Buscar

Boletim Tecnico 2,4D

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PERFIL TÉCNICO
INICIATIVA 2,4-D
HISTÓRICO
• O 2,4-D é um dos herbicidas mais comuns e antigos utilizados na agricultura; 
• Tem mais de 70 anos de mercado e 40.000 estudos realizados por diferentes instituições 
 de pesquisas;
• Herbicida padrão de eficácia biológica em plantas daninhas de folha larga;
• É uma das substâncias mais estudadas no mundo;
• Em 1941, foi detectado como regulador de crescimento natural das plantas;
• Um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis e a um preço acessível;
• Seu uso vem crescendo devido a sua função de ferramenta insubstituível na dessecação 
 das plantas daninhas e restos culturais, antes da semeadura da nova cultura;
• São comercializados cerca de 120 milhões de litros do produto no mundo, dos quais 
 20 milhões no Brasil.
CARACTERÍSTICAS 
FISIO-QUÍMICAS
NOME QUÍMICO E FÓRMULA ESTRUTURAL
FORMULAÇÕES
• Sólido cristalino, o 2,4-D se apresenta comercialmente em fórmulas líquidas. 
• Atividade biológica herbicida e concentração dos herbicidas fenoxiacéticos estão 
 presentes na parte ácida da molécula. 
FORMULAÇÕES AMINAS – (ÚNICA FORMULAÇÃO REGISTRADA NO BRASIL)
• Muito utilizadas, as mais comuns são as dimetilaminas (DMA). Requerem horas para 
 serem absorvidas e não são voláteis, o que aumenta a segurança em seu uso.
• Os sais amina são produzidos através da reação de um ácido com uma base. O sal amina 
 do 2,4-D é solúvel, de fácil aplicação e não volátil.
FORMULAÇÕES ÉSTERES
Ácido 2,4-D com um álcool são absorvidos mais fácil e rapidamente pelas plantas. Estas 
formulações ésteres são mais apropriadas para climas temperados.
H
H
CI O
O
OH
C C
H
H
H
CI
2,4-D é o nome comum do ácido 
2,4-diclorofenoxiacético, que 
se pode explicar da seguinte forma:
• Ácido pela forma ácida da molécula;
• 2,4- indica que há um átomo de cloro na 
posição 2 e outro na posição do anel de fenol;
• Dicloro indica o anel fenólico;
• Oxi indica o átomo de oxigênio na posição 
do anel de fenol;
• Acético indica o tipo de ácido.
VOLATILIDADE
Uma maior pressão de vapor indicará maior facilidade de a molécula passar ao estado 
gasoso. Ou seja, os produtos são classificados de acordo com a pressão de vapor. No caso 
específico do 2,4-D, os ésteres são considerados voláteis enquanto a amina é não volátil. 
Especificações Amina Éster
Solubilidade em água Alta Baixa
Forma mais comum Dimetilamina (DMA) Éster Butílico
Forma Líquida Líquida
Volatilidade Não volátil Volátil
Absorção Horas Minutos
Obs: no Brasil não é mais comercializada a formulação Éster, somente a formulação Amina não volátil.
Volátil
Não
Volátil
Produto
Pressão de vapor
(mm Hg a 25˚ C)
Éster Butílico de 2,4-D 2,3 x 10-3
Éster Iso-octílico de 2,4-D 3,0 x 10-4
Propanil 4,0 x 10-5
Ametrina 3,3 x 10-6
Sal dimetilamina de 2,4-D 5,5 x 10-7
Glifosato (sal) 3,0 x 10-7
Atrazina 2,9 x 10-7
Diuron 6,9 x 10-8
USO AGRÔNOMO 
• Amplo espectro de controle;
• Importante ferramenta para o manejo de plantas daninhas de difícil controle, como 
 inibidores de ALS, e resistentes ao glifosato;
• No caso da soja, utilizado na dessecação de plantas daninhas em práticas de plantio direto 
 e pós-plantio;
• No controle de soja voluntária resistente a outros herbicidas e no programa de vazio 
 sanitário, diminui a incidência de ferrugem asiática na soja.
