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Exames Hematologicos

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Material para
Módulo 2
Leitura
Curso de Estomatologia para o 
Cirurgião-Dentista da rede 
pública de atenção à saúde
exames complementares
Exames Hematológicos 
Material para
Leitura exames complementares
2
2. EXAMES HEMATOLÓGICOS 
Os exames hematológicos são exames laboratoriais realizados a partir de amostras de sangue. O sangue 
é um fluido viscoso, formado por tecido conjuntivo com muita matriz intercelular, que circula no interior 
de vasos sanguíneos, transportando hormônios, gases, nutrientes, resíduos metabólicos, anticorpos. Cerca 
de 7% da massa corporal de um indivíduo é representada pelo tecido sanguíneo. Apresenta temperatura 
em torno de 38°, e pH entre 7,35-7,45. Dentre os seus constituintes encontra-se o plasma (55% do volume), 
que é composto de água, sais e proteínas, e pelas células do sangue (45%), tendo como principais células os 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Os eritrócitos (glóbulos vermelhos) tem função de transportar oxigênio. 
Os leucócitos (glóbulos brancos) são responsáveis pela defesa tecidual do paciente. Já as plaquetas têm como 
função principal promover e auxiliar na hemostasia.
A produção das células é realizada pela medula óssea de acordo com as necessidades do organismo. 
Em situações de oxigenação diminuída (altitudes elevadas) ou número reduzido de eritrócitos (devido à 
hemorragia, por exemplo), os rins produzem e liberam eritropoietina, hormônio que estimula a medula óssea 
a produzir novas células do sangue. Frente a infecções, há aumento da produção de leucócitos pela medula 
óssea, a fim de combater o microrganismo. Em resposta ao sangramento, há aumento da produção de plaquetas. 
Desta forma, a análise dos componentes sanguíneos tem se mostrado um excelente exame complementar na 
prática clínica, pois nos dá condições de avaliar esses eventos de forma indireta.
Figura 1. Desenho esquemático ilustrando os componentes do sangue.
HEMOGRAMA 
Exame laboratorial de rotina para avaliação qualitativa e quantitativa dos elementos figurados (glóbulos 
brancos e vermelhos, plaquetas) do sangue. Pode ser dividido em eritrograma (avaliação das características 
relacionada aos eritrócitos), leucograma (avaliação do número e proporção dos leucócitos granulócitos e 
agranulócitos) e contagem de plaquetas. O cirurgião dentista utiliza muito o hemograma para avaliar condições 
sistêmicas antes da realização de procedimentos cirúrgicos.
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, chamamos de 
bicitopenia. Quando os três tipos de células estão reduzidos, damos o nome de pancitopenia.
Material para
Leitura exames complementares
3
ERITROGRAMA
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das 
hemácias, também chamadas de eritrócitos. O eritrograma fornece várias informações sobre o perfil dos 
glóbulos vermelhos. Podem ser observados parâmetros quantitativos (contagem de eritrócitos, dosagem de 
hemoglobina e hematócrito) e qualitativos (volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média e 
concentração de hemoglobina corpuscular média).
AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS
Esses três primeiros dados devem ser analisados em conjunto e são: contagem de hemácias, hemoglobina 
e hematócrito.
Contagem normal de hemácias em homens varia de 4.400.000 a 6.000.000 por milímetro 
cúbico de sangue e em mulheres varia de 4.200.000 a 5.500.000 por milímetro cúbico de sangue. Após 
65 anos há decréscimo dos valores, influenciando a resposta tecidual frente a procedimentos cirúrgicos.
Dosagem de hemoglobina: reflete a quantidade de hemoglobina nos eritrócitos, logo a 
capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. Valores de normalidade: para homens 15,3 gramas 
por decilitro de sangue, e 13,8 gramas por decilitro de sangue para mulheres. 
Hematócrito: analisa a proporção de volume da amostra de sangue ocupada pelas hemácias. 
