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Patologia das Fundações

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Patologia das FundaçõesPatologia das Fundações
Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc.
POLI-UPE, CEFET-PE
Gusmão Engenheiros Associados
ApresentaçãoApresentação
z Introdução
z Segurança das fundações
z Movimentos da fundação
z Recalque da fundação
z Tipos de Danos
z Levantamento de Danos
z Diagnóstico
z Movimentos Admissíveis
z Monitoramento de Obras
IntroduçãoIntrodução
Partes de uma edificaçãoPartes de uma edificação
Conceito de FundaçõesConceito de Fundações
z A fundação é responsável pela 
transferência das cargas ao terreno
EQUILÍBRIO
ANTES
?
=>
Tipos de FundaçõesTipos de Fundações
FUNDAÇÃO SUPERFICIAL FUNDAÇÃO PROFUNDA
V
V
Rl
NT NT
Rp
Rp
Comportamento das FundaçõesComportamento das Fundações
z Transferência de carga
V
V
S S
Vrup
V
S
Comportamento das FundaçõesComportamento das Fundações
z Prova de carga estática em estaca
V V1
V2
Vn
S1 S2
Sn
S
D
Vrup
...
0.00
10.00
20.00
30.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
(
m
m
)
0.00 1000.00 2000.00 3000.00 4000.00
CARGA (kN)
PROVA DE CARGA
VAN DER VEEN
Vrup = 3267 kN
a = 0.2125 mm-1
b = 0.0835
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA - 600 mm DIÂMETRO
Requisitos de ProjetoRequisitos de Projeto
REQUISITOS
DE PROJETO
ESTABILIDADE
DEFORMAÇÕES
TOLERÁVEIS
DURABILIDADE
ELEMENTO
TERRENO
DANOS
ESTÉTICOS
DANOS
FUNCIONAIS
DANOS
ESTRUTURAIS
Segurança das FundaçõesSegurança das Fundações
ConceitoConceito
z A segurança está sempre relacionada
ao binômio carga-resistência dos 
materiais.
CARREGAMENTO
ATUANTE
RESISTÊNCIA DOS
MATERIAIS
SEGURANÇA
AnáliseAnálise DeterminísticaDeterminística
0.00
10.00
20.00
30.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
(
m
m
)
0.00 1000.00 2000.00 3000.00 4000.00
CARGA (kN)
PROVA DE CARGA
VAN DER VEEN
Vrup = 3267 kN
a = 0.2125 mm-1
b = 0.0835
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA - 600 mm DIÂMETRO
z FS = ?
z Vadm = ?
z Custos ?
z Segurança ?
SEGURANÇA
CUSTOS
AnáliseAnálise ProbabilísticaProbabilística
S , R
p
S R
PROBABILIDADE DE RUÍNA
(S > R)
ExercícioExercício ProfissionalProfissional
z Insucesso ?
z Seguro profissional ?
“O exercício profissional é 
um grande desafio”
Movimentos da FundaçãoMovimentos da Fundação
TerminologiaTerminologia
TerminologiaTerminologia
TerminologiaTerminologia
CasoCaso de de ObraObra
P1 P2 P3 P4
P5
P6 P7 P8 P9
P10
P11 P14
P15 P16
P17 P18 P19 P20
P21 P22P23 P24 P25 P26
P29 P30
P31 P32 P33 P34
0 2 4 6 8 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 
Recalque da FundaçãoRecalque da Fundação
TiposTipos de de RecalquesRecalques
S
EVOLUÇÃO DO RECALQUE
t
Si
Ss
Sp
t =~ 0 ta
S
RecalqueRecalque ImediatoImediato
Si
σ
σ
Vo = Vf
RECALQUE IMEDIATO
z Ocorre logo após o carregamento
zMais importante em solos arenosos
RecalqueRecalque porpor AdensamentoAdensamento PrimárioPrimário
z Expulsão da água dos vazios
zMais importante em solos argilosos
RECALQUE POR ADENSAMENTO PRIMÁRIO
t = 0
ÁGUA
ÁGUA
Sa
Δσ
ÁGUA
Δσ Δσ
Δσ
Δ
=´
u = Δσ
0 Δσ
Δ
=´
u =
0
0
Δσ
Δ
=´
u =
Δσ
0
t > 0 t = oo++
PONTE TORRE-PARNAMIRIM
RecalqueRecalque porpor AdensamentoAdensamento SecundárioSecundário
z Compressão visco-plástica do 
esqueleto sólido
zMais importante em solos orgânicos
ImportânciaImportância RelativaRelativa
TIPO DE SOLO RECALQUE
IMEDIATO
ADENSAMENTO
PRIMÁRIO
ADENSAMENTO
SECUNDÁRIO
Areias SIM NÃO NÃO
Argilas POSSÍVEL 
(NÃO)
SIM POSSÍVEL (SIM)
Solos Orgânicos POSSÍVEL 
(SIM)
POSSÍVEL (NÃO) SIM
CausasCausas dos dos RecalquesRecalques
Tipo Discriminação Exemplo
Carregamento Estático
Dinâmico
Própria obra e obras vizinhas
Máquinas, veículos, etc.