CULTURAS PARA AS QUAIS O PRODUTO É INDICADO
RESUMO
• Produto utilizado sozinho ou em associação com outros herbicidas;
• Sozinho, controla seletivamente as plantas daninhas de folhas largas;
• Não há relato no Brasil de nenhum caso de resistência de plantas daninhas ao 2,4-D;
• Tem papel fundamental no controle da soja voluntária (resistente a outros herbicidas).
Sorgo Arroz
Milho Cana-de-açúcar
Trigo Silvicultura
Cevada Canais de irrigação
Aveia Controle de plantas 
daninhas aquáticasSoja (pré-plantio)
Manejo pós-colheita Pastagens
Frutíferas Gramados
PLANTAS INFESTANTES CONTROLADAS 
RESTRIÇÕES DE USO
Apesar de não ser fitotóxico, o 2,4-D pode causar fitotoxicidade nas culturas quando aplicado 
em época inadequada ou em doses diferentes das recomendadas. Hoje, o maior problema é a 
deriva, devido à aplicação inadequada.
Cultura
DOSE
(L/ha)
Plantas Infestantes Controladas
Início, número e épocas ou intervalos das aplicações
Nome Científico Nome Comum
Trigo 1,0 -1,5
Bidens pilosa, Raphanus 
raphanistrum, Euphorbia 
heterophylla, Galinsoga parviflora.
Picão-preto, Nabo, Nabiça,
Amendoim-bravo, Leiteira 
Picão-branco, Fazendeiro.
Aplicar no período após o início do perfilhamento 
e antes do emborrachamento. Uso em pós-emergência 
das plantas invasoras.
Milho 1,5
Bidens pilosa, 
Euphorbia heterophylla, 
Sida rhombifolia,
Commelina benghalensis, Ipomoea 
grandifolia, Alternanthera tenella, 
Amaranthus deflexus.
Picão-preto,
Amendoim-bravo, Leiteira 
Guanxuma, Mata-pasto 
Trapoeraba, Corda-de-viola, 
Corriola, Apaga-fogo,
Caruru-rasteiro, Caruru.
Pós-emergência: aplicar em área total até o milho atingir, no 
máximo, 4 folhas. As aplicações mais tardias deverão ser feitas 
em jato dirigido, sobre as plantas infestantes, evitando atingir o 
milho quando este estiver com mais de 4 folhas. Obs.: para mais 
informações sobre a seletividade do produto aos diferentes milhos 
híbridos disponíveis no mercado, a empresa fornecedora do híbrido 
deverá ser contatada.
Soja
(plantio direto)
1,0 -1,5
Sida rhombifolia, 
Bidens pilosa, 
Commelina benghalensis, 
Euphorbia heterophylla, 
Ipomoea purpurea,
Richardia brasiliensis.
Guanxuma, Mata-pasto, 
Picão-preto, Trapoeraba,
Amendoim-bravo, Leiteira, 
Corda-de-viola, Corriola, 
Poaia, Poaia-branca.
Aplicar de 7 a 15 dias antes da semeadura (plantio direto). Obs.: usar 
menores doses para plantas infestantes menos desenvolvidas e as 
maiores para as mais desenvolvidas.
Arroz 1,0-1,5
Sida rhombifolia,
Biden pilosa,
Commelina benhalensis,
Euphorbia heterophylla.
Guanxuma, Mata-pasto,
Picão-preto, Trapoeraba,
Amendoim-bravo, Leiteira.
Pós-emergência: aplicar no período após o início do perfilhamento e 
antes do emborrachamento.
Arroz
(irrigado)
0,3
Aeschynomene rudis, 
Ipomoea aristolochiaefolia, 
Aeschynomene denticulata.
Angiquinho, Pinheirinho 
Corda-de-viola, Corriola 
Angiquinho, Pinheirinho.
Aplicar em pós-emergência com as plantas infestantes no estágio de 
3 a 5 folhas. O produto deve ser aplicado com pouca ou sem água de 
irrigação.
Cana-de-açúcar
3,5
Bidens pilosa,
Galinsoga parviflora,
Amaranthus viridis,
Portulaca oleracea, 
Emilia sonchifolia.
Picão-preto,
Picão-branco, Fazendeiro, 
Caruru-de-mancha, 
Beldroega,
Falsa-serralha.
Pré-emergência: aplicar antes da germinação das plantas 
infestantes, quando o solo estiver úmido.