Normalidade - 42 a 47% da amostra de sangue, podendo variar conforme sexo, altitude e grau de 
atividade física. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é, na verdade, composto 
por células vermelhas.
AVALIAÇÕES QUALITATIVAS
Essas outras informações fornecem dados a respeito do tamanho e a forma das células vermelhas.
Volume corpuscular médio: volume médio dos eritrócitos, ou seja, o tamanho da célula. Utilizada 
para realizar diagnóstico diferencial entre as diferentes anemias. Calcula-se dividindo o hematócrito pelo 
número de eritrócitos. Os valores variam de 80 micras cúbicas até 98 micras cúbicas. Quadros anêmicos 
onde o tamanho da célula é normal são chamados de anemia normocítica, enquanto nos que o volume da 
célula é menor, ou seja, as células são menores que o normal, são denominados de anemia microcítica. Já 
nos quadros em que o volume está aumentado, ou seja, as células são maiores que o normal, denominamos 
anemia macrocítica.
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que 
anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias 
de tamanho normal.
Hemoglobina corpuscular média: representa a quantidade de hemoglobina média no interior das 
hemácias, o peso da hemoglobina na hemácia. Valor de normalidade: 24 a 33 picogramas. Anemia hipocrômica 
é a diminuição de hemoglobina no interior de hemácias. Anemia hipercrômica é o aumento de hemoglobina 
Quando os valores dos dados quantitativos estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo 
número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia 
(eritrocitose), que é o excesso de hemácias circulantes. 
Material para
Leitura exames complementares
4
no interior de hemácias.
Concentração de hemoglobina corpuscular média: Reflete a relação do valor de hemoglobina contido 
em uma quantidade de sangue e o volume globular expresso em porcentagem. Nos mostra a concentração de 
hemoglobina dentro da hemácia. A coloração da hemácia depende da quantidade de hemoglobina (quanto 
mais hemoglobina, mais corada e vice-versa). Normalidade: 32 a 36%. 
Aumento da concentração de hemoglobina corpuscular média: anemia hipercrômica. Acima de 36%.
Diminuição da concentração de hemoglobina corpuscular média: anemia hipocrômica. Abaixo de 32%.
ANORMALIDADES NO ERITROGRAMA
Anemia: condição na qual o número de eritrócitos ou a quantidade de hemoglobina presentes nas 
células estão abaixo do normal. Reflete um déficit no transporte de oxigênio. 
Lembrando que existem vários tipos de anemia e que em alguns quadros de anemia há diminuição 
de hemoglobina, em outros há diminuição dos eritrócitos, ou então há diminuição de ambos. A forma mais 
comum de análise de anemia se baseia na hemoglobina (Hb) sendo considerada anemia leve para os valores 
de Hb entre 12 e 10, anemia moderada Hb entre 7 e 10 e anemia severa quando os valores de Hb < 7.
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em 
excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
Sinais clínicos: astenia (fraqueza muscular), dispneia (alterações respiratórias), hipotensão ortostática 
(baixa de pressão quando paciente levanta), picos de taquicardia, mucosas pálidas, glossite e queilite angular, 
pele fria e seca, cabelo sem brilho e quebradiço. Em casos mais graves pode-se notar alterações neurológicas, 
como parestesia das extremidades, cefaleias e irritabilidade. 
Causas: falta de produção dos eritrócitos, aumento da demanda de eritrócitos, excesso de destruição 
dos eritrócitos, perda hemorrágica. A falta de produção usualmente está relacionada à deficiência de ferro, 
ácido fólico, ou vitamina B12. Pode também estar associada a defeitos genéticos, má formação de tecido 
hematopoiético, falta de estimulo da eritropoietina. A deficiência de ferro é a mais observada na clínica,estando 
relacionada a uma dieta carente em ferro ou à deficiência na absorção dele. A deficiência do ferro impossibilita 
o transporte de oxigênio, sendo denominada de anemia ferropênica ou ferropriva. O aumento da demanda de 
eritrócitos é observado durante a gravidez e o crescimento. O excesso de destruição de hemácias é observado 
em casos de hemólise e esplenomegalias. Perdas hemorrágicas ocorrem em quadros de sangramento digestivo, 
hipermenorreias e ruptura de vasos importantes.
