550 SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/10/2015, DJe 19/10/2015.
 Súmula 550: A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no respectivo cálculo.
Em conclusão, é direito do consumidor ter acesso aos dados que fundamentaram sua pontuação. Dessa forma, ele poderá agir para a demonstração de documentos sempre que houver o interesse de conhecer e fiscalizar documentos próprios ou de seu interesse, em especial referente a sua pessoa e que estejam em domínio de terceiro. Sendo assim, passa a ser importante não mais a argumentação de ser comum o documento, mas sim a afirmativa de o autor ter interesse comum em seu conteúdo.
Passar as informações, quando solicitadas, é importante para que o consumidor tenha a chance de corrigir dados falsos ou desatualizados, e assim melhorar sua pontuação junto ao score. De mais a mais, é de suma importância, que haja transparência, para que o consumidor avalie a possibilidade de uso de informações frágeis como: orientação sexual, origem social, cor da pele etc, para que não se depare com discriminações.
Fonte: jusbrasil.com.br

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