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AFO TCU 2011 Aula 01

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CURSO ON-LINE – AFO PARA TCU – AUDITORIA DE OBRAS
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 1 
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 – PPA, LDO E LOA
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de
que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o
curso. É sinal que você busca o crescimento, que corre atrás dos seus
objetivos, que põe em prática o sonho de alcançar o sucesso na aprovação de
um concurso público. 
"Confiar, totalmente, em nossa boa vontade e na força em querer
crescer já significa o próprio crescimento." (Maria Luiza S. Teles) 
Você verá que esse caminho rumo à aprovação pode ser prazeroso. No início é
mais difícil, mas à medida que você for evoluindo nos estudos, terá satisfação
em perceber que está aprendendo a matéria e resolvendo as questões do
CESPE e da ESAF que no início pareciam impossíveis. Depois de alcançar um
bom ritmo e uma rotina consistente de estudos, sentirá falta de estudar naquele
dia que não ler ao menos um pouquinho da matéria. 
"O sucesso é uma jornada, não um ponto final. Metade do prazer
está em percorrer o caminho." (Gita Bellin) 
 
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
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Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da
Constituição Federal: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O PPA, a LDO e a
LOA são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos
federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém
integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações
governamentais. 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na
administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
 
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
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dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo
operacionalizada por meio de diversos programas. 
Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já
existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros
instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano
Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício
financeiro. 
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo
parlamento. Trataremos do tema quando falarmos do ciclo (ou processo)
orçamentário. 
1. PLANO PLURIANUAL 
1.1 O Plano Plurianual na CF/1988 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
 
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Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: 
§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais,
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do
país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas
associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser
seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes
diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a
redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com
sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração
nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de 
 
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produção e inovação e a inserção competitiva externa; a
conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação
dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de
cidades. 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão
estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim
acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e aavaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles
associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos, às
parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do
PPA. 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja
prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração
continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita
a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no
PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração
continuada. 
 
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Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro.
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto
em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com
softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e
com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Exemplo: construção de um prédio público. 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais
são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos
anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização
da atuação governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou
não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um
problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da
sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes
Ministérios. A partir do PPA de 2000-2003, denominado de Avança Brasil, está
refletida a nova classificação programática, ao contrário da abordagem anterior,
baseada em projetos. Exemplos de programas: Brasil Universitário,
Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo,
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e Efetivação
do Direito das Mulheres. 
Caiu na prova: 
1) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) As ações finalísticas
do governo federal devem ser estruturadas em programas, que não necessitam 
 
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ter correlação com o PPA, pois visam atender a necessidades imediatas da
sociedade. 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais
são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos
orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de
organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações
orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de
um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à
solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou
demanda da sociedade. 
Resposta: Errada 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto
não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos. 
Estudaremos tal Lei Complementar quando tratarmos do ciclo (ou processo)
orçamentário. 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando
no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
 
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Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo
ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Repare que um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar
durante todo o seu PPA, desde que seja reeleito. Porém, como vimos, será o
mesmo governante em mandatos diferentes. 
Atenção: nossa referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos
instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto,
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. 
QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
(DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
Caiu na prova: 
2) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA é o instrumento que
expressa o planejamento do governo federal para um período de quatro anos.
Por sua complexidade, o PPA restringe-se à esfera federal, não contemplando
desdobramentos a níveis estadual nem municipal. 
Assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. 
Resposta: Errada 
 
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1.2 O Plano Plurianual na LRF 
O art. 3º da LRF, que era o único que versava exclusivamente sobre o PPA,
foi vetado. O caput deste artigo estabelecia que o projeto de lei do plano
plurianual deveria ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa, enquanto o § 2º obrigava o seu envio, ao Poder
Legislativo, até o dia 30 de abril do primeiro ano do mandato do Chefe do
Poder Executivo.O veto ocorreu porque isso representaria não só um
reduzido período para a elaboração dessa peça, por parte do Poder
Executivo, como também para a sua apreciação pelo Poder Legislativo,
inviabilizando o aperfeiçoamento metodológico e a seleção criteriosa de
programas e ações prioritárias de governo. 
No entanto, o PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por
exemplo, no art. 5º, caput e § 5º (estudado em Lei Orçamentária Anual).
Assim, no que se refere à elaboração do PPA, o planejamento governamental
também foi afetado pela aprovação da LRF, ainda que com o veto do principal
artigo. 
1.3 Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais 
A Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: 
§ 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional. 
A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação,
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e
desigualdades existentes no território brasileiro. 
O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática,
composto por ações (estudado em Classificações da Despesa Pública). Os 
 