Conteúdo de hemoglobina
Tamanho da célula Normocrômica Hipocrômica
Microcítica Incomum. Possível em alguns casos de infecção e 
doenças sistêmicas crônicas (DSC)
Anemia ferropriva, 
talassemia maior e 
menor, anemias por 
DSC
Normocítica Hemólise, anemia hemorrágica, anemia aplásica, 
anemia por insuficiência renal, hiperesplenismo
Envenenamento por 
chumbo
Macrocítica Anemia perniciosa, deficiência de ácido fólico, 
má absorção, reticulocitose, doença hepática 
crônica, alguns casos de anemia aplástica, 
alcoolismo
Anemias microcítica 
associadas a 
deficiência de ferro
Tabela 1. Resumo dos tipos de anemia e fatores associados
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LEUCOGRAMA
Identifica os leucócitos (também chamados de glóbulos brancos do sangue) tanto do ponto de vista 
quantitativo quanto qualitativo morfológico. A média de leucócitos no sangue é de 5.000 a 10.000 por milímetro 
cúbico de sangue. Esse valor de referência de normalidade se modifica conforme idade, sexo, raça, temperatura 
ambiente, situações de repouso ou exercício físico, ansiedade, depressão, alimentação, gravidez e período 
menstrual. Quando o leucograma apresenta índices aumentados na contagem de leucócitos, denominamos 
de leucocitose pode ser causada por uma infecção e até uma leucemia. Em casos de diminuição na contagem, 
é chamado de leucopenia que pode ser causada pelo uso de medicamentos ou quimioterapia, por exemplo, e 
cada uma destas situações necessita de um tratamento específico. 
Os leucócitos são células mais volumosas quando comparadas com as hemácias. A principal função 
dos leucócitos é participar da defesa imunológica, quando requeridos, dessa forma saem da corrente sanguínea 
e defendem os tecidos. A produção dos leucócitos também depende do estímulo sistêmico, na presença de 
quadros infecciosos há um considerável aumento na produção, visando debelar o processo a defesa.
Os leucócitos podem ser divididos em granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e agranulócitos 
(linfócitos e monócitos). Os grânulos presentes no citoplasma são compostos por enzimas que participam da 
resposta imunológica que cada célula vai desempenhar. 
O número total de leucócitos circulantes varia de 5.000 a 10.000 por milímetro cúbico de sangue. 
Em valores abaixo de 5.000, há um quadro de leucopenia. Em valores acima de 10.000 há um quadro de 
leucocitose, refletindo uma resposta da medula óssea a estímulos que produzem aumento da produção de 
linhagem neutrofílica ou linfocítica. Esses estímulos podem ser inflamatórios ou neoplásicos. 
O leucograma permitirá verificar quantitativamente cada um dos leucócitos. Sabe se que em situações 
de normalidade há um predomínio de neutrófilos (50-70%), seguido de linfócitos, monócitos, eosinófilos e 
basófilos. 
Tipos de Leucócitos Funções
Neutrófilos Leucócitos mais abundantes
Responsável pelo combate a bactérias e, quando os valores de neutrófilos 
estão altos, isto pode indicar uma infecção bacteriana.
Os bastões (bastonetes) são os neutrófilos jovens, que foram lançados no 
sangue para combater uma infecção aguda e, os neutrófilos segmentados são 
os neutrófilos maduros.
Linfócitos Associados com reposta a vírus, tumores e produzem anticorpos. 
Quando aumentados, podem indicar uma infecção viral, HIV, leucemia ou 
rejeição de um órgão transplantado, por exemplo.
Monócitos Responsáveis por fagocitar micro-organismos
Quando localizados nos tecidos extra sanguíneos são chamados de 
macrófagos.
Atuam contra vírus e bactérias, sem distinção.
