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Boletim Tecnico 2,4D
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PERFIL TÉCNICO INICIATIVA 2,4-D HISTÓRICO • O 2,4-D é um dos herbicidas mais comuns e antigos utilizados na agricultura; • Tem mais de 70 anos de mercado e 40.000 estudos realizados por diferentes instituições de pesquisas; • Herbicida padrão de eficácia biológica em plantas daninhas de folha larga; • É uma das substâncias mais estudadas no mundo; • Em 1941, foi detectado como regulador de crescimento natural das plantas; • Um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis e a um preço acessível; • Seu uso vem crescendo devido a sua função de ferramenta insubstituível na dessecação das plantas daninhas e restos culturais, antes da semeadura da nova cultura; • São comercializados cerca de 120 milhões de litros do produto no mundo, dos quais 20 milhões no Brasil. CARACTERÍSTICAS FISIO-QUÍMICAS NOME QUÍMICO E FÓRMULA ESTRUTURAL FORMULAÇÕES • Sólido cristalino, o 2,4-D se apresenta comercialmente em fórmulas líquidas. • Atividade biológica herbicida e concentração dos herbicidas fenoxiacéticos estão presentes na parte ácida da molécula. FORMULAÇÕES AMINAS – (ÚNICA FORMULAÇÃO REGISTRADA NO BRASIL) • Muito utilizadas, as mais comuns são as dimetilaminas (DMA). Requerem horas para serem absorvidas e não são voláteis, o que aumenta a segurança em seu uso. • Os sais amina são produzidos através da reação de um ácido com uma base. O sal amina do 2,4-D é solúvel, de fácil aplicação e não volátil. FORMULAÇÕES ÉSTERES Ácido 2,4-D com um álcool são absorvidos mais fácil e rapidamente pelas plantas. Estas formulações ésteres são mais apropriadas para climas temperados. H H CI O O OH C C H H H CI 2,4-D é o nome comum do ácido 2,4-diclorofenoxiacético, que se pode explicar da seguinte forma: • Ácido pela forma ácida da molécula; • 2,4- indica que há um átomo de cloro na posição 2 e outro na posição do anel de fenol; • Dicloro indica o anel fenólico; • Oxi indica o átomo de oxigênio na posição do anel de fenol; • Acético indica o tipo de ácido. VOLATILIDADE Uma maior pressão de vapor indicará maior facilidade de a molécula passar ao estado gasoso. Ou seja, os produtos são classificados de acordo com a pressão de vapor. No caso específico do 2,4-D, os ésteres são considerados voláteis enquanto a amina é não volátil. Especificações Amina Éster Solubilidade em água Alta Baixa Forma mais comum Dimetilamina (DMA) Éster Butílico Forma Líquida Líquida Volatilidade Não volátil Volátil Absorção Horas Minutos Obs: no Brasil não é mais comercializada a formulação Éster, somente a formulação Amina não volátil. Volátil Não Volátil Produto Pressão de vapor (mm Hg a 25˚ C) Éster Butílico de 2,4-D 2,3 x 10-3 Éster Iso-octílico de 2,4-D 3,0 x 10-4 Propanil 4,0 x 10-5 Ametrina 3,3 x 10-6 Sal dimetilamina de 2,4-D 5,5 x 10-7 Glifosato (sal) 3,0 x 10-7 Atrazina 2,9 x 10-7 Diuron 6,9 x 10-8 USO AGRÔNOMO • Amplo espectro de controle; • Importante ferramenta para o manejo de plantas daninhas de difícil controle, como inibidores de ALS, e resistentes ao glifosato; • No caso da soja, utilizado na dessecação de plantas daninhas em práticas de plantio direto e pós-plantio; • No controle de soja voluntária resistente a outros herbicidas e no programa de vazio sanitário, diminui a incidência de ferrugem asiática na soja. CULTURAS PARA AS QUAIS O PRODUTO É INDICADO RESUMO • Produto utilizado sozinho ou em associação com outros herbicidas; • Sozinho, controla seletivamente as plantas daninhas de folhas largas; • Não há relato no Brasil de nenhum caso de resistência de plantas daninhas ao 2,4-D; • Tem papel fundamental no controle da soja voluntária (resistente a outros herbicidas). Sorgo Arroz Milho Cana-de-açúcar Trigo Silvicultura Cevada