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O HOMEM DOS RATOS - RESENHA

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Freud denominou este caso como neurose obsessiva, pois o caso aponta duas crenças, a extensão e a gravidade dos danos e as consequências sobre o paciente e a outra, a importância de ter sido um tratamento psicanalítico que fez com que se restabelecesse a personalidade do paciente.
	O caso relata um homem que há muito tempo era perturbado por ideias obsedantes antes mesmo de procurar por ajuda/tratamento. Deste modo, a singularidade da relação de cada paciente com a verdade do que sente, se tratando de fantasia, remete-se ao desejo. Se não se pode transmitir de modo integral o singular, pode ser compreendido a partir da construção de seu relato clínico, ou seja, o modo como se deu o acesso analítico à verdade compreendida nos sintomas neuróticos enquanto realização disfarçada de desejo. Ratos famintos eram colocados dentro de um recipiente que seria, acoplado às nádegas de uma pessoa acorrentada e colocada em uma posição de modo que os ratos, através de uma abertura determinada, tentariam fugir, penetrando o ânus do torturado. O Homem dos Ratos imaginava que tal tortura seria aplicada a seu pai, já falecido, e a mulher que ele amava. Nesta circunstancia Freud estabelece a estrutura básica da neurose obsessiva, desvendando seus vários mecanismos - a ambivalência afetiva, a onipotência do pensamento mágico, a dúvida, a anulação, o isolamento, as ideias de morte. A análise de Freud concentrou-se na ambivalência do paciente para com seu pai e a jovem que amava, originada em sua sexualidade precoce e intensa e sentimentos antigos de raiva contra seu pai - que haviam sido reprimidos. O símbolo do rato levou o paciente a uma série de associações que incluíam erotismo anal, lembranças de excitações anais e o fato de ter apanhado do pai por ter mordido uma pessoa. 
	De certa forma Freud descreveu os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo: rituais de anulação, que procurou interpretar à luz de seu modelo psicosexual do desenvolvimento. Particularmente suas descrições sobre a forma de pensar do paciente obsessivo-compulsivo retomadas pelas teorias cognitivas do TOC: a importância exagerada do pensamento, a dificuldade de conviver com a incerteza, a necessidade do controle, o perfeccionismo, o responsabilidade exagerada. Freud destacou que e em função dos sintomas do seu paciente supervalorizou os sintomas relacionados com ânus, fezes, defecação e sadismo, que no seu entender apoiavam sua teoria.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - SANTA MARIA
PSICOPATOLOGIA GERAL II
RESENHA: O HOMEM DOS RATOS
Acadêmica
Professor
Santa Maria, outubro de 2017

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