Eosinófilos Células de defesa que são ativadas em caso de alergia ou infecção 
parasitária.
Basófilos Células ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada e, 
em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%.
Tabela 2. Detalhamento a respeito dos tipos de glóbulos brancos e suas funções
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 Neutrófilos: 
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Sua principal função é a 
fagocitose (englobar e digerir) de pequenas partículas que precisam ser eliminadas. Há predomínio de 
neutrófilos em quadros de infecção bacteriana. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, a 
medula reduz a produção de novas células e seu níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais. 
Valores de referência: representa em média 50-70% dos leucócitos circulantes ou entre 1.800 a 7.700/mm3
Aumento: neutrofilia, em casos de infecções bacterianas, viróticas ou fúngicas agudas, necroses 
teciduais, quadros de hipersensibilidade, insuficiência renal aguda. 
Diminuição: neutropenia, em casos de hepatite, viroses, mononucleoses e doenças autoimunes, como 
o lúpus eritematoso sistêmico. 
Classificação:
 - Neutropenia leve: entre 1700 e 1000
 - Neutropenia moderada: entre 1000 e 500
 - Neutropenia importante: < 500: 
Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba 
por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos denominados de bastões (bastonetes). 
A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem 
maduras antes de lançá-las ao combate. Desta forma, quando o hemograma apresenta muitos bastões 
chamamos este achado de “desvio à esquerda”. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem 
a listagem dos diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões 
costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para 
a esquerda no hemograma. Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um 
aumento da produção de neutrófilos jovens. 
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está 
em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou seja, células maduras.
Linfócitos: 
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de 
tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Valores de referência: representam em média 20-40% dos leucócitos circulantes.
Aumento – linfocitose. Em quadros infecciosos virais (hepatite A, mononucleose, rubéola, sarampo, 
citomegalovírus, infecção herpética), sífilis, infecções crônicas, reação de hipersensibilidade e leucemias 
linfocíticas. 
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, 
ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.
Diminuição – linfocitopenia. Em quadros de estresse agudo, uremia, doença cardíaca congestiva, 
linfoma, lúpus eritematoso, anemia aplásica, infecção por HIV após aumento dos linfócitos inicialmente.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser 
encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, 
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gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças autoimunes, como lúpus, artrite 
reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. 
Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver com câncer.
Monócitos: 
Os monócitossão células de defesa ativadas tanto em processos virais quanto bacterianos. Essas 
células são os precursores dos macrófagos teciduais. O monócito deixa o sangue e vai para o tecido, se 
tornando macrófago. 
Valores de referência: representam em média 3 – 7% dos leucócitos circulantes.
Aumento – monocitose. Em quadros infecciosos crônicos, como tuberculose, doenças inflamatórias 
crônicas, neoplasias e doenças mieloproliferativas crônicas. 
Diminuição – monocitopenia. Em quadros de estresse agudo, anemia aplásica e uso de corticoides. 
Presentes também em fases reparativas de doenças.
Eosinófilos: 
Células capazes de realizar pequena fagocitose. Tornam-se ativos nas fases tardias da inflamação. São 
ativos principalmente nas reações alérgicas e em parasitoses. 
Valores de referência: 1-3% dos leucócitos circulantes.
Aumento: Eosinofilia, em casos de doenças alérgicas, hipersensibilidade a drogas, infecções parasitárias 
e doenças linfoproliferativas. 
Diminuição: Eosinopenia, em casos de estresse agudo, causado por traumas, cirurgias, infarto do 
miocárdio e inflamação aguda.
Basófilo: 
São leucócitos raros. Células ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada e, em um 
indivíduo normal, só é encontrado até 1% dos leucócitos circulantes.
Aumento: basofilia, em casos de hipersensibilidade, assim como leucemia mieloide crônica. 
Diminuição: basopenia, em casos de estresse agudo.
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Questões que podemos elucidar a partir da análise do leucograma: 
1. Existe processo infeccioso presente? 
2. Que tipo de processo inflamatório está presente? 
Agudo (aumento de neutrófilos) ou crônico (aumento de leucócitos).