1,0-1,5
Bidens pilosa, Sida rhombifolia,
Euphorbia heterophylla, 
Ipomoea grandifolia, Commelina 
benghalensis, Amaranthus viridis,
Portulaca oleracea.
Picão-preto, Guanxuma, 
Mata-pasto, Amendoim-bravo,
Leiteira, Corda-de-viola, 
Corriola, Trapoeraba, Caruru-
de-mancha, Beldroega.
Pós-emergência: aplicar quando a planta estiver em pleno cresci-
mento vegetativo, evitando-se períodos de estresse hídrico, antes da 
formação de colmos de cana-de-açúcar. 
Usar a maior dose para plantas infestantes mais desenvolvidas.
1,5
Emilia sonchifolia,
Richardia brasiliensis,
Galinsoga parviflora.
Falsa-serralha,
Poaia-branca, Poaia, 
Picão-branco, Fazendeiro.
1% v/v Cyperus rotundus. Tiririca.
Pós-emergência em jato dirigido: para o controle de tiririca, aplicar o 
produto em pós-emergência dirigida, com o produto diluído a 1% v/v, 
sobre plantas infestantes em estádio de pré-florescimento. Utilizar 
espalhantes adesivos a 0,3% v/v a um volumemínimo de 150 L/
ha. Se houver rebrota, fazer nova aplicação, nas mesmas condições 
mencionadas anteriormente.
Pastagens 1,0 -2,0
Sida cordifolia,
Sida rhombifolia,
Amaranthus deflexus,
Portulaca oleracea.
Guanxuma, Malva-branca, 
Guanxuma, Mata-pasto, 
Caruru-rasteiro, 
Beldroega.
Pós-emergência: aplicar em área total quando as plantas infestantes 
estiverem em pleno desenvolvimento 
vegetativo e antes do florescimento.
DERIVA
É o movimento do produto para um local diferente do planejado, durante ou após a 
aplicação. Muitas vezes, acontece por aplicações em condições climáticas adversas ou por 
pulverizadores inadequados. A deriva pode ser classificada como:
DERIVA AEROTRANSPORTADA OU DERIVA DE GOTAS:
O produto se move para fora do alvo durante a aplicação.
DERIVA DE VAPOR:
O produto se move para fora do alvo depois da aplicação.
Além dos danos nas lavouras vizinhas e de contaminar o meio ambiente, a deriva reduz a 
eficiência do produto (menor dose aplicada).
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Exemplo de uma aplicação ideal e o resultado visual da dessecação
Exemplo de deriva aerotransportada e o resultado visual da dessecação
TAMANHO DA GOTA
Tamanho da gota, temperatura, umidade do ar, velocidade e direção do vento devem ser 
respeitados. Gotas maiores (acima de 300µm), pressão de trabalho ideal, umidade superior 
a 55% e temperatura abaixo de 30°C evitam a deriva.
EXEMPLO: 
Com uma barra de pulverização a 3 m de altura, ventos de 5km/h, uma gota de 400µm 
desloca-se lateralmente apenas 2,4 m, enquanto que uma de gota de 20µm desloca 321 m. 
DURABILIDADE DA GOTA
Uma gota de 50µm a uma temperatura de 30ºC, dura apenas 3,5 segundos e não atinge o alvo.
Ventos de 5 km/h
M ov i m e n t o l a t e ra l X Ta m a n h o d e G o t a
20 microns
50 microns
100 microns
150 microns
400 microns
2,4 m 6,6 m 14,6 m 54,2 m 321 m
3
M
e
t
r
o
s
Tamanho das 
gotas (µm)
Condições Ambientais
Temperatura: 20˚ C Temperatura: 30˚ C
Umidade Relativa do Ar: 80% Umidade Relativa do Ar: 50%
Duração das gotas 
(segundos)
Distância de queda 
(metros)
Duração das gotas 
(segundos)
Distância de queda 
(metros)
50 12,50 0,13 3,50 0,032
100 50,00 6,70 16,0 1,8
200 200,00 81,70 85,0 21,0
Fonte: adaptado de MATHEUS, 1979
PONTAS
Auxiliam na prevenção da deriva.
