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Desordens potencialmente malignas

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Material para
Módulo 9
Leitura
Curso de Estomatologia para
CIRURGIÕES-DENTISTAS DA REDE
PÚBLICA DE ATENÇÃO À SAÚDE
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS
Introdução
2
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
INTRODUÇÃO
Este módulo abordará um assunto importante e controverso: um grupo de lesões que se 
caracteriza pelo comportamento. Discutir esse assunto especificamente é importante porque os 
pacientes que apresentam alguma dessas lesões tem risco para desenvolver um carcinoma espinocelular 
em alguma parte da boca. 
Ao longo dos anos, diferentes termos foram utilizados para identificar esse grupo de lesões. No 
passado, “lesões pré-malignas”, “lesões pré-cancerosas” e lesões cancerizáveis foram os termos de uso 
comum. Contudo, esses termos, de certa forma, dão o entendimento de que toda lesão que tiver esse 
diagnóstico vai sofrer transformação maligna inevitavelmente, o que não é verdade. A fim de deixar 
isso mais claro, pesquisadores renomados foram convidados pela Organização Mundial de Saúde 
para padronizarem critérios diagnósticos e estabelecerem um consenso a respeito da melhor forma 
de identificar esse grupo. Neste momento, em 2005, foram criados os termos “lesão potencialmente 
maligna” e “condição potencialmente maligna”. Essa mudança teve duas intenções principais:
1. Deixar claro que essas situações apresentam “potencial” para transformação, enfatizando, 
assim, que isso não vai acontecer necessariamente com todos os casos;
2. Separar 2 grupos: (a) lesões que indicam risco de transformação onde a lesão está – 
LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS. Leucoplasia, eritroplasia e queilite actínica 
fazem parte desse grupo; (b) doenças que indicam que o paciente tem risco de apresentar 
um carcinoma espinocelular em alguma região da boca, existe uma condição orgânica 
que predispõe o paciente a ter carcinomas. Dessa forma, trata-se de uma CONDIÇÃO 
POTENCIALMENTE MALIGNA, tendo no líquen plano o seu principal exemplo. A partir 
desse conceito, se um paciente tem lesões brancas na mucosa jugal bilateral, é possível que 
ele tenha um carcinoma na língua, não necessariamente na mucosa jugal.
Em todo o mundo, os grupos de pesquisa foram ganhando experiência e isso mostrou que 
mesmo em situações consideradas lesões potencialmente malignas, a transformação poderia acontecer 
em qualquer região da boca, mesmo em uma região que não apresentava alterações visíveis. Em outras 
palavras, um paciente que teve uma leucoplasia no palato do lado direito pode ter um carcinoma na 
região retromolar inferior esquerda, onde anteriormente não havia lesões. Quando o mundo científico 
se deu conta disso, os termos lesão potencialmente malignas e condições potencialmente malignas 
foram abandonados e o termo adotado foi DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS.
Esse grupo inclui diversas situações, sendo que as mais relevantes para nós (Brasil) são as 
seguintes:
- LEUCOPLASIA
- ERITROPLASIA
- QUEILITE ACTÍNICA
- LÍQUEN PLANO
3
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
 Os próximos materiais vão abordar cada uma dessas lesões separadamente. Aproveite!
Tabela 1. Classificação da lesões bucais segundo o seu comportamento.
BENIGNAS
Lesões que tem comportamento benigno, ou seja, não costumam levar o paciente a óbito. Este 
grupo inclui doenças inflamatórias, infecciosas ou não, tumores benignos. Em geral, são lesões que 
podem ser tratadas com mais facilidade pelo cirurgião-clínico geral, embora algumas delas sejam 
mais complexas e, as vezes, podem exigir atuação em colaboração com médicos.
POTENCIALMENTE MALIGNAS
Lesões que exigem maior cuidado, pois existe risco de haver transformação maligna ao longo do 
tempo, seja o paciente tratado ou não. A identificação dessas lesões é fundamental para fazermos 
diagnóstico precoce de câncer, interceptando uma lesão que o precede.
MALIGNAS
Compreende os cânceres de diferentes tipos, situações que devem ser prioridade para tratamento. 
No grupo de pacientes que apresentam essas lesões, demora para começar o tratamento representa 
maior risco de mutilação, menor chance de cura e menor tempo de sobrevida.
REFERÊNCIAS
van der Waal I. Potentially malignant disorders of the oral and oropharyngeal mucosa; terminology, classifi-
cation and present concepts of management. Oral Oncol., V. 45, no.4-5, p.317-23, 2009.
Quando programamos o nosso curso, decidimos trabalhar em cima da sua capacidade de discernir 
os três principais grupos de lesões (Tabela 1). Esta habilidade é fundamental para que o diagnóstico 
precoce de câncer seja alcançado.
4
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
Imagens representativas das principais desordens potencialmente malignas: (A) leucoplasia, (B) 
eritroplasia, (c) queilite actínca e (D) líquen plano. 
Fonte: A, C e D – Neville et al (2009) e B – Regezi, Sciuba, Jordan (2013)
A B
DC
PAINEL DE IMAGENS – DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS
Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do Núcleo de 
Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS) e do Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes.
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Marcelo Rodrigues Gonçalves
Roberto Nunes Umpierre
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinícius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Fernanda Friedrich
Otávio Pereira D’Avila
Michelle Roxo Gonçalves
Thiago Tomazetti Casotti 
Projeto Gráfico
Luiz Felipe Telles 
Diagramação
Angélica Dias Pinheiro
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles
Ilustração
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles 
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins Alves
Divulgação
Camila Hofstetter Camini
Guilherme Fonseca Ribeiro
Vitória de Oliveira Pacheco
Equipe de Teleducação
Andreza de Oliveira Vasconcelos
Angélica Dias Pinheiro
Cynthia Goulart Molina Bastos
Francine de Souza Borba
Luís Gustavo Ruwer
Rosely de Andrade Vargas
Ylana Elias Rodrigues
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

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