3. Em qual fase o processo se encontra? 
-Processo agudo: aumento de leucócitos, aumento de neutrófilos com desvio à esquerda e 
eosinofilia.
-Processo agudo com supuração: além da neutrofilia, há granulação tóxica.
-Processo agudo em resolução: além da neutrofilia, há monocitose (reparo do quadro instalado).
-Processos crônicos: leucocitose com aumento de linfócitos e eosinofilia.
4. Existe supuração? Verificada a partir da presença de granulação tóxica
Grandes elevações dos leucócitos podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o 
câncer dos leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 
20.000-30.000 células/mm3, na leucemia estes valores ultrapassam facilmente as 50.000 
células/mm3.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por 
quimioterapia, por drogas, por invasão de células tumorais ou por invasão por micro-
organismos.
COAGULOGRAMA
O coagulograma é a parte do hemograma que avalia o nível de coagulação do sangue. Nos permite 
avaliar quantitativamente e qualitativamente a hemostasia. A hemostasia pode ser definida como o equilíbrio 
entre a hemorragia e a trombose, ou seja, o sangue deve correr no sistema circulatório de maneira fluida. O 
sangue não pode extravasar, o que caracterizaria uma hemorragia, e não pode coagular, o que caracterizaria 
um trombo. Alterações da hemostasia são condições patológicas frequentes, podendo estar associadas com 
alterações na parede dos vasos, nas plaquetas ou nos fatores de coagulação.
Os exames que compõem o coagulograma são:
• Tempo de Sangramento (TS)
• Tempo de Coagulação (TC)
• Tempo de Ativação da Protrombina (TAP)
• Tempo de Ativação Parcial da Tromboplastina (KPTT ou TTPA)
• Número de Plaquetas
Esses exames ajudam na identificação de qual dos componentes estão alterados na hemostasia, 
podendo prevenir ou minimizar quadros de hemorragia frente a procedimentos cirúrgicos.
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Plaquetas: 
As plaquetas são produzidas na medula óssea a partir de megacariócitos, sendo liberadas na corrente 
sanguínea. São fragmentos de células com citoplasma granuloso. Apresentam papel fundamental na 
estabilização de quadros hemorrágicos, através da formação do tampão plaquetário pela adesividade entre as 
plaquetas. 
Valor de normalidade: 130.00 a 400.000 por milímetro cubico de sangue.
Quando as plaquetas apresentam um número aumentado, chamamos de plaquetose (ou trombocitose). 
Quando estão em pequeno número, chamamos plaquetopenia (ou trombocitopenia). Nesta situação pode 
haver sangramento, dependendo do grau da plaquetopenia:
< 100.000: risco de sangramento quando submetido a trauma ou procedimentos de grande porte 
(cirurgia da cabeça, do coração ou dos olhos)
< 50.000: risco de sangramento quando submetido a trauma ou procedimentos de pequeno e 
médio porte
< 10.000: risco de sangramento espontâneo
Fatores de coagulação: 
Após romper o vaso, há migração das plaquetas do vaso para a parede endotelial, aderindo-se entre elas 
e formando o tampão primário, que é frágil, podendo ser deslocado com facilidade. Após formar o tampão 
primário são ativados os fatores de coagulação que ao produzirem fibrina estabilizam o coágulo, solidificando o 
tampão, que passa a se chamar tampão secundário, estancando o sangramento. Após isso, as células endoteliais 
reestabelecem o vaso que fora rompido.
Pelo coagulograma podemos detectar alterações nas plaquetas e nos fatores de coagulação, além de 
alterações vasculares que possam levar a quadros hemorrágicos, ou seja, a dificuldade de hemostasia que o 
paciente apresenta.
Tempo de sangramento
Avalia a disponibilidade de plaquetas na corrente sanguínea e a capacidade que elas têm em conter o 
sangramento frente uma incisão. 
Valor de normalidade: 1-3 min.