PONTAS ANTIDERIVA OU COM INDUÇÃO DE AR: 
Proporcionam gotas maiores, minimizando problemas com a deriva. São também chamadas 
de pontas de pulverização venturi. Com gotas aeradas, estas pontas produzem gotas com 
bolhas de ar “misturadas” no líquido pulverizado, reduzindo a deriva. 
PONTAS DE PULVERIZAÇÃO VENTURI – CARACTERÍSTICAS:
• O tamanho das gotas não aumenta muito com o aumento da pressão de trabalho; 
• Espectro de gotas homogêneo;
• Pode superar rajadas de vento entre 15km/h e 20km/h;
• Recomendadas para condições meteorológicas extremamente adversas;
• São também pontas de pulverização ecologicamente corretas.
PRINCIPAIS FABRICANTES: 
Micron-Pulsar, Bicos KGF, MagnoJet, TeeJet, Hypro, Lechler, Albuz, Agrotop, ABBA, Arag.
AR
Líquido
AR
Líquido
Ponta com indução de ar Gotas grossas com “bolhas de ar”
TIPOS DE PONTAS
RELAÇÃO TAMANHO DE GOTAS X PONTAS
O tamanho da gota será determinado dependendo do tipo de produto que será aplicado 
(herbicida, fungicida ou inseticida). No caso de aplicação de herbicidas dessecantes, onde a 
cobertura não é um fator limitante devido à ação sistêmica do produto, é essencial usar gotas 
maiores para evitar a deriva. Gotas grandes também são importantes para conseguir maior 
vida útil do produto e, dessa forma, uma maior probabilidade de alcançar o alvo. 
*Diâmetro médio volumétrico
Fonte: Normas ASAE e BCPC – Adaptado de COUTINHO et. al (2005) e de MASIÁ & CID (2011).
Classe da 
pulverização
DMV * aproximado
(Norma ASAE)
Pontas Recomendações
Muito Fina < 100 µm Jato Plano Duplo
Fungicidas, Inseticidas e 
Herbicidas de Contato
Fina 100 - 175 µm Jato Plano Comum
Média 175-250 µm Jato Plano Comum
Grossa 250-375 µm Jato Plano Duplo com Ar
Dessecação com 
Herbicidas SistêmicosMuito Grossa 375-450 µm Jato Plano com Ar
Extremamente grossa > 450 µm Jato Plano com Ar
ABBA AG1131 03
Média da distribuição de gotas da análise
TeeJet AI 11003
Média da distribuição de gotas da análise
TeeJet AIXR 11003
Média da distribuição de gotas da análise
TeeJet TTI 11003
Média da distribuição de gotas da análise
KGF RDA 11003
Média da distribuição de gotas da análise
AIRMIX 11003
Média da distribuição de gotas da análise
MODO DE AÇÃO
O 2,4-D age como um mimetizador de auxina, degradando-se vagarosamente. Uma aplicação 
do produto afeta o crescimento, o que causa desordem e divisão celular, resultando na 
destruição dos tecidos vasculares. 
• Etapas de crescimento descontrolado;
• Enrolamento das folhas e tecidos;
• Ramos espessos e curvados, galhos, caules e folhas torcidos;
• Nervuras paralelas (folhas estreitas com calos nos tecidos);
• Folhas enrugadas;
• Formação de calos e rachaduras nos ramos;
• Crescimento desordenado.
ABSORÇÃO E TRANSLOCAÇÃO
Etapas da absorção 
• A aborção do 2,4-D pela planta é feita tanto pelas folhas como pelas raízes;
• Uma vez absorvida pela folha, as enzimas rapidamente promovem a transformação, 
 produzindo ácido 2,4-D, forma em que atua na planta; 
• O ácido 2,4-D move-se pelo xilema (transporte de água) e floema 
 (transporte de nutrientes);
• Posteriormente, é distribuído para os meristemas (ponto de crescimento) e outras partes 
 do desenvolvimento;
• Uma dose letal do produto acumula-se nos meristemas, produzindo a morte dos tecidos 
 e, posteriormente, da planta.
É importante ter um período livre de chuvas de 1 a 4 horas após a aplicação do produto.
ATENÇÃO!