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programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior
ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10
anos). 
Caiu na prova: 
3) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados em
consonância com a LDO e apreciados pelo MPU. 
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional. 
Resposta: Errada 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
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SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o
encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a
LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa (17 de julho). 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos,
entre eles as metas e prioridades da administração pública. 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as 
 
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metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos
na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as
metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento.
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que
o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos,
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária
e se justifica sua presença na LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão
econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal
(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do
Estado do Amazonas (AFEAM). 
Caiu na prova: 
4) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a
Constituição Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações na
legislação tributária e orientará a elaboração do Plano Plurianual (PPA). 
A LDO compreenderá
 
as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual (e não do PPA), disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Resposta: Errada 
 
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Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol
de funções da LDO: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultadosdos
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas. 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
Assim: 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas
e privadas. 
Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes. 
 
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Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes do
planejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que se
referem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para o
exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem
de parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento. 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e
as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas
do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios. 
 
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Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e
dívidas em processo de reconhecimento. 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o
Anexo de Riscos Fiscais: 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da
política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
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Caiu na prova: 
5) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LDO deve conter anexo
no qual sejam avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de
afetar as contas públicas. 
Integra a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.
Resposta: Certa 
Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do
art. 169 da CF/1988: 
§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e
para as sociedades de economia mista. 
 
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Caiu na prova: 
6) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)
O pleito por aumento da gratificação de uma determinada categoria de
servidores em 2008 não pôde ser atendido porque o MPOG, respaldado na CF,
alegounão haver dotação orçamentária que comportasse o referido acréscimo,
além de a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada em 2007 não ter
incluído autorização específica. 
A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem
como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II –
 
se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Logo, ao não atender o pleito por aumento da gratificação de uma determinada
categoria de servidores, o MPOG, respaldado no § 1.o, I e II, do art. 169 da
CF/1988, agiu corretamente, por não haver dotação orçamentária que
comportasse o referido acréscimo, além de a lei de diretrizes orçamentárias
(LDO) aprovada no ano anterior (e que entrou em vigor no ano seguinte) não
ter incluído autorização específica. 
Resposta: Certa 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente 
 
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dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. 
Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária
anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua
elaboração. 
Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: 
§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle
e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais
importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se,
praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal
e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central
e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
 
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Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário,
porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais
orçamentos paralelos. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
Caiu na prova: 
7) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento fiscal e o da
seguridade social, integrantes da LOA, incluem, entre suas funções, a de
reduzir desigualdades inter-regionais. 
O Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional 
Resposta: Errada 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência
social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
 
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Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União. 
Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa
faz parte do orçamento da seguridade social. 
Caiu na prova: 
8) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento da seguridade social
abrange a chamada área social e, destacadamente, previdência, saúde e
educação. 
O orçamento da seguridade social abrange a chamada área social e,
destacadamente, previdência, saúde e assistência social. A educação integra
o Orçamento Fiscal. 
Resposta: Errada
 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade
social. 
 
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Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três
orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridadesocial e
investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs.
Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado,
constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social –
são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e
apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido
críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria
pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como
praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois
orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. 
Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos
fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na
verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na LOA de
2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE
SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO”. Nos
volumes que compõem a LOA o orçamento de investimento também está
separado. Esta é a razão da crítica. 
3.2 Empresa Estatal Dependente 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes,
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente.
Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou
indiretamente, a ente da Federação. 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada,
mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal 
 
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considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas
estatais não dependentes. 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de
Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF
porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro
lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus
investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o
Orçamento de Investimentos. 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter,
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é
responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de
Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança
das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes
integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 
Caiu na prova: 
9) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A lei orçamentária anual (LOA) contém,
destacadamente, as despesas de custeio das empresas estatais não
dependentes. 
 