Tempo aumentado: paciente portador de função plaquetária anormal. Quadros observados em 
pacientes que utilizam inibidor de adesão plaquetária, para impedir formação de trombos, plaquetopênicos e 
com insuficiência hepática. Utilização de aspirina e AINES aumentam o tempo de sangramento, diminuindo 
o controle da hemostasia. Atualmente, não se recomenda a suspensão do AAS, pois o risco gerado pela 
suspensão da droga é maior que a dificuldade de controle do sangramento pela anti-agregação.
Tempo de coagulação 
Mensura a capacidade da fibrina em formar o coágulo inicial. Portanto, estaremos avaliando fatores 
plasmáticos ativos na coagulação. 
Valor de normalidade: 5-10 min.
Usualmente está aumentado em quadros com deficiências de fatores plasmáticos (hemofilia), na 
deficiência de vitamina K e em drogas anticoagulantes.
Material para
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Tempo de tromboplastina parcial (TTP):
Avalia a via intrínseca da coagulação, os fatores de coagulação. 
Valor de normalidade: 35-50 s.
TTP aumentado: defeitos genéticos, fatores intrínsecos – hemofilia (fator VIII), doença de Christmas 
(fator IX) e alterações do fator XI e XII em menor grau. Utilizada para monitorar tratamento com heparina, 
que age na via intrínseca da coagulação. 
Tempo de protrombina (TP):
Avalia a via extrínseca da coagulação. Ligada ao fibrinogênio, fator X, VIII, V e protrombina. 
Valor de normalidade: 11 a 13 s.
Alterado em casos de má absorção de vitamina K, principalmente em quadros de colite, doença celíaca 
e diarreia crônica. Utilizada para monitoramento de anticoagulante com cumarina, pois este medicamento 
inibe a síntese hepática desses fatores.
EXAMES BIOQUÍMICOS
Refletem processos metabólicos, auxiliando no diagnóstico de doenças hepáticas, renais e metabólicas 
comuns. A identificação de anormalidades nesses exames indica qual órgão está afetado. Podemos detectar no 
sangue substâncias como glicose, sódio, potássio, metabólitos como a ureia, creatinina e amônia, substâncias 
decorrentes de dano celular, como creatinina, amilase, ferritina e fosfatase alcalina, e drogas como antibióticos, 
álcool e anticonvulsivantes. 
Glicemia
Valor de normalidade (jejum): 70-100 mg/dl
É o exame bioquímico mais solicitado, servindo para avaliar níveis séricos de glicose.A taxa aumentada 
(>100mg/dl) indica estágios inicias de diabetes. Esse diagnóstico é definido a partir da obtenção de 2 resultados 
iguais ou superiores a 126mg/dl. Valores abaixo de 70mg/dl indicam hipoglicemia. 
Quando detectada a hiperglicemia, precisamos saber se ela é persistente (em quadros de diabetes, 
obesidade e hipertireoidismo) ou transitória (estresse físico, hepatopatia grave, choque convulsões). 
Glicemia elevada- hiperglicemia
Sintomas: boca seca, sede, vontade frequente de urinar, cansaço e visão turva. Se você apresentar 
qualquer um desses sintomas, teste sua glicemia imediatamente.
As razões para glicemia elevada incluem comer exageradamente, ser menos ativo que o comum, estar 
doente ou sob estresse ou necessitar de ajustes no medicamento contra diabetes.
Glicemia baixa -hipoglicemia 
Pode acontecer se você estiver tomando algum medicamento para manter os níveis de glicose no 
sangue próximos ao normal. Entretanto, este não é um motivo para deixar de controlar o diabetes – apenas 
acompanhe de perto os níveis baixos de glicemia.
A baixa de glicose no sangue é causada, geralmente, por comer menos ou mais tarde do que o normal, 
estar mais ativo do que o habitual ou tomar medicamento contra o diabetes que não esteja de acordo com suas 
necessidades.
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Leitura exames complementares
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Hemoglobina glicada
Valor de normalidade: 4-6%.