• Apesar da rápida translocação, o 2,4-D age vagarosamente;
• Condições ambientais podem reduzir a atividade do herbicida;
• Boas condições resultam em um controle melhor.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
SELETIVIDADE
A seletividade do 2,4-D é determinada por um conjunto de fatores:
• Maturidade da planta: a tolerância aumenta com a idade; 
• Velocidade de crescimento: quanto mais rápido a planta cresce, mais é suscetível; 
• Inativação: espécies tolerantes possuem enzimas que promovem a inativação do 2,4-D;
• Penetração na planta: gramíneas e algumas espécies de folhas largas mostram tolerância;
• Diferenças morfológicas: localização do floema e meristemas em gramíneas tendem a 
 limitar o movimento do 2,4-D no floema para os pontos de crescimento.
Demais fatores:
• Condições de crescimento: se a aplicação é feita dentro das recomendações, incidentes 
 serão evitados; 
• “Stress” da cultura pode afetar a tolerância;
• Clima frio e úmido, frio e seco ou quente e seco diminuem o metabolismo da planta; 
• Dose de aplicação e uso de surfactantes devem ser respeitados;
• Combinação de 2,4-D e outros produtos podem afetar a tolerância; 
• Pouca ou nenhuma atividade biológica em insetos, nematoides ou patógenos de plantas.
SINTOMAS DE FITOTOXIDADE
Milho
• Enrolamento e curvatura 
 do caule principal;
• Caules quebradiços que 
 podem se romper ao nível 
 do solo;
• “Folha de cebola” 
 (folhas novas enroladas);
• Proliferação de raízes 
 aéreas;
• Redução do sistema 
 radicular;
• Tombamento.
Soja
• Nervuras paralelas 
 (folhas estreitas 
 com calos);
• Folhas enrugadas;
• Epinastia do caule 
 e pecíolos (enrolamento);
• Calos no caule;
• Caule quebradiço;
• Proliferação 
 da rebrotação.
Trigo
• Espigas pequenas, 
 curvadas e com 
 ramificações;
• Esterilização 
 das espiguetas;
• Fios das espiguetas 
 distorcidos;
• Folhas deformadas(espigas não conseguem 
 emergir);
• Redução no
 perfilhamento.
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
TOXICIDADE PARA MAMÍFEROS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define a classe toxicológica de um 
produto. Para avaliar o efeito de uma exposição ao produto durante um curto período de 
tempo, leva-se em consideração 5 (cinco) parâmetros. 
Como o parâmetro mais agravante é o que define a classe toxicológica do produto, o 2,4-D 
é classe I, porque apresenta irritação ocular. 
Os estudos crônicos e subcrônicos, como carcinogenicidade (potencial para causar câncer), 
teratogenicidade (potencial para causar má-formação), mutagenicidade (potencial para 
causar mutações) e efeitos sobre reprodução demonstraram um perfil toxicológico do 2,4-D 
muito favorável. 
I < 5 < 20 < 10 < 40
OPACIDADE DA CÓRNEA, 
REVERSÍVEL OU NÃO EM 07 DIAS, 
IRRITAÇÃO PERSISTENTE
CORROSIVO < 0,2
II 5 - 50 20 - 200 10 - 100 40 - 400
SEM OPACIDADE DA CÓRNEA, 
IRRITAÇÃO REVERSÍVEL
EM 07 DIAS
IRRITAÇÃO SEVERA 0,2 - 2,0
III 50 - 500 200 - 2000 100 - 1000 400 - 4000
SEM OPACIDADE DA CÓRNEA, 
IRRITAÇÃO REVERSÍVEL
EM 72 HORAS
IRRITAÇÃO MODERADA 2,0 - 20
IV > 500 > 2000 > 1000 > 4000
SEM OPACIDADE DA CÓRNEA, 
IRRITAÇÃO REVERSÍVEL
EM 24 HORAS
IRRITAÇÃO LEVE > 20
CLASSE
DL 50 ORAL
(mg / kg)
DL 50 DERMAL
(mg / kg) OLHOS PELE
CL 50 INALATÓRIA
(mg / L) 
1 HORA EXPOSIÇÃOSÓLIDO LÍQUIDO SÓLIDO LÍQUIDO
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
I - Extremamente Tóxicos (faixa vermelha)
II - Altamente Tóxicos (faixa amarela)
III - Medianamente Tóxicos (faixa azul)
IV - Pouco Tóxicos (faixa verde)
Obs.: o dado mais agravante classifica o produto
ESTUDOS CRÔNICOS, TERATOGÊNICOS, MUTAGÊNICOS E DE REPRODUÇÃO
TOXICIDADE AGUDA
A toxicidade do 2,4-D tem sido extensivamente analisada. Além disso, o 2,4-D tem passado 
por constantes reavaliações pelos principais órgãos normalizadores mundiais.