Canais de irrigação Aveia Controle de plantas daninhas aquáticasSoja (pré-plantio) Manejo pós-colheita Pastagens Frutíferas Gramados PLANTAS INFESTANTES CONTROLADAS RESTRIÇÕES DE USO Apesar de não ser fitotóxico, o 2,4-D pode causar fitotoxicidade nas culturas quando aplicado em época inadequada ou em doses diferentes das recomendadas. Hoje, o maior problema é a deriva, devido à aplicação inadequada. Cultura DOSE (L/ha) Plantas Infestantes Controladas Início, número e épocas ou intervalos das aplicações Nome Científico Nome Comum Trigo 1,0 -1,5 Bidens pilosa, Raphanus raphanistrum, Euphorbia heterophylla, Galinsoga parviflora. Picão-preto, Nabo, Nabiça, Amendoim-bravo, Leiteira Picão-branco, Fazendeiro. Aplicar no período após o início do perfilhamento e antes do emborrachamento. Uso em pós-emergência das plantas invasoras. Milho 1,5 Bidens pilosa, Euphorbia heterophylla, Sida rhombifolia, Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia, Alternanthera tenella, Amaranthus deflexus. Picão-preto, Amendoim-bravo, Leiteira Guanxuma, Mata-pasto Trapoeraba, Corda-de-viola, Corriola, Apaga-fogo, Caruru-rasteiro, Caruru. Pós-emergência: aplicar em área total até o milho atingir, no máximo, 4 folhas. As aplicações mais tardias deverão ser feitas em jato dirigido, sobre as plantas infestantes, evitando atingir o milho quando este estiver com mais de 4 folhas. Obs.: para mais informações sobre a seletividade do produto aos diferentes milhos híbridos disponíveis no mercado, a empresa fornecedora do híbrido deverá ser contatada. Soja (plantio direto) 1,0 -1,5 Sida rhombifolia, Bidens pilosa, Commelina benghalensis, Euphorbia heterophylla, Ipomoea purpurea, Richardia brasiliensis. Guanxuma, Mata-pasto, Picão-preto, Trapoeraba, Amendoim-bravo, Leiteira, Corda-de-viola, Corriola, Poaia, Poaia-branca. Aplicar de 7 a 15 dias antes da semeadura (plantio direto). Obs.: usar menores doses para plantas infestantes menos desenvolvidas e as maiores para as mais desenvolvidas. Arroz 1,0-1,5 Sida rhombifolia, Biden pilosa, Commelina benhalensis, Euphorbia heterophylla. Guanxuma, Mata-pasto, Picão-preto, Trapoeraba, Amendoim-bravo, Leiteira. Pós-emergência: aplicar no período após o início do perfilhamento e antes do emborrachamento. Arroz (irrigado) 0,3 Aeschynomene rudis, Ipomoea aristolochiaefolia, Aeschynomene denticulata. Angiquinho, Pinheirinho Corda-de-viola, Corriola Angiquinho, Pinheirinho. Aplicar em pós-emergência com as plantas infestantes no estágio de 3 a 5 folhas. O produto deve ser aplicado com pouca ou sem água de irrigação. Cana-de-açúcar 3,5 Bidens pilosa, Galinsoga parviflora, Amaranthus viridis, Portulaca oleracea, Emilia sonchifolia. Picão-preto, Picão-branco, Fazendeiro, Caruru-de-mancha, Beldroega, Falsa-serralha. Pré-emergência: aplicar antes da germinação das plantas infestantes, quando o solo estiver úmido. 1,0-1,5 Bidens pilosa, Sida rhombifolia, Euphorbia heterophylla, Ipomoea grandifolia, Commelina benghalensis, Amaranthus viridis, Portulaca oleracea. Picão-preto, Guanxuma, Mata-pasto, Amendoim-bravo, Leiteira, Corda-de-viola, Corriola, Trapoeraba, Caruru- de-mancha, Beldroega. Pós-emergência: aplicar quando a planta estiver em pleno cresci- mento vegetativo, evitando-se períodos de estresse hídrico, antes da formação de colmos de cana-de-açúcar. Usar a maior dose para plantas infestantes mais desenvolvidas. 1,5 Emilia sonchifolia, Richardia brasiliensis, Galinsoga parviflora. Falsa-serralha, Poaia-branca, Poaia, Picão-branco, Fazendeiro. 1% v/v Cyperus rotundus. Tiririca. Pós-emergência em jato dirigido: para o controle de tiririca, aplicar o produto em pós-emergência dirigida, com o produto diluído a 1% v/v, sobre plantas infestantes em estádio de pré-florescimento. Utilizar espalhantes adesivos a 0,3% v/v a um volume