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A empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz parte do
campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a LOA por
lidar com o dinheiro público. Desta forma, a LOA contém, destacadamente, as
despesas de investimentos das empresas estatais não dependentes. A LOA
não contém as despesas de custeio das estatais não dependentes.
Resposta: Errada 
3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO,
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos. 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as
despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que
as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
 
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Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e
assistência aos servidores, e a investimentos. 
Caiu na prova: 
10) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) O projeto de lei
orçamentária anual deve conter reserva de contingência, cuja forma de
utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, deve ser
estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de
forma compatível com o PPA e a LDO, conterá, dentre outros, reserva de
contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Resposta: Certa 
 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 
11) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) instituiu novas regras e funções para a LDO que
vão além daquelas contidas na CF, como a exigência de equilíbrio entre receita
e despesa e formas de limitar empenho. 
Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, a LRF aumentou
o rol de funções da LDO, determinando que ela disponha sobre: equilíbrio 
entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho,
normas relativas ao controle de custose à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e
exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
Resposta: Certa 
12) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) No que se refere à
elaboração do PPA, o planejamento governamental não foi afetado pela
aprovação da LRF. 
O PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por exemplo, no art. 5º,
caput e § 5º, que trata da LOA. Assim, no que se refere à elaboração do PPA,
o planejamento governamental também foi afetado pela aprovação da LRF,
mesmo com o veto do principal artigo. 
Resposta: Errada 
13) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O Plano Plurianual
(PPA) é o instrumento que estabelece a ligação entre as prioridades de longo
prazo e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
A CF/1988 recuperou a figura do planejamento na administração pública
brasileira, com a integração entre plano e orçamento por meio da criação do
PPA e da LDO. O papel do PPA nesse contexto é o de implementar o
necessário elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O 
 
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planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos PPAs, as
condições para sua materialização. 
Resposta: Certa 
14) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)
A instituição do PPA teve por objetivo, entre outros, substituir os Orçamentos
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício
financeiro. 
O PPA substituiu os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-
lhes a vigência em um exercício financeiro. 
Resposta: Certa 
15) (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) A lei orçamentária
anual compreende três tipos de orçamento: fiscal, seguridade social e de
investimentos. 
Os orçamentos que compõem a LOA são conhecidos como orçamento fiscal,
orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da
seguridade social. 
Resposta: Certa 
16) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Entre os
instrumentos de planejamento da atividade financeira do Estado previstos pela
CF, o nível mais abstrato para a formulação do plano de trabalho do governo é
constituído pelo Plano Plurianual (PPA). 
Entre os instrumentos de planejamento previsto na CF/1988, comparado a LOA
e a LDO, o PPA é o que possui critérios de ação e decisão mais abstratos para
a formulação geral dos objetivos e dos planos de trabalho. O PPA abrange um
período maior (quatro anos) e é o que possui regras menos detalhadas na
CF/1988 e na legislação infraconstitucional. 
Resposta: Certa 
 
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17) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas de
duração continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem
despesas de capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio
dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público. 
Os programas de duração continuada, constantes dos planos plurianuais
compreendem as despesas correntes destinadas tipicamente à realização das
atividades-meio dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público.
Resposta: Errada 
18) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LOA federal
compreenderá o orçamento fiscal das empresas estatais nas quais a União
detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
A questão cita “orçamento fiscal das empresas estatais”, o qual não existe. Os
orçamentos que compõem a LOA são: fiscal, seguridade social e investimento
das estatais. 
Resposta: Errada 
19) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Nenhum investimento cuja
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem a prévia
inclusão no PPA ou lei que autorize a inclusão. 
Determina o art. 167 da CF/1988: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Resposta: Certa 
20) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma
hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA. 
 
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Essa questão tem uma abordagem diferente da anterior. Já vimos que nenhum
investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um
exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de
uma lei que autorize a inclusão. 
Resposta: Errada 
21) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A LDO deverá ser
acompanhada por anexos de metas orçamentárias. 
A LDO deverá ser acompanhada por anexos de metas fiscais.
Resposta: Errada 
22) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os objetivos
básicos do PPA incluem a organização em programas das ações que resultem
em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,
bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de
um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.
Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos
para o período do PPA. 
Resposta: Certa 
23) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) O plano plurianual
representa a mais abrangente peça de planejamento governamental, com o
estabelecimento de prioridades e no direcionamento das ações do governo,
para um período de quatro anos. 
 