EXEMPLOS DA DL 50
Estudo NOEL(Não se observa efeito) Resultado
Mutagenicidade
Negativo para o teste.
Não causa mutação genética.
Teratogenicidade
Não é teratogênico.Coelho - Materno 30 mg/kg p.c./dia
Coelho - Desenvolvimento 90 mg/kg p.c./dia
Ratos - Materno 25 mg/kg p.c./dia Não é teratogênico.
Ratos - Desenvolvimento 75 mg/kg p.c./dia
Reprodução
1 Geração - Ratos
5 mg/kg Não provoca efeitos na
reprodução.
Neurotoxicidade ----------
Carcinogenicidade
Ratos (2 anos)
Camundongos (2 anos)
Cães (1 ano)
5 mg/kg p.c./dia
5 mg/kg p.c./dia
1 mg/kg p.c./dia
Não houve evidências de efeitos 
carcinogênicos.
Não houve evidências de efeitos 
carcinogênicos.
Não houve evidências de efeitos 
carcinogênicos.
Metabolismo ----------
> 85 é excretado via urina.
O 2,4-D não é metabolizado,
é rapidamente excretado, com 
meia-vida de aproximadamente
5 horas após doseamento oral.
Baseado nos diversos estudos, pode-se afirmar que o perfil toxicológico do 2,4-D não apresenta riscos seguindo as indicações de uso.
*NOEL - Concentração sem efeito adverso observável.
**NOAEL - Concentração sem efeito adverso observável.
Substância química DL 50 mg i.a./kg P.V.
Álcool etílico (bebidas alcoólicas) 10.000
Cloreto de sódio (sal de cozinha) 4.000
Aspirina (remédio) 1.000
2,4-D ácido 699
Cafeína 192
Nicotina (cigarro) 1
Toxina botulínica (contaminante alimentar) 0,00001
Estudo 2,4 - D Ácido
DL50* Oral aguda - Ratos 699 mg/kg p.c.
DL50* Dermal - Coelhos > 2000 mg/kg p.c.
Irritação dermal - Ratos Não irritante
Irritação ocular - Coelhos Irritante ocular podendo causar severa opacidade de córnea.
Sensibilização dermal - Coelhos Não sensibilizante.
CL 50** inalatória - Ratos 1,79 mg/l
Avaliação toxicológica realizada pela Organização Mundial da Saúde (FAO/OMS)
Análises feitas nos anos 1970, 1971, 1974, 1975 e 1996, mostraram que: 
• Metabolismo e excreção: 85 a 94% são excretados, não metabolizados pela urina em 48 
 horas (é absorvido, distribuído e excretado);
• Toxicidade aguda: Aminas e ésteres dos sais de 2,4-D são levemente tóxicos via oral e 
 dermal. Apenas a formulação amina produz severa irritação ocular;
• Toxicidade crônica: o resultado do estudo mostrou o NOEL estabelecido de 1mg/kg de 
 peso corporal/dia, dose que não ocasionou efeitos adversos em um período de 2 anos;
 a) Carcinogenicidade: não houve evidência;
 b) Mutagenicidade: não são mutagênicos;
 c) Reprodução: não causa efeitos congênitos nem afeta o processo reprodutivo.
Avaliação toxicológica realizada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA)
Desde 1988 foram realizados 270 estudos visando a reavaliação de 2,4-D. Todos foram 
avaliados e aprovados pela EPA, não apresentando riscos para a saúde humana quando seus 
usuários seguem as instruções de rótulo do produto.
Avaliação toxicológica realizada pela Agência Regulamentadora do Canadá
A Agência Regulamentadora do Canadá (PMRA) determinou que o 2,4-D atende às rígidas normas 
de saúde e segurança e, como tal, pode continuar a ser comercializado e utilizado naquele país. 
Resumo dos estudos de ecotoxicidade 
O 2,4-D apresenta poucos riscos para a vida animal e organismos aquáticos.
