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PAPER- ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL

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5
ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL
Professor-Tutor Externo Aline de Oliveira Moura Soares
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Serviço Social (SES0069) – Prática do Módulo I
14/12/2010
RESUMO
Este estudo apresenta a ética do assistente social sob o ponto de vista de alguns autores e baseado no código de ética dos profissionais do serviço social. Faz referencia ao serviço social como uma profissão legitimada socialmente que mantém, historicamente, o dilema da especificidade profissional. Da ênfase a ética profissional e ao Código de Ética Profissional do Assistente Social aprovado em 1993 que está dividido em títulos e capítulos, bem como os princípios fundamentais do código de ética dos profissionais do serviço social.
 Palavras-chave: Ética; Código; Princípio.
1 INTRODUÇÃO
O Serviço Social surge como profissão atrelada à ideologia dominante e à doutrina social da Igreja Católica como resposta ao acirramento das contradições capitalistas em sua fase monopolista para o controle da classe trabalhadora e a legitimação dos setores dominantes e do Estado. 
A trajetória do Serviço Social e sua ética profissional é historicamente determinada, sendo a atuação dessa categoria articulada de maneiras distintas conforme a conjuntura social, política e econômica, cujo marco foi a consolidação do Código de Ética de 1993 que, fruto de um fértil e democrático debate da categoria, instituiu como valor central a liberdade, sinalizando, por seus princípios para uma direção social que busca a construção de uma nova ordem social.
Segundo (SALES, 1999). O Código de Ética profissional do Serviço Social, faz uma interconexão com a Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8.662/93) e com as novas Diretrizes Curriculares (1982) que compõem o projeto-ético político profissional e que elaboram a direção social estratégica para a categoria. 
2 SERVIÇO SOCIAL
	O Serviço Social é uma profissão legitimada socialmente, isto significa que ele tem uma função social. As profissões são criadas para responderem às necessidades dos homens. O desenvolvimento das forças produtivas colocam as necessidades de novas profissões, assim como considera outras desnecessárias. Mas, mesmo respondendo a uma necessidade social, o que pode ser corroborado pelo número de assistentes sociais inseridos no mercado de trabalho; pelo fato de que eles, efetivamente, trabalham desenvolvendo ações que tem um produto, produto social com dimensões econômicas e políticas; ainda assim, o Serviço Social mantém, historicamente, o dilema da especificidade profissional.
	IAMAMOTO, (2001, p. 14), define o Serviço Social nos seguintes termos:
Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. [...]... A questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social.
3 ÉTICA PROFISSIONAL
	Considerando que os valores éticos são necessários e referências para a vida social, eles vão balizar a convivência entre sujeitos coletivos, suas vontades, intencionalidades, valores, desejos e aspirações, sempre buscando apontar um direcionamento para vida em sociedade. A ética especializada numa determinada prática, concebida como ética profissional, que passa a ser válida para todos os integrantes da categoria profissional correspondente. 
	A orientação dessa ética profissional, com valor universal e indiscriminado, possibilita a elaboração oficial de um código de ética, o qual ganha respaldo jurídico e institucional. Por determinação estatutária, cada profissão deve estabelecer seu código de ética, que servirá para regulamentar a profissão no seu aspecto normativo e jurídico.
[...] percebo a ética das profissões, de um lado, como reflexão que o próprio grupo pode fazer sobre si mesmo relativamente à sociedade, porque ninguém reflete sem estar dentro de um contexto mais geral - a reflexão depende justamente da relação entre o particular e o geral, e vice-versa, politizando, portanto, a atuação profissional - e, por outro lado como uma reflexão da própria sociedade, um padrão normativo, de apropriação do conjunto social, pelo qual ganham o respeito e o reconhecimento da dignidade de todos. Determinados grupos profissionais podem estar em uma situação em que perdem essa noção da generalidade, da universalização e da politização de seu trabalho, e, desse ponto de vista, é evidente que a ética exerce aí o papel da chamada convicção, que alguns denominam de compromisso. (SIMÕES, 2000, p. 69-70).