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Entre os três instrumentos de planejamento e orçamento destacados pela
CF/1988, o PPA representa a mais abrangente peça de planejamento
governamental, com o estabelecimento de prioridades e no direcionamento das
ações do governo por um período de 4 anos. 
Resposta: Certa 
24) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Apesar de possuir três
peças — fiscal, da seguridade social e de investimento —, o orçamento geral
da União é único e válido para os três poderes. 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em
cada exercício financeiro. Assim, apesar de possuir três peças — fiscal, da
seguridade social e de investimento —, o orçamento geral da União é único e
válido para os três poderes. 
Resposta: Certa 
25) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O período de
vigência do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do Poder
Executivo. 
O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A
ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Resposta: Errada 
26) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LDO deve conter as
metas fiscais para o exercício a quese referir e para os dois seguintes, mas
deve também incluir, obrigatoriamente, avaliação do cumprimento das metas
relativas ao ano anterior. 
 
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Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais,
em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
O Anexo de Metas Fiscais conterá, entre outros, a avaliação do cumprimento
das metas relativas ao ano anterior. 
Resposta: Certa 
27) (CESPE - Analista Judiciário – TJDFT - 2008) A fixação de diretrizes
orçamentárias tem entre seus objetivos fixar as prioridades e metas da
administração pública e orientar a elaboração da lei orçamentária anual. 
A fixação de diretrizes orçamentárias tem entre seus objetivos definir as
prioridades e metas da administração pública e orientar a elaboração da LOA.
As disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as
metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos
na LOA. A orientação à elaboração da lei orçamentária anual reforça a ideia
que a LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano
Plurianual é um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem
também as metas e prioridades da administração pública, as alterações na
legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento.
Resposta: Certa 
28) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento público, que
mantém interação com a LDO e o PPA, pode ser considerado instrumento de
planejamento das ações de governo. 
O PPA, a LDO e a LOA são instrumentos de planejamento e orçamento
previstos na Constituição Federal de 1988. 
Resposta: Certa 
 
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29) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)
Além de permitir um debate mais profundo sobre as prioridades orçamentárias,
a LDO deve tratar dos financiamentos concedidos por agências públicas de
desenvolvimento. 
A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
O estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento objetiva o controle dos gastos das agências que
fomentam o desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela
repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa
Econômica Federal (CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de
Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). 
Logo, a LDO trata dos financiamentos concedidos por agências públicas de
desenvolvimento (ou agências financeiras oficiais de fomento). 
Resposta: Certa 
30) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) As metas fiscais
constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. 
Não há previsão legal de que as metas fiscais constantes da LDO devem ter
o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. A questão tentou confundir com
metas do PPA, as quais devem ser regionalizadas. Relembro que a lei que
instituir o PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Resposta: Errada 
 
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31) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a Lei
Complementar n.° 101/2000 (LRF), cabe à LDO discipl inar o equilíbrio entre as
receitas e as despesas. 
Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, a LRF aumentou
o rol de funções da LDO, determinando que ela disponha sobre: equilíbrio
entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho, normas
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e exigências
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
Resposta: Certa 
32) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A avaliação da evolução do
patrimônio líquido por unidade administrativa é parte integrante da lei de
diretrizes orçamentárias, destacando-se a origem e a aplicação dos recursos
obtidos com a alienação de ativos. 
O Anexo de Metas Fiscais conterá, dentre outros, evolução do patrimônio
líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
A LRF não afirma que é por unidade administrativa, mas isso não invalida a
questão. 
Resposta: Certa 
33) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos fiscais
que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orçamentários
e os riscos da dívida. 
Os riscos fiscais, que devem ser incluídos no Anexo de Riscos Fiscais da LDO,
abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Resposta: Certa 
 
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34) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA contempla o
planejamento para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo ano de
mandato presidencial e terminando no primeiro ano de mandato do chefe do
Poder Executivo subsequente. 
O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A
ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Resposta: Certa 
35) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A
alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este
exercício contiver a respectiva autorização. 
Segundo o § 1.o, I e II, do art. 169 da CF/1988: 
§ 1.º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
 
Logo, a alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da
Previdência Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público,
só poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver a
respectiva autorização. 
Resposta: Certa 
 
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36) (CESPE– Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Banco do
Brasil S.A. pretende conceder, em 2009, aumento salarial para seus
empregados, então tal elevação somente poderá ser efetivada se prevista na
LDO que tramitou no Congresso Nacional em 2008. 
Cuidado que essa questão é diferente da anterior. Repetindo o § 1.°, I e II, do
art. 169 da CF/1988: 
§ 1.º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II –
 
se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público. No entanto, exceção se dá para as empresas
públicas e para as sociedades de economia mista, como o Banco do
Brasil S.A. 
Resposta: Errada 
37) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Para que se atinja o
equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-regionais,
o orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
 