Variação de 
umidade
Variação sazonal
Drenagem
Cortes no relevo
Barragem
Chuva
Seca prolongada
Absorção por plantas
Evaporação
Regularização rios e canais
Rebaixamento do NA
Métodos de
construção
Escavação
Rebaixamento do NA
Cravação de estacas
Execução aterros
Ruptura de peças
Cavas superficiais, túneis e galerias
Camada mole, erosão interna e 
gradiente crítico
Condições
ambientais
Fatores geológicos
Erosão
Elementos biológicos
Deterioração do elem. estrutural
CargaCarga EstáticaEstática
z Peso próprio do solo: argilas parcial-
mente adensadas
CargaCarga EstáticaEstática
z Pressões transmitidas pelas funda-
ções: edifícios
EDIFÍCIO EM JABOATÃO / PE
EDIFÍCIO EM JABOATÃO / PE
CargaCarga EstáticaEstática
z Pressões transmitidas pelas funda-
ções: edifícios vizinhos
EDIFÍCIOS EM SANTOS / SP
CargaCarga EstáticaEstática
z Aterros: Shopping Guararapes
SHOPPING GUARARAPES
SHOPPING GUARARAPES
SHOPPING GUARARAPES
Recalque de 1,5 m
0.00
0.40
0.80
1.20
1.60
2.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
(
m
)
0.00 4.00 8.00 12.00 16.00 20.00
TEMPO (anos)
SITUAÇÃO
SEM RECOMPOSIÇÃO
COM RECOMPOSIÇÃO
LIMITE DE RECALQUE = 0,30 m
ÁREA DAS DOCAS
SHOPPING GUARARAPES
CargaCarga DinâmicaDinâmica
z Tráfego: pontes e viadutos
PONTE SOBRE O RIO JITITUBA / AL
CargaCarga DinâmicaDinâmica
z Cravação de estacas: vibrações
CargaCarga DinâmicaDinâmica
z Sismos: Caruaru
VariaçãoVariação de de UmidadeUmidade
z Solo colapsível: região do semi-árido
(areias médias e finas)
s
v
saturação
HD
H
e
v =
HD
H
s
v
e
v
colapso
RESERVATÓRIO EM BOQUIM / SE
RESERVATÓRIO EM BOQUIM / SE
RESERVATÓRIO EM BOQUIM / SE
RESERVATÓRIO EM BOQUIM / SE
0.00
4.00
8.00
12.00
0.00 10.00 20.00
N-SPT
SONDAGEM
ANTES
DEPOIS
AREIA FINA SILTOSA
SILTE ARENOSO
PROF. (m)
Efeito da 
Perda de 
Sucção
VariaçãoVariação de de UmidadeUmidade
z Solo expansivo: argilas plásticas
s
v
saturação
HD
H
e
v =
HD
H
s
v
e
v
expansão
PRÉDIO EM OLINDA / PE
PRÉDIO EM OLINDA / PE
PRÉDIO EM OLINDA / PE
VAZAMENTO
VariaçãoVariação de de UmidadeUmidade
z Ruptura de tubulação: umedecimento
do solo e carreamento de material
PRÉDIO EM RECIFE / PE
PRÉDIO EM RECIFE / PE
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Escavação a céu aberto: 
deslocamento lateral e vertical
H
d = 2.H
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Escavação subterrânea: metrôs
MOVIMENTOS
SUPERFICIAISZONA DE EXTENSÃO