Outra forma de verificar a glicemia vem a ser pela hemoglobina glicada, que representa uma avaliação 
retroativa dos últimos 3 meses, informando flutuações na glicemia nesse período. Então, a glicemia em jejum 
faz uma avaliação momentânea, enquanto a hemoglobina glicada nos mostra uma análise retrospectiva.
Creatinina: é um metabólito dos rins, o exame serve para verificação do funcionamento renal. Valor 
de normalidade: 0,7-1,4mg/dl. Aumento da creatinina no plasma: presença de insuficiência renal. 
O cálcio e o fósforo são íons, presentes na corrente sanguínea, que estão relacionados com a mineralização 
óssea. Portanto, devem ser avaliados conjuntamente. O fluxo desses íons é controlado pelo paratormônio, pela 
vitamina D e pela calcitonina. Uma diminuição de cálcio livre estimula a produção de paratormônio, causando 
reabsorção do cálcio a partir dos ossos, suprimindo sua perda pela urina. A vitamina D promove a absorção de 
cálcio e fósforo pelo intestino, acelerando a renovação desses minerais no sistema ósseo. 
Calcemia
Valores de referência: 8,5 a 10,5 mg/d
Hipercalcemia - aumento de cálcio no sangue: em quadros de hiperparatireoidismo, tumores ósseos 
malignos, ingesta excessiva de Ca, hipervitaminose D. Hipocalcemia – valores diminuídos de cálcio no sangue: 
hipoparatireoidismo, insuficiência renal, síndrome de má absorção e deficiência de vitamina D. Cálcio não 
está sendo absorvido ou produzido.
Fósforo: excesso de fósforo é filtrado e eliminado pelo rim. Portanto, aumento indica insuficiência renal.
Fosfatase alcalina é uma enzima encontrada em todos os tecidos corporais, principalmente em 
tecido ósseo. Utilizada para verificar doenças ósseas. É responsável pela degradação de substâncias que 
contenham fosfato. Valores aumentados quando há aumento na atividade óssea. Portanto, o aumento pode 
ser fisiológico, em fases de crescimento, e patológico em quadros de fraturas, doença de Paget, tumores ósseos 
e hiperparatireoidismo.
EXAMES SOROLÓGICOS
A partir de amostras de sangue, podemos realizar exames sorológicos, que avaliam os mecanismos 
imunológicos, demonstrando a presença de anticorpos ou antígenos associados a infecções específicas e 
doenças autoimunes. Isso ocorre em casos de sífilis, HIV, hepatite e mononucleose infecciosa. 
VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory): teste para identificação de pacientes com sífilis.
Um teste de VDRL negativo quase sempre significa que a pessoa nunca teve contato com a sífilis 
entretanto, num estado avançado da sífilis o VDRL poderá dar resultado negativo. Isto é chamado de resultado 
falso negativo e acontece devido ao elevado número de anticorpos produzidos pelo organismo durante o 
estado latente ou terciário da doença. 
Por outro lado, o VDRL é às vezes positivo na ausência do sífilis. Chama-se de resultado falso positivo. 
Como exemplo temos, a mononucleose infecciosa, o lupus eritematoso sistêmico, a hepatite A, a hanseníase, 
a malária e, ocasionalmente, até a gravidez podem ser encontrados pequenos títulos que não significam a 
presença de sífilis.
O ideal é realizar o VDRL e o FTA ABS, para confirmar a sífilis. 
Material para
Leitura exames complementares
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FTA-ABS: teste mais específico e sensível que o VDRL. A sua janela imunológica é mais curta, podendo 
estar positivo já após alguns dias depois do aparecimento da lesão inicial.
Uma vez positivo, o FTA-ABS assim permanecerá para o resto da vida, mesmo após a cura do paciente. 
Já os valores do VDRL caem progressivamente após a cura, podendo ou não tornar-se negativos após um 
tratamento bem sucedido.
Habitualmente o VDRL é usado para rastreio da doença e o FTA-ABS para confirmação num estado 
latente ou terciário da sífilis.