4 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL 
O Código de Ética do Assistente Social aprovado em 1986 representou uma ruptura na tradição neotomista e adotou uma nova postura frente aos problemas sociais. Já o Códigode Ética Profissional do Assistente Social aprovado em 1993 é dividido em títulos e capítulos. Sendo um código profissional, regulador e orientador da atividade profissional do assistente social, o Título III, referente às relações profissionais, é maior que os demais. Ao normatizar, o legislador procurou sempre definir os direitos (quando há direitos específicos, diferentes dos direitos dos demais cidadãos), deveres e aquilo que é vedado ao assistente social.
	Pensar na ética profissional, em um código de ética, requer compreender sua natureza que, segundo Barroco (2001), é constitutivo das esferas: teórica, moral prática e normativa.
	 Esfera teórica: trata-se das orientações filosóficas e teórico-metodológicas que servem de base às concepções éticas profissionais, com seus valores, princípios, visão de homem e de sociedade. 
	Esfera moral prática: diz respeito: a) ao comportamento prático individual dos profissionais relativos às ações orientadas pelo que se considera bom/mau, aos juízos de valor, à responsabilidade e compromisso social, à autonomia e consciência em face das escolhas e das situações de conflito; b) ao conjunto das ações profissionais em sua organização coletiva, direcionada teleologicamente para a realização de determinados projetos com seus valores e princípios éticos. 
	Esfera normativa: expressa no Código de Ética Profissional, exigido, por determinação estatutária, de todas as profissões liberais. Trata-se de um código moral que prescreve normas, direitos, deveres e sanções determinadas pela profissão, orientando projeto profissional com uma direção social explicita. 
Barroco (p. 40-41), nos ajuda a elucidar o equívoco de considerar a ética, a partir do código de ética, somente dentro de uma visão legalista, como um conjunto de obrigações formais. Afinal, essas esferas só são válidas considerando-as a partir de um movimento dialético que as compõem, assim, tal movimento aponta o caráter legal em meio à escolha com autonomia e responsabilidade, visto que os valores filosóficos que se apresentam em um código são escolhas advindas de uma categoria profissional, de uma organização coletiva que deliberou uma direção social à sua prática e não uma imposição do Estado.
5 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL
Autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes; Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida.
Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; Por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero. 
Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores; Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional.
Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual.
Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Conclui-se que através deste estudo sobre a ética do assistente social foi possível adquiri um maior conhecimento acerca da ética na formação profissional e do Código de Ética do Serviço Social de 1993, o código atual da categoria, e poder analisar os valores que direcionam a prática do assistente social.
	A consciência ética é um componente indispensável da pratica profissional de todos os Assistentes Sociais. A sua capacidade de proceder em conformidade com a Ética é um aspectos essencial a qualidade do serviço que é prestado a todos os utentes. A profissão do Serviço Social é historicamente determinada, sendo a atuação dessa categoria articulada de maneiras distintas conforme a conjuntura social, política e econômica.
	Em referência as palavras da grande estudiosa Iamamoto (2001, p. 80), que afirma que os assistentes sociais, apesar do pouco prestígio social e dos baixos salários, formam uma categoria que tem ousado sonhar, que tem ousado ter firmeza na luta, que tem ousado resistir aos obstáculos, porque aposta na história, construindo o futuro, no presente, ainda é possível acreditar que essa é uma grande profissão, e que devemos abraçá-la seguindo os princípios fundamentais do código de ética dos profissionais do serviço social. 
7 REFERÊNCIAS
BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2001.
SALES, M. A. Questão social e defesa de direitos no horizonte da ética profissional. In Capacitação em Serviço Social: Crise contemporânea, Questão Social e Serviço Social. Módulo 2. Brasília, CEAD/UNB – CFESS – ABEPSS, 1999.
SIMÕES, Carlos. A ética das profissões. In: BONETTI, D. A. et. al. Serviço Social e Ética: convite a uma nova práxis. São Paulo: Cortez, 2000. p. 60-70.

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