TOXICOLOGIA AMBIENTAL
Uma das substâncias mais avaliadas do mundo, com 40.000 trabalhos realizados, o 2,4-D 
passa por constantes avaliações ecotoxicológicas.
CE50* - Concentração efetiva que causa inibição de 50% de crescimento da cultura
CL50* - Dose letal 50%
CENO - concentração de efeito não observado
Espécies Teste Dose Resultado
Micro-organismos 28 dias ............ 2,4 - D Ácido não afetou os ciclosdo nitrogênio e do carbono.
Algas - Selenastrum capricornutum CE50 (96 horas) 225 mg/l Classificação Ambiental:Classe 4 - Pouco Tóxico
Minhoca - Eisenia foetida CE50 (14 dias) > 4.500 mg/l Classificação Ambiental:Classe 4 - Pouco Tóxico
Abelhas - Apis mellifera DL50 contato > 1 ug Classificação Ambiental:Classe 3 - Mediamente Tóxico
Microcrustáceos - Daphnia similis CE50 (48 horas) > 100 mg/L Classificação Ambiental:Classe 4 - Pouco Tóxico
Microcrustáceos - Ceriodaphnia dubia CENO (7 dias) > 10 mg/L ............
Peixes - Brachydanio rerio CL50 (96 horas) > 100 mg/L Classificação Ambiental:Classe 4 - Pouco Tóxico
Peixes - Pimephales promelas (estádios embrionários) CL50 (168 horas) > 92,33 mg/L Classificação Ambiental:Classe 3 - Mediamente Tóxico
Álcool etílico (bebidas alcoólicas) CL50 > 4.500 mg/Kg Classificação Ambiental:Classe 4 - Pouco Tóxico
COMPORTAMENTO 
NO AMBIENTE
 COMPORTAMENTO NO SOLO
1. Degradação no solo
Apenas perto de 6% do 2,4-D é deslocado da folha e chega diretamente ao solo ou é levado 
das plantas logo após a aplicação, sendo rapidamente degradado. Ao contato com a planta, 
o 2,4-D é absorvido, degradado e deslocado da superfície foliar. A mais importante forma de 
degradação é a microbiana. 
Outros fatores de degradação são:
• Umidade do solo: bons níveis de umidade no solo favorecem uma maior atividade 
 microbiana e uma degradação mais rápida; 
• Matéria orgânica do solo: altos níveis reduzirão movimentos da molécula através do solo de 
 duas maneiras - o 2,4-D é absorvido na matéria orgânica, reduzindo a sua mobilidade no 
 solo ou proporcionando maior atividade microbiana para degradar o produto na solução do 
 solo;
• Textura do solo: de forma geral, quando utilizado em solos com baixo teor de argila (sem a 
 barreira física), o 2,4-D pode percorrer mais rapidamente o perfil do solo; 
• pH do solo: a atividade microbiana é otimizada em pH entre 6,5 e 8,0. Em pH menor que 6, 
 a atividade decresce, diminuindo a degradação; 
• Temperatura do solo: abaixo de 10ºC e acima de 43,3ºC, a degradação microbiana cessa.
2. Persistência no solo
• Resultados comprovam que é improvável que o 2,4-D atinja lençóis freáticos;
• Meia-vida curta e pouco móvel no solo (6 dias em solos leves e 8, em solos com altoteor 
 de matéria orgânica);
• Profundidade máxima: até 30 cm (solos argilosos) e até 60 cm (solos com baixo teor 
 de matéria orgânica);
• Meia-vida em águas naturais é de 2 a 4 semanas ou até menos, e 1 dia em áreas de arroz 
 irrigado;
• Considerado um produto biodegradável, não é persistente no solo, água ou vegetação.