TÚNEL EM SHANGAI
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Execução de aterros: ruptura de 
solos moles
ATERRO
RECENTE
ATERRO
ANTIGO
ARGILA SILTOSA,
MOLE
TURFA,
MOLE
ARGILA SILTOSA, MÉDIA
MURO DE
GABIÃO
GALPÃO
SUPERFÍCIE
DE RUPTURA
0,00
5,006,00
9,00
15,00
GALPÃO EM RECIFE / PE
MURO DE
GABIÃO
ABERTURA
DAS JUNTAS
NO PISO
TRINCAS NO
TERRENO
BR-101
GALPÃO EM RECIFE / PE
BR-101MURO DE
GABIÃO
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
Superfície de 
ruptura
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
Levantamento 
do terreno
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
GALPÃO EM RECIFE / PE
Levantamento 
do muro
GALPÃO EM RECIFE / PE
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Execução de aterros: deslocamento
lateral de solos (Efeito Tschebotarioff)
ATERRO
AREIA FOFA
ARGILA MOLE
AREIA COMPACTA
Ph
ESCOLA NO IBURA – RECIFE / PE
ESCOLANO IBURA – RECIFE / PE
ESCOLA NO IBURA – RECIFE / PE
LIMPEZA DO CANAL
FLUXO DO SOLO
MOLE
CARREGAMENTO
LATERAL DAS
ESTACAS
ESCOLA NO IBURA – RECIFE / PE
ESCOLA NO IBURA – RECIFE / PE
ESCOLA NO IBURA – RECIFE / PE
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Execução de aterros: atrito negativo
em estacas Vrup
ARGILA
MOLE
ATERRO
AREIA
A
T
R
I
T
O
N
E
G
A
T
I
V
O
A
T
R
I
T
O
P
O
S
I
T
I
V
O
RL,n
RL,p
RP
SEDE DA CHESF – RECIFE / PE
RECALQUE 
DO ATERRO
SEDE DA CHESF – RECIFE / PE
SEDE DA CHESF – RECIFE / PE
RECALQUE 
DO ATERRO
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Rebaixamento do freático: carrea-
mento de solo fino
MétodosMétodos de de ConstruçãoConstrução
z Rebaixamento do freático: aumento do 
peso aparente do solo
CondiçõesCondições AmbientaisAmbientais
z Formação de cavernas por animais: 
formigueiros
CondiçõesCondições AmbientaisAmbientais
z Erosão química: cavernas em calcáreo
CondiçõesCondições AmbientaisAmbientais
zMovimentação de taludes: áreas
urbanas
superfície de
 ruptura
RESIDÊNCIA EM ALDEIA / PE
RESIDÊNCIA EM ALDEIA / PE
RESIDÊNCIA EM ALDEIA / PE
CondiçõesCondições AmbientaisAmbientais
z Deterioração dos materiais: RAA
EDIFÍCIO EM BOA VIAGEM – RECIFE / PE
EDIFÍCIO EM BOA VIAGEM – RECIFE / PE
EDIFÍCIO EM BOA VIAGEM – RECIFE / PE
Tipos de DanosTipos de Danos
ConceitosConceitos
z Patologia: estudo das doenças e 
suas consequências no corpo 
humano.
z Patologia das Fundações: estudo
dos danos provocados pelos
movimentos da fundação.