Interpretação de resultados de VDRL e FTA-ABS
- VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo confirmam o diagnóstico de sífilis. 
- VDRL positivo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo indicam outra doença que não sífilis. 
- VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) positivo indicam sífilis em fase bem inicial ou sífilis já curada 
ou sífilis na fase terciária. 
- VDRL negativo e FTA-ABS (ou TPHA) negativo descartam o diagnóstico de sífilis.
Exame para EBV (vírus Epstein-Barr) 
O vírus Epstein-Barr é um membro da família de vírus da herpes e é um dos vírus mais comuns a 
infectar os seres humanos em todo o mundo. Em crianças, o vírus normalmente não provoca sintomas. Em 
adolescentes e adultos, ele provoca uma doença conhecida como mononucleose infecciosa entre 35 e 50% dos 
casos. A propagação do vírus é através da saliva ou secreções respiratórias superiores e não pode ser propagado 
pelo contato com o sangue.
A pesquisa do EBV é muito utilizada para identificação de mononucleose infecciosa, quando nesse 
exame há IgG houve contato pregresso com o vírus, tendo IgM a doença está ativa. 
CMV (Citomegalovírus) 
Os exames para citomegalovírus (CMV) são usados para diagnosticar uma infecção ativa ou para 
determinar se uma pessoa teve uma infecção anterior. A presença de anticorpos IgM indicam a presença de 
infecção ativa pois são os primeiros a serem produzidos em resposta a uma infecção. São detectados em uma 
a duas semanas após a exposição inicial ao CMV. Após alguns meses, não são mais detectados, mas podem 
voltar a ser produzidos quando a infecção latente é reativada.
Os anticorpos IgG são detectados algumas semanas após a infecção inicial, e permanecem detectáveis 
durante o resto da vida da pessoa desta forma, indicam que a pessoa teve contato com a doença.
Além disso, podemos detectar por exame sorológico a infecção pelo HIV tipo 1 e 2, herpes simples, 
tipos de hepatite, sarampo, caxumba e rubéola. Sarampo: IgG (pregressa ou vacina), IgM (ativa). Caxumba: 
IgG (pregressa, imunização), IgM (ativa). Rubéola: IgG (imunidade), IgM (ativa).
Material para
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CONSIDERAÇÕES FINAIS – EXAMES HEMATOLÓGICOS
 Exames hematológicos são fundamentais para monitorar doenças sistêmicas, ou diagnosticar 
determinadas doenças. Depende do exame clínico inicial, visto que é um exame complementar, sendo realizado 
em casos que necessitamos de um auxílio para fechar o diagnóstico final. Hemograma é indicado para analisar 
elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos, plaquetas e fatores de coagulação). Bioquímicos: analisar 
o metabolismo da glicose, ósseo. Sorológicos: suspeita de doenças infecciosas e autoimunes. 
Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamentodo Curso é formada por integrantes do Núcleo de 
TelessaúdeRS do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS) e do Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes.
REFERÊNCIAS
COLEMAN, C. C.; NELSON, J. F. Principios de diagnósticos bucal. Editora Guanabara Koogan, 1993.
MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia – Estomatologia. Editora Guanabara Koogan, 2005.
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Marcelo Rodrigues Gonçalves
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Roberto Nunes Umpierre
Otávio Pereira D’Avila
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinicius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Fernanda Friedrich
Otávio Pereira D’Avila
Michelle Roxo Gonçalves
Thiago Tomazetti Casotti 
Projeto Gráfico
Luiz Felipe Telles 
Diagramação
Carolyne Vasques Cabral 
Luiz Felipe Telles
Ilustração
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles 
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins Alves
Divulgação
Camila Hofstetter Camini
Guilherme Fonseca Ribeiro
Vitória Oliveira Pacheco
Equipe de Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Andreza de Oliveira Vasconcelos
Angélica Dias Pinheiro
Cynthia Goulart Molina Bastos
Ylana Elias Rodrigues
Rosely de Andrade Vargas
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

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