Comportamento na água
Um dos 6 herbicidas aprovados pela EPA para uso em ambientes aquáticos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O 2,4-D
• Primeiro herbicida seletivo sintetizado;
• Mais de 40.000 estudos desenvolvidos ao redor do mundo;
• Um dos herbicidas mais utilizados no mundo;
• Excelente controle de plantas daninhas aliado ao custo baixo de sua utilização (relação 
 custo-benefício altamente favorável ao agricultor);
• Um dos principais meios de manejo da resistência de plantas daninhas aos diferentes 
 herbicidas;
• Reavaliação feita pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) concluiu 
 que o produto apresenta de baixa a moderada toxicidade aguda;
• Não é mutagênico, carcinogênico ou teratogênico e não causa efeitos hormonais;
• Em avaliação da FAO e da Organização Mundial da Saúde, o produto apresenta baixo risco 
 agudo para peixes, invertebrados aquáticos e algas; no ambiente terrestre, não se verificou 
 efeitos deletérios a micro-organismos, minhocas e vertebrados e invertebrados terrestres;
• A Agência Regulamentadora do Canadá (PMRA) concluiu que atende às rígidas normas 
 ambientais e de saúde e segurança;
• No Brasil, está registrado há mais de 40 anos, sendo recentemente adequado à nova 
 legislação brasileira;
• Recomendado para uso na cultura da soja pelas Comissões Oficiais de Pesquisa de Soja, das 
 regiões Sul e Central, bem como nas áreas de Cerrado;
• Além da soja, é bastante utilizado nas culturas de milho, trigo, arroz, café, cana-de-açúcar e 
 nas pastagens;
• Seguindo-se as recomendações de rótulo e com equipamentos de aplicação adequados 
e em bom estado de conservação, o 2,4-D não representa risco para as culturas 
suscetíveis próximas;
• A retirada do 2,4-D do mercado significaria 413% a mais nos gastos com o controle de 
 plantas daninhas;
• As empresas que comercializam o 2,4-D oferecem suporte completo para o uso correto 
 do produto.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Andrei, E. (1999). Compêndio de defensivos agrícolas. 6ª ed. São Paulo: Organização Andrei 
Editora. p. 671.
Adegas, F. S. & Osipe, R. 2008. Benefícios biológicos e econômicos do uso de herbicidas à 
base de 2,4-D no Brasil. p. 36.
Campbell, P.J. (1997). JMPR 1997. 2,4-dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D), salts and esters. 
p. 253 - 346.
Deuber, R. (1992). Ciência das plantas daninhas. Fundamentos: FUNEP. p. 431.
Dow AgroSciences (1998). 2,4-dichlorophenoxyacetic (2,4-D). Technology Transfer. 
Resource Guide. p. 50.
Dow AgroSciences (1998). Manual de produtos.
Dow Elanco (1997). A truly versatile herbicide. A manual for formulators, distributors, 
dealers and applicators.
Meister Publishing Company (1996). Farm Chemicals Handbook.
Foloni, L.L. (1996). Avaliação do potencial de risco de produtos 2,4-D - revisão e 
recomendações. Campinas. p. 40.
Rodrigues, B.N. (1998). Guia de Herbicidas - 4ª edição.
Hammond, L.E. (1998). 2,4-D Reference Materials - Dow AgroSciences - USA
IPCS (1989). Environmental Health Criteria 84 - 2,4-D - Dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D) - 
Environmental Aspects. p. 91.
Lorenzi, H. (1994). Manual de identificação e controle de plantas daninhas: plantio direto e 
convencional. 4ª ed. Nova Odessa: Editora Plautarum. p. 299.
Osipe, R. & Osipe, J. B. (2009) Desmistificado. Revista Cultivar. Grandes Culturas. n. 117: p. 
16-18, Fevereiro 2009.
Page, D.L. (1996). In wheat life. p. 59 - 61.
Page, D.L. (1996). 2,4-D passes EPA re-registration muster - Wheat Life. p. 3.
Rodrigues, B.N.; Almeida, F.S. (1998). Guia de herbicidas. 4ª ed. Londrina: IAPAR. p. 648.
Spray Drift Task Force (1997). A summary of ground application studies.
Spray Systems (1998). Catálogo 46 M - BR/P. Produtos de pulverização para agricultura.
Vidal, R.A. (1997). Herbicidas: mecanismos de ação e resistência de plantas. Porto Alegre. 
p. 47 - 54.
Vieira, J.C. Apostila 2,4-D.
Weed Science Society of America (1994). Herbicide Handbook. p. 77 - 81.
WHO (1998) - Pesticides residues in food - 1997 - Evaluations 1997 Part II - Toxicological 
and Environmental. p. 359.
.
www.iniciativa24d.com.br
Acesse o site e saiba mais

Outros materiais