Buscar

TRABALHO SOLOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMPORTANCIA E OBJETIVOS
Um talude é uma superfície inclinada do solo que limita um plano. Os taludes também são chamados de encostas, rampas ou morros. A temática da estabilidade de taludes reveste-se de uma importância cada vez mais significativa nos dias atuais, dadas as necessidades de expansão urbana e da ocupação de locais cuja estabilidade levanta algumas reservas, como é o caso dos taludes, especialmente os naturais (aqueles que existem na natureza sem a intervenção da mão humana). Além de naturais, os taludes também podem ser classificados como artificiais (aqueles que sofreram intervenção humana). Estes frequentemente exibem uma homogeneidade mais acentuada que os maciços naturais e, por isto, adequam-se melhor às teorias desenvolvidas para as análises de estabilidade.
Com bastante frequência são noticiados nos meios de comunicação casos de escorregamento de terras. Os escorregamentos de taludes são ocasionados por uma redução da resistência interna do solo que se opõe ao movimento da massa deslizante e/ou por um acréscimo das solicitações externas aplicadas ao maciço. Os escorregamentos podem ocorrer por diversas causas, entre elas, causas externas (aumento da inclinação do talude, deposição de material ao longo da crista do talude, efeitos sísmicos), causas internas (aumento da pressão na água intersticial, decréscimo da coesão) e causas intermediárias (liquefação expontânea, erosão interna, rebaixamento do nível d’ água). Estas causas são complexas, pois envolvem uma infinidade de fatores que se associam e entrelaçam. O conhecimento delas permite ao engenheiro escolher com mais critério as soluções que se apresentam satisfatórias e mesmo prever o desempenho destas alternativas perante cada situação.
A problemática da análise da estabilidade de taludes é uma questão transversal na área da geotecnia, em grande parte pelo risco que este tipo de obra geralmente comporta no caso de ruptura, quer em termos de bens materiais quer em termos de vidas humanas. Por isso é fundamente que sejam realizadas análises de estabilidade de taludes, conforme a origem natural ou artificial do problema em estudo, pretendendo-se, por isso, avaliar a necessidade ou não de medidas de estabilização do mesmo, afim de, impedir que este possa a vir a colapso, evitando assim possíveis danos materiais e humanos. Para a análise da estabilidade de taludes são quantificados coeficientes de segurança contra o escorregamento. 
O fator de segurança, utilizado como parâmetro para analise de estabilidade de taludes, é um valor numérico que relaciona a resistência ao cisalhamento disponível do solo para garantir o equilíbrio de corpos deslizantes (s= c’ + (σ - u) tg φ’) e a tensão de cisalhamento mobilizada (sm), sob o efeito dos esforços. Um valor de FS > 1 implica em estabilidade do maciço, ou seja, os esforços atuantes são menores do que os esforços resistentes. O fator de segurança pode variar com o tempo, conforme facilmente se verifica na prática, uma vez que um talude pode passar anos sem se deslizar e em um determinado momento ou situação ter as suas condições de estabilidade alteradas. Por isso, conclui-se que a avaliação da estabilidade de um talude não pode ser concretizada se não conhecerem os fenômenos que podem vir a induzir situações críticas e que, além disso, é necessário quantificar as condicionantes quanto à estabilidade, mas que nem sempre é fácil ou possível.
A análise da estabilidade de taludes é feita comumente por métodos determinísticos, avaliando-se as condições de equilíbrio da massa de solo num estado de ruptura iminente (equilíbrio limite). O equilíbrio limite é uma ferramenta empregada pela teoria da plasticidade para análises do equilíbrio dos corpos, em que se admite como hipóteses: existência de uma linha de escorregamento de forma conhecida: plana, circular, espiral-log ou mista, que delimita, acima dela, a porção instável do maciço. Esta massa de solo instável, sob a ação da gravidade, movimenta como um corpo rígido; e respeito a um critério de resistência, normalmente utiliza-se o de Morh- Coulomb, ao longo da linha de escorregamento.
Para a realização da verificação da estabilidade do talude analisado neste trabalho será utilizado o GEOSLOPE, um software cuja vertente remete para o cálculo do fator de segurança do solo (cálculo da estabilidade em taludes). A partir dele, é possível, de maneira rápida e confiável, calcular o fator de segurança para os métodos de Bishop, Fellenius, Morgenstern-Price, Jambu, entre outros, e assim poder verificar se o talude analisado possui ou não estabilidade.
LOCALIZAÇÃO DO TALUDE ANALISADO
	O talude analisado se encontra a uma distância de aproximadamente 10m da ERS- 122 Km 97, em uma área montanhosa, na cidade de Flores da Cunha- RS. Este é um talude artificial, isto é, um declive de aterro que foi construído pelo homem recentemente.
MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS PARA MEDIÇÃO
MATERIAIS
Para a realização das medições do talude analisado foram utilizados os seguintes materiais:
Trena de Fibra de Vidro de 50m;
Mangueira de Nível;
Haste de 4m;
MÉTODO
Para a medição do talude analisado, inicialmente, utilizando-se uma trena de vidro foi medido o comprimento total do talude, desde a crista até o pé deste. Já para a medição da altura do talude foi utilizada uma mangueira de nível juntamente com uma haste de 4m.
CARACTERÍSTICAS DO SOLO PRESENTE NO TALUDE
	PESO ESPECÍFICO (KN/m³)
	COESÃO (KPa)
	ÂNGULO DE ATRITO
	16
	12
	20°
No talude analisado, conforme analise tátil e visual, e conforme informações já conhecidas sobre o tipo de solo que se encontra na região pode-se dizer que o tipo de solo presente no talude é Argiloso, com a presença de uma grande quantidade de rochas fragmentadas. A partir disso, foi possível de se especificar os parâmetros necessários para o calculo do fator de segurança deste solo, que são: Peso Específico, Coesão e Ângulo de Atrito.
Peso Específico (KN/m³): Este parâmetro foi obtido a partir dos slides disponibilizados pela professora Jaqueline Bonatto na disciplina de Mecânica dos Solos I. Segundo ela, o peso específico natural do solo na região de Caxias do Sul e Flores da Cunha é de aproximadamente 16 KN/m³.
ÂNGULO DE ATRITO: Conforme informações disponibilizadas pelo professor Rodrigo Fernando Montemezzo, o ângulo de atrito do solo argiloso da região da serra gaúcha é de aproximadamente 20°. Outra referência utilizada para determinação do valor deste parâmetro foi a tabela abaixo, que apresenta valores típicos de ângulo de atrito interno de argilas. Os valores presentes nesta tabela estão disponíveis no livro Curso de Mecânica dos Solos- 3ª ed, do autor Carlos de Sousa Pinto, na pág. 300.
COESÃO (KPa): Conforme informações disponibilizadas pelo professor Rodrigo Fernando Montemezzo, a coesão do solo argiloso da região da serra gaúcha varia de 10 à 12 KPa. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
MORGENSTERN- PRICE
SPENCER
BISHOP
JAMBU

Outros materiais