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entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. Apenas o Orçamento da Seguridade Social não tem a função
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional
Resposta: Certa 
38) (CESPE – Administrador – Ministério dos Esportes - 2008) Além de fixar
despesas e prever receitas, o orçamento público no Brasil expressa as políticas
desenvolvidas pela entidade pública, os interesses que nele predominam e os
setores beneficiados. 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente
dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas
estabelecidas no PPA. Expressa as políticas desenvolvidas pela entidade
pública por meio do cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. Como os
recursos são escassos e as necessidades ilimitadas, são necessárias
escolhas onde naturalmente alguns setores serão mais beneficiados.
Resposta: Certa. 
39) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)
A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal, o orçamento de
investimentos e o orçamento da seguridade social. 
Os orçamentos que compõem a LOA são conhecidos como orçamento fiscal,
orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da
seguridade social. 
Resposta: Certa 
 
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40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, integrarão
o projeto da LDO um anexo de metas fiscais e outro de riscos fiscais. 
Consoante a LRF, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais
integram a LDO. 
Resposta: Certa 
(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) De acordo com o art. 165 da
Constituição Federal, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de
investimentos das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. A
respeito do orçamento de investimentos das empresas estatais, julgue o item
abaixo. 
41) Terá entre suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional. 
Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. 
Resposta: Certa. 
42) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios destinadas à seguridade social constarão do orçamento da
União, que será elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, pela previdência social e pela assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos. 
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos. 
 
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No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União. A questão está errada porque afirma que
tais receitas constarão do orçamento da União.
 
Resposta: Errada. 
43) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) À LDO, que contempla o
período de quatro anos de mandato político, tal como a lei que institui o PPA,
cabe, de acordo com a CF, orientar a elaboração da LOA. 
Nenhum dos instrumentos de planejamento e orçamento tem a mesma duração
de um mandato político. O que mais se aproxima é o PPA, porém a sua
vigência não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte.
Resposta: Errada 
44) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA
recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo
executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é
órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência
social. 
O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem
receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência,
assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente relacionados à
seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde
(SUS). Por exemplo, o TRE/BA possui despesas de assistência médica relativa
aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade
social. 
Resposta: Errada 
 
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45) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) É vedado o início de programas ou
projetos não incluídos na LOA. 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Resposta: Certa 
46) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Enquanto o
orçamento de investimento das empresas estatais é individualizado,
constituindo documento separado, os orçamentosfiscal e da seguridade social
são apresentados conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado
críticas por parte dos que entendem que a falta de separação dos dois últimos
compromete a necessária transparência dos respectivos valores, como, por
exemplo, os referentes à previdência social. 
Transcrição de crítica do Professor Giacomoni que vimos na parte teórica.
Resposta: Certa 
47) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Para efeitos da
LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a um município, enquadra-se no conceito de empresa
controlada. 
Segundo a LRF, uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do
capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da
Federação: União, cada Estado, Distrito Federal ou cada Município.
Resposta: Certa 
48) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Metas fiscais são
valores projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo
Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução do
orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do planejamento,
as metas devem ser projetadas para os próximos três anos, isto é, o exercício
a que se referem e os dois seguintes. 
 
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Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes do
planejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que se
referem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para o
exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem
de parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento. 
Resposta: Certa 
49) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Embora deva ser
compatível com o PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) contém
matérias que, por sua própria natureza, não devem constar do PPA. 
A LDO não é uma cópia anual do PPA. Apesar da necessidade de
compatibilidade, cada instrumento tem a sua função. Por exemplo, a LDO deve
dispor sobre alterações na legislação tributária e não há essa determinação
para o PPA. 
Resposta: Certa 
50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A lei de diretrizes
orçamentárias dispõe sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem como
sobre os critérios e forma de limitação de empenho, entre outras medidas. 
A LRF aumentou o rol de funções da LDO, determinando que ela disponha
sobre: equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação
de empenho, normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; e demais
condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas. 
Resposta: Certa 
 
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E aqui terminamos nossa aula 1. 
Na próxima aula estudaremos o Ciclo Orçamentário, também denominado de
Processo Orçamentário. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
 
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MEMENTO I
PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
LDO 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a
consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. 
 
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Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação
dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
LOA 
SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público. 
Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia. 
Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive
daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade
social. 
SEGUNDO A LRF, A LOA: 
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO. 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os
objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente
de isenções, anistias, remissões,

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