TODA FUNDAÇÃO APRESENTA 
MOVIMENTOS
AnalogiaAnalogia
Etapa Medicina Fundações
Anamnese - Idade, sexo, etc
- Alergias
- Histórico de doenças
- Remédios, vacinas
- Tipo de estrutura e 
fundação
- Materiais usados e sua
vida útil
- Carregamento
- Tempo de construção
Diagnóstico - Sintomas fisiológicos e psíquicos
- Ocorrência
- Definição das causas
- Levantamento de danos e 
sua tipologia
- Ocorrência / histórico
- Causas dos danos
Tratamento - Nenhum (defesa natural)
- Tópico (remédios, 
tratamentos, etc)
- Generalizado (operação, 
transplante, etc)
- Convivência com os danos
(estabilização natural)
- Reforço localizado
- Reforço generalizado
Tipos de DanosTipos de Danos
Danos Características Inconvenientes
Estéticos - São subjetivos e de efeito psicológico
- Do simples mau estar
ao alarme com pânico
Funcionais - Comprometem o uso e destinação da obra
- Mau funcionamento
de equipamentos
Estruturais - Afetam os elementosestruturais
- Podem comprometer a 
estabilidade da obra
- Podem exigir reforços
DanosDanos EstéticosEstéticos
z Fissuras em painéis de alvenaria de 
estruturas aporticadas.
z Desaprumos não acentuados.
DanosDanos FuncionaisFuncionais
z Janelas emperradas
z Inversão de drenagem
z Problemas com elevadores
DanosDanos EstruturaisEstruturais
z Fissuras em painéis de alvenaria
autoportante (estrutural).
z Fissuras em lajes, vigas e pilares.
SintomasSintomas TípicosTípicos -- AlvenariaAlvenaria
 recalque
diferencial
SintomasSintomas TípicosTípicos -- AlvenariaAlvenaria
 recalque
diferencial
 recalque
diferencial
t
t
tt
s
s
45 graus
SintomasSintomas TípicosTípicos -- AlvenariaAlvenaria
 recalque
diferencial
CASA EM CAMARAGIBE / PE
PRÉDIO EM JABOATÃO / PE
HOLANDA Jr. (2002)
SintomasSintomas TípicosTípicos -- AberturasAberturas
SintomasSintomas TípicosTípicos -- VigasVigas
 viga
real
 modelo de
cálculo
Diagrama
de fletor
 modelo de
cálculo
SintomasSintomas TípicosTípicos -- VigasVigas
 viga
real
 modelo de
cálculo
Diagrama
de fletor
 Fissuras
diferencial
diferencial
PRÉDIO EM JABOATÃO / PE
RECALQUE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PilaresPilares
 viga
real
 modelo de
cálculo
 Fissuras
diferencial
ALÍVIOAUMENTO AUMENTO
ESMAGAMENTO
DO PILAR
PRÉDIO EM JABOATÃO / PE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– DesaprumoDesaprumo
α
α
SintomasSintomas TípicosTípicos –– DesaprumoDesaprumo
TORRE PERIFERIA
LESTEOESTE
PRÉDIO EM JABOATÃO / PE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– DesaprumoDesaprumo
PRÉDIO EM JABOATÃO / PE
53/1
580
1223 =−=Δ=
L
sw
23cm 12cm
580cm
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PisoPiso
SUPERMERCADO EM RECIFE / PE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PisoPiso
SUPERMERCADO EM RECIFE / PE
CINTA
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PisoPiso
SUPERMERCADO EM RECIFE / PE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PisoPiso
GALPÃO EM RECIFE / PE
SintomasSintomas TípicosTípicos –– PisoPiso
GALPÃO EM RECIFE / PE
ZonaZona de de OcorrênciaOcorrência de de DanosDanos
z Os danos são mais
intensos nos
pavimentos
inferiores.
z Normalmente não
atingem mais que
5 pavimentos.
GUSMÃO E GUSMÃO FILHO (1997)
ExemploExemplo
0
10
20
30
40
10 300 20
N-SPT
SONDAGEM
SP-01
AREIA ARGILOSA
ARGILA
SILTOSA
PROF.(m)
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
DE CONCRETO COM
COMPRIMENTO VARIÁVEL
ARGILA SILTOSA
AREIA FINA SILTOSA
AREIA MÉDIA E FINA
PRÉDIO EM RECIFE / PE
17 PAVTOS
ExemploExemplo
P1 P2
P3 P4 P5 P6
P7 P8
P9
P10 P11 P12 P13P14 P15
P16 P17
P18 P19 P20 P21
P22
P23 P24
P25 P26 P27 P28
P29 P30
0 2 4 6 8
PRÉDIO EM RECIFE / PE
ExemploExemplo
0 2 4 6 8 10
VÃO ENTRE PILARES (m)
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
D
I
F
E
R
E
N
C
I
A
L
 
(
m
m
)
1 / 150
1 / 300
1 / 500
1 / 1000
ROTAÇÃO
MEDIDA
PRÉDIO EM RECIFE / PE
0 20 40 60
NÚMERO DE FISSURAS
0
10
20
30
40
50
A
L
T
U
R
A
 
D
O
 
P
R
É
D
I
O
 
(
m
)
5o. PAVTO
PRÉDIO
BLOCO F
ESTR. FUNDAÇÃO
PRÉDIO EM RECIFE / PE GUSMÃO (2006)
Levantamento de DanosLevantamento de Danos
LevantamentoLevantamento de de DanosDanos
z As deformações e os movimentos da
fundação provocam os danos.
z Os danos se manifestam de várias
maneiras:
–Materiais
– Peças isoladas
– Conjunto da obra
ClassificaçãoClassificação dasdas FraturasFraturas
Intensidade do
Dano
Abertura da Fratura
(mm)
Muito leve 1
Leve 5
Moderado 5 a 15
Severo 15 a 25
Muito severo > 25
FraturaFratura x x TipoTipo de de EsforçoEsforço
(a) Flexão – deformada côncava
(b) Flexão – deformada convexa
(c) Cisalhamento – recalque LD
(d) Tração horizontal
(e) Tração vertical
FraturaFratura x x TipoTipo de de EsforçoEsforço
(a) Recalque no centro
(b) Recalque no bordo LE
(c) Tração no terreno LD
(d) Tração no terreno LD e 
recalque no bordo LD
MapeamentoMapeamento de de DanosDanos
z Tipo de representação:
–Estereográfica (geologia
estrutural)
–Cartesiana (coquis, desenhos em
escala, etc)
RepresentaçãoRepresentação EsterográficaEsterográfica
N
S
EW
N (0º)
S (180º)
E (90º)(270º) W
2 3
4 2 3
2
3
2 1
41
9
2
2
1 3 % 3 2 %
9 %
2 8 %1 7 %
2 321 1
4
1
1
10
23
1
122
3
4
1 1
1
21
2 2
3
1
RepresentaçãoRepresentação CartesianaCartesiana
HOLANDA Jr. (2002)
DiagnósticoDiagnóstico
CaracterísticasCaracterísticas
zMétodo basicamente indutivo: 
causas x efeitos
z Deve ser baseado nos dados reais, e 
não nos indicados no projeto
z Podem ser necessários dados 
adicionais: sondagens, ensaios, 
provas de carga, etc
FluxogramaFluxograma
Visitade
Inspeção
Ensaios
dos
Materiais
Sondagens
Projetos
Relatórios
Livro de Obra
Estudos dos
documentos
disponíveis
Estimativa das
solicitações
de carga
Estimativa dos
efeitos
ambientais
Retro-análise
Diagnóstico
O
diagnóstico é
confirmado?
Avaliação do
comportamento
da estrutura
Estimativa
de uso
futuro
Provas
de cargas
Não
Sim
Decisão sobre
o que fazerGUSMÃO FILHO (2006)
CartaCarta de de DiagnósticoDiagnóstico
Causa do Dano Detalhe
Problemas de 
escorregamento
- Recalque
- Inclinação
- Movimento lateral do solo
- Movimento vertical do solo
- Tirante incapaz de resistir
Problemas de 
variação de umidade
- Chuva ou seca prolongada, com solo 
expansivo ou colapsível
- Árvores junto da construção
- Subsidência geral, quando há rios e canais 
por perto
- Rebaixamento do NA
- Corte em talude de fundação
- Subida do NA devido ao dreno ou 
barragem perto 
CartaCarta de de DiagnósticoDiagnóstico
Causa do Dano Detalhe
Problemas de 
construção
- Recalque
- Escavação do solo, em cavas superficiais 
ou galerias subterrâneas
- Recalque em camada mole por 
rebaixamento do NA
- Forma, concretagem e cura inadequada do 
concreto
- Erro de bitola, posição e quantidade de 
ferro
- Sobrecarga durante a construção
- Excesso de compactação
- Material pouco compactado
- Aterro de solo expansivo
- Execução de estacas e aterro em terreno 
fofo ou mole
CartaCarta de de DiagnósticoDiagnóstico
Causa do Dano Detalhe
Efeitos
ambientais
- Recalque
-Erosão geral ou local de pilares de pontes
- Erosão interna (“piping”)
- Percolação
- Mudanças de temperatura
- Ataque de ácidos
- Fatores geológicos, como cavernas, 
movimentos de massa, etc
- Elementos biológicos, como formigas, 
cupins, ataque de microorganismos 
Corrosão
CartaCarta de de DiagnósticoDiagnóstico
Causa do Dano Detalhe
Erros de
projeto
- Recalque
- Carga subestimada
- Resistência superestimada
- Ficha enterrada subdimensionada
- Omissão de juntas
- Cálculo errado
Tecnologias de
obras
- Deficiência na drenagem
- Material estranho no concreto (sal,etc).
- Agregados expansivos e RAA
- Concreto permeável
- Dosagem inadequada do concreto
- Blocos de pedra mal rejuntados
- Revestimentos inadequados
- Vazamentos
CartaCarta de de DiagnósticoDiagnóstico
Causa do Dano Detalhe
Cargas
Inesperadas
- Recalque
- Explosão de gás, bombas, etc.
- Colisão
- Colapso de edifício adjacente
- Abalo sísmico
GUSMÃO FILHO (2006)
Movimentos AdmissíveisMovimentos Admissíveis
CritériosCritérios
Parâmetro Dano
Associado
Referências
Recalque
Absoluto
Máximo
- Estético
- Funcional
- Terzaghi e Peck (1987)
- Polshin e Tokar (1957)
- Sowers (1962)
Distorção Angular 
Máxima
- Estético
- Funcional
- Estrutural
- Skempton e MacDonald (1956)
- Bjerrum (1963)
Tensão Máxima de 
Tração
- Estético
- Estrutural
- Burland e Wroth (1974)
RecalqueRecalque AbsolutoAbsoluto MáximoMáximo
Recalque Máximo (mm)Tipo de 
Fundação Terreno Arenoso Terreno Argiloso
Sapatas 25 a 40 65
Radier 40 a 65 65 a 100
Polshin & Tokar (1957)
DistorçãoDistorção Angular Angular MáximaMáxima
Bjerrum (1963)
AlongamentoAlongamento MáximoMáximo de de TraçãoTração
L
H
Δ
a) Edifício existente
b) Idealização do edifício
 como viga simples e a
 sua deformada.
 
c) Deformação por flexão,
 com fissuras devido ao 
 alongamento de tração 
 na base.
d) Deformação por corte,
 com fissuras devido ao
 alongamento de tração
 em diagonal.
Material ε crit [ % ]
Material de tijolo e de 
pedra, com 
argamassa de 
cimento
0,05 a 0,10
Concreto armado 0.03 a 0,05
Burland & Wroth (1974)
Monitoramento das ObrasMonitoramento das Obras
InstrumentaçãoInstrumentação
z Calibração dos modelos de cálculo: 
previsto x medido
z Otimização de projetos: método
observacional
z Identificação de situações de risco: 
velocidade de recalques
Experiência do RecifeExperiência do Recife
z Sensibilização do setor a partir da 
década de 90.
zMonitoramento: mais um controle 
tecnológico da obra.
z Retroanálise de parâmetros dos 
solos: otimização dos projetos.
z Identificação das causas de 
eventuais patologias.
Custos do MonitoramentoCustos do Monitoramento
Serviço Custo
(R$)
-Prova de carga estática em estaca 
(carga de ensaio de 3 MN)
12.000,00 a
15.000,00
-Prova de carga dinâmica
(05 ensaios + 02 análises capwap)
5.000,00 a
8.000,00
-Medição de recalques 
(nivelamento + 06 leituras)
4.000,00*
* custo diluído ao longo do tempo de construção
Medição de RecalquesMedição de Recalques
z Pinos: aço inoxidável e base esférica.
Recife – UPE Rio de Janeiro - COPPE
Medição de RecalquesMedição de Recalques
z Referêncial de nível: ideal é aquele 
que se apresenta como indeslocável.
9 Profunda
9 Superficial
RN PROFUNDO
Medição de recalquesMedição de recalques
z Nível: ótico e dotado de placa plano
paralela.
Medição de RecalquesMedição de Recalques
zMira: chapa de invar.
Freqüência das MediçõesFreqüência das Medições
Etapa No. de Medições
-Até a concretagem da 1ª laje Instalação dos 
pinos + 
Nivelamento
-Até a concretagem da coberta +02
-Até o final do assentamento da alvenaria +01
-Até o final do revestimento interno e externo: +01
-Até o final do assentamento de piso +01
-Antes da entrega do prédio +01
Total 07
0
10
20
30
40
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
ANTES
APÓS
AREIA MÉDIA E
FINA
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
PROF.(m)
SAPATA
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
(AREIA + BRITA)
AREIA ARGILOSA COM
MATÉRIA ORGÂNICA
AREIA FINA SILTOSA COM
POUCA MAT.ORGÂNICA
AREIA FINA E
MÉDIA
0.00
30.00
60.00
90.00
120.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
(
m
m
)
0 100 200 300 400
TEMPO (dias)
0.00
50.00
100.00
C
A
R
R
E
G
A
M
E
N
T
O
 
(
%
)
RECALQUE
MÁXIMO (P31)
MÉDIO
MÍNIMO (P3)
ExemploExemplo
ExemploExemplo
P1 P2 P3 P4
P5
P6 P7 P8 P9
P10
P11 P14
P15 P16
P17 P18 P19 P20
P21 P22P23 P24 P25 P26
P29 P30
P31 P32 P33 P34
0 2 4 6 8 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 
P1 P2 P3 P4
P5
P6 P7 P8 P9
P10
P11 P14
P15 P16
P17 P18 P19 P20
P21 P22P23 P24 P25 P26
P29 P30
P31 P32 P33 P34
0 2 4 6 8 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 
ESTIMADO SEM ISE
S = 79,2 mm CV = 0,189
MEDIDO
S = 82,3 mm CV = 0,162
ExemploExemplo
0 40 80 120
RECALQUE ESTIMADO SEM ISE (mm)
0
40
80
120
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
M
E
D
I
D
O
 
(
m
m
)
Sest < Smedido
(ACRÉSCIMO)
Sest > Smedido
(ALÍVIO)
Sest < MÉDIA
Sest > MÉDIA
Smedio DEFORMADA DE RECALQUES
Smin
Smax
Smedio
0 2 4 6 8 10
VÃO ENTRE PILARES (m)
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
R
E
C
A
L
Q
U
E
 
D
I
F
E
R
E
N
C
I
A
L
 
(
m
m
)
1 / 150
1 / 300
1 / 500
1 / 1000
ROTAÇÃO
MEDIDA
ESTIMADA CONVENCIONALMENTE
INÍCIO DE FISSURAMENTO
EM PAINÉIS DE ALVENARIA
(BJERRUM, 1963)
ExemploExemplo
Medição de Carga nos PilaresMedição de Carga nos Pilares
z É feita de maneira indireta: 
(deformação do pilarÆ modelo
tensão-deformaçãoÆcarga).
z Dificuldade de interpretação: fluência
+ retração do concreto + efeitos
térmicos.
Medição de Carga nos PilaresMedição de Carga nos Pilares
z Russo Neto (2005): ótimos resultados.
EXTENSÔMETRO MECÂNICO
EVOLUÇÃO DA CARGA NA CONSTRUÇÃO
Muito obrigado pela atenção ...
gusmao.alex@ig.com.brPatologia das Fundações
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	Comportamento das Fundações
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	Movimentos da Fundação
	Terminologia
	Terminologia
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	Carga Estática
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	Sintomas Típicos - Alvenaria
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	Fratura x Tipo de Esforço
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	Carta de Diagnóstico
	Carta de Diagnóstico
	Carta de Diagnóstico
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