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PROVA DOCUMENTAL Art. 405 ao 433 NCPC Doutrina CONCEITO Qualquer coisa capaz de representar um fato, não havendo nenhuma necessidade de a coisa ser materializada em papel e/ou conter informações escritas. ¹ Até mesmo as representações obtidas por meio eletrônico são considerados documentos, tais como os dados inseridos na memória do computador ou transmitidos por via eletrônica.² Documento é toda coisa que, por força de uma atividade humana, seja capaz de representar um fato, ou seja, tenha aptidão para transmitir ideias ou demonstrar a ocorrência de fatos. Documento versus Prova Documental o documento é a fonte da prova, ou seja, é de onde se pode extrair a informação acerca do fato ou ato nele representado, já a prova documental é o veículo por meio do qual essa fonte vai ser levada ao processo para análise judicial. Documento versus Instrumento o instrumento é espécie do documento produzida pelas partes com a intenção de produzir provas futuras de tal acontecimento. Suporte material sobre o qual a expressão de fato é manifestada. ex: onde estará inserida a informação papel, CD, fotografia. Conteúdo demonstração do fato ou do pensamento humano que o meio leva conhecimento do julgador (aquilo que se quer provar). Autoria do Documento Material é atribuída à pessoa que criou o suporte em que o fato esta representado. ex: ata notórial, o autor apenas lavra a ata (documento) mas não é o autor intelectual do conteúdo Intelectual atribuída à pessoa a mando de quem essa criação foi feita. ex: É possível que o autor material e o autor intelectual sejam a mesma pessoa (ou não ) Públicos ou Privados Os primeiros são produzidos por entidades públicas e os segundos por entidades particulares. Documentos Públicos podem ser : judicial, extrajudicial e administrativo. Originais ou Cópias Os originais são os que foram feitos primeiramente e liga-se diretamente ao autor. As cópias são reproduções dos originais. Autógrafos ou Heterógrafos Sempre que a autoria material e intelectual se fundem numa só pessoa, diz-se que o documento é autógrafo; se distintos os autores material e intelectual, tem-se um documento heterógrafo. Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. Ex: mensagens de whatsapp Autoria material Ata notarial Eficácia probatória do documento Art. 405 ao 429 CPC Força probante dos documentos Regras relativas à eficácia probatória de documentos públicos e particulares. Documentos públicos e sua força probante Art. 405. Em razão da fé pública que reveste os atos estatais, sempre que o documento for produzido por funcionário público lato sensu, haverá uma presunção de veracidade quanto à sua formação e quanto aos fatos que tenham ocorrido na presença do oficial público sendo essa presunção relativa, podendo ser afastada por meio de outras provas produzidas no processo. Art. 406. O casamento se prova pela certidão de casamento, a propriedade de bem imóvel pela matrícula, o óbito pela certidão de óbito etc. Art. 407. Doc. elaborados por funcionário público incompetente ou em desrespeito as formalidades legais desde que seja subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular. Documentos privados e sua força probante Obs. O documento é particular sempre que for elaborado sem a intervenção de um oficial público, podendo ser: a)escrito e assinado pelas partes; b)escrito por terceiro e assinado pelo declarante; c) escrito pela parte e não assinado; d) nem escrito nem assinado pela parte. Art. 408. Caput: as declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário. P. único: Ex. Se alguém declara que viu o marido agredir a mulher e registra essa declaração num documento, a eficácia probatória se limita ao fato de o sujeito ter feito a declaração, e não ao fato de ter ocorrido a agressão. Art. 422. § 1.º regulamenta as fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de computadores como provas documentais, prevendo que, se forem impugnadas, a parte deverá apresentar a respectiva autenticação eletrônica ou, não sendo possível, será realizada perícia. § 2.º trata de fotografia publicada em jornal ou revista, quando então será exigido um exemplar original do periódico, mas somente se a veracidade for impugnada Art. 424. Mesmo valor probante que o original, sendo exigida apenas a conferência da cópia com o original na hipótese de a parte contrária impugnar a cópia ou o juiz tiver dúvida a respeito da idoneidade do documento. Art. 426 Havendo em ponto substancial do documento entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento, sem nenhuma ressalva, o juiz apreciará livremente a fé que mereça o documento. Autenticidade dos documentos particulares Art. 410. Autoria do documento. Art. 411. prevê três hipóteses em que o documento será considerado autêntico. Art. 412. O documento particular é indivisível devendo ser valorizado na sua integridade. Não podendo nenhuma das partes utilizar apenas do que as beneficia ignorando o que as comprometam. Cessação da fé dos documentos Documentos Públicos e Privados Art. 427. A fé do documento particular cessa quando declarada judicialmente a sua falsidade. Documentos Particulares Art. 428. Quando for contestada a assinatura e enquanto não se lhe comprovar a veracidade ou quando assinado em branco, for abusivamente preenchido. Art. 429. I, trata do ônus da prova é de quem alega a falsidade; II, trata da impugnação da autenticidade. Arguição de falsidade do documento Art. 430. Caput, a falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 dias, contado a partir da intimação da juntada aos autos do documento. Contestação Inicial Réplica Contestação Ou nas demais situações em quinze dias contados da intimação da juntada do documento. Paragrafo único, prevê que, uma vez arguida, a falsidade documental será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal. Art. 431. traz previsão dispensável porque toda peça postulatória, deve ser fundamentada. Art. 432. Caput, Arguida a falsidade a parte contrária será intimada e terá prazo de 15 dias para se manifestar. Após o transcurso desse prazo será realizada prova pericial, que só será dispensada se a parte que apresentou o documento em juízo concordar em retirá-lo. Art. 433. prever que a declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também autoridade da coisa julgada, deixa claro que a ação declaratória incidental não foi suprimida. Referencia ¹ NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Vl. Único. Ed. JusPodivm. 2017. ² FREDIE, Didier. Curso de Direito Processual Civil, Vol. 2 . 18. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2018 ³ Marinoni,Luiz Guilherme / Arenhart,Sérgio Cruz / Mitidiero,Daniel. Novo Código de Processo Civil Comentado - 3ª Ed. 2017 (Cód: 9412247). RT. (Interaja). Grupo 6 – Processo Civil – 21/05/2018 Alunos: Diony Santos, Daniele Soares, Auricélio Cavalcante, Marcos Nogueira. Professora: Andréa Alves